Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CITOPATOLOGIA O Câncer de colo de útero é o segundo entre os tipos de cânceres femininos. Uma das vantagens no combate a esse tipo de tumor é a possibilidade de detectar de forma precoce, na fase pré-invasiva. Rous e Beard 1935- observaram o potencial carcinogênico do HPV por meio de lesões malignas em papilomas de coelhos e inferiram essa hipótese aos humanos. Mais de 150 tipos de HPV são conhecidos, porém, aproximadamente 40 afetam o trato genital inferior e ainda são divididos em subgrupos, conforme o risco oncogênico. São exemplos de tipos virais do HPV e sua associação à carcinogênese: ALTO RISCO: 16,18,31,33,35, etc. BAIXO RISCO: 6, 11, 26, 30,42, etc. Os vírus considerados de baixo risco provocam doenças de natureza benigna, como condilomas (verrugas) e lesões intraepiteliais de baixo risco e os de alto risco são responsáveis por lesões intraepiteliais de alto risco e câncer invasivo. Muitos desses HPVs estão filogeneticamente relacionados com os tipos 16 e 18. Aproximadamente 90% dos cânceres são causados por cinco tipos de HPV: 16, 18, 31, 45 e 33, sendo que os tipos 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% de todos os casos de câncer. No Brasil, o HPV 16 é o mais frequente em todas as regiões. O HPV 18 é o segundo mais frequente, seguido do HPV 31. ESTRUTURA VIRAL O HPV é um vírus tipo DNA. O genoma está dividido em três regiões principais: 1. Região precoce ou Early (E) 2. Região tardia ou late (L) 3. Região regulatória ou Long Control Region (LCR). ESQUEMA DA INFECÇÃO 1° passo: Primeiro ocorre o encontro do vírus com a célula por meio de microtraumas no epitélio. Células superficiais descamadas, contendo grande número de cópias virais, se alojam no epitélio, onde a partícula viral penetra nas células basais. O HPV pode permanecer latente na camada basal, sem causar qualquer alteração patológica. Nas lesões benignas o DNA do vírus está presente na forma epissomal e em múltiplas cópias, enquanto nas malignas ele se integra ao genoma da célula hospedeira, formando uma ligação estável e perdendo a capacidade de se replicar de maneira autônoma. 2° passo: o genoma viral é mantido na forma epissomal no núcleo celular, depois, parte da progênie migra para as células em diferenciação da camada suprabasal.. 3° passo: ocorre empacotamento do vírus em capsídeos nas camadas superiores e liberação da sua progênie para que o ciclo possa ser reiniciado. HPV E LESÕES CERVICOVAGINAIS A presença de HPV não é suficiente para desencadear os mecanismos carcinogênicos, sendo necessário que a infecção persista, o que acontece quando da presença de vírus de alto risco oncogênico. A infecção persistente por mais de 10 anos permite o desenvolvimento de alterações genéticas adicionais e a progressão de lesões de baixo e alto riscos para o câncer invasor. FATORES DE RISCO INFECÇÃO PELO HPV • Baixa idade e ectopia cervical induzido metaplasia. • Início da atividade sexual precoce • Muitos parceiros masculinos • Alta paridade • Raça, tabagismo, dieta deficiente • Contraceptivos, imunodepressão • DST´s: HIV, herpes simplex, etc. MÉTODOS DE DETCÇÃO DO HPV Colposcopia: método de análise de imagens que detecta as variações fisiológicas ou patológicas da mucosa e tecido nervoso conectivo. Histologia: é considerado o método mais específico para avaliar o grau da lesão e estabelecer a necessidade de tratamento. Biologia molecular: metodologia mais específica para a detecção do HPV.
Compartilhar