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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE COMUNICAÇÃO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Descrever as etapas para o dimensionamento de condutores. > Definir o dimensionamento por capacidade de condução de corrente. > Reconhecer o método de dimensionamento por queda de tensão admissível. Introdução Os fios e cabos de uma instalação elétrica conduzem a corrente elétrica de um ponto a outro do sistema, por isso, devem ser constituídos de materiais condu- tores e apresentar resistência mecânica. Materiais condutores são formados por cobre, alumínio, ouro, prata ou outros materiais metálicos (GEBRAN; RIZZATO, 2017), sendo capazes de conduzir corrente elétrica ou transmitir sinais elétricos (CAVALIN; CERVELIN, 2017). Para verificar a seção mais adequada que permita a passagem da corrente elétrica, sem que os condutores aqueçam excessivamente e que seja mantida a queda de tensão dentro dos limites normalizados, é feito o dimensionamento desses condutores. Neste capítulo, você vai conhecer as etapas que compõem o dimensionamento de condutores, considerando aspectos relacionados ao tipo de isolação e aos métodos de instalação dos condutores. Você aprenderá a calcular a corrente de projeto e corrigi-la adequadamente, compreenderá como ocorre o dimensiona- mento dos condutores através da capacidade de condução de corrente, bem como quais são seus fatores determinantes. Por fim, será direcionado a reconhecer o dimensionamento por queda de tensão admissível. Dimensionamento de condutores Ana Clara Alves Menezes Passo a passo para dimensionamento de condutores O dimensionamento de condutores deve respeitar a área de seção transversal mínima suficiente para que a corrente elétrica realize seu trabalho (GEBRAN; RIZZATO, 2017) e deve atender, segundo Cavalin e Cervelin (2017), aos seguintes critérios mínimos: � deve possuir proteção contra sobrecarga, curtos-circuitos e solicita- ções térmicas; � deve possuir, quando pertinente, proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação em esquemas TN e IT; � deve-se respeitar os limites de queda de tensão; � deve-se atender às seções mínimas estabelecidas na NBR 5410:2004; � a capacidade de condução de corrente do condutor deve ser igual ou maior que a corrente de projeto do circuito. Ao projetar uma instalação elétrica, o dimensionamento dos condutores elétricos segue as seguintes etapas, de acordo com Creder (2016): 1. determinar o método de instalação; 2. conhecer as potências dos pontos de utilização e calcular a corrente do projeto; 3. escolher a bitola do condutor por capacidade de condução de corrente; 4. verificar se o condutor escolhido satisfaz quanto à queda de tensão admissível. Após aplicação dessas etapas, o condutor escolhido deverá ser aquele de maior seção. Isolação do condutor A isolação do condutor visa isolar eletricamente e proteger o condutor durante sua enfiação no eletroduto, além de evitar oxidação e danos advindos do contato com poeiras, produtos químicos e agentes corrosivos. Soma-se a isso a determinação, a partir da isolação dos condutores, da temperatura máxima suportada por esses condutores durante operação contínua, incluindo sobrecarga e curto-circuito GEBRAN; RIZZATO, 2017). Dimensionamento de condutores2 Diante disso, o material isolante deve ter (GEBRAN; RIZZATO, 2017): � alta rigidez dielétrica, capaz de suportar altas tensões sem risco de rompimento do sistema; � alta resistividade, fornecendo resistência de isolamento mínimo de 5 MΩ. A normatização e a simbologia da rigidez dielétrica de condutores são dadas pela relação V0/V, onde V0 é a tensão eficaz fase-terra e V é a tensão eficaz fase-fase. Para ler mais, busque por “Ensaio de rigidez dielétrica para equipamentos eletrodomésticos sob regime da Anvisa”. Segundo a NBR 5410:2004, todos os cabos devem ter isolação, exceto quando for permitido o uso de condutores nus ou providos apenas de co- bertura (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). Os tipos mais comuns de isolação de condutores são: � policloreto de vinila (PVC); � borracha etileno propeno (EPR); � polietileno reticulado (XLPE). Você pode conhecer as temperaturas máximas suportadas pelo condutor submetido a funcionamento contínuo quando percorrido por uma corrente elétrica no Capítulo 5 do livro Instalações Elétricas Prediais, de Gebran e Rizzato, de 2017. Métodos de instalação de condutores Os condutores podem ser instalados no interior de eletrodutos, podendo ser embutidos ou aparentes, ou podem ser instalados ao ar livre. Quando são embutidos, podem ser utilizadas canaletas e bandejas, e podem ser subterrâneos ou enterrados. O método de instalação afeta a troca de calor Dimensionamento de condutores 3 entre o condutor e o meio externo, influenciando, dessa forma, na capacidade de condução da corrente elétrica (GEBRAN; RIZZATO, 2017). Para conhecer todos os métodos de instalação de condutores e cabos, consulte a NBR 5410:2004 da ABNT. Determinando a corrente nominal ou de projeto De acordo com Cavalin e Cervelin (2017), a corrente de projeto (IB) é aquela que os condutores de um circuito de distribuição ou terminal devem suportar considerando-se suas características nominais. Essa corrente é calculada como se segue. Para circuitos monofásicos (F + N, F + F, 2F + N) e bifásicos Carga indutiva (motor e reator): (1) ou (2) onde: � P é a potência ativa; � η é o rendimento; � v a tensão entre fase e neutro; � V é a tensão entre fases; � cos φ é o fator de potência; Dimensionamento de condutores4 Carga resistiva (lâmpadas incandescentes e resistências): (3) ou (4) onde: � P é a potência ativa; � v é a tensão entre fase e neutro; � V é a tensão entre fases. Qualquer carga: (5) onde: � S é a potência aparente; � v é a tensão entre fase e neutro. Para circuitos trifásicos equilibrados (3F): (6) ou (7) onde: � S é a potência aparente; � η é o rendimento; � V é a tensão entre fases; � cos φ é o fator de potência. Dimensionamento de condutores 5 Para circuitos trifásicos desequilibrados (3F + N): (8) onde: � P é a potência ativa; � η é o rendimento; � v é a tensão entre fase e neutro; � cos φ o fator de potência. Dimensionamento de condutores por capacidade de condução de corrente O dimensionamento de condutores pode ocorrer por: � capacidade de condução de corrente, que considera o aumento da temperatura do condutor devido à corrente elétrica que passa por ele; � queda de tensão, que considera a queda de tensão causada pela cir- culação da corrente pela instalação elétrica. O dimensionamento de condutores por capacidade de condução de cor- rente visa garantir uma vida satisfatória aos condutores e às suas isolações, que estão sob os efeitos térmicos consequentes à circulação de correntes de valores iguais às capacidades de condução de correntes, durante longos períodos de funcionamento normal (CREDER, 2016). Para dimensionar adequadamente os condutores por esse método, deve- -se considerar: � proteção contra choques elétricos; � proteção contra efeitos térmicos; � proteção contra sobrecorrentes; � proteção contra queda de tensão; � limites de temperaturas para os terminais de equipamentos aos quais os condutores estiverem ligados. Nesse contexto, a corrente que passa por qualquer condutor, durante o funcionamento normal contínuo do sistema, não deve gerar temperaturas Dimensionamento de condutores6 superiores às temperaturas máximas suportadas pela isolação, prevista pela NBR 5410:2004 (Quadro 1). Para que isso seja possível, a corrente nos cabos e condutores não deve ser maior do que os valores descritos nas tabelas sobre capacidade de condução de corrente (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), para os métodos de referência estabelecidos. Quadro 1. Temperaturas previstas para funcionamento contínuo dos con- dutores de acordo com a isolação Isolação Temperatura máxima do condutor em serviço contínuo(°C) Temperatura- -limite de sobrecarga no condutor (°C) Temperatura- -limite de curto- -circuito no condutor (°C) PVC ≤ 300 mm² 70 100 160 EPR 90 130 250 XLPE 90 130 250 PVC: policloreto de vinila; EPR: borracha etileno propeno; XLPE: polietileno reticulado. Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004). Corrente de projeto corrigida (IC) Depois de calcular a corrente de projeto, deve-se determinar a corrente de projeto corrigida (IC), que é calculada por meio da aplicação dos fatores de correção à corrente de projeto IB anteriormente calculada. Dessa forma, são aplicados dois fatores: � fator de correção de temperatura (FCT): usado quando a temperatura ambiente difere de 30°C para cabos não subterrâneos; e para tempe- ratura do solo diferente de 20°C para cabos subterrâneos; � fator de correção de agrupamento (FCA): usado quando existe mais de um circuito instalado em um mesmo eletroduto ou outro tipo de eletroduto. Dimensionamento de condutores 7 Dessa forma, temos a seguinte relação para determinar a corrente de projeto corrigida: (9) Para determinar a corrente efetiva, deve-se utilizar as tabelas previstas pela NBR 5410:2004 que fornecem as capacidades de condução de corrente para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C, D, E, F e G. As capacidades de condução de corrente fornecidas na Norma referem-se ao funcionamento contínuo em regime permanente (fator de carga 100%), em corrente contínua ou em corrente alternada com frequência de 50 Hz ou 60 Hz. A corrente efetiva determinada utilizando as tabelas da NBR 5410:2004 deve ser igual ou superior à corrente corrigida calculada anteriormente. As correntes devem ser calculadas considerando-se as características da carga e a resistividade térmica do solo no caso de cabos enterrados (CREDER, 2016). Número de condutores carregados Um condutor carregado é aquele que é, de maneira efetiva, percorre pela corrente elétrica durante o trabalho normal do circuito (CAVALIN; CERVELIN, 2017). Assim, são considerados carregados os condutores fase e neutro; os condutores de proteção não são considerados porque não devem conduzir corrente em situações normais de funcionamento do sistema (GEBRAN; RI- ZZATO, 2017). O Quadro 2 apresenta o número de condutores carregados em função do tipo de sistema. Dimensionamento de condutores8 Quadro 2. Quantidade de condutores carregados que deve ser considerada em função do tipo de circuito Esquema de condutores vivos Quantidade de condutores carregados Monofásico a dois condutores 2 Monofásico a três condutores 2 Duas fases sem neutro 2 Duas fases com neutro 3 Trifásico sem neutro 3 Trifásico com neutro 3 ou 4 Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004). Calculando a bitola mínima A seção de um condutor, também chamada de bitola, é o seu diâmetro, cor- respondendo à área do metal (Figura 1) pela qual circulará a corrente elétrica (GEBRAN; RIZZATO, 2017). Figura 1. Elementos que compõem um condutor, indicando o isolamento, o material condutor e a seção. Fonte: Gebran e Rizzato (2017, documento on-line). De acordo com o preconizado na NBR 5410:2004, a bitola dos condutores obedece ao apresentado no Quadro 3 de acordo com o tipo de instalação. Essa seção mínima é ditada por razões mecânicas. Dimensionamento de condutores 9 Quadro 3. Seção mínima dos condutores de acordo com a NBR 5410: 20 Tipo de instalação Utilização do circuito Bitola (mm²) — Tipo de material Instalações fixas Cabos isolados Circuitos de iluminação 1,5 — Cu 16 — Al Circuitos de força 2,5 — Cu 16 — Al Circuitos de sinalização e circuitos de controle 0,5 — Cu Condutores nus Circuitos de força (p. ex., circuito de tomada de corrente) 10 — Cu 16 — Al Circuitos de sinalização e circuitos de controle 4 — Cu Ligações flexíveis feitas com cabos isolados Para um equipamento específico De acordo com a norma do equipamento Para qualquer outra aplicação 0,75 — CuCircuitos de extrabaixa tensão para aplicações especiais Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004). É importante destacar que são admitidas bitolas de até 0,1 mm² em circuitos de sinalização e controle que se destinam a equipamentos eletrônicos e em cabos multipolares flexíveis contendo sete ou mais veias. Depois de serem determinados a isolação dos condutores, o método de instalação, a corrente de projeto e o número de condutores carregados, busca- -se, nas Tabelas 36 a 39 da NBR 5410:2004, na coluna à esquerda (intitulada “Seções nominais mm²”), a seção do condutor associado às condições dadas. Caso sejam utilizados condutores de alumínio em uma instalação industrial, além de outros requisitos, a seção nominal dos condutores deve ser igual ou maior que 16 mm². Em estabelecimentos comerciais, caso opte-se pelo uso de condutores de alumínio, a seção nominal aos condutores deve ser igual ou superior a 50 mm². Dimensionamento de condutores10 Dimensionamento de condutores por queda de tensão admissível Após determinação do condutor, deve-se verificar se ele atende à queda de tensão admissível. Essa verificação é fundamental, pois a queda de tensão em circuitos alimentadores e terminais faz os equipamentos receberem uma tensão inferior aos valores nominais, prejudicando seu funcionando, podendo levar à redução de vida útil e até à queima dos equipamentos (CAVALIN; CERVELIN, 2017). Ao considerar o ponto de entrega de energia e o circuito terminal ou de utilização, observa-se que há uma queda de tensão causada pela passagem da corrente pelos elementos do circuito. Essa queda de tensão não deve ul- trapassar os limites máximos estabelecidos pela NBR 5410:2004, apresentados no Quadro 4, para não causar prejuízos aos equipamentos de utilização que estão conectados aos circuitos (CAVALIN; CERVELIN, 2017). Quadro 4. Percentuais limites de queda de tensão Denominação Percentual (%) A partir dos terminais secundários do transformador MT/ BT, no caso de transformador de propriedade das unidades consumidoras 7 A partir dos terminais secundários do transformador MT/BT de empresa distribuidora de eletricidade, quando o ponto de energia for aí localizado 7 A partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponta de entrega com fornecimento em tensão secundária de distribuição 5 A partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio 7 Queda de tensão nos circuitos terminais 4 Fonte: Adaptado de Cavalin e Cervelin (2017). O Quadro 5 apresenta as faixas nominais de tensão dos sistemas elétricos conforme a NBR 5410: 2004. Dimensionamento de condutores 11 Q ua dr o 5. F ai xa s no m in ai s de te ns ão d e si st em as e lé tr ic os Fa ix a Si st em as d ir et am en te a te rr ad os Si st em as n ão d ir et am en te a te rr ad os Co rr en te a lte rn ad a Co rr en te c on tín ua Co rr en te a lte rn ad a Co rr en te c on tín ua En tr e fa se e te rr a En tr e fa se s En tr e po lo e te rr a En tr e po lo s En tr e fa se s En tr e po lo s I U ≤ 50 U ≤ 50 U ≤ 12 0 U ≤ 12 0 U ≤ 50 U ≤ 12 0 II 50 < U ≤ 6 00 50 < U ≤ 1 .0 00 12 0 < U ≤ 90 0 12 0 U ≤ 1. 50 0 50 < U ≤ 1 .0 00 12 0 < U ≤ 1. 50 0 N O TA S 1 N os s is te m as n ão d ire ta m en te a te rr ad os , s e o ne ut ro (o u co m pe ns ad or ) f or d is tr ib uí do , o s eq ui pa m en to s al im en ta do s en tr e fa se e ne ut ro (o u en tr e po lo e c om pe ns ad or ) d ev em s er e sc ol hi do s de fo rm a qu e su a is ol aç ão c or re sp on da à te ns ão e nt re fa se s (o u en tr e po lo s) . 2 Es ta c la ss if ic aç ão d as fa ix as d e te ns ão n ão e xc lu i a p os si bi lid ad e de s er em in tr od uz id os li m ite sin te rm ed iá ri os p ar a ce rt as p re sc ri çõ es de in st al aç ão . Fo nt e: A da pt ad o de A ss oc ia çã o Br as ile ir a de N or m as T éc ni ca s (2 00 4) . Dimensionamento de condutores12 As quedas de tensão admissíveis são dadas em porcentagem da tensão nominal ou de entrada: (10) onde: e% é a queda de tensão percentual. Nesse método de dimensionamento de condutores, devem-se seguir as seguintes etapas (GEBRAN; RIZZATO, 2017). 1. Definir o material do eletroduto: magnético ou não magnético. 2. Determinar o tipo de circuito: a) monofásico; b) bifásico; c) trifásico. 4. Especificar a tensão a qual o circuito será submetido: e) 127 V; f) 220 V; g) outras. 8. Encontrar a corrente de projeto (IB): apresentada anteriormente, no subitem “Determinando a corrente nominal ou de projeto”. 9. Determinar o fator de potência médio do circuito. 10. Definir o comprimento (km) do circuito. 11. Calcular a queda de tensão. 12. Escolher a seção do condutor. Nesse contexto, cabe detalhar o cálculo da queda de tensão. Cálculo da queda de tensão Para circuitos de distribuição ou circuitos terminais para uma única carga, a queda de tensão unitária (∆Vu), em V/A km, é calculada utilizando a equação: (11) Dimensionamento de condutores 13 onde (GEBRAN; RIZZATO, 2017): � ∆V%(max) é a queda de tensão máxima no trecho, determinada pela NBR 5410:2004; � Vn é a tensão nominal em V, IB é a corrente de projeto em A; � L é a medida do comprimento em quilômetros. Determinando a seção do condutor Após encontrar o valor da queda de tensão unitária (∆Vu), deve-se selecionar a queda de tensão com valor imediatamente abaixo da ∆Vu calculada para que a seção do condutor respeite aquilo que a NBR 5410:2004 determina (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004). Dimensionamento do circuito de um chuveiro elétrico Características Potência 5.400 W Tensão 220 V Isolação dos condutores PVC Eletroduto PVC Embutido em alvenaria Número de circuitos no eletroduto 3 Temperatura ambiente 20°C Distância do chuveiro para o quadro de distribuição 20 m Para dimensionar esse circuito bifásico, você deve iniciar observando na tabela da NBR 5410:2004 intitulada “Esquemas ilustrativos dos métodos de instalação” qual o método de referência para o circuito utilizado, encontrando B1 para eletrodutos de seção circular embutidos em alvenaria. Observe agora que a distância do chuveiro para o quadro de distribuição foi dada em metros. Você deve transformar para quilômetros, encontrando 0,020 km. Para esse tipo de circuito, considera-se dois condutores carregados (duas fases sem neutro). O fator de correção de temperatura para temperatura am- biente igual a 20°C é igual a 1,12 para isolação do tipo PVC, de acordo com a Tabela 40 da NBR 5410:2004, que especifica os fatores de correção para tempe- Dimensionamento de condutores14 raturas ambientes diferentes de 30°C para linhas não subterrâneas e de 20°C (temperatura do solo) para linhas subterrâneas. O caso trata do uso de três circuitos agrupados em um eletroduto embutido em alvenaria, portanto, o fator de agrupamento será igual a 0,7, de acordo com a Tabela 42 da NBR 5410:2004, que determina os fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixes (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados em um mesmo plano, em camada única. O fator de potência é igual a 1 (resistivo), pois o circuito de chuveiro elétrico utiliza apenas resistência para geração de calor. Agora você deve calcular a corrente de projeto usando a expressão Dessa forma, você terá que Agora, você deve calcular a corrente corrigida, já que os fatores de correção são diferentes de zero. A corrente corrigida definida pela expressão (Equação 8). Dessa forma, você terá que Com isso, a seção mínima do condutor, pelo critério de capacidade de con- dução de corrente, deve ser um valor imediatamente superior ao valor calculado da corrente corrigida. Consultando a Tabela 36 da NBR 5410:2004, utiliza-se a coluna (6), pois o circuito possui dois condutores carregados com método de referência B1. Assim, a seção mínima adotada é a de 4 mm² (32 A > 31,4 A). Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5410:2004: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, ABNT, 2004. CAVALIN, G.; CERVELIN, S. Instalações elétricas prediais. 23. ed. São Paulo: Érica, 2017. CREDER, H. Instalações elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017. (E-pub). (Série Tekne). Leituras recomendadas CARVALHO JÚNIOR, R. de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 8. ed. São Paulo: Blucher, 2017. MINI, M. A. dos S. Implementação de programa computacional para dimensionamento econômico de condutores elétricos em baixa tensão através do complemento VBA. 2016. Dimensionamento de condutores 15 96 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) — Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonto, 2016. SEGURANÇA ELÉTRICA. Ensaio de rigidez dielétrica: norma NBR 60601-1 – equipamentos eletromédicos sob regime da ANVISA. [2011]. Disponível em: http://segurancaeletrica. org/hipot/norma60601_hp5500m.html. Acesso em: Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Dimensionamento de condutores16
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