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Crescimento irregular - Endopediatria

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CASO CLÍNICO-BAIXA ESTATURA: 
 
Paciente 6 anos e 6 meses, sexo feminino, natural e procedente de cicero dantas/ba 
Encaminhada ao endocrinopediatra devido à baixa estatura, notada pelos pais a partir dos 4 anos de idade em comparação aos colegas de turma, e uma das mais baixas. Alimenta se adequadamente 
de forma saudável, de acordo com recomendações da nutricionista. 
Am: sem comorbidades conhecidas ou uso de medicações continuas. Nega cirurgias pregressas. Faz seguimento com otorrinolaringologista devido à quadros de otites de repetição. 
Dados do nascimento: 16-35 semanas, peso 1.850g, comp-38 cm, parto cesáreo (mãe com pré-eclâmpsia), apresentou edema de extremidades ao nascimento, teste do pezinho normal. 
Af: tem irmã de 4 anos, saudável, mais alta que a paciente. Mãe de 28 anos, saudável menarca materna: 13 anos. Pai: 44 anos, hipertenso e diabético. 
As: faz atividade física regularmente na escola. Bom rendimento escolar. Tempo de tela> 2h/dia (gosta de jogos eletrônicos). Ritmo intestinal diário. Padrão de sono preservado, dorme as 21h. 
I. QUAIS OS HORMÔNIOS QUE INFLUENCIAM NO CRESCIMENTO PRÉ-NATAL E PÓS-NATAL? 
PRÉ NATAIS: na fase pré-natal, os hormônios que influenciam na fase fetal são o HCG 
incialmente, depois o IGF-1, o GH também, mas ele só se intensifica a partir da 25° semana 
de gestação. A insulina é um dos principais hormônios envolvidos nesse processo, pois ela é 
responsável pelo desenvolvimento do bebê intra útero, exemplo, se uma criança nasce com 
uma menor quantidade de insulina ela nascerá PIG e assim também se há uma maior 
quantidade de insulina ela nascerá GIG; essa alteração é muito comum em mães diabéticas. 
O IGF-2 que não depende da ação do GH, é produzido no fígado e independe da ação de outros 
hormônios. 
PÓS NATAL: a hipófise que é responsável por ativar o GH assume a produção de GH em maior 
quantidade, ou seja, começa a ser secretada a partir da 25° semana e é intensificada até o 1º 
ano de vida do bebê. Nessa fase podemos observar o crescimento mais acelerado, e 
posteriormente ele entra na fase de redução de crescimento. O IGF-1 também é importante, 
mas não é o mais importante. Crianças que possuem deficiência de GH, nascem normais, 
porque a influência no crescimento é muito maior no período pós-natal. 
 
II. DESCREVA A FISIOLOGIA DO EIXO GH – IGF1 E A SUA IMPORTÂNCIA NO 
DESENVOLVIMENTO ESTATURAL. 
O GH é regulado pelo GHRH, que é o "hormônio liberador" secretado pelo 
hipotalamo (hipófise anterior), são hormônios de estímulo para secretar a 
grelina e os esteróides sexuais, a dopamina e a própria hiperglicemia podem 
gerar um aumento dessa secreção do GH. 
No tecido alvo, o GH pode ser diretamente nos ossos (fazendo com que haja o 
crescimento) ou outros órgãos, como por exemplo o figado, onde estimulam a 
secreção de IGF-1 que posteriormente vai agir diretamente no crescimento 
ósseo. 
Todo esse mecanismo, seria controlado também além de hormônios inibitórios 
como a somatostatina, pode ser controlado pelo feedback negativo, em que o 
próprio hipotálamo e hipófise capta o aumento dos hormônios e faz essa 
redução da secreção, fisiologicamente esse é o mecanismo. 
HIPOTÁLAMO -> ADENO. HIPOFISE -> GH -> FÍGADO E TECIDOS 
PERIFÉRICOS -> IGF-1 
EIXO ESTIMULATÓRIO: O hipotálamo secreta o GNRH, na hipófise anterior 
há uma produção de GH, que este possui um receptor no figado, produzindo 
IGF-1. Além do IGF-1 o GH também estimula a proteína ligante do IGFBP3 que 
é o principal ligante do IGF, também produz uma subunidade, o ácido lábil que 
estabiliza a molécula do IGF-1 chamada de ALS. 
A presença de IGF-1, IGFBP3 e ALS também é chamada de complexo ternário. 
Serve para estabilizar a molécula de IGF- para não ser degradado rapidamente 
no sangue.. para que ele consiga agir na epifise óssea e desenvolva a cartilagem 
da criança 
Fora dos hormônios citados, também temos a ação da grelina, produzida no 
estômago. 
EIXO INIBITÓRIO: O eixo da somatostatina, também denominado (GHIH). 
III. DETERMINE A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO ESPERADA PARA CADA 
FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA

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