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Sífilis

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Sífilis
Introdução
➔ É uma infecção bacteriana de caráter
sistêmico curável.
➔ É causada pelo Treponema pallidum, Gram-.
➔ A infectividade da sífilis por transmissão
sexual é maior (60%) nos estágios iniciais
(primária, secundária e latente recente),
diminuindo com o passar do tempo (latente
tardia e terciária).
Sífilis Primária
➔ Após o contato sexual infectante ocorre o
período de incubação, com duração entre
10 e 90 dias.
Sífilis Secundária
➔ Os sinais e sintomas surgem em média 6
semanas e 6 meses após a infecção e duram
em média entre 4 e 12 semanas;
➔ A sintomatologia pode desaparecer de
forma espontânea em poucas semanas,
independentemente de tratamento.
➔ Lesões secundárias são ricas em
telefonemas.
➔ Podem ocorrer erupções cutâneas em
forma de máculas e/ou pápulas,
principalmente no tronco; lesões eritemato
escamosas palmoplantares (essa localização
sugere fortemente o diagnóstico de sífilis no
estágio secundário), placas de eritematosas
branco-acinzentadas nas mucosas; alopecia
e madarose.
Sífilis Latente
➔ Período em que não se observa sinais ou
sintomas de sífilis.
➔ É dividida em sífilis latente recente (menos
de um ano de infecção) e sífilis latente
tardia (mais de um ano de infecção).
➔ Diante de um indivíduo com diagnóstico
confirmado, em que não é possível inferir a
duração da infecção (sífilis de duração
ignorada), trata-se como sífilis latente
tardia.
Sífilis Terciária
➔ Ocorre em aproximadamente 30% das
infecções não tratadas após um longo
período de latência.
➔ Pode surgir entre 2 a 40 anos depois do
início da infecção.
➔ É considerada rara.
➔ A sífilis nesse estágio manifesta-se como
inflamação e destruição tecidual; é comum
o acometimento do sistema nervoso e
cardiovascular, além das gomas sifilíticas
Diagnóstico
Testes treponêmicos:
➔ Detectam anticorpos específicos produzidos
contra os antígenos do T. pallidum→ são os
primeiros a se tornarem reagentes, sendo
importantes para a confirmação do
diagnóstico.
➔ Permanecem positivos mesmo após o
tratamento pelo resto da vida do paciente
não são indicadas para o monitoramento da
resposta ao tratamento.
Testes não-treponêmicos:
➔ Detecta anticorpos não específicos
anticardiolipina para os antígenos do T.
pallidum e podem ser qualitativos ou
quantitativos.
➔ Tornam-se reagentes cerca de uma semana
após o aparecimento do cancro duro.
➔ O resultado é expresso em títulos (1:2; 1:4);
sendo importantes para o diagnóstico e
monitoramento da resposta ao tratamento,
pois a queda do título é indicação de
sucesso terapêutico.
Tratamento
Sífilis primária, secundária e
latente recente:
➔ Penicilina G benzatina.
➔ 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão
UI em cada glúteo).
➔ Alternativa: doxiciclina 100mg VO 2x/dia
por 15 dias.
Sífilis latente tardia e
terciária:
➔ Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM
(1,2 milhão UI em cada glúteo), semanal
por 3 semanas. Dose Total 7,2 milhões UI.
➔ Alternativa: doxiciclina 100mg VO 2x/dia
por 30 dias.
Neurosífilis:
➔ Penicilina cristalina, 18 a 24 milhões UI/dia,
IV, administrada em doses de 3 a 4 milhões
UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua,
por 14 dias.
Sífilis Congênita
➔ Ocorre pela disseminação hematogênica do
T. pallidum da mãe para o feto,
principalmente por via transplacentária.
➔ A sífilis congênita é evitável quando se
identificam e se tratam adequada e
oportunamente a gestante infectada e suas
parcerias sexuais.
Quadro Clínico:
➔ Mais da metade das crianças são
assintomáticas ao nascimento e os que
apresentam sintomatologia são com pouca
expressão clínica e sinais inespecíficos.
Sífilis Congênita Tardia:
➔ Surge após o segundo ano de vida →
associação de critérios epidemiológicos,
clínicos e laboratoriais.
Avaliação na Maternidade:
➔ É realizada considerando o histórico
materno de sífilis quanto ao tratamento e
seguimento na gestação sinais e sintomas
clínicos da Criança e teste não
treponêmicos de sangue periférico no RN
comparado com o da mãe a conduta
dependerá de acordo com a classificação.
-RN exposto à Sífilis:
➔ RN assintomático, de mulher diagnosticada
com sífilis durante o pré-natal e
ADEQUADAMENTE TRATADA.
-RN com Sífilis Congênita:
➔ RN sintomático ou não, de mulher
diagnosticada com sífilis durante o
pré-natal, parto ou puerpério, NÃO
TRATADA ou TRATADA DE FORMA
INADEQUADA.
Conduta:
➔ Se mãe tratou adequadamente durante a
gestação, colher o VDRL e hemograma com
plaquetas:
◆ Se o bebê vem com teste
treponêmico não reagente e
hemograma com plaquetas normais
→ parar a investigação = bebê
exposto à sífilis → NÃO É
NECESSÁRIO TRATAMENTO
IMEDIATO.
◆ Se teste não treponêmico igual ou
maior ao da mãe→ bebê com sífilis
congênita.
➔ Para bebês que a mãe não tratou
adequadamente durante a gestação =
colher todos os exames do slide acima.
➔ Mãe que não tratou adequadamente ou
não tratou e criança com exames normais
(sífilis congênita) = benzilpenicilina
benzatina + acompanhamento
ambulatorial até o bebê negativar.
➔ Crianças com sífilis congênita SEM
neurossífilis e com alteração no exame
físico = benzilpenicilina procaína 50.000
UI/Kg, IM 1x/dia por 10 dias OU
benzilpenicilina potássica (cristalina)
50.000 UI/Kg IV de 12/12h por 10 dias.
➔ Crianças COM neurossífilis e com alteração
no exame físico = benzilpenicilina potássica
(cristalina) 50.000 UI/Kg IV de 12/12h por
10 dias → obrigatoriamente deve ser
tratada com benzilpenicilina cristalina, pois
a procaína não adentra na barreira
hematoencefálica.
Seguimento:
-RN exposto à Sífilis:
➔ Seguimento habitual na rotina de
puericultura: na 1ª semana de vida e com 1,
2, 4, 5, 9, 12 e 18 meses.
➔ Teste não-treponêmico com 1, 3 e 6, 12 e
18 meses → interromper o seguimento
laboratorial após dois testes não reagentes
consecutivos ou queda do título em duas
titulações.
-RN com Sífilis Congênita:
➔ Teste não treponêmico com 1, 3 e 6, 12 e 18
meses → interromper o seguimento
laboratorial após dois testes não reagentes
consecutivos ou queda do título em duas
titulações.
➔ Líquor: deve ser avaliado a cada 6 meses
nas crianças que apresentaram alteração
inicial (neurossífilis ), até normalização.
➔ Consulta semestral por 2 anos: neurológica,
oftálmica e audiológica.

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