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Sífilis Congênita

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Pediatri�
Sífilis Congênita
OMS → sífilis complica mais de 1 milhão de
gestações por ano mundo (2014);
Mais de 300 mil mortes fetais e neonatais;
No Brasil, nos últimos 5 anos os casos vêm
aumentando;
Estima-se que a incidência de infecção em
RN seja de 5:1.000 nascidos vivos;
A sífilis é uma doença de notificação
obrigatória;
Disseminação hematogênica do Treponema
pallidum da gestante infectada não tratada
para o seu concepto, por via transplacentária
ou contato direto com a lesão no parto;
O acometimento fetal é mais comum no
trimestre final da gestação, mas pode
acontecer em qualquer idade gestacional;
Mães com sífilis primária ou secundária não
tratadas representam o maior risco de
prematuridade, morte perinatal e infecção
congênita;
A infecção congênita tem sido diagnosticada
em apenas 1% a 2% das mulheres tratadas
adequadamente durante a gestação, em
comparação com 70% a 100% das gestantes
não tratadas;
Gestantes não tratadas:
11% evoluirão com morte fetal a termo;
13% serão prematuros ou com baixo peso;
20% dos RN terão sinais de SC;
Diagnóstico precoce + tratamento adequado e
precoce é o segredo do sucesso;
Tempo de exposição influencia na
transmissão;
A prevalência e a incidência têm aumentado
exponencialmente;
Incidência de sífilis congênita em 2019: 9 a
10 a cada 10.000 nascidos vivos;
Porto Alegre é a capital com maiores índices
de sífilis no país;
O diagnóstico exige combinação de avaliação
clínica, epidemiológica e laboratorial;
Histórico materno de sífilis quanto ao
tratamento e seguimento na gestação;
Sinais e sintomas clínicos da criança (na
maioria das vezes ausentes ou inespecíficos)
Teste não treponêmico periférico da criança
comparado com o da mãe (VDRL);
É essencial garantir o seguimento de todas
as crianças expostas à sífilis, excluída ou
confirmada a doença em uma avaliação
inicial, na perspectiva de que elas podem
desenvolver sinais e sintomas mais tardios,
independentemente da primeira avaliação e/ou
tratamento na maternidade;
A sorologia deve ser realizada no 1o
trimestre, no 3° trimestre e no momento do
parto;
Todos nascidos de mãe com diagnóstico de
sífilis durante a gestação, independente do
tratamento;
Teste não pode ser de sangue do cordão;
Não se recomenda a realização do teste
treponêmico no bebê até os 18 meses;
Pediatri�
Gestante não tratada ou tratada de forma
não adequada durante o pré-natal, as
crianças são classificadas como caso de
sífilis congênita, independentemente dos
resultados da avaliação clínica ou de exames
complementares;
Independentemente do histórico de tratamento
materno;
RN com teste não treponêmico maior
que o da mãe em pelo menos duas diluições
(ex.: mãe 1:4 e RN ≥1:16);
As crianças com manifestação clínica,
alteração liquórica ou radiológica de sífilis
congênita E teste não treponêmico reagente
preenchem critério para sífilis congênita;
Precoce → sintomas iniciam até 2 anos de
vida;
Tardia → sintomas iniciam após os 2 anos
de idade;
Traso no DNPM, nariz em sela, fonte olímpica,
coriorretinite, ceratite intersticial, perda
auditiva sensorial, dentes de Hutchinson
60 a 90% RN com SC são assintomáticos;
Dois terços desenvolvem sintomas em três a
oito semanas de vida;
RN expostos deverão ser investigadas ainda
na maternidade:
Manifestações clínicas, exames
complementares e resultado do teste não
treponêmico;
As principais manifestações são:
⤲ Lesões cutaneomucosas (15 a 60%)
⤲ Rash cutâneo;
⤲ Pênfigo sifilítico (lesões bolhosas
disseminadas, geralmente em pés e
mãos);
⤲ Condiloma lata: lesões planas ou
verrucosas boca, nariz e ânus;
⤲ Corrimento nasal (rinite sifilítica) –
precoce, é uma secreção que contém
espiroquetas, conteúdo hialino;
Hepatomegalia em quase todos (precoce);
Esplenomegalia (50%) associada a hepato,
nunca isolada;
Icterícia (hepatite sifilítica, colestase ou
hemólise);
Linfadenopatia generalizada;
Anemia e trombocitopenia (petéquias e
sangramentos);
Acometimento assintomático do SNC (40 a
60%);
Pediatri�
Deverá incluir:
⤲ Exame físico minucioso;
⤲ VDRL quantitativo (mãe e bebê);
⤲ Exame do líquor, incluindo VDRL;
⤲ Radiografia de ossos longos;
⤲ RX tórax;
⤲ PCR;
⤲ Hemograma completo;
⤲ TGO, TGP, BTF, albumina;
⤲ Eletrólitos (Na, K, Mg);
⤲ Neuroimagem;
Neurossífilis
Pode ocorrer nos RN assintomáticos;
Nos sintomáticos 60% evoluem com
neurossífilis;
O VDRL reagente é o mais fidedigno;
⤲ Cuidar acidente de punção – falso
positivo;
⤲ Falso negativo pode ocorrer nos
primeiros dias;
Na gravidez;
Considera-se tratamento adequado para sífilis
durante a gestação: tratamento completo
para estágio clínico de sífilis com penicilina
benzatina e iniciado até 30 dias antes do
parto;
Para fins clínicos e assistenciais, alguns
fatores são considerados para o tratamento
adequado da GESTANTE COM SÍFILIS, COMO:
Administração de penicilina benzatina;
Início do tratamento até 30 dias antes do
parto;
Esquema terapêutico de acordo com o
estágio clínico da infecção;
Respeito ao intervalo recomendado entre as
doses;
Avaliação quanto ao risco de reinfecção;
Documentação de queda do título não
treponêmico em pelo menos duas diluições
em três meses, ou de quatro diluições em
seis meses após a conclusão do tratamento
(ex.: antes, 1:16; depois, menor ou igual a 1:4)
– resposta imunológica adequada;
Sífilis primária: penicilina G benzatina 2,4
milhões UI;
Sífilis secundária ou < 1 ano: penicilina G
benzatina 2,4 milhões UI (2 doses) > 1 ano
ou desconhecido: 2,4 milhões UI x 3 (7,2
milhões UI);
As pacientes alérgicas à penicilina deverão
ser dessensibilizadas e depois tratadas com
este antibiótico;
Tratamento materno inadequado:
⤲ Qualquer regime não penicilínico;
⤲ Número de doses insuficientes;
Pediatri�
⤲ Tratamento realizado no mês
antecedente ao parto;
⤲ Quando os títulos reagínicos não
diminuem;
⤲ Quando há evidências de reinfecção
(elevação de 4x no título de VDRL);
Solicitamos para criança:
⤲ Hemograma completo;
⤲ Glicemia;
⤲ RX dos ossos longos;
⤲ Líquor (solicitar celularidade,
proteinorraquia e VDRL);
⤲ VDRL na mãe e bebê ao mesmo
tempo (não pode ser sangue do
cordão umbilical);
Tratamento da sífilis congênita:
Baseia-se em dois princípios fundamentais:
1- Toda gestante terá VDRL à admissão
hospitalar ou imediatamente após o parto;
2 - Todo RN com mãe com sorologia
positiva para sífilis deverá ter VDRL de
sangue periférico;
A única situação em que não é necessário
tratamento é a da criança exposta à sífilis
(aquela nascida assintomática, cuja mãe foi
adequadamente tratada e cujo teste não
treponêmico é não reagente ou reagente com
titulação menor, igual ou até uma diluição
maior que o materno);
Essas crianças não são notificadas na
maternidade, mas devem ser acompanhadas
na Atenção Básica, com seguimento clínico e
laboratorial;
OU SEJA:
Bebê Assintomático:
VDRL no bebê >> NR até uma diluição do
VDRL materno >> Sífilis Adequadamente
tratada – Considerado exposto a sífilis >> Só
acompanhar;
VDRL no bebê > 2 titulações da mãe: Sífilis
Congênita;
Bebê Sintomático
Investiga sífilis, se negativo, investiga demais
STORCH;
Bebê sintomático ou não + algum exame
alterado e resultado do líquor;
Líquor normal – Sífilis congênita sem
neurossífilis;
Benzilpenicilina potássica/cristalina 50.000
UI/kg, intravenosa, de 12/12 na primeira;
semana de vida, de 8/8 após a primeira
semana de vida, por 10 dias;
OU
Benzilpenicilina procaína 50.000 UI/kg,
intramuscular, uma vez ao dia, por 10 dias;
Líquor alterado – Sífilis congênita com
neurossífilis;
Trate com Benzilpenicilina potássica/cristalina
50.000 UI/kg, intravenosa, de 12/12h na
primeira semana de vida, e de 8/8h após a
primeira semana de vida, por 10 dias;
Se diagnóstico de Sífilis > 28dv ou se Sífilis
Adquirida;
Penicilina EV 50.000 UI/kg de 4/4h por 10
dias;
VDRL
Realizar com 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade,
interromper o seguimento laboratorial após
dois testes não reagentes consecutivos;
Não reagente ou reagente com titulação
menor igual ou até uma diluição maior que o
materno (1:4 e materno 1:2): baixo risco de
SC;
Reagente com titulação superior à materna
em pelomenos duas diluições: sífilis
congênita;
Espera-se que os testes não treponêmicos
declinem aos 3 meses de idade, devendo ser
não reagentes aos 6 meses nos casos em
que a criança não tiver sido infectada;
Se não houver esse declínio do teste não
treponêmico, a criança deverá ser investigada
para SC, com realização de exames
complementares e tratamento conforme a
classificação clínica, além de notificação do
caso. Idealmente, o exame deve ser feito
pelo mesmo método e no mesmo laboratório;
FTA-ABS
NÃO é obrigatório. Pode ser realizado a partir
dos 18 meses de idade;
Um teste treponêmico reagente após os 18
meses de idade (quando desaparecem os
anticorpos maternos transferidos passivamente
no período intrauterino) confirma o
diagnóstico de sífilis congênita;
Um resultado não reagente não exclui sífilis
congênita nos casos em que a criança foi
tratada precocemente;
Crianças com teste treponêmico reagente
após 18 meses de idade e que não tenham
histórico de tratamento prévio deverão passar
por uma avaliação completa, receber
tratamento e ser notificadas como caso de
sífilis congênita;
Pediatri�
Seguimento odontológico, fonoaudiológico e
oftalmológico;
Neurossífilis - Acompanhamento de PL a
cada 3-6 meses até normalização do líquor;
Pediatri�

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