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patogenia Na forma periférica há alta parasitemia com anemia hemolítica e na forma viscerotrópica eritrócitos infectados no endotélio vascular, induções de protusões na membrana do eritrócito pela adesão, ocorre hipotensão, alteração da coagulação e formação de trombos. EPIDEMIOLOGIA Expressão da doença varia com patogenicidade entre espécies e entre isolados, raça (européias são mais secetíveis), idade (animais jovens são mais resistentes devido ao colostro) e imunidade. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: ÁREA LIVRE- não há carrapato devido às condições climáticas ÁREA INSTABILIDADE ENZOÓTICA- Estações bem definidas, nas mais quentes ocorrem os surtos, principalmente no Sul e algumas regiões de SC e PR, pelos bovinos ficarem longos períodos sem contato com o carrapato, a imunidade para os carrapatos diminui, quando diminui é onde eles são infectados e há surtos. ÁREA ESTABILIDADE ENZOÓTICA (ENDÊMICA)- há presença de carrapatos durante o ano todo, AC acima de 75% nos animais pelo contato com os carrapatos com isso ocorre casos isolados. estabilidade x instabilidade enzoótica As circunstâncias que levam aos surtos de TPB se dá pela introdução de animais de áreas livres em áreas enzoóticas, introdução de animais parasitados nas áreas livres e redução temporária de carrapatos. IMPORTÂNCIA NA PRODUÇÃO Tem alta morbidade, mortalidade, causa perdas na produção, aborto e custos com profilaxia e tratamento são caros. BABESIOSE Características morfológicas: Basesia bovis é pequena, piriforme e aparece em pares, tem tropismo por órgãos viscerais e centrais e pouco tropismo pela circulação periférica, há acúmulo de hemácias nos capilares. •Babesia bigemina é grande, piriforme, isolada e bigeminada com tropismo pela circulação periférica. Também conhecida como proplasmose, febre do carrapto, água vermelha, febre do texas, nambiúvu e tristeza parasitária bovina quando associada à anaplasmose. CICLO BIOLÓGICO DA BABESIA É transmitida pelo rhipicephalus boophilus microplus. Se reproduz assexuadamente começando com a ovoposição que eclode e as larvas ficam sobre o pasto, já no hospedeiro a larva se torna ninfa- neandro ou neogina- partenogina- teleógina que faz a ovoposição. Na forma sexuada os trofozoítos formam pré gametócitos que se tornam gametócitos- zigotos- esporocineto (transmissão transovariana ou transestadial)- das glândulas salivares saem os esporozoítos que se tornam trofozoítos. IMUNIDADE Para ter imunidade o animal precisa ter contato com o carrapato, o animal imune que fica 8 meses sem contanto se torna suscetível e a imunidade cruzada entre as espécies não é possível. O colostro é muito importante para conferir imunidade no ínicio da vida do animal, principalmente na exposição ao agentes nas primeiras semanas sendo a imunidade para cada agente diferente/específica. SINAIS CLÍNICOS BABESIA BOVIS- Acúmulo de hemácias em capilares como cérebro, rins. baço e fígado, anóxia, ativação das cascatas de ativação e complemento, hipotensão, choque e morte. Se inicia 2-3 semanas após inoculação do protozoário, febre alta, anorexia e atonia do rúmen com o animal se isolando do resto do rebanho, animal indócil permanecendo deitado e à sombra, dorso arqueado e pelo arrepiado, dispneia, taquicardia, mucosas pálidas icterícia mais tardiamente, 75% dos eritrócitos podem ser destruídos em 3-5 dias, quadro crítico pode reduzir dentro de 1 semana, a taxa de mortalidade pode chegar a 50%. O animal que sobrevive perde peso, tem abortos, queda na produção de leite e o período de recuperação é prolongado. Tris t eza parar i tár ia Bov ina Pode ser causada por babesia bigemina, babesia bovis e anaplasma marginale. HEMOPARASITOSES MARIA BARROS patogenia e sinais clínicos Início das alterações de 3-8 semanas, febre, anemia por fagocitose dos macrófagos, mucosas pálidas, icterícia, não há hemoglobinúria e aborto. DIAGNÓSTICO Testes sorológicos como hemaglutinação ou IFI TRANSMISSÃO E CICLO BIOLÓGICO DA ANAPLASMOSE É transmitida pelo rhipicephalus boophilus microplus, tabanídeos e stomoxys. a transmissão pode ser por carrapatos, insetos hematófagos, iatrogênica e intra-uterina. O ciclo DIAGNÓSTICO Presença de carrapatos, história clínica e sintomas, esfregaços sanguíneos corados com giemsa ou panótico, necropsias e impressões de órgãos. ACHADOS DE NECROPSIA Sangue pouco viscoso, carcaça ictérica ou pálida, plasma pode estar ictérico ou avermelhado. Rins com coloração vermelho escuro com excesso de cilindros de hemoglobina nos túbulos e congestão acentuada. Fígado muito pálido (anemia) ou alaranjado (ictérico). Baço aumentado de volume e friável devido à alta destruição de eritrócitos. Encefalo com coloração rósea ou rósea-avermelhada, intensa congestão e adesão dos eritrócitos às células endoteliais Diagnóstico da TPB Clínico, laboratorial: parasitológico, patologia clínica (hematócrito menor que 20%, plasma com hemoglobinemia/icterícia, eritograma com anemia macrocítica hipocrômica), sorologica (hemaglutinação, imunofluorescência indireta e ELISA) , biopsia molecular e achados de necropsia. b. bovis- sinais neurológicos, b.bigemina- hemoglobinúria, anaplasma- icterícia. MARIA BARROS TRATAMENTO Suporte com vit B12, antitérmico e transfusão. Babesia: dipropionato de imidocarb 1,2mg/Kg SC e diaceturato de diminazene 3,5mg/Kg IM Anaplasma: cloridrato de tetraciclina 20mg/Kg IM * Resíduo no leite 72h após administração. CONTROLE E PROFILAXIA Controle do vetor, aplicação de acaridicidas (banho carrapaticida), garantir boa imunidade passiva nos bezerros, fazer exposição controlada para desenvolver imunidade ativa, vacinar animais suscetíveis. Premunição: inoculação de sangue total, parasitado pelos agentes da TPB, seguido de tratamento, quando se estabelece a doença na fase aguda, tem como desvantagens falta de controle sobre o inóculo, transmissão de doenças, agentes atenuados, interrupção da imunidade por tratamento e sensibilização para grupos sanguíneos. Quimioprofilaxia: usar metade da dose terapêutica 2-3 dias após contato inicial com carrapatos, intervalo de 21 dias. Atualmente existem vacinas que no Brasil são baseadas em cepas de babesia e anaplasma. Vacinas mortas: controle do inóculo, inócuas, estocagem por tempo prolongado, imunidade transitória. Vacinas vivas: parasitos atenuados, quantidade suficiente para induzir resposta imunitária que proteja contra cepas heterólogas. BABESIA BIGEMINA Febre, anemia hemolítica, hemoglobinemia que pode ser combinada a uveíte, hemoglobinúria e icterícia. HEMOPARASITOSES ANAPLASMOSE Corpúsculos pequenos intraerocitários, forma arredondada, densa e homogênea, em 80-90% dos casos se encontra na periferia. biológico é muito similar ao da babesia. O ciclo evolutivo começa com o corpúsculo inicial que invagina a membrana formando um vacúolo parasitóforo - corpúsculo de inclusão (4-8 corpúsculos iniciais), após ser liberado da hemácia cada corpúsculo é um elemento infectante que invade outra hemácia e sofrerá nova divisão. * Anaplasma não rompe a hemácia na sua saída. https://www.milkpoint.com.br/empresas/novidades-parceiros/tristeza- parasitaria-uma-doenca-que-ameaca-a-bovinocultura-219419/ https://www.milkpoint.com.br/empresas/novidades-parceiros/tristeza-parasitaria-uma-doenca-que-ameaca-a-bovinocultura-219419/
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