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LAZER EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO AULA 2 ABERTURA Olá! O esporte é de fundamental importância para uma nação, uma vez que provoca melhorias em diversos aspectos da sociedade, resultando assim em promoção da qualidade de vida e longevidade saudável. A política pública representa um artifício importante para qualquer país, visto que por meio dela realizam-se ações buscando o bem comum de um povo, e o esporte deve ser tratado como tal. Nesta aula, você irá compreender o esporte a partir de sua visão social, como um exercício físico promotor de saúde e bem-estar. Além disso, irá conhecer as políticas públicas do esporte e as forças econômicas que ele envolve. Bons estudos. Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e lazer REFERENCIAL TEÓRICO No Brasil, o esporte se tornou um direito de todo o cidadão a partir da Constituição de 1988. Em 2003, criou-se o Ministério do Esporte. Com esses marcos históricos, a prática do esporte foi cada vez mais incentivada. É possível observar que o Brasil direciona uma boa atenção às políticas públicas esportivas, havendo leis no país que criam oportunidades e fomentam o esporte. O esporte possibilita autoconhecimento e relações de amizade, e também serve como fonte de saúde. Além disso, o esporte proporciona desafios físicos e mentais e contribui para o bem- estar. No capítulo "Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e lazer", base teórica desta aula, conheça o lado social do esporte, bem como os benefícios na promoção da saúde e do bem-estar dos seus praticantes. Por fim, conheça o lado econômico e político que envolve o esporte e terá aprendido a: • Contextualizar a visão social do esporte. • Reconhecer as forças econômica e política do esporte. • Identificar o esporte como promotor da saúde e do bem-estar. Boa leitura. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Contextualizar a visão social do esporte. > Reconhecer as forças econômica e política do esporte. > Identificar o esporte como promotor da saúde e do bem-estar. Introdução O esporte é um fenômeno social praticado por pessoas de diferentes idades e sexos. Nos últimos anos, seu conceito mudou e não é mais visto como simples lazer ou competição; é, também, considerado uma atividade econômica que pode ser utilizada em diferentes partes da vida, nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais da saúde. O esporte como meio de interação social introduzirá hábitos e regras sociais, será útil para a vida dos atletas e vital para o desenvolvimento da saúde física, mental e emocional de seus praticantes. Por meio do trabalho em equipe, podem ser desenvolvidos valores como respeito, confiança, cooperação, responsabilidade, etc. Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer Vanessa Dias Possamai Neste capítulo, você vai conhecer o esporte por meio da sua visão social, econômica e política. Além disso, você vai reconhecer a importância do esporte como uma alternativa para a promoção da saúde e do bem-estar. A visão social do esporte A história do esporte vem acompanhada da história da sociedade e, no que diz respeito ao Brasil, também sofre forte influência do Estado. Além das questões jurídicas ocorridas no século XX, o processo de urbanização vivido pela sociedade brasileira no mesmo período gerou demandas e a defesa de políticas públicas de esporte e lazer (GRANJA, 2017). De acordo com a Constituição de 1988, esporte e lazer tornaram-se direitos sociais e devem ser garantidos à sociedade brasileira por meio de políticas públicas, pois são mercadorias produzidas pela sociedade humana. No en- tanto, com o ajuste da estrutura produtiva e as mudanças nos protagonistas da implementação das políticas públicas, as organizações não governamentais, fundações e associações beneficentes (o chamado terceiro setor) assumem o papel do Estado na garantia da responsabilidade social (BRASIL, 1988). Organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional ministraram palestras sobre esportes, incentivadas e dirigidas a governos de vários países a fim de promoverem políticas de lazer desportivo para jovens em situação de fragilidade social e de dedicarem o desporto a um papel que pode evitar a trágica realidade de exclusão e isolamento (HÚNGARO, 2008). Em nosso país, os programas de recompensas esportivas para crianças e jovens estão se tornando cada vez mais comuns, buscando acesso às expe- riências esportivas com expectativas e objetivos diferentes. Para Thomassin e Stigger (2009, p. 8), “[...] a crença estabelecida na sociedade é que valores, hábitos e doutrinas morais vão ajudar a mudar as relações sociais na condu- ção de projetos sociais”. O desporto é um dos principais fenômenos sociais contemporâneos, não só nos aspectos específicos da sua prática (técnica), mas também na perspectiva da educação e da cultura social, constituindo-se em uma área privilegiada de intervenção. Além de promover a inclusão social, as atividades esportivas também regulam a interação entre os jogadores, permitindo aos participantes enfrentar diferentes situações. A participação das crianças em jogos envolve processos cognitivos complexos, pois requer a habilidade de explicar e compreender as regras. Quanto mais jovem a criança, mais difícil é esse entendimento, Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 2 pois é necessário um desenvolvimento cognitivo avançado para que ela entenda os motivos de tantas normas (TANI, 2002). Portanto, por exemplo, em um ambiente de jogo que viola as regras, devemos considerar as seguintes possibilidades: o mecanismo intelectual do indivíduo ainda é insuficiente, o entendimento das regras não é claro ou o indivíduo tenta utilizá-lo nesta situação. A compreensão das regras está relacionada ao desenvolvimento da moralidade, que se desenvolve gradualmente. Projetos sociais do Governo Federal Para conhecer mais sobre ações e programas que o governo federal apoia, entre eles os programas Vila do Esporte, Atleta na Escola, Esporte na Escola, Vida Saudável, Segundo Tempo, Esporte e Lazer na Cidade, Forças no Esporte, Bolsa Atleta e programas vinculados diretamente ao Plano Brasil Medalhas (BRASIL, [2021]), acesse o site do Ministério da Cidadania. Segundo Garcia e Zaremba (2017), a importância social e pedagógica do esporte está em encarar a prática esportiva como um espaço de aprendi- zagem de cursos e valores. Indivíduos e cidadãos utilizam as ferramentas disponíveis no ambiente esportivo para promover o desenvolvimento de habilidades cognitivas e psicossociais, afinal, o esporte pode trazer mais do que benefícios físicos ou resultados competitivos. Os projetos sociais constituem-se como uma solução vantajosa para o desenvolvimento das competências de convivência humana, inclusão social e respeito pela diversidade, podendo também ser dirigidos a outros fins, sem ter como foco principal o desporto. Cada secretaria deve contemplar as diferenças de cada nicho social. Ações para diferentes projetos podem ser direcionadas a diferentes faixas etárias, administradas por órgãos governamentais ou não. No âmbito desses projetos sociais, a prática de exercícios físicos pode não só melhorar a qualidade de vida dessas crianças, mas construir adultos mais ativos física e emocionalmente e saudáveis. (CARVALHO; SEDA; ESPÍRITO SANTO, 2013). A Constituição Federal de 1988 garante a importância do esporte para os cidadãos brasileiros e expressa a obrigação do Estado de promover a prática esportiva formal ou informal. Os projetos sociais têm se tornado a porta de entrada para atender a essas necessidades, independentemente de o esporte ser atrativo ou não. Além disso, um projeto social é um comportamento cívico, Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 3 que se baseia em ações organizadascom objetivos claros e visa encontrar soluções ou alternativas para os problemas sociais. Ao focar no esporte como ferramenta de promoção da educação e da cidadania, os projetos buscam o desenvolvimento do espírito de equipe, o respeito às limitações pessoais e interpessoais, a disciplina, a união, entre outros valores. Eles podem se adaptar a diferentes faixas etárias e quaisquer esportes (CARVALHO; SEDA; ESPÍRITO SANTO, 2013). Além disso, mesmo diante de fracassos e vitórias, superação de limites e retrocessos, na elaboração cuidadosa das emoções, se o esporte for bem orientado, pode não só melhorar o desenvolvimento físico, mas também melhorar a capacidade emocional na interação com grupos heterogêneos, bem como desenvolver o controle emocional em face do medo, da timidez, da ansiedade, da raiva, da dor, da euforia. O Estatuto da Infância e da Juventude também afirma, em seu artigo 4º, que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do governo garantir, com prioridade absoluta, a realização dos direitos relacionados a vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990). No entanto, não é incomum que projetos sociais desse tipo se desviem e passem a atender às necessidades do mercado econômico e do sistema capitalista gerado pelo universo esportivo. São exemplos os projetos em que o futebol é o principal objeto de atividade, ou as escolas de iniciação desportiva dessa modalidade, que visam à profissionalização precoce da carreira de um jogador de futebol. Geralmente, os projetos voltados para a profissionalização dos jovens não oferecem nenhuma estratégia para a construção de novas alternativas de vida além do futebol (AQUINO, 2010). Portanto, levando em consideração esses fatores, o esporte pode ser um importante recurso voltado para a melhoria da convivência humana, pois propõe uma postura coletiva e, assim, desenvolve uma educação inclusiva que possa formar pessoas que cooperem e mantenham o mundo e as rela- ções. No entanto, é necessário examinar o papel que o esporte pode ter na manutenção de habilidades de convivência e cultura. Seja na educação, nos esportes sociais ou naqueles de alto rendimento, a prática da psicologia do esporte deve ser reconsiderada para que a psicologia seja sempre benéfica para o ser humano e cuide das condições existentes de relacionamento. Pensando nesse sentido, é possível visualizar a possibilidade de desenvolver comportamentos coletivos na prática esportiva, o que ajuda a construir o sentido de estar com os outros e de pertencer rapidamente, o que pode diminuir a dor causada pelo isolamento social (AQUINO, 2010). Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 4 As forças econômicas e políticas do esporte Entender a lógica de financiamento e gasto da política esportiva é uma chave explicativa importante para compreender a trajetória e as prioridades da política esportiva em nível federal, pois, para que as ações da política espor- tiva sejam substantivas, recursos financeiros devem estar disponíveis para implementação. Esse processo se dá por meio da discussão sobre o que será colocado no primeiro plano da agenda esportiva, ou seja, pela formulação do que será um item da política esportiva (REIS et al., 2020). A política pública de esportes está baseada na manutenção, e o Estado se constitui como uma forma de financiamento que propõe o desenvolvimento do esporte no país, (CASTELLANI FILHO, 2013). Nas últimas décadas, o esporte ganhou novos significados; talvez seja o fenômeno mais influente nesse pe- ríodo em escala global, passando a fazer parte da vida das pessoas e tornar-se parte indispensável da estrutura social. Contribuiu para a restauração e o fortalecimento da identidade nacional, e com sua ascensão na mídia, tem desempenhado um papel de extrema importância na economia internacional (ANDREWS; RITZER, 2007) e como meio de alcançar o sucesso em termos de negócio dentro do mercado econômico (SHEREMET, 2015). No contexto da globalização, é necessário manter os valores humanos re- conhecidos e admirados pelas pessoas na transição entre o desporto moderno (tradicional) e o contemporâneo (multifacetado). O esporte contemporâneo é fascinante para espectadores e praticantes e deve ser entendido como um sistema aberto e interdependente de outros sistemas, como econômico, midiático, político e educacional. Assim, as relações internas do sistema desportivo em contato com as relações externas existentes com outros sistemas são fatores que se somam ao fenômeno de complexidade crescente (PUIG; HEINEMANN, 1991; GOELLNER, 2005) Hoje, a exemplo de Goellner (2005) nos Jogos Olímpicos, o esporte tem registros de grave nacionalismo, exploração comercial e econômica, corrupção, especialização precoce, doping, violência sexual e discriminação, além de solidariedade, consagração, celebração, convivência, fraternidade e inclusão: é um espaço de paradoxos que convivem e às vezes interagem. O esporte tem uma dimensão ampla e multifacetada e, como tal, não pode ser visto apenas na abordagem competitiva (GOELLNER, 2005). O esporte está se globalizando, motivando alguns dos maiores eventos internacionais, sendo responsável por grande parte do movimento financeiro mundial, pelo cenário político e de demonstração de poder. Ao mesmo tempo, é também um evento local onde grupos específicos se reúnem para se exercitar Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 5 com diferentes finalidades. Portanto, hoje pode ser denominado um fenô- meno sociocultural com muitas manifestações, cada vez mais integrado às necessidades das pessoas que o praticam e/ou assistem (GALATI et al., 2018). Ministério responsável pelo esporte no Brasil Em 1º de janeiro de 2003, foi institucionalizado o Ministério do Esporte pela Medida Provisória nº. 103, a fim de buscar a democratização e a garantia de direito ao esporte. Caberia a esse órgão federal administrar, exclusivamente, o esporte brasileiro, conferindo a ele status de ministério exclusivo e permanente, pela primeira vez no país, indicando que o governo dedicava suposta importância a esse campo. Conforme texto da lei que criou o Ministério do Esporte em 2003, as competências que constituem o recente Ministério são: a) política nacional de desenvolvimento da prática dos esportes; b) intercâmbio com organismos públicos e privados, nacionais, internacionais e estrangeiros, voltados à pro- moção do esporte; c) estímulo às iniciativas públicas e privadas de incentivo às atividades esportivas; d) planejamento, coordenação, supervisão e avaliação dos planos e programas de incentivo aos esportes e de ações de democratização da prática esportiva e inclusão social por intermédio do esporte (BRASIL, 2003). Por meio do Decreto nº 9.674/2019, de 2 de janeiro, e do Decreto nº 10.357/2020, de 20 de maio, foi criado o Ministério da Cidadania, órgão da administração federal direta, composto pela unificação dos Ministérios do Esporte e do De- senvolvimento Social. Fazem parte da estrutura básica do Ministério da Cidadania a Secretaria Especial do Desenvolvimento Social e a Secretaria Especial do Esporte, entre outras (BRASIL, 2003; 2019). A Constituição Federal de 1988 debateu, de forma concisa e universal, alguns conceitos básicos que foram traçados pelo Estado brasileiro como as prioridades e os princípios do esporte no país. De acordo com as leis de eventos esportivos, é essencial fazer um equilíbrio dinâmico de investimento entre os gestores públicos de esportes para atender às necessidades relacio- nadas aos três eventos esportivos (esportes de rendimento, de participação e educacionais) (BRASIL, 1988). Nesse sentido, para que a administração pública (municipal, estadual e federal) promova o desenvolvimento social adequado e integre as atividades esportivas, é necessária a inclusão do governonas áreas de educação, esporte, lazer, saúde, cultura e ação social (GALINDO, 2010). A sociedade capitalista vem transformando o esporte, desde o século XX, tal qual grande parte de seus bens culturais, em um setor economicamente dinâmico e altamente rentável. É nessas circunstâncias que começa a sur- Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 6 gir a comercialização e o espetáculo dos fenômenos esportivos. A atuação do mercado publicitário e da mídia profissional sobre o tema se baseou, em última instância, no novo modelo de relacionamento entre óculos espor- tivos, televisão e marketing esportivo, que revolucionou o campo esportivo (REIS et al., 2020). Para Ouriques (2014), o esporte moderno entrou no circuito mundial de produção e reprodução do capital; como em qualquer indústria, o esporte passou, enquanto mecanismo catalisador, a interagir com vários setores produtivos do mundo capitalista que, não obstante, dele precisam para gerar lucros e potencializar acúmulos. Portanto, seu processo produtivo (sua matriz de atuação é baseada na lógica empresarial) busca expandir a produção e diversificar o consumo esportivo (REIS et al., 2020). O processo do consumo, segundo Proni (1998), estaria a associado a três esferas interdepen- dentes: consumo de bens (mercados de artigos e equipamentos esportivos), de serviços (iniciação e supervisão esportiva) e de espetáculos (cobertura de eventos esportivos). O desenvolvimento e a popularização do esporte fazem parte da cultura popular, sendo produzidos e utilizados por meio da mídia. Para Athayde (2014), o surgimento de um paradigma de negócios se tornou uma característica do setor. Por sua vez, esse paradigma produziu um movimento especial que não é indiscutivelmente baseado na lógica de mercado que foca na comerciali- zação desse fenômeno, mas também no uso do espaço para explorar novas paredes do consumidor. Hoje em dia, o esporte tem a função de gerar renda, negócios e empre- endimentos, por isso é necessário manter o maior número possível de pes- soas participando desse fenômeno, para que surjam diferentes expressões esportivas com diferentes significados. Com isso, a divulgação do esporte na mídia tem aumentado, levando ao incremento do número de espectadores e à expectativa de que o número de praticantes também aumente (GALATTI et al., 2018). Portanto, o esporte contemporâneo está se configurando por meio de diferentes formas de expressão, confirmando seu status de fenômeno multissocial e cultural. Hoje, o esporte ultrapassou a versão moderna, o que torna as ideias dos clássicos do esporte confinadas à burocracia federal. Apesar de ser impulsionado pelo esporte profissional, pelos lucros e pela expansão dos negócios, o esporte passou a agregar mais espectadores e novos praticantes, que reconstruíram o ambiente para a vivência esportiva e passaram a ampliar o significado do fenômeno (GALATTI et al., 2018). Além de treinar atletas e gerar dividendos, o esporte também ganha espaço como oportunidade de lazer, e seu significado educacional é mais uma vez reconhecido, agora não só para a elite socioeconômica ou para Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 7 poucas pessoas que já atingiram o nível do esporte, mas também para quem o pratica ou assiste ao movimento esportivo (GALATTI, 2010). Isso prova a complexidade do esporte: um mesmo fenômeno pode gerar lucros em um forte mercado internacional, mas também pode aproximar pessoas de todas as regiões onde o esporte é praticado. Este é o desporto contemporâneo, diverso, com dimensão global e especificidade regional, é um espaço em que pessoas de todo o mundo oscilam entre a economia e a racionalidade e o relacionamento interpessoal mais profundo e sensível (GALATTI et al., 2018). Nesse sentido, como um produto especial, os programas esportivos em larga escala exigem não apenas uma gestão empresarial eficaz, mas também planos altamente organizados e complexos, e outros produtos começam a ser reconhecidos, divulgados e promovidos. Portanto, pode ser utilizado como meio de transporte de outros produtos, e até mesmo como vagão de propaganda privilegiado. Por fim, a integração do esporte com a economia de mercado levou a uma ampla gama de processos de expansão e diversificação da produção e do consumo com base no marketing e na comercialização de desempenho esportivo. O esporte como promotor da saúde e do bem-estar No Brasil, nas últimas décadas, o Estado se mostrou presente no setor espor- tivo por meio de ações políticas incentivando o esporte de alto rendimento e a ideia de que o esporte pode promover a saúde das pessoas e uma melhor qualidade de vida, compensando, assim, os problemas da vida urbana cada vez mais modernizada, ou seja, o estado de bem-estar (BRACHT; ALMEIDA, 2003). O crescente aumento de diferentes patologias tem apontado o seden- tarismo como um fator de risco para diversas doenças crônicas, levando os sistemas de saúde pública a buscarem novas estratégias de promoção e prevenção da saúde, com foco na melhora da qualidade e dos hábitos de vida, o que inclui boa alimentação e prática de exercícios (ZAMAI, 2009), uma vez que a inatividade física, a falta de exercício ou os baixos níveis de exercício estão fortemente ligados às principais doenças crônicas que afetam a população mundial, como doenças cardiopulmonares (doença cardíaca coronária, doença cardiovascular, acidente vascular cerebral, hipertensão), do metabolismo (diabetes e obesidade), câncer (câncer de mama, câncer de cólon), musculoesqueléticas (osteoporose) e depressão (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 8 LA SALUD, 2010). O estilo de vida sedentário é o principal causador de mais de 50% dos casos de óbito no Brasil (ZAMAI; BANKOFF, 2016). A importância da prática regular de atividade física ou exercícios físicos inclui aspectos relacionados à promoção da saúde e à capacidade de proteger as funções, ou seja, além de reduzir o risco de doenças, também pode melhorar a aptidão física. O esporte melhora a saúde cardiorrespiratória, a força e a resistência muscular, reduz a pressão arterial e as dores musculares, previne e controla o peso, aumenta a densidade óssea, a flexibilidade, a mobilidade e a capacidade de exercício aeróbio, todos os quais podem predizer saúde. Além disso, os benefícios relacionados aos aspectos psicológicos e sociais incluem melhorar a autoimagem, a autoestima, a autoconfiança e a felicidade, e reduzir os sintomas de estresse e depressão (MATSUDO et al., 2002; ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2001). Outros benefícios estão relacionados a aspectos psicobiológicos, como a qualidade do sono e a redução de distúrbios do sono (insônia, distúrbios do ritmo circadiano, distúrbio respiratórios e do movimento relacionados ao sono); a adequação de funções cognitivas (processos psicológicos básicos: organização perceptual, velocidade do processamento mental, o tempo de reação para escolhas simples e ou complexas; habilidades superiores: memória e funções executivas); benefícios e redução de sintomas de transtornos de humor e psiquiátricos (principalmente, depressão e ansiedade) e modificação e adequação do comportamento alimentar (relacionados a ingestão alimentar influenciada por aspectos fisiológicos, genéticos, sociais, rítmicos e psicoló- gicos), entre outros (ESTEVES et al., 2013; MELLO, 2013; RZEZAK; MELLO, 2013; RZEZAK; ANTUNES; MELLO, 2013; ZIMBERG, et al., 2013). Enumerando alguns dos benefícios da prática de exercícios físicos, é necessário determinar quais parâmetros são essenciais para considerar essa situação uma prioridade no dia a dia das pessoas (MOLANOROUZI; KHOO; MORRIS, 2014) a fim de promover a saúde e diminuir o desenvolvimento de doenças crônicas, diabetes, hipertensão e outras. Essas características têm desempenhado um papel na mudança de estilo das pessoas, sejam elas profissionais ou simplesmenteconsumidoras sedentárias ou não do esporte. Incontáveis formas de desempenho fornecem um amplo leque de oportuni- dades práticas e de comunicação, influenciando o estilo de vida das pessoas e, consequentemente, sua qualidade de vida (MARQUES, 2007). O progresso almejado é que a prática de atividades esportivas possa cola- borar com inúmeros outros fatores para alcançar um bom nível de percepção da qualidade de vida, desde que esteja relacionada às condições, objetivos, expectativas e necessidades dos participantes. A qualidade de vida é um Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 9 fator complexo, que depende da percepção objetiva e subjetiva do indivíduo, confirmando assim que o impacto dos eventos esportivos e seus valores na vida possuem certa relatividade. Portanto, existe um falso reducionismo que afirma que certas formas de desempenho esportivo são sempre positivas ou negativas para o bem-estar das pessoas envolvidas (LOTTI; OLIVEIRA, 2016). Algumas pessoas praticam esportes com o objetivo de superar constante- mente resultados e limites, embora nem todos com essa visão tenham como objetivo principal a competição com os demais participantes. As disputas geralmente são internas e objetivam a autossuperação. Outros usam exercí- cios para diversão, felicidade e autossatisfação. Outros buscam a estética e a melhoria da autoimagem. Para muitas pessoas, o exercício físico significa a possibilidade de interação social e convivência humana (TANI, 2002). Para que o exercício físico seja um fator de melhoria da qualidade de vida, o conceito ideal da sociedade contemporânea é considerá-lo como um dos muitos hábitos cotidianos do estilo de vida dos sujeitos, não apenas como fator de consumo sedentário, mas também como meio de vida. Almeje a atividade física, desde que atenda às necessidades, expectativas, possibilidades e limites individuais. No entanto, é necessário promover a aquisição desse fenômeno de acordo com as possibilidades socioeconômicas de cada sujeito. O problema não é apenas oferecer diferentes modalidades esportivas, mas também proporcionar condições para a prática de exercícios (NÓBREGA et al., 2020). O esporte se coloca como uma das possibilidades de prática de atividade física e convívio social pertencentes à ideia de estilo de vida ativo, ou seja, um dos hábitos tidos como saudáveis atualmente, para maiores possibilidades de boa percepção de qualidade de vida. No entanto, para que essa prática seja incorporada no cotidiano dos sujeitos, é necessário que a condição de vida, ou seja, sua possibilidade de acesso a bens de consumo e a serviços de subsistência, permita a escolha e a prática corrente de atividades esportivas. Depois dessa garantia, é necessário que o sujeito se encontre em estado de prontidão para a inserção desse universo em sua vida (LOTTI; OLIVEIRA, 2016). A ideia de um estilo de vida ativo significa exercícios físicos diários. Nor- malmente, esse hábito nada mais é do que um dos inúmeros fatores que levam as pessoas a ter uma vida mais saudável. Portanto, as pessoas têm mais chances de ter uma boa compreensão da qualidade de vida. O esporte também é praticado como forma de lazer para as pessoas, acarretando, por consequência, a promoção da saúde. O esporte e o lazer compreendidos como fenômenos socioculturais são dotados de um aspecto comum, o caráter pedagógico que os permeia (MARCELLINO et al., 2007; PIZANI et al. 2020). A saúde, como categoria associada à atividade física de lazer, Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 10 pode indicar a questão do direito dos sujeitos à vivência de atividades de livre escolha, com interesse único e exclusivo na atividade em si (SILVA et al., 2017). As atividades físicas manifestadas pelo esporte, ao serem consideradas do ponto de vista do lazer, devem ter para os seus participantes um sentido de satisfação pela própria atividade, além de lhes proporcionarem, a partir da mediação do profissional de educação física e do lazer, a construção de valores a partir de um modo de vida melhor. Diante dessas considerações, é importante que seja incentivada a prática de esportes para a busca de um estilo de vida mais ativo. Os praticantes devem ser incentivados a se movimentar sempre e conhecer o motivo da necessidade dessa prática, bem como a se conscientizarem da importância de uma orientação de um profissional de educação física, pois a falta de supervisão pode tornar o exercício físico prejudicial à saúde, tendo em vista que movimentos errados podem ocasionar lesões (LOTTI; OLIVEIRA, 2016). Portanto, pode-se concluir que o esporte é um fenômeno humano, que tem trazido muitos benefícios para a sociedade e promove saúde e socialização, prolonga a vida de forma saudável e melhora a qualidade de vida. A política pública que incentive o esporte é fundamental para reduzir e solucionar os problemas comuns da sociedade. Como as políticas públicas devem ser implementadas, executadas e mo- nitoradas após sua formulação para a plena realização de seus resultados, é necessário diagnosticar a implementação das ações relacionadas a esse tema no Brasil, e novas pesquisas são necessárias. Referências ALLSEN, P. 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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm. Acesso em: 19 abr. 2021. Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 11 BRASIL. Decreto nº 9.674, de 2 de janeiro de 2019. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério da Cidadania, remaneja cargos em comissão e funções de confiança, trans- forma cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS e Funções Comissionadas do Poder Executivo - FCPE e substitui cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS por Funções Comissionadas do Poder Executivo - FCPE. Diário Oficial da União, Brasília, 2 jan. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9674impressao. htm. Acesso em: 20 abr. 2021. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente, e dá outras providências. 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Estudos comprovam que praticar esportes promove o bem-estar e atua na cura e prevençãode doenças. Todavia, o esporte será saudável se for levada em consideração a forma como é praticado. Ela deve ser adequada às condições de vida, à idade e à condição física do praticante. Imagine que você é professor e precisa criar uma metodologia para o ensino de handebol para crianças de 9 a 12 anos. Além da técnica, você deve conscientizar essas crianças sobre a importância do esporte para a saúde e sem bem-estar. Como professor, quais seriam suas estratégias para problematizar esse assunto com as crianças e jovens? PESQUISA Conheça o projeto social que leva esporte e esperança à Cracolândia https://www.youtube.com/watch?v=ZYCSiJOfB_0 Este vídeo conta a historia do um menino chamado Éverton, de apenas 11 anos, que encontrou no Jiu-jitsu a esperança para seguir adiante. Ele participa de um projeto social em uma área no centro de São Paulo, denominada Cracolândia. N
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