Buscar

2139-02-47158-Aspectos-históricos-sociais-e-a-política-para-o-esporte-e-lazer

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LAZER EDUCAÇÃO E 
DESENVOLVIMENTO 
HUMANO
AULA 2
ABERTURA 
Olá!
O esporte é de fundamental importância para uma nação, uma vez que provoca melhorias 
em diversos aspectos da sociedade, resultando assim em promoção da qualidade de 
vida e longevidade saudável. A política pública representa um artifício importante para 
qualquer país, visto que por meio dela realizam-se ações buscando o bem comum de um 
povo, e o esporte deve ser tratado como tal.
Nesta aula, você irá compreender o esporte a partir de sua visão social, como um exercício 
físico promotor de saúde e bem-estar. Além disso, irá conhecer as políticas públicas do 
esporte e as forças econômicas que ele envolve. 
Bons estudos.
Aspectos 
históricos, 
sociais e a 
política para o 
esporte e lazer
REFERENCIAL TEÓRICO
No Brasil, o esporte se tornou um direito de todo o cidadão a partir da Constituição de 1988. Em 
2003, criou-se o Ministério do Esporte. Com esses marcos históricos, a prática do esporte foi 
cada vez mais incentivada. É possível observar que o Brasil direciona uma boa atenção 
às políticas públicas esportivas, havendo leis no país que criam oportunidades e 
fomentam o esporte.
O esporte possibilita autoconhecimento e relações de amizade, e também serve como fonte de 
saúde. Além disso, o esporte proporciona desafios físicos e mentais e contribui para o bem-
estar.
No capítulo "Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e lazer", base teórica 
desta aula, conheça o lado social do esporte, bem como os benefícios na promoção da 
saúde e do bem-estar dos seus praticantes. Por fim, conheça o lado econômico e político 
que envolve o esporte e terá aprendido a:
• Contextualizar a visão social do esporte.
• Reconhecer as forças econômica e política do esporte.
• Identificar o esporte como promotor da saúde e do bem-estar.
Boa leitura. 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Contextualizar a visão social do esporte. 
 > Reconhecer as forças econômica e política do esporte. 
 > Identificar o esporte como promotor da saúde e do bem-estar.
Introdução
O esporte é um fenômeno social praticado por pessoas de diferentes idades e 
sexos. Nos últimos anos, seu conceito mudou e não é mais visto como simples 
lazer ou competição; é, também, considerado uma atividade econômica que pode 
ser utilizada em diferentes partes da vida, nos aspectos biológicos, psicológicos 
e sociais da saúde.
O esporte como meio de interação social introduzirá hábitos e regras sociais, 
será útil para a vida dos atletas e vital para o desenvolvimento da saúde física, 
mental e emocional de seus praticantes. Por meio do trabalho em equipe, podem 
ser desenvolvidos valores como respeito, confiança, cooperação, responsabilidade, 
etc.
Aspectos históricos, 
sociais e a política 
para o esporte 
e o lazer 
Vanessa Dias Possamai
Neste capítulo, você vai conhecer o esporte por meio da sua visão social, 
econômica e política. Além disso, você vai reconhecer a importância do esporte 
como uma alternativa para a promoção da saúde e do bem-estar.
A visão social do esporte 
A história do esporte vem acompanhada da história da sociedade e, no que 
diz respeito ao Brasil, também sofre forte influência do Estado. Além das 
questões jurídicas ocorridas no século XX, o processo de urbanização vivido 
pela sociedade brasileira no mesmo período gerou demandas e a defesa de 
políticas públicas de esporte e lazer (GRANJA, 2017).
De acordo com a Constituição de 1988, esporte e lazer tornaram-se direitos 
sociais e devem ser garantidos à sociedade brasileira por meio de políticas 
públicas, pois são mercadorias produzidas pela sociedade humana. No en-
tanto, com o ajuste da estrutura produtiva e as mudanças nos protagonistas da 
implementação das políticas públicas, as organizações não governamentais, 
fundações e associações beneficentes (o chamado terceiro setor) assumem 
o papel do Estado na garantia da responsabilidade social (BRASIL, 1988).
Organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas, 
a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(Unesco), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional ministraram 
palestras sobre esportes, incentivadas e dirigidas a governos de vários países 
a fim de promoverem políticas de lazer desportivo para jovens em situação 
de fragilidade social e de dedicarem o desporto a um papel que pode evitar 
a trágica realidade de exclusão e isolamento (HÚNGARO, 2008).
Em nosso país, os programas de recompensas esportivas para crianças e 
jovens estão se tornando cada vez mais comuns, buscando acesso às expe-
riências esportivas com expectativas e objetivos diferentes. Para Thomassin 
e Stigger (2009, p. 8), “[...] a crença estabelecida na sociedade é que valores, 
hábitos e doutrinas morais vão ajudar a mudar as relações sociais na condu-
ção de projetos sociais”. O desporto é um dos principais fenômenos sociais 
contemporâneos, não só nos aspectos específicos da sua prática (técnica), 
mas também na perspectiva da educação e da cultura social, constituindo-se 
em uma área privilegiada de intervenção. 
Além de promover a inclusão social, as atividades esportivas também 
regulam a interação entre os jogadores, permitindo aos participantes enfrentar 
diferentes situações. A participação das crianças em jogos envolve processos 
cognitivos complexos, pois requer a habilidade de explicar e compreender 
as regras. Quanto mais jovem a criança, mais difícil é esse entendimento, 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 2
pois é necessário um desenvolvimento cognitivo avançado para que ela 
entenda os motivos de tantas normas (TANI, 2002). Portanto, por exemplo, 
em um ambiente de jogo que viola as regras, devemos considerar as seguintes 
possibilidades: o mecanismo intelectual do indivíduo ainda é insuficiente, 
o entendimento das regras não é claro ou o indivíduo tenta utilizá-lo nesta 
situação. A compreensão das regras está relacionada ao desenvolvimento 
da moralidade, que se desenvolve gradualmente.
Projetos sociais do Governo Federal
Para conhecer mais sobre ações e programas que o governo federal 
apoia, entre eles os programas Vila do Esporte, Atleta na Escola, Esporte na 
Escola, Vida Saudável, Segundo Tempo, Esporte e Lazer na Cidade, Forças no 
Esporte, Bolsa Atleta e programas vinculados diretamente ao Plano Brasil 
Medalhas (BRASIL, [2021]), acesse o site do Ministério da Cidadania. 
Segundo Garcia e Zaremba (2017), a importância social e pedagógica do 
esporte está em encarar a prática esportiva como um espaço de aprendi-
zagem de cursos e valores. Indivíduos e cidadãos utilizam as ferramentas 
disponíveis no ambiente esportivo para promover o desenvolvimento de 
habilidades cognitivas e psicossociais, afinal, o esporte pode trazer mais do 
que benefícios físicos ou resultados competitivos.
Os projetos sociais constituem-se como uma solução vantajosa para o 
desenvolvimento das competências de convivência humana, inclusão social e 
respeito pela diversidade, podendo também ser dirigidos a outros fins, sem ter 
como foco principal o desporto. Cada secretaria deve contemplar as diferenças 
de cada nicho social. Ações para diferentes projetos podem ser direcionadas 
a diferentes faixas etárias, administradas por órgãos governamentais ou 
não. No âmbito desses projetos sociais, a prática de exercícios físicos pode 
não só melhorar a qualidade de vida dessas crianças, mas construir adultos 
mais ativos física e emocionalmente e saudáveis. (CARVALHO; SEDA; ESPÍRITO 
SANTO, 2013).
A Constituição Federal de 1988 garante a importância do esporte para os 
cidadãos brasileiros e expressa a obrigação do Estado de promover a prática 
esportiva formal ou informal. Os projetos sociais têm se tornado a porta de 
entrada para atender a essas necessidades, independentemente de o esporte 
ser atrativo ou não. Além disso, um projeto social é um comportamento cívico, 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 3
que se baseia em ações organizadascom objetivos claros e visa encontrar 
soluções ou alternativas para os problemas sociais. Ao focar no esporte como 
ferramenta de promoção da educação e da cidadania, os projetos buscam 
o desenvolvimento do espírito de equipe, o respeito às limitações pessoais 
e interpessoais, a disciplina, a união, entre outros valores. Eles podem se 
adaptar a diferentes faixas etárias e quaisquer esportes (CARVALHO; SEDA; 
ESPÍRITO SANTO, 2013).
Além disso, mesmo diante de fracassos e vitórias, superação de limites 
e retrocessos, na elaboração cuidadosa das emoções, se o esporte for bem 
orientado, pode não só melhorar o desenvolvimento físico, mas também 
melhorar a capacidade emocional na interação com grupos heterogêneos, 
bem como desenvolver o controle emocional em face do medo, da timidez, 
da ansiedade, da raiva, da dor, da euforia. 
O Estatuto da Infância e da Juventude também afirma, em seu artigo 4º, 
que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do governo 
garantir, com prioridade absoluta, a realização dos direitos relacionados a 
vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, cultura, 
dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária (BRASIL, 
1990). No entanto, não é incomum que projetos sociais desse tipo se desviem 
e passem a atender às necessidades do mercado econômico e do sistema 
capitalista gerado pelo universo esportivo. São exemplos os projetos em 
que o futebol é o principal objeto de atividade, ou as escolas de iniciação 
desportiva dessa modalidade, que visam à profissionalização precoce da 
carreira de um jogador de futebol. Geralmente, os projetos voltados para 
a profissionalização dos jovens não oferecem nenhuma estratégia para a 
construção de novas alternativas de vida além do futebol (AQUINO, 2010).
Portanto, levando em consideração esses fatores, o esporte pode ser um 
importante recurso voltado para a melhoria da convivência humana, pois 
propõe uma postura coletiva e, assim, desenvolve uma educação inclusiva 
que possa formar pessoas que cooperem e mantenham o mundo e as rela-
ções. No entanto, é necessário examinar o papel que o esporte pode ter na 
manutenção de habilidades de convivência e cultura. Seja na educação, nos 
esportes sociais ou naqueles de alto rendimento, a prática da psicologia do 
esporte deve ser reconsiderada para que a psicologia seja sempre benéfica 
para o ser humano e cuide das condições existentes de relacionamento. 
Pensando nesse sentido, é possível visualizar a possibilidade de desenvolver 
comportamentos coletivos na prática esportiva, o que ajuda a construir o 
sentido de estar com os outros e de pertencer rapidamente, o que pode 
diminuir a dor causada pelo isolamento social (AQUINO, 2010). 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 4
As forças econômicas e políticas do esporte 
Entender a lógica de financiamento e gasto da política esportiva é uma chave 
explicativa importante para compreender a trajetória e as prioridades da 
política esportiva em nível federal, pois, para que as ações da política espor-
tiva sejam substantivas, recursos financeiros devem estar disponíveis para 
implementação. Esse processo se dá por meio da discussão sobre o que será 
colocado no primeiro plano da agenda esportiva, ou seja, pela formulação 
do que será um item da política esportiva (REIS et al., 2020).
A política pública de esportes está baseada na manutenção, e o Estado se 
constitui como uma forma de financiamento que propõe o desenvolvimento 
do esporte no país, (CASTELLANI FILHO, 2013). Nas últimas décadas, o esporte 
ganhou novos significados; talvez seja o fenômeno mais influente nesse pe-
ríodo em escala global, passando a fazer parte da vida das pessoas e tornar-se 
parte indispensável da estrutura social. Contribuiu para a restauração e o 
fortalecimento da identidade nacional, e com sua ascensão na mídia, tem 
desempenhado um papel de extrema importância na economia internacional 
(ANDREWS; RITZER, 2007) e como meio de alcançar o sucesso em termos de 
negócio dentro do mercado econômico (SHEREMET, 2015).
No contexto da globalização, é necessário manter os valores humanos re-
conhecidos e admirados pelas pessoas na transição entre o desporto moderno 
(tradicional) e o contemporâneo (multifacetado). O esporte contemporâneo 
é fascinante para espectadores e praticantes e deve ser entendido como 
um sistema aberto e interdependente de outros sistemas, como econômico, 
midiático, político e educacional. Assim, as relações internas do sistema 
desportivo em contato com as relações externas existentes com outros 
sistemas são fatores que se somam ao fenômeno de complexidade crescente 
(PUIG; HEINEMANN, 1991; GOELLNER, 2005)
Hoje, a exemplo de Goellner (2005) nos Jogos Olímpicos, o esporte tem 
registros de grave nacionalismo, exploração comercial e econômica, corrupção, 
especialização precoce, doping, violência sexual e discriminação, além de 
solidariedade, consagração, celebração, convivência, fraternidade e inclusão: 
é um espaço de paradoxos que convivem e às vezes interagem. O esporte tem 
uma dimensão ampla e multifacetada e, como tal, não pode ser visto apenas 
na abordagem competitiva (GOELLNER, 2005). 
O esporte está se globalizando, motivando alguns dos maiores eventos 
internacionais, sendo responsável por grande parte do movimento financeiro 
mundial, pelo cenário político e de demonstração de poder. Ao mesmo tempo, 
é também um evento local onde grupos específicos se reúnem para se exercitar 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 5
com diferentes finalidades. Portanto, hoje pode ser denominado um fenô-
meno sociocultural com muitas manifestações, cada vez mais integrado às 
necessidades das pessoas que o praticam e/ou assistem (GALATI et al., 2018).
Ministério responsável pelo esporte no Brasil
Em 1º de janeiro de 2003, foi institucionalizado o Ministério do Esporte 
pela Medida Provisória nº. 103, a fim de buscar a democratização e a garantia de 
direito ao esporte. Caberia a esse órgão federal administrar, exclusivamente, o 
esporte brasileiro, conferindo a ele status de ministério exclusivo e permanente, 
pela primeira vez no país, indicando que o governo dedicava suposta importância 
a esse campo. Conforme texto da lei que criou o Ministério do Esporte em 2003, 
as competências que constituem o recente Ministério são: a) política nacional 
de desenvolvimento da prática dos esportes; b) intercâmbio com organismos 
públicos e privados, nacionais, internacionais e estrangeiros, voltados à pro-
moção do esporte; c) estímulo às iniciativas públicas e privadas de incentivo às 
atividades esportivas; d) planejamento, coordenação, supervisão e avaliação 
dos planos e programas de incentivo aos esportes e de ações de democratização 
da prática esportiva e inclusão social por intermédio do esporte (BRASIL, 2003). 
Por meio do Decreto nº 9.674/2019, de 2 de janeiro, e do Decreto nº 10.357/2020, 
de 20 de maio, foi criado o Ministério da Cidadania, órgão da administração 
federal direta, composto pela unificação dos Ministérios do Esporte e do De-
senvolvimento Social.
Fazem parte da estrutura básica do Ministério da Cidadania a Secretaria 
Especial do Desenvolvimento Social e a Secretaria Especial do Esporte, entre 
outras (BRASIL, 2003; 2019).
A Constituição Federal de 1988 debateu, de forma concisa e universal, 
alguns conceitos básicos que foram traçados pelo Estado brasileiro como 
as prioridades e os princípios do esporte no país. De acordo com as leis de 
eventos esportivos, é essencial fazer um equilíbrio dinâmico de investimento 
entre os gestores públicos de esportes para atender às necessidades relacio-
nadas aos três eventos esportivos (esportes de rendimento, de participação e 
educacionais) (BRASIL, 1988). Nesse sentido, para que a administração pública 
(municipal, estadual e federal) promova o desenvolvimento social adequado 
e integre as atividades esportivas, é necessária a inclusão do governonas 
áreas de educação, esporte, lazer, saúde, cultura e ação social (GALINDO, 2010).
A sociedade capitalista vem transformando o esporte, desde o século XX, 
tal qual grande parte de seus bens culturais, em um setor economicamente 
dinâmico e altamente rentável. É nessas circunstâncias que começa a sur-
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 6
gir a comercialização e o espetáculo dos fenômenos esportivos. A atuação 
do mercado publicitário e da mídia profissional sobre o tema se baseou, 
em última instância, no novo modelo de relacionamento entre óculos espor-
tivos, televisão e marketing esportivo, que revolucionou o campo esportivo 
(REIS et al., 2020). Para Ouriques (2014), o esporte moderno entrou no circuito 
mundial de produção e reprodução do capital; como em qualquer indústria, 
o esporte passou, enquanto mecanismo catalisador, a interagir com vários 
setores produtivos do mundo capitalista que, não obstante, dele precisam 
para gerar lucros e potencializar acúmulos. Portanto, seu processo produtivo 
(sua matriz de atuação é baseada na lógica empresarial) busca expandir a 
produção e diversificar o consumo esportivo (REIS et al., 2020). O processo do 
consumo, segundo Proni (1998), estaria a associado a três esferas interdepen-
dentes: consumo de bens (mercados de artigos e equipamentos esportivos), 
de serviços (iniciação e supervisão esportiva) e de espetáculos (cobertura 
de eventos esportivos). 
O desenvolvimento e a popularização do esporte fazem parte da cultura 
popular, sendo produzidos e utilizados por meio da mídia. Para Athayde (2014), 
o surgimento de um paradigma de negócios se tornou uma característica do 
setor. Por sua vez, esse paradigma produziu um movimento especial que não 
é indiscutivelmente baseado na lógica de mercado que foca na comerciali-
zação desse fenômeno, mas também no uso do espaço para explorar novas 
paredes do consumidor. 
Hoje em dia, o esporte tem a função de gerar renda, negócios e empre-
endimentos, por isso é necessário manter o maior número possível de pes-
soas participando desse fenômeno, para que surjam diferentes expressões 
esportivas com diferentes significados. Com isso, a divulgação do esporte na 
mídia tem aumentado, levando ao incremento do número de espectadores 
e à expectativa de que o número de praticantes também aumente (GALATTI 
et al., 2018). Portanto, o esporte contemporâneo está se configurando por 
meio de diferentes formas de expressão, confirmando seu status de fenômeno 
multissocial e cultural. Hoje, o esporte ultrapassou a versão moderna, o que 
torna as ideias dos clássicos do esporte confinadas à burocracia federal. 
Apesar de ser impulsionado pelo esporte profissional, pelos lucros e pela 
expansão dos negócios, o esporte passou a agregar mais espectadores e 
novos praticantes, que reconstruíram o ambiente para a vivência esportiva 
e passaram a ampliar o significado do fenômeno (GALATTI et al., 2018).
Além de treinar atletas e gerar dividendos, o esporte também ganha 
espaço como oportunidade de lazer, e seu significado educacional é mais 
uma vez reconhecido, agora não só para a elite socioeconômica ou para 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 7
poucas pessoas que já atingiram o nível do esporte, mas também para quem 
o pratica ou assiste ao movimento esportivo (GALATTI, 2010). Isso prova a 
complexidade do esporte: um mesmo fenômeno pode gerar lucros em um 
forte mercado internacional, mas também pode aproximar pessoas de todas 
as regiões onde o esporte é praticado. Este é o desporto contemporâneo, 
diverso, com dimensão global e especificidade regional, é um espaço em que 
pessoas de todo o mundo oscilam entre a economia e a racionalidade e o 
relacionamento interpessoal mais profundo e sensível (GALATTI et al., 2018).
Nesse sentido, como um produto especial, os programas esportivos em 
larga escala exigem não apenas uma gestão empresarial eficaz, mas também 
planos altamente organizados e complexos, e outros produtos começam a 
ser reconhecidos, divulgados e promovidos. Portanto, pode ser utilizado 
como meio de transporte de outros produtos, e até mesmo como vagão de 
propaganda privilegiado. Por fim, a integração do esporte com a economia de 
mercado levou a uma ampla gama de processos de expansão e diversificação 
da produção e do consumo com base no marketing e na comercialização de 
desempenho esportivo. 
O esporte como promotor da saúde 
e do bem-estar
No Brasil, nas últimas décadas, o Estado se mostrou presente no setor espor-
tivo por meio de ações políticas incentivando o esporte de alto rendimento e 
a ideia de que o esporte pode promover a saúde das pessoas e uma melhor 
qualidade de vida, compensando, assim, os problemas da vida urbana cada vez 
mais modernizada, ou seja, o estado de bem-estar (BRACHT; ALMEIDA, 2003).
O crescente aumento de diferentes patologias tem apontado o seden-
tarismo como um fator de risco para diversas doenças crônicas, levando 
os sistemas de saúde pública a buscarem novas estratégias de promoção 
e prevenção da saúde, com foco na melhora da qualidade e dos hábitos 
de vida, o que inclui boa alimentação e prática de exercícios (ZAMAI, 2009), 
uma vez que a inatividade física, a falta de exercício ou os baixos níveis de 
exercício estão fortemente ligados às principais doenças crônicas que afetam 
a população mundial, como doenças cardiopulmonares (doença cardíaca 
coronária, doença cardiovascular, acidente vascular cerebral, hipertensão), do 
metabolismo (diabetes e obesidade), câncer (câncer de mama, câncer de cólon), 
musculoesqueléticas (osteoporose) e depressão (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 8
LA SALUD, 2010). O estilo de vida sedentário é o principal causador de mais 
de 50% dos casos de óbito no Brasil (ZAMAI; BANKOFF, 2016).
A importância da prática regular de atividade física ou exercícios físicos 
inclui aspectos relacionados à promoção da saúde e à capacidade de proteger 
as funções, ou seja, além de reduzir o risco de doenças, também pode melhorar 
a aptidão física. O esporte melhora a saúde cardiorrespiratória, a força e a 
resistência muscular, reduz a pressão arterial e as dores musculares, previne 
e controla o peso, aumenta a densidade óssea, a flexibilidade, a mobilidade 
e a capacidade de exercício aeróbio, todos os quais podem predizer saúde. 
Além disso, os benefícios relacionados aos aspectos psicológicos e sociais 
incluem melhorar a autoimagem, a autoestima, a autoconfiança e a felicidade, 
e reduzir os sintomas de estresse e depressão (MATSUDO et al., 2002; ALLSEN; 
HARRISON; VANCE, 2001).
Outros benefícios estão relacionados a aspectos psicobiológicos, como 
a qualidade do sono e a redução de distúrbios do sono (insônia, distúrbios 
do ritmo circadiano, distúrbio respiratórios e do movimento relacionados ao 
sono); a adequação de funções cognitivas (processos psicológicos básicos: 
organização perceptual, velocidade do processamento mental, o tempo de 
reação para escolhas simples e ou complexas; habilidades superiores: memória 
e funções executivas); benefícios e redução de sintomas de transtornos de 
humor e psiquiátricos (principalmente, depressão e ansiedade) e modificação 
e adequação do comportamento alimentar (relacionados a ingestão alimentar 
influenciada por aspectos fisiológicos, genéticos, sociais, rítmicos e psicoló-
gicos), entre outros (ESTEVES et al., 2013; MELLO, 2013; RZEZAK; MELLO, 2013; 
RZEZAK; ANTUNES; MELLO, 2013; ZIMBERG, et al., 2013). 
Enumerando alguns dos benefícios da prática de exercícios físicos, 
é necessário determinar quais parâmetros são essenciais para considerar 
essa situação uma prioridade no dia a dia das pessoas (MOLANOROUZI; KHOO; 
MORRIS, 2014) a fim de promover a saúde e diminuir o desenvolvimento de 
doenças crônicas, diabetes, hipertensão e outras. Essas características têm 
desempenhado um papel na mudança de estilo das pessoas, sejam elas 
profissionais ou simplesmenteconsumidoras sedentárias ou não do esporte. 
Incontáveis formas de desempenho fornecem um amplo leque de oportuni-
dades práticas e de comunicação, influenciando o estilo de vida das pessoas 
e, consequentemente, sua qualidade de vida (MARQUES, 2007).
O progresso almejado é que a prática de atividades esportivas possa cola-
borar com inúmeros outros fatores para alcançar um bom nível de percepção 
da qualidade de vida, desde que esteja relacionada às condições, objetivos, 
expectativas e necessidades dos participantes. A qualidade de vida é um 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 9
fator complexo, que depende da percepção objetiva e subjetiva do indivíduo, 
confirmando assim que o impacto dos eventos esportivos e seus valores na 
vida possuem certa relatividade. Portanto, existe um falso reducionismo que 
afirma que certas formas de desempenho esportivo são sempre positivas ou 
negativas para o bem-estar das pessoas envolvidas (LOTTI; OLIVEIRA, 2016).
Algumas pessoas praticam esportes com o objetivo de superar constante-
mente resultados e limites, embora nem todos com essa visão tenham como 
objetivo principal a competição com os demais participantes. As disputas 
geralmente são internas e objetivam a autossuperação. Outros usam exercí-
cios para diversão, felicidade e autossatisfação. Outros buscam a estética e 
a melhoria da autoimagem. Para muitas pessoas, o exercício físico significa 
a possibilidade de interação social e convivência humana (TANI, 2002).
Para que o exercício físico seja um fator de melhoria da qualidade de vida, 
o conceito ideal da sociedade contemporânea é considerá-lo como um dos 
muitos hábitos cotidianos do estilo de vida dos sujeitos, não apenas como fator 
de consumo sedentário, mas também como meio de vida. Almeje a atividade 
física, desde que atenda às necessidades, expectativas, possibilidades e limites 
individuais. No entanto, é necessário promover a aquisição desse fenômeno de 
acordo com as possibilidades socioeconômicas de cada sujeito. O problema não 
é apenas oferecer diferentes modalidades esportivas, mas também proporcionar 
condições para a prática de exercícios (NÓBREGA et al., 2020).
O esporte se coloca como uma das possibilidades de prática de atividade 
física e convívio social pertencentes à ideia de estilo de vida ativo, ou seja, um 
dos hábitos tidos como saudáveis atualmente, para maiores possibilidades 
de boa percepção de qualidade de vida. No entanto, para que essa prática 
seja incorporada no cotidiano dos sujeitos, é necessário que a condição de 
vida, ou seja, sua possibilidade de acesso a bens de consumo e a serviços de 
subsistência, permita a escolha e a prática corrente de atividades esportivas. 
Depois dessa garantia, é necessário que o sujeito se encontre em estado de 
prontidão para a inserção desse universo em sua vida (LOTTI; OLIVEIRA, 2016).
A ideia de um estilo de vida ativo significa exercícios físicos diários. Nor-
malmente, esse hábito nada mais é do que um dos inúmeros fatores que 
levam as pessoas a ter uma vida mais saudável. Portanto, as pessoas têm 
mais chances de ter uma boa compreensão da qualidade de vida. 
O esporte também é praticado como forma de lazer para as pessoas, 
acarretando, por consequência, a promoção da saúde. O esporte e o lazer 
compreendidos como fenômenos socioculturais são dotados de um aspecto 
comum, o caráter pedagógico que os permeia (MARCELLINO et al., 2007; PIZANI 
et al. 2020). A saúde, como categoria associada à atividade física de lazer, 
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 10
pode indicar a questão do direito dos sujeitos à vivência de atividades de 
livre escolha, com interesse único e exclusivo na atividade em si (SILVA et al., 
2017). As atividades físicas manifestadas pelo esporte, ao serem consideradas 
do ponto de vista do lazer, devem ter para os seus participantes um sentido 
de satisfação pela própria atividade, além de lhes proporcionarem, a partir 
da mediação do profissional de educação física e do lazer, a construção de 
valores a partir de um modo de vida melhor.
Diante dessas considerações, é importante que seja incentivada a prática 
de esportes para a busca de um estilo de vida mais ativo. Os praticantes 
devem ser incentivados a se movimentar sempre e conhecer o motivo da 
necessidade dessa prática, bem como a se conscientizarem da importância 
de uma orientação de um profissional de educação física, pois a falta de 
supervisão pode tornar o exercício físico prejudicial à saúde, tendo em vista 
que movimentos errados podem ocasionar lesões (LOTTI; OLIVEIRA, 2016).
Portanto, pode-se concluir que o esporte é um fenômeno humano, que tem 
trazido muitos benefícios para a sociedade e promove saúde e socialização, 
prolonga a vida de forma saudável e melhora a qualidade de vida. A política 
pública que incentive o esporte é fundamental para reduzir e solucionar os 
problemas comuns da sociedade.
Como as políticas públicas devem ser implementadas, executadas e mo-
nitoradas após sua formulação para a plena realização de seus resultados, 
é necessário diagnosticar a implementação das ações relacionadas a esse 
tema no Brasil, e novas pesquisas são necessárias.
Referências 
ALLSEN, P. E.; HARRISON, J. M.; VANCE, B. Exercício e qualidade de vida: uma abordagem 
personalizada. Barueri: Manole, 2001.
ANDREWS, D. L.; RITZER, G. The grobal in the sporting glocal. Global networks, v. 7, 
nº 2, p. 135-153, 2007.
AQUINO, G. B. de. O esporte como elemento socializador e formador de crianças e 
jovens. Revista Científica da Faminas, v. 6, nº 2, p. 125-140, 2010.
ATHAYDE, P. F. A. O ornitorrinco de chuteiras: determinantes econômicos da política de 
esporte e lazer do Governo Lula e suas implicações sociais. 2014. 415 f. Tese (Douto-
rado em Política Social) — Departamento de Serviço Social, Universidade de Brasília, 
Brasília, 2014.
BRACHT, V.; ALMEIDA, F. Q. A política de esporte escolar no Brasil: a pseudovalorização 
da educação física. Revista brasileira de ciências do esporte, v. 24, n. 3, 2003.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 11
BRASIL. Decreto nº 9.674, de 2 de janeiro de 2019. Aprova a Estrutura Regimental e 
o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do 
Ministério da Cidadania, remaneja cargos em comissão e funções de confiança, trans-
forma cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS e 
Funções Comissionadas do Poder Executivo - FCPE e substitui cargos em comissão 
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS por Funções Comissionadas 
do Poder Executivo - FCPE. Diário Oficial da União, Brasília, 2 jan. 2019. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9674impressao.
htm. Acesso em: 20 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do 
adolescente, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 16 jul. 1990. 
Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1990/lei-8069-13-julho-1990-
-372211-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 19 abr. 2021.
BRASIL. Medida Provisória nº 103, de 1º de janeiro de 2003. Dispõe sobre a organização 
da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Diário Oficial 
da União, Brasília, 1 jan. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Exm/2003/1-CCV-MJ-03.htm. Acesso em: 20 abr. 2021.
CARVALHO, C. A.; SEDA, D. M.; ESPÍRITO SANTO, A. A. Garimpando talentos no futebol: 
uma pratica de inclusão ou exclusão social? In: CARVALHO, I. S.; FERREIRA, R. F. (org.). 
Processos de exclusão na sociedade contemporânea. São Luís: Edufma, 2013. p. 233-258
CASTELLANI FILHO, L. As concepções de educação física no Brasil.Revista Horizontes, 
v. 1, nº 2, p. 11-31, 2013.
ESTEVES, A. M. et al. Sono, distúrbios do sono e exercício físico. In: MELLO, M. T. de. 
(org.). Psicobiologia do exercício. São Paulo: Atheneu, 2013. p. 9-30.
GALATTI, L. R. et al. Esporte contemporâneo: perspectivas para a compreensão do 
fenômeno. Corpoconsciência, v. 22, nº 3, p. 115-127, 2018.
GALATTI, Larissa Rafaela; PAES, Roberto Rodrigues; DARIDO, Suraya Cristina. Pedagogia 
do Esporte: livro didático aplicado aos Jogos Esportivos Coletivos. Motriz: Revista de 
Educação Física, v. 16, n. 3, p. 751-761, 2010.
GALINDO, A. G. Administração de políticas públicas de esporte: um ensaio sobre os 
fundamentos da ação do gestor. EfDesportes, v. 5, nº 144, 2010.
GARCIA, R. P.; ZAREMBA, R. Esporte e cuidado: a prática esportiva como ferramenta de 
transformação pessoal e transformação social. In: MEDEIROS, C.; LACERDA, A. (org.). 
Psicologia do esporte na atualidade: reflexões necessárias. São Paulo: Passavento, 2017.
GRANJA, D. M. L. A teoria das representações sociais e o fenômeno esportivo: uma 
leitura possível. In: MEDEIROS, C.; LACERDA, A. Psicologia e esporte na atualidade: 
reflexões necessárias. São Paulo: Pasavento, p. 47-68, 2017.
HÚNGARO, E. M.; DAMASCENO, L. G.; GARCIA, C. C. (org.). Estado, política e emancipa-
ção humana: lazer, educação, esporte e saúde como direitos sociais. Santo André: 
Alpharrabio, 2008.
LOTTI, A. D.; OLIVEIRA, R. C. de. Pedagogia do esporte, promoção da saúde e educação 
física: revisão da literatura entre 1990 e 2012. Revista Salusvita, v. 35, nº 2, p. 279-298, 
2016.
MARCELLINO, N. C. et al. Políticas públicas de lazer – formação e desenvolvimento de 
pessoal: os casos de Campinas e Piracicaba-SP. Curitiba: OPUS, 2007. (E-book).
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 12
MARQUES, R. F. R. Esporte e qualidade de vida: reflexão sociologica. 2007. 160 f. Disser-
tação (Mestrado em Educação Física) — Faculdade de Educação Fisica, Universidade 
Estadual de Campinas, Campinas, 2007. 
MATSUDO, S. M. et al. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: 
análise de acordo com o gênero, idade, nível sócio-econômico, distribuição geográfica 
e de conhecimento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 10, nº 4, p. 41-50, 2002. 
MOLANOROUZI, K.; KHOO, S.; MORRIS, T. Validating the physical activity and leisure 
motivation scale (PALMS). BMC public health, v. 14, nº 1, p. 1-12, 2014.
NÓBREGA, K. B. G. da. et al. Esporte e lazer na promoção da saúde mental de adoles-
centes em situação de vulnerabilidade social. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, 
nº 5, p. 13228-13241, 2020.
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Recomendaciones mundiales sobre actividad 
física para la salud. Ginebra: OMS, 2010 (E-book).
OURIQUES, N. Megaeventos no Brasil, ou desenvolvimento do subdesenvolvimento 
do assalto do Estado. In: CAPELA, P.; TAVARES, E. (org.). Megaeventos esportivos: suas 
conseqüências, impactos e legados para a América Latina. Florianópolis: Insular, 
2014. p. 13-44.
PIZANI, J. et al. Acompanhamento e assessoria pedagógica do programa segundo tempo 
do ministério do esporte. Journal of Physical Education, v. 31, 2020.
PRONI, M. W. Marketing e organização esportiva: elementos para uma história recente 
do esporte-espetáculo. Conexões, v. 1, nº 1, p. 73-73, 1998.
PUIG, N.; HEINEMANN, K. El deporte en la perspectiva del año 2000. Papers: Revista de 
Sociologia, nº 38, p. 123-141, 1991.
REIS, N. S. et al. O esporte no capitalismo tardio: imbricações entre cultura esportiva, 
economia e mercado. Educación Física y Ciencia, v. 22, nº 3, 2020.
RZEZAK, P.; ANTUNES, H. K. M.; MELLO, M. T. de. Transtornos de humos e exercício físico. 
In: MELLO, M. T. de. (org.). Psicobiologia do exercício. São Paulo: Atheneu, 2013. p. 31-36.
RZEZAK, P.; MELLO, M. T. de. Funções cognitivas e o exercício físico. In: MELLO, M. T. de. 
(org.). Psicobiologia do exercício. São Paulo: Atheneu, 2013. p. 53-66.
SHEREMET, L. Humanist values of sport and the problems of social globalization. Studia 
Universitatis, v. 90, nº 10, p. 143-148, 2015.
SILVA, C. L. da. et al. Atividade física de lazer e saúde: uma revisão sistemática.  
Mudanças-Psicologia da Saúde, v. 25, nº 1, p. 57-65, 2017.
TANI, G. Aprendizagem motora e esporte de rendimento: um caso de divórcio sem 
casamento. Esporte e atividade física. In: BARBANTI, V. et al. (ed.). Esporte e atividade 
física: interação entre rendimento e saúde. São Paulo: Manole, 200. p. 145-162.
THOMASSIM, L. E. C.; STIGGER, M. P. Super-oferta de projetos sociais esportivos: supe-
rando as imagens públicas idealizadas sobre essas ações. In: SEMINÁRIO NACIONAL 
SOCIOLOGIA E POLÍTICA, 2009, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: UFPR, 2009.
ZAMAI, C. A. Impacto das atividades físicas nos indicadores de saúde de sujeitos adultos: 
Programa Mexa-se. 2009. 154 f. Tese (Doutorado em Educação Física) — Faculdade de 
Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 13
ZAMAI, C.A.; BANKOFF, A. D. P. A ciência e a pesquisa em ação: atividades físicas, saúde 
e qualidade de vida: pesquisas e relatos de experiências. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.
ZIMBERG, I. Z. et al. Comportamento alimentar. In: MELLO, M. T. de. (org.). Psicobiologia 
do exercício. São Paulo: Atheneu, 2013. p. 67-92.
Leituras recomendadas
BRASIL. Decreto nº 10.357, de 20 de maio de 2020. Aprova a Estrutura Regimental e 
o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do 
Ministério da Cidadania e remaneja cargos em comissão e funções de confiança. Di-
ário Oficial da União, Brasília, 2 jan. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9674impressao.htm. Acesso em: 20 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004. Institui a Bolsa-Atleta. Diário Oficial da 
União, Brasília, 12 jul. 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2004-2006/2004/lei/l10.891.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006. Dispõe sobre incentivos e benefícios 
para fomentar as atividades de caráter desportivo e dá outras providências. Diário 
Oficial da União, Brasília, 29 dez. 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11438.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
CARVALHO, C. A.; EPIPHANIO, E. H.; VIANA-MEIRELES, L. G. Esporte, cooperação e soli-
dariedade. In: RUBIO, K.; CAMILO, J. A. O. (org.). Psicologia social do esporte. São Paulo: 
Képos, 2019. p. 153-168.
CARVALHO, S. I.; FERREIRA, R. F. (org.). Processos de exclusão social na sociedade con-
temporânea. São Luís: EDUFMA, 2013.
CORTÊS NETO, E. D.; DANTAS, M. M. C.; MAIA, E. M. C. Benefícios dos projetos sociais 
esportivos em crianças e adolescentes. Saúde & Transformação Social, v. 6, nº 3, 
p. 109-117, 2015.
MELLO, M. T. de. Psicobiologia do exercício. São Paulo: Atheneu, 2013.
PIZANI, R. S.; AMARAL, S. C. F.; PAES, R. R. Esporte e lazer: diálogos possíveis à luz da 
pedagogia do esporte. Licere, v. 15, nº 3, p. 1-18, 2012. 
SILVA, F. S. Projetos sociais em discussão na psicologia do esporte. Revista Brasileira 
de Psicologia do Esporte, v. 1, nº 1, p. 1-12, 2007.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito-
res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Aspectos históricos, sociais e a política para o esporte e o lazer 14
PORTFÓLIO
Nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem ressaltado a importância da 
prática de esportes para uma boa qualidade de vida. Os benefícios vão muito além da balança. 
Estudos comprovam que praticar esportes promove o bem-estar e atua na cura e prevençãode 
doenças.
Todavia, o esporte será saudável se for levada em consideração a forma como é praticado. Ela 
deve ser adequada às condições de vida, à idade e à condição física do praticante.
Imagine que você é professor e precisa criar uma metodologia para o ensino de handebol para 
crianças de 9 a 12 anos. Além da técnica, você deve conscientizar essas crianças sobre a 
importância do esporte para a saúde e sem bem-estar.
Como professor, quais seriam suas estratégias para problematizar esse assunto com as 
crianças e jovens?
PESQUISA
Conheça o projeto social que leva esporte e esperança à Cracolândia
https://www.youtube.com/watch?v=ZYCSiJOfB_0
Este vídeo conta a historia do um menino chamado Éverton, de apenas 11 
anos, que encontrou no Jiu-jitsu a esperança para seguir adiante. Ele participa 
de um projeto social em uma área no centro de São Paulo, denominada 
Cracolândia.
N

Continue navegando