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Resenha Escoliose

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FACS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS – DCB 
CURSO DE MEDICINA 
DISCIPLINA: DOENÇAS OSTEOARTICULARES 
 
 
 
 
 
 
FERNANDA CLARA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA: ESCOLIOSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOSSORÓ – RN 
2022 
FERNANDA CLARA DA SILVA 
 
 
 
 
 
RESENHA: ESCOLIOSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho entregue como componente avaliativo da disciplina Doenças 
Osteoarticulares do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências da 
Saúde (FACS) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte 
(UERN). 
 
Orientador(es): Prof. Antônio Vicente Dias de Andrade e Prof. Keilert 
Renes Gurgel Paiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOSSORÓ – RN 
2022 
RESENHA: ESCOLIOSE 
 
A escoliose é um desvio da coluna no plano coronal acima de 10º. O corpo humano tem 2 
curvaturas primárias. a cifose torácica e a cifose sacrococcígea. Já as curvas secundárias são a lordose 
cervical e a lordose lombar. Na escoliose, avalia-se o ápice da curva (vertebra apical, que pode ser 
cervical, torácica ou lombar) e terminais (cranial e caudal). 
A radiografia deve ser examinada com o paciente de costa. No conceito de curva estruturada, 
apresenta rotação ao RX e não se corrige com manobras; primária que é a primeira a aparecer, mais 
estruturada e maior magnitude; e o organismo cria a compensatória, acima ou abaixo da curva maior 
tentando manter o equilíbrio. 
A classificação de Winter divide a escoliose em estruturada e não-estruturada. Na estruturada, tem-
se a idiopática, maiss comum, potencialmente grave a neuromuscular, com desequilíbrio muscular e 
doença neuromuscular de base; a congênita, com má formação no desenvolvimento vertebral e a 
sindrômica, associada à síndromes. As não estruturadas se dividem em: postural, histérica, irritação 
nervosa, inflamatórias (apendicite), assimetria de MMII ou contraturas no quadril. 
A escoliose idiopática é classificada infantil até 3 anos, juvenil dos 4 aos 10 anos, adolescente dos 
11 aos 17 anos (mais prevalente) e adulto se maior de 18 anos. Não possui uma causa definida, é 
identificada por exclusão e apenas 5% dos casos evoluem para mais de 30º. Inicia por volta de 8-10 anos 
de idade e a escoliose torácica geralmente é acompanhada de hipocifose. Na anamnese é importante 
destacar a história familiar, pois há uma penetrância variável. Observar o crescimento recente do paciente, 
a puberdade, menarca, presença de dor intensa, idade do diagnóstico e velocidade de progressão da curva. 
Já no exame físico, avaliar a forma e o equilíbrio do tronco (linha de prumo, altura dos ombros, 
triângulo Talhe), o desenvolvimento da puberdade pelos estágio de Tanner, realizar teste e Adams, exame 
de pele, comprimeto dos MMII e o exame neurológico dos 4 membros. A radiografia é feita panorâmica 
em ortostase PA, em perfil se dor ou deformidade sagital e com inclinação lateral (planejamento 
cirúrgico/flexibilidade). Outros exames podem ser pedidos, como a TC em casos de deformidades 
congênitas e RM em alterações neurológicas. 
Na avaliação clínica, medir o ângulo de Cobb (grau da escoliose) e o índice de Risser (potencial de 
crescimento). O tratamento conservador é feito com consultas seriadas de 4 a 6 meses, indicado em curvas 
idiopatica <20º e no paciente maduro que a curva piora 1º ao ano (normal). A órtese é feita com coletes de 
Milwaukee (OCTLS), Boston, Wilmington ou Charleston (OTLS). O tratamento cirúrgico é indicado em 
pacientes esqueleticamente imaturos com curva > 40-50º e maturo com curva >50º. A técnica mais usada é 
a instrumentação com artrodose para fusão óssea. 
A escoliose congêntica é constituida de uma curvatura lateral da coluna causada pela presença de 
anomalias vertebrais, há um desequilíbrio do crescimento longitudinal. Normalmente são graves, 
associadas a fatores ambientais fetais não genéticos, anomalias urológicas e cardiopatias congênitas e com 
tratamento cirúrgico.

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