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Infecção do Trato Urinário (ITU) na Infância

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DEFINIÇÃO 
Germe patogênico > sistema urinário > processo 
inflamatório sintomático > possível evolução para cicatriz 
renal em caso de pielonefrite e urosepse 
ETIOLOGIA 
BACILOS GRAM – 
• Escherichia coli – 90% dos casos 
• Klebsiella 
• Enterobacter etc. 
Em caso de obstrução urinaria, litíase renal e bexiga 
neurogênica, os germes envolvidos na infecção são: 
• Proteus 
• Pseudomonas 
• Staphylococcus aureus 
Obstrução urinaria. Litíase renal. Bexiga urinária 
EPIDEMIOLOGIA 
INCIDÊNCIA 
• < 7 anos 
• Acomete mais meninas 
 Entretanto, no primeiro ano de vida é mais 
comum em meninos. 
RECORRÊNCIA 
MENINAS – 30% no 1º ano e 50% até o 5º ano de vida 
MENINOS – 15 a 20% no 1º ano 
FATORES DE RISCO – malformação, refluxo vesicoureteral 
e disfunção vesical 
FEBRE NO LACTENTE E SUA CORRELAÇÃO COM ITU 
• Lactentes <2 anos que apresentam febre sem sinais 
de foco de infecção (EF normal mas com 
temperatura >38,5) tem grande chance de ser ITU. 
FISIOPATOLOGIA 
REFLUXO VESICO-URETERAL (RVU) – retorno da urina da 
bexiga para o ureter 
• OBSTRUÇÃO DO FLUXO URINÁRIO – dificuldade 
de a urina chegar até o final do seu percurso 
Esses dois pontos predispõe a ITU. 
RVU primário – problema anatômico na entrada do ureter 
na bexiga 
 
OBSTRUÇÃO URINÁRIA 
• Ex: Presença de válvula de uretra posterior (VUP) 
– presença válvula que impede a saída de urina da 
bexiga 
DIAGNÓSTICO: CLASSIFICAÇÃO/CLINICA 
3 formas de apresentação – dependerá da faixa etária: 
1. Cistite (ITU baixa) 
 Disuria 
 Polaciúria 
 Urgência miccional 
2. Pielonefrite (ITU alta – parênquima renal) 
 Febre 
 Prostração 
 Dor lombar (Giordano +) 
3. Bacteriúria assintomática 
 Crescimento bacteriano 
 Ausência de sinais clínicos – é um achado 
 Sem necessidade de tratamento 
QUADRO CLINICO 
RN – INESPECÍFICO (VÁRIOS SINTOMAS) 
• Sepse 
• Ganho de peso insuficiente 
• Irritabilidade 
q 
• Hipoatividade 
• Convulsões 
• Anorexia 
• Alta mortalidade 
LACTENTE 
• Febre isolada 
• Baixo ganho ponderal 
• Vômitos 
• Raramente sintomas urinários 
PRÉ ESCOLAR/ESCOLAR – a partir dessa idade torna-se 
possível distinguir cistite de pielonefrite 
• Febre 
• Sintomas urinários 
• Sintomas sistêmicos 
• Cistite x pielonefrite 
ADOLESCENTE 
• Disuria 
• Urgência miccional 
• Polaciúria 
• Hematúria 
• Febre 
• Dor suprapúbica 
• Atividade sexual 
EXAME FÍSICO – POSSIVEIS ACHADOS 
• Palpação abdominal: rim e bexiga (possível palpar 
em algumas mal formações) 
• Punho percussão lombar – Giordano 
• Jato urinário – doenças obstrutivas podem alterar o 
jato urinário (jato intercortado, fraco etc.), como 
por exemplo a válvula de uretra posterior 
• Vulvovaginite / balanopostite – predispõe a ITU 
EXAME SUBSIDIÁRIO 
EXAME DE URINA (EAS) / URINA 1 
FORMAS DE COLETA DE URINA: 
• Jato médio – em pessoas com controle miccional 
• Saco coletor – mais usada nos paciente sem 
controle miccional (lactentes); possibilidade de 
falso-positivos por contaminação do saco; valor 
preditivo negativo 
• Cateterismo vesical – invasivo, agressivo, preciso 
• Punção supra púbica – invasivo e guiado por USG 
UROCULTURA – CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA 
 
EXAME DE URINA - ROTINA DE POSSIVEIS ACHADOS 
• Piuria ou leucocitúria 
• Nitrito positivo 
• Hematúria microscópica 
• Cilindrúria 
• Esterase leucocitária 
• Bacterioscopia positiva 
UROCULTURA: PATÓGENO ÚNICO 
• Para definir ITU deve-se ter >100.000 unidades 
formadoras de colônica (UFC) 
TRATAMENTO: METAS 
• Resolução dos sintomas agudos 
• Reconhecer bacteremia – risco de urosepse 
• Prevenção do dano renal – risco de a ITU lesar o rim 
– pode deixar cicatriz renal, levando a perda da 
atividade renal 
• Identificação de anormalidades do trato urinário 
• Prevenção de infecções recorrentes – devido risco 
de formar cicatriz 
Cuidado com os erros na realização e análise dos exames 
antes de iniciar o tratamento! 
OBS: alguns casos podem ter urina 1 negativa mas ainda 
assim ter uma ITU – ex: paciente em uso de antibiótico, 
amostra diluída 
COMO ERRADICAR O PATÓGENO 
ANTIMICROBIANO 
• Classe correta: gram negativos 
• Dose correta 
• Tempo correto – 7 a 14 dias 
CRITÉRIOS PARA USO DE ATB 
Pacientes acima de 3 meses sem toxemia (ou seja, sem 
sintomas sistêmicos): 
• Ambulatorial (á domicílio) – ex: sulfametazol + 
trimetoprima; amoxicilina + clavulanato; cefadroxil; 
cefalexina 
• Oral 
Pacientes com febre alta e toxemiados e lactentes jovens: 
• Considerar hospitalização - ceftriaxona; 
gentamicina; amicacina 
RN 
• Sempre hospitalizar 
q 
PROFILAXIA 
QUANDO INDICAR 
• Investigação de mal formação 
• Anomalias obstrutivas 
• RVU grau III a IV 
• ITU de repetição 
• Cintilografia alterada 
COMPLICAÇÕES 
Investigar alterações anatômicas por imagens do trato 
urinário, uma vez que a principal condição de defesa do trato 
urinário é o fluxo livre de urina. A ITU está associada a 
anomalias do trato urinário, principalmente RVU. 
 
 
EXAMES DE MEDICINA NUCLEAR – cintilografia renal 
estática e dinâmica (2) e cistografia direta (avalia RVU) 
 
DIRETRIZES PARA INVESTIGAÇÃO: 
USG alterado – investigar RVU por cistografia direta ou UCM 
Se RVU – investigar com cintilografia DSMA o rim

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