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Pediatria Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) DEFINIÇÃO ETIOLOGIA E. coli é o mais comum e com menos complicações. Proteus, Pseudomonas e S. aureus geram as complicações acima. A presença de cicatriz renal é fator de risco par DRC na infância. EPIDEMIOLOGIA E IMPORTÂNCIA: - Incidência (<7 anos). Meninas: 8%. Meninos: 2%. - Idade: Meninos: 1º ano de vida. Meninas: até 7 anos. Abaixo de 3 meses de vida, a incidência é maior em meninos. · RECORRÊNCIA: · FEBRE NO LACTENTE: Bebês sem sintomas, pequenos e com febre – 3,3% apresentam infecção urinária. A infecção urinária no lactente pode se apresentar como febre. FISIOLOGIA/ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E EXCRETOR - Refluxo vesico-ureteral (RVU). Todo o sistema está intacto, o problema está na dinâmica da bexiga e do ureter. - Obstrução do fluxo urinário. Defeito na condução da urina. · FISIOPATOLOGIA – RVU: - Disfunção anatômico funcional da Junção ureterovesical (JUV). - Permitindo retorno da urina armazenada na bexiga. - Para dentro do ureter e parênquima renal. · FISIOPATOLOGIA DA OBSTRUÇÃO URINÁRIA: - Válvula de uretra posterior. - Outras malformações urinárias. DIAGNÓSTICO – CLASSIFICAÇÃO E CLÍNICA QUADRO CLÍNICO Recém-nascido é muito importante investigar, porém não tem como diferenciar cistite de pielonefrite então se presume que é uma pielonefrite. No pré-escolar/escolar já é possível investigar se é cistite e pielonefrite. Em adolescentes, a dor supra púbica deve indicar pesquisa de diagnósticos diferenciais. EXAME FÍSICO - Palpação abdominal: Rim e bexiga. - Punho percussão lombar (Giordano). - Jato urinário. Em doenças como a VUP pode aparecer alteração do jato urinário. Pode aparecer jato intermitente. - Vulvovaginite/balanopostite. Pode ser um falso positivo para infecção urinária. EXAME SUBSIDIÁRIO Ordem a ser seguida. A forma mais precisa de avaliação é a punção supra púbica. Padrão ouro: cultura. Saco coletor tem muito falso positivo pela contaminação. Valor preditivo negativo: alto. A probabilidade de um indivíduo avaliado e com resultado negativo ser realmente normal, é alta. · EXAME DE URINA DE ROTINA: - Piúria ou leucocitúria. Piúria: bactéria presente. - Nitrito positivo. Indicador de infecção bacteriana. - Hematúria microscópica. - Cilindrúria. - Esterase leucocitária. - Bacterioscopia positiva. · UROCULTURA: - Deve ser um patógeno único, se tem mais de um considera contaminação. Se considerar contaminação, coleta outra amostra. - < 10.000 UFC. Exame negativo, normal. - > 100.000 UFC. Infecção confirmada. - > 10.000 e < 100.000 UFC. Dúvida entre se é alterado ou não. · ERROS NA REALIZAÇÃO E ANÁLISE DE EXAMES SUBSIDIÁRIOS: FALSO POSITIVO: - Coleta inadequada. - Demora no processamento. - Contaminação vaginal ou balano-prepucial. FALSO NEGATIVO: - Diluição urinária. Hidratação IV em excesso. - Uso de antimicrobiano. - Obstrução ureteral. TRATAMENTO – METAS Se sinais de bacteremia – considerar internação e antibiótico IV. TRATAMENTO – ERRADICAR O PATÓGENO · ANTIMICROBIANO: - Classe correta: gram negativos. Os patógenos mais comuns. - Dose correta. Fármaco precisa ter uma farmacocinética urinária. - Tempo correto: 7 a 14 dias. TRATAMENTO – CRITÉRIOS TRATAMENTO – ESCOLHA DE ANTIMICROBIANO Em lactentes, não tem alta, faz ATB IV por 7 a 14 dias. PROFILAXIA Usada para prevenir recorrência. COMPLICAÇÕES – LESÃO RENAL X RVU COMPLICAÇÕES – MEDICINA NUCLEAR DMSA: relação com glomérulo. DTPA: investigar obstruções. UCM: uretrocistografia miccional. DIRETRIZES PARA INVESTIGAÇÃO - Controverso. - Investigar após 1º episódio de ITU. - < 2 anos fazer USG urinário. - Se USG alterado UCM e/ou cintilografia renal. - Se RVU cintilografia DMSA. - Se hidronefrose cintilografia DTPA. PONTOS IMPORTANTES DA AULA - Epidemiologia e faixa etária. - Quadro clínico e faixa etária. - Cistite x pielonefrite x BA. - Limitação do exame de urina (EAS) e importância da urocultura. - Antimicrobiano – classe e tempo de tratamento. - Complicações – cicatriz renal e RVU. - Investigação da ITU – USG, radiologia e medicina nuclear. Bacilos gram negativos Escherichia Kleibisiela Escherichia coli 80-90% dos casos Proteus Pseudomonas S. aureus Obstrução urinária Litíase renal Enterobacter Proteus Citrobacter Bexiga neurogênica Meninas 30% - 1º ano 50% - 5º ano Meninos 15 a 20% 1º ano Fatores de risco Malformação Refluxo vesico-uretral Disfunção vesical Febre sem sinais de localicação Serviços de urgência Acima de 38,5 °C Prevalência de 3,3% BA Crescimento bacteriano Ausencia de sinais clínicos Pielonefrite Febre Prostração Cistite Disúria Polaciúria Urgência miccional Sem necessidade de tratamento Dor lombar Cistite ITU baixa Pielonefrite Parênquima renal Bacteriúria assintomática Recém-nascido Sepse Lactente Febre isolada Baixo ganho ponderal Pré-escolar/Escolar Febre Sintomas urinários Sintomas sistêmicos Diferencia cistite x pielonefrite Adolescente Disúria Urgência miccional Polaciúria Hematúria Febre Dor suprapúbica Atividade sexual Vômitos Raramente sintomas urinários Ganho de peso insuficiênte Convulsões Anorexia Alta mortalidade (10%) Cultura: confirmação diagnóstica Exame de urina (EAS) Jato médio: Com controle miccional Saco coletor: Mais usada Falso positivo Valor preditivo negativo Cateterismo vesical: Invasivo Agressivo Preciso Punção supra púbica Invasivo Guiado por USG Germe patogênico Sistema Urinário Processo inflamatório sintomático Cicatriz renal Pielonefrite Sepse Resolução dos sintomas agudos Prevenção de dano renal Prevenção de infecções recorrentes Identificação de anormalidades do trato urinário Reconhecimento de bacteremia Acima de 3 meses sem toxemia Ambulatorial Oral Febre alta e toxemias Lactentes jovens Considerar hospitalização Recém nasidos SEMPRE hospitalizado Quando indicar Investicação de malformação Anomalias obstrutivas RVU grau III a V ITU de repetição CIntilografia alterada USG trato urinário Não invasivo Alterações anatômicas Uretrocistografia miccional Morfologia do trato urinário Identifica RVU Urografia excretora Identificação restrita Uso de contraste Baixa sensibilidade para RVU Invasivo Carga de radiação Cintilografia renal (DMSA) Morfologia Funcional quantitativa Cintilografia renal (DTPA) Sistema excretor Cicatriz renal Processos obstrutivos Cistografia direta Avaliar RVU UCM normal