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Infecção do trato urinário

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Infecção do trato urinário 
INTRODUÇÃO 
É a multiplicação de patógenos nas vias urinárias, 
desde o meato uretral até o parênquima renal. 
Pode ser classificada em: 
 ITU alta: infecção do parênquima renal 
(pielonefrite) 
 ITU baixa: infecção vesical (cistite) e /ou 
uretra (uretrite) 
OBS: a definição da classe não deve atrapalhar o 
diagnóstico e tratamento precoce, pois as ITUs na 
infância devem ser consideradas sérias. 
 Risco de sepse 
 Risco de lesão irreversível ao parênquima 
 Desenvolvimento de hipertensão arterial 
crônica e insuficiência renal 
 Pode ser complicação de malformações do 
trato urinário (hidronefrose, refluxo 
vesicoureteral) 
 
Crianças menores de <24meses com ITU possuem 
difícil diagnóstico, uma vez que os sintomas são 
inespecíficos e os métodos de coleta urinária são 
invasivos (cateterismo, punção). 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Mais frequente e de maior risco durante a 
infância 
 Mais em meninas 
 Pielonefrite aguda é a principal causa de febre 
sem foco em lactentes menores de 24 meses 
 Nos meninos é mais frequente em menores 
de 1 ano (maior que nas meninas) 
 Nas meninas é mais comum com cerca de 5 
anos (controle esfincteriano) 
 A taxa de recorrência da infecção urinária 
também é elevada. 
ETIOPATOGENIA 
Etiologia Bacteriana 
 Gram-negativaas:E coli, klebsiella, proteus, 
enterobacter, citrobacter, serratia 
 Proteus é recorrente em meninos, tanto 
quanto a E coli 
 Pseudomonas 
 Grampositivas: Enterococcus, sthapylococcus 
(principalmente nosocomiais, cateterismo, 
bexiga neurogênita 
 Sthaphylococcus saprophyticus e 
enterococcus são frequentes em ambos os 
sexos. 
 PUBERDADE: chlamydia, ureaplasma, 
mycoplasma 
 Bacilo tuberculoide 
Etiologia fúngica: 
 Raras, porém devem ser lembradas em 
pacientes em uso crônico de atb, sondas 
vesicais, malformações complixas das vias 
urinárias, diabéticos e imunodeprimidos. 
 NEONATAL: cândida albicans e tropicalis 
 
Etiologia viral 
 Adenovirus tipo 11 e 21: cistite hemorrágica, 
mais comum em meninos, curso autolimitado, 
término da hematúria em 4 dias. 
 Poliomavírus 
 
PATOGÊNESE 
 Ascendente ou hematogênica 
 A gravidade depende da interação de fatores 
como virulência bacteriana e resistência do 
hospedeiro 
Fatores de defesa 
1. Clearance bacteriano/lavagem bacteriana. 
O Ato miccional faz com que as bactérias 
sejam lavadas para fora do trato urinário. 
Contribui para as condições de inibição do 
crescimento bacteriano 
 
2. Condições que inibem o crescimento 
bacteriano: 
 Baixo pH urinário 
 Alta concentração urinária de ureia e amônia 
 Lisozima e imunoglobulinas IgG e IgA 
 
3. Mucosa vesical apresenta forte resistência à 
adesão bacteriana e descama quando 
agredida. 
4. Fagocitose por leucócitos polimorfonucleares 
e macrófagos na submucosa. 
 
Fatores de risco 
1. Sexo feminino: fatores anatômico como 
comprimento curto da uretra e sua 
proximidade com a região perianal; facilidade 
de ascensão de bactérias entéricas 
patogênicas pelas vias urinárias 
2. Não circuncisão: nos meninos, a pele 
prepucial facilita a colonização da glande 
peninana, favorecendo a ascensão de 
bactérias pela uretra e instalação de ITU 
3. Refluxo vesicoureteral: refluxo de urina da 
bexiga em direção aos ureteres e rins impede 
o clareamento microbiano adequado 
4. Treinamento de toilett: a falta de controle 
esfincteriano ureteral pode proporcionar uma 
esvaziamento vesical incompleto, com 
retenção de urina residual, estase e 
proliferação bacteriana 
I. Uropatia obstrutiva: qualquer obstrução 
anatômica ou funcional imposta em qualquer 
ponto das vias urinárias provoca estase de 
urina à montante, prejudicando a eliminação 
de possíveis bactérias 
5. Secagem vulvar de trás para frente: facilita o 
carreamento mecânico de agentes perianais 
para proximidades da vagina e uretra. 
6. Roupas apertadas 
7. Infestação por Enterobius vermicularis 
8. Constipação intestinal 
9. Presença de P fímbrias bacterianas – “pelos” 
das bactérias que facilitam a adesão de outras 
bacterias 
10. Anormalidades anatômicas: adesão de 
grandes lábios, válvula de uretra posterior , 
ureterocele, estenose da junção 
ureteropelvica, duplicação de estruturas 
urinárias 
11. Bexiga neurogênica 
12. Atividade sexual 
13. Gravidez 
14. Instumentação do trato urinário 
15. Outros: DM, desnutrição, hipopotassemia, 
nefrocalcinose, acidose tubular renal, 
deficiência de vitamina A. 
 
VIA ASCENDENTE – virulência bacteriana E. coli 
 Principal forma de contaminação 
 Presença de fimbria 
 Alta prevalência de antígeno capsular K 
(protege a bactéria contra lise do 
complemento e fagocitose) 
 Produção de hemolisina (proteínas citotóxicas 
capazes de lesar células tubulares) 
 Produção de aerobactina (associada a maior 
capacidade da bactéria em obter e fixar ferro 
– ligada a maior virulência) 
 Resistência a atividade bactericida do soro 
 A presença de RVU potencializa a virulência. 
 
VIA HEMATOGÊNICA 
 Menos importantes devido as capacidades 
fisiológicas do rim de livra-se de bactérias que 
chegam por via hematogênica 
 Importante no caso de bacteremia ou 
complicação de endocardite bacteriana 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Depende da localização e da faixa etária 
LOCALIZAÇÃO: 
 Pielonefrites/pielite: 
Febre e dor lombar 
Dor abdominal, dor a punho percussão 
lombar, mal-estar, náuseas, vômitos e 
ocasionalmente diarreia. 
A febre pode ser a única manifestação 
clínica 
Pielite se não febril; pielonefrite se 
detectado acometimento inflamatório renal 
através da cintilografia com DMSA. 
 
 Cistite/uretrite: 
Aumento da frequência ao urinar 
(polaciúria) 
Dor e dificuldade miccional (disúria) 
Incontinência urinária diurna ou noturna 
Dor suprapúbica 
Alterações na cor, volume e odor da urina 
Não provoca febre ou evolui com lesões ao 
parênquima renal 
 
I. Cistite hemorrágica aguda – E. Coli ou 
adenovírus 
II. Cistite eosinofílica – hemat´uria, dilatação 
ureteral, hidronefrose em função de massas 
formadas por infiltrado eosinofílico nas paredes 
internas da bexiga. Frequentemente é necessário 
biopsia. Anti-histaminco e AINES. 
III. Cistite intersticial: urgência, frequência e 
disúria associadas à dor pélvica e aliviadas pela 
micção. Mais frequente em adolescentes. 
Presença de úlceras na mucosa vesical. 
Eletrocauterização das úlceras. 
 
 Bacteriúria assintomática: condição benigna, 
mais comum em meninas pré-escolar e 
escolar. Deve ser tratada apenas em mulheres 
grávidas pelo risco de evoluir para ITU 
sintomática 
 
 
FAIXA ETÁRIA: 
 ITU em RN 
sepse ou toxemia (temperatura, ganho 
ponderal insuficiente, sucção débil, vômitos, 
diarreia, distensão abdominal, irritabilidade, 
hipoatividade, moneamento da pele, palidez, 
cianose, icterícia prolongada) 
Dor a palpação abdominal e urina com odor 
fétido podem ser encontrados. 
DEVE ser realizada USG do trato urinário na 
gestação 
 
 ITU em lactentes (até 2 anos) 
Ganho podenral insuficiente 
Febre, hiporexia, recusa alimentar, choro às 
micções e odor urinário alterado (ultimas 
duas podem estar presentes ou não. 
Avaliação da genitália pesquisando-se 
vulvovaginites e balanopostites que possam 
falsear a cultura de urina ou outras causas 
que predisponham infecção. 
 
 ITU em pré-escolares e escolares 
Locaizados 
Polaciuria, disúria, estranguria, urgência, 
enurese, dor lombar, febre, calafrios, náuseas 
e vômitos. 
Pode apresentar Giordano + 
 
 ITU em adolescentes 
Polaciuria e dor em baixo ventre 
Hematúria 
Febre, calafrio e/ou dor nos flancos 
Inicio da atividade sexual pode estar 
relacionada. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Urinocultura – confirma presença de ITU 
 Na suspeita de ITU é essencial a hemocultura 
devido ao risco de sepse urinária 
Leucocitose acima de 20.000/25.000 cel/mm3está 
associada a abcesso renal. 
Pró-calcitonina é um marcador de inflamação – 
associado a cicatrizes no parênquima renal. 
 
EXAME DE URINA 
 
Coleta 
 Mais asséptica possível 
 Processamento e análise rápidos 
 No máximo, armazenada em geladeira por 4h 
 Colher o jato médio (nas que tem controle), 
após limpeza. 
 Não usar soluções antissépticas na limpeza 
 Usar soro fisiológico e gaze para irrigação e 
secagem. 
 Os meninos deverão ter o prepúcio exposto 
na obtenção do jato 
Coleta em crianças pequenas 
 Saco coletor: deve ser acoplado e retirado 
após 30min se não houver micção. 
 Cateterismo vesical: métodos de coleta mais 
confiáveis em crianças sem controle 
esfincteriano. 
 Punção suprapúbica: é invasivo e pouco 
utilizado na prática. Seringa de 3ml, inclinação 
de 20º, sentido caudal, profundidade 2-3cm, 
aspirando o embolo. Armazenas em frasco 
estéril. 
EAS: 
 DENSIDADE: baixa pode ser por alteração de 
concentração  infecção da medula renal 
 pH: alcalino pode se relacionar a ITU por 
Proteus – desdobra a ureia em amônia e 
dióxido de carbono, alcalinizando a urina 
 HEMATÚRIA: pode ocorrer na pielonerfite e 
principalmente na cistite 
 NITRITO +: sugere presença de bactérias 
gram-negatis capazes de converter o nitrato 
urinário em nitrito, esterase leucitária positiva 
indica piúria. 
 PIÚRIA: presença de 5 ou + piócitos por 
campo; pode ser observada em crianças com 
desidratação grave, apendicite, lesão química 
do trato urinário e glomerulonefrites. A 
tuberculose. 
 CILINDROS PIOCITÁRIOS OU GRANULOSOS: 
sugerem pielonefrite. 
BACTERIOSCOPIA 
 Diz positivo ou negativo para ITU 
URINOCULTURA 
 Método de certeza do diagnóstico de ITU 
 Deve ser analisado com critério conforme o 
método de coleta 
 Pode ser falso-negativa SE: 
pH <5 
Diluião urinária (<1003) 
Presença de agentes bacteriostáticos na 
urina 
Uso de antibióticos 
Miccções frequentes 
Obstrução total do ureter do lado afetado 
Bactérias difíceis de crescer 
 Pode ser falso-positva SE: 
Coleta inadequada 
Demora no processamento da urina 
Contaminação vaginal ou balnoprepucial 
durante a coleta 
 Deve ser solicitado teste de sensibilidade ao 
antibiótico 
 
DEFINIÇÃO DA LOCALIZAÇÃO 
 Não existem exames complementares fáceis, 
não invasivos e seguros para isso 
 Geralmente é feito pela clínica 
Manifestações sistêmicas + leucocitose com 
neutrofilia, aumento de prot C reativa ou 
elevação da VHS sugere infecção bacteriana 
sistêmica e possibilidade de pielonefrite 
aguda. 
Leucocitose exuberante pode sugerir 
abcesso renal. 
 Cintilografia permite afirmar com segurança 
comprometimento do parênquima renal – 
pouco disponível 
PIELONEFRITE: Fotopenia (pequena 
captação) e aumento do tamanho renal. 
 
AVALIAÇÃO ANATÔMICA E FUNCIONAL 
 
 USG RENAL: método seguro e sem efeitos 
colaterais. 
Avaliação de rim, bexiga, presença de 
hidronefrose, litíase, abcesso renal 
Baixa sensibilidade na demonstração de 
refluxo e cicatrizes renais. 
 
 URETROCISTOGRAFIA MICCIONAL (UCM) 
Metodo invasivo, mas relativamente 
seguro. 
Classifica o grau do refluxo 
 
 UROGRAFIA EXCRETORA 
Elevada cara de radiação 
Menor sensibilidade que a cintilografia para 
avaliar cicatrizes renais 
Menor custo 
Quase não é mais utilizada 
 
 CINTILOGRAFIA ESTÁTICA 9 (DMSA) 
Acido dimercaptossuccínico + tecnécio 99 é 
injetado na circulação e captado pelas células 
tubulares proximais renais, sendo excretado 
lentamente. 
Identifica locais com ausência de captação 
Identifica cicatrizes 
 
 CINTILOGRAFIA DINÂMICA (DTPA) 
Acido dietilenotriaminopentacético + 
tecnécio 99 é injetado na circulação 
Não é captado pelas células tubalares, 
portanto é de livre filtração pelo glomérulo 
Permite a avaliação da capacidade de 
filtração renal (essencial em uropatias 
obstrutivas) 
 
 ESTUDOS URODINÂMICOS 
São reservados para crianças com ITU e bexiga 
neurogênica 
 
SEGUNDO O TRATADO DE PEDIATRIA 
 
 Todas as crianças de qualquer idade, ambos 
os sexos, após o primeiro episódio de ITU 
deve ter o seu trato urinário investigado 
anatômica e funcionalmente. 
Abaixo de 2 anos: USG e uretrocistografia 
miccional. Se RVU deve ser complementada com 
cintilografia estática com DMSA. Se hidronefrose 
ou obstruções indica DTPA 
Acima de 2 anos: USG. S ealterada pode ser 
DTPA, DMSA, uretrocistografia miccional 
 
REGRA PRÁTICA 
 
 ITU febril: 
1. USG de vias urinárias 
 2. SE presença de anormalidades ao USG ou 
fatores de risco realiza Uretrocistografia pós-
miccional. 
Anormalidades: má resposta ao ATB, 
infecção por germe não E.coli, história familiar 
de refluxo 
3. Cintilografia com DMSA se houver RVU 
 
 ITU em criança com história de cistite ou ITU 
baixa: 
1. Não necessita de investigação por imagem 
2. Tratamento das disfunções vesicais e 
intestinais 
3. USG de vias urinárias apenas para casos de 
numerosas cistites. 
 
TRATAMENTO 
 
 O tratamento deve ser iniciado 
imediatamente se o estado geral estiver 
comprometido, logo após a coleta da 
urinocultura 
 Se os sintomas são leves e o diagnóstico é 
duvidoso, o tratamento pode ser adiado até 
os resultados. 
Recomendações gerais: 
 Estimulação da ingesta hídrca 
 Ritmo intestinal fisiológico e micções 
frequentes (não reter urina) 
 Deve se tratar crianças que apresentarem 
inflamação perineal, balanopostite, 
vulvovaginite e oxiuríase. 
 A circuncisão pode ser benéfica em meninos 
com refluxo e infecções de repetição. 
Tratamento específico 
ITU NÃO COMPLICADA, BAIXA OU AFEBRIL 
(Cistite/uretrite) 
 
 Ambulatorial 
 ATB via oral 3-5dias 
 
 
ITU COMPLICADA, ALTA OU FEBRIL 
(Pielonefrite/pielite aguda) 
 
 INTERNAÇÃO E ATB IV 7-14d: RN, crianças em 
sepse urinária, comprometimento do estado 
geral (desidratação, vômitos, incapazes de 
beber) 
Ceftriaxone 50-75mg/kg/dia, IV 
Cefotaxima 100mg/kg/dia, IV 
Ampicilina 100mg/kg/dia + gentamicina (3-
5mg/kg/dia). NEONATO 
 
 AMBULATORIAL: crianças maiores de 1 mês 
com ITU febril e bom estado geral 
Cefixima (cefalosporina de 3 geração) VO 
Ceftriaxone IM, seguida de terapia oral com 
cefalosporina de 3ª geração 
Amoxicilina-clavulanato VO 
Ciprofloxacina em maiores de 17 anos 
 
OBS: 1 semana após o término do ATB pode 
se colher nova urinocultura (exame de 
controle – não obrigatório) 
 
BACTERIÚRIA ASSINTONMÁTICA 
 
 Não deve ser tratada em crianças sadias, sem 
qualquer indício de lesão renal ou 
anormalidade anatômica, ou funcional do 
trato urinário. 
QUIMIOPROFILAXIA 
Feita com antibióticos visa diminuir a recorrência de 
ITU e evolução de cicatrizes renais permanentes em 
determinados grupos de crianças. Deve ser feita 
quando: 
 Durante investigação morfofuncional do trato 
urinário após o primeiro episódio de ITU 
 Aquelas que possue RVU grave (III, IV, V) 
 Aquelas que possuem uropatias obstrutivas 
 Aquelas que possuem cálculos renais 
 Aquelas que possuem bexiga neurogênica 
 SBP: recidivas frequentes, mesmo com 
investigação por imagem normal, recomenda-
se a quimioprofilaxia por 6-12 meses. 
 
PROGNÓSTICO 
 Cura espontânea é rara 
 Nas formas complicadas o prognóstico é bom 
 Recidivas frequentes ou infecções crônicas – 
prognóstico depende do diagnóstico precoce 
e da possibilidade de correção dos fatores 
predisponentes. 
 Pielonefrite: depende da lesão renal 
 Lesão renal: hipertensão arterial, insuficiência 
renal crônica. 
Hidronefrose 
Significa rins aumentados de tamanho, geralmente 
por dilatação da pelve e cálices renais. 
 Fisiológica transitória: período fetal e 
neonatal 
 Patológica: secundária a causas obstrutivas e 
não obstrutivas. 
 0,5 a 1% das gestações – diâmetro 
anteroposterior da pelve renal maior que 
5mm visto na ultrassonografia fetal. 
 Consequencias: 
Pré -atal: Hipoplasiapulmonar nas 
uropatias obstrutivas, cursam com 
oligodramnia e perda da função renal. 
Pós-natal: fator importante para 
pielonefrite e complicações relacionadas 
 
ETIOLOGIA 
 
 Obstrução uretopélvia – geralmente 
hidronefrose unilateral 
 Válvula de uretra posterior – geralmente 
bilateral, maior em meninos 
 Refluxo vesicoureteral 
 Rim multicístico 
 Outras: ureterocele ectópica, síndrome de 
Prune-Belly 
OBSTRUÇÃO DA JUNÇÃO URETEROPÉLVIA (OJUP) 
EPIDEMIO 
 
 Uropatia obstrutiva mais comum da infância 
 Principal causa de hidronefrose no Brasil 
 Maior parte das vezes é unilateral 
 Mais frequente no sexo masculino 
 
CLÍNICA 
 Hidronefrose geralmente unilateral sem 
visualização do ureter ipsilateral pelo 
untrassom pré-natal 
 Massa palpável em flancos no período 
neonatal 
 Dor lombar ou abdominal na infância 
 Pielonefrite 
 Hematúria após trauma leve 
 A funação renal pode estar comprometida 
pela pressão retrógrada sobre os glomérulos, 
porém a maioria se apresenta normal 
 É necessária realização de uretrocistografia 
pós-miccional (15% existe RVU concomitante). 
 TRATAMENTO 
 Quimioprofilaxia com ATB logo após o 
nascimento 
 Obstruções concomitantes (grau 1 e 2) 
geralmente resolvem-se espontaneamente, 
enquanto grau 3 e 4 querem correção 
cirúrgica. 
Pieloplastia com excisão do segmento 
estenótico e reimplante do ureter na pelve 
renal. 
 
RIM MULTICÍSTICO (displasia renal multicística) 
É considerado um tipo de anomalia do 
desenvolvimento urinário, ou disgenesia renal, na 
qual o parênquima renal é substituído por cistos não 
funcionantes 
 Epidemio: afeta 1/2000 bebes 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
 Desenvolvimento inadequado do ureter e 
falha de penetração no blastoma metanéfrico 
durante a embriogênese impede a indução 
adequada da diferenciação do parênquima 
renal. 
 Geralmente é unilateral 
 
CLINICA 
 Identificado por USG pré natal ou no pós natal 
por palpação de massa em flanco 
 Pode haver pielonefrite e RVU em 15% dos 
casos 
 Deve haver acompanhamento periódico com 
exames de imagem e aferições de PA 
 
 
TRATAMENTO 
 Se ocorrer aumento dos cistos pode ser 
indicado nefrectomia unilateral 
 
DIFERENCIAL 
 Doença renal policística da infância: rins 
aumentados bilateralmente sem visualização 
de cistos (pequenos) com perda progressiva 
da função do órgão. 
VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR (VUP) 
Consiste em uma membrana localizada distalmente à 
uretra prostática, que dificulta a drenagem adequada 
de urina. Resulta em dilatação da uretra prostrática, 
dilatação vesical, hipertrofia de detrusor, refluxo 
vesicoureteral (50% dos casos), hidronefrose bilateral 
ou até displasia renal em casos mais graves. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Uma das principais causas de uropatia 
obstrutiva grave, afeta exclusivamente 
meninos. 1:8000 nascimentos 
 
CLINICA 
 Variavel de acorod com o período 
embriológico que se desenvolve 
 Precoce: hipoplasia pulmonar por 
oligodramnia e insuficiência renal por 
dispolasia do parênquima 
 Grau variável de hidronefrose 
 Presença de bexiga palpável e jato urinário 
fraco 
 Podem haver sintomas de uremia, spese de 
foco urinária 
 Crianças maiores: incontinência urinária por 
anormalidades funcionais do esvaziamento 
vesical, poliuria por dificuldades no processo 
de concentração urinária e acidose tubular 
renal 
 
DIAGNÓSTICO 
 Uretrocistografia pós-miccional 
 Função renal 
 
 
 
TRATAMENTO 
 Suporte ventilatória após o nascimento nos 
que exibem desconforto respiratório 
 Sondagem de alívio 
 ATB profilático 
 Ablação transuretral da valva por técnicas 
endoscópicas 
 
PROGNÓSTICO 
 Pior prognóstico: hidronefrose antes de 24 
semanas de IG, oligodramnia, creatinina 
sérica acima de 1mg/dl depois da 
descompressão vesical, presença de cistos 
renais, persistência da incontinência após 5 
anos. 
 
SÍNDROME DE PRUNE-BELLY 
Tríade: anomalias de parede muscular abdominal, 
anamolia do trato urinário e criptorquidia 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Afeta meninos em 95% dos casos 
 Ocorre 1:40000 nascidos vivos 
 
CLÍNICA 
 Parede abdominal exibe aspecto enrugado e 
flpacido (ameixa) – hipoplasia muscular 
 Testiculos localizam-se dentro da cavidade 
abdominal 
 Anormalidades do trato urinária são variadas 
e geralmente secundárias a uma grave 
obstrução da uretra durante a embriogênse 
dilatação da bexiga, ureteres, hidronefrose 
e displasia renal. 
 Pode haver anormalidades cardíacas e 
demembros associadas. 
 1/3 dos bebes é natimorto ou vai a óbito na 
primeira semana (hipoplasia pulmonar e 
complicações relacionadas) 
 Dos sobreviventer, 30% apresenta algum grau 
de insuficiência renal 
 
TRATAMENTO 
 Inclui suporte ventilatório no período 
neonatal, vesicostomia, quimioprofilaxia com 
ATB e correção plástica da parede abdominal. 
 
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA 
 PRÉ-NATAL: USG morfológico. 
Diametro anteroposterior da pelve renal 
maior que 5mm 
Escala da sociedade de urologia fetal: 4 
níveis. 
Importante avaliação dos rins, ureteres, 
bexiga para identificar a etiologia. 
 PÓS-NATAL: 
Pode haver desconforto respiratório 
secundário a hipoplasia pulmonar, massa 
palpável em flancos, bexiga palpável, jato 
urinário fraco, até sepse urinária 
Massa em apenas um flanco: OJUV ou rim 
multicistico 
Massa bilateral: VUP 
Investigação complementar: USG, 
uretrocistografia pós-miccional, cintilografia 
com DMSA (avaliação funcional e cicatrizes), 
cintilografia com DTPA (identificar local da 
obstrução), uretrografia excretora. Exames de 
função renal deverão ser solicitados após 72h 
de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 
1. Menina de 3 anos, febre... tto empírico com 
melhora de sintomas (sulfametoxazol-trimetropin), 
urocultura resistente ao medicamento. Conduta? 
Manter o tratamento iniciado 
 
2. Considerando que a infecção do Trato Urinário 
V ou f 
VVFV 
 
3. Sobre a itu analise a correta 
B 
 
4. falso 
5. B, internação hospitalar 
6. cintilografia 
7. apenas III 
8. A – deverão ser aguardados... 
9. A. 10mil 
10. FFV -d

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