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Resumo aula Normas fundamentais do CPC

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Normas fundamentais do CPC
O processo civil deve ser interpretado a partir da constituição federal (art. 1º CPC).
A CF/88 traz o princípio do devido processo legal, contraditório, ampla defesa, duração razoável e fundamentação das decisões e a garantia de acesso à justiça.
Art. 2º - o processo começa por inciativa da parte, ou seja, a jurisdição é inerte e a parte tem o princípio DISPOSITIVO, mas se desenvolve por impulso oficial – princípio INQUISITIVO.
Art. 3º, caput, princípio da inafastabilidade da jurisdição ou garantia de acesso à justiça.
§1º - admite-se a arbitragem (lei 9307/96).
§2º - o Estado promoverá a solução consensual dos conflitos.
§3º o juiz, mp, dp e os advogados estimularão a solução consensual.(autocomposição – meio alternativo de solução de conflito).
Art. 4º - Duração razoável do processo com a solução INTEGRAL do mérito e a satisfação.
Art. 5º - Reforça a boa-fé como um dever das partes.
Art. 6º - Dever de cooperação de todos os sujeitos do processo.
Art. 7º - Paridade de tratamento às partes com efetivo contraditório.
Art. 8º - O juiz, ao aplicar a lei, atenderá os fins sociais, as exigências do bem comum...
Art. 9º - Reforça o contraditório, o juiz não decidirá sem ouvir as partes antes, salvo: tutela de urgência, tutela de evidência (art. 311, II e III) e ação monitória (art. 701).
Art. 10 – Veda decisão surpresa. O juiz não pode decidir com base em fundamento sobre o qual as partes não se manifestaram.
Art. 11 – Decisão fundamentada.
Art. 12 – Ordem cronológica de decisões, salvo exceções:
Aplicação das normas processuais (arts.s 13 a 15)
A lei processual tem aplicação IMEDIATA e NÃO RETROAGE. 
Aplica-se a lei vigente ao tempo do ato. (tempus regit actum) 
Lei nova: aplica-se aos processos pendentes em relação aos atos pendentes.
Meios de solução de conflitos
Autotutela: desforço físico imediato.
Autocomposição: solução por meio do consenso (acordo).
Arbitragem: solução por terceiro particular (lei 9307/96).
Jurisdição: solução pelo poder judiciário.
Arbitragem e jurisdição são chamadas de HETEROCOMPOSIÇÃO.
A autocomposição tem como requisitos:
- partes capazes
- direito disponível (ao menos quanto à forma de exercício – direito que admite autocomposição, ex: alimentos; reparação ambiental)
- consenso
*a autocomposição pode ser obtida por negociação direta entre as partes ou por intermédio de terceiro (conciliação e mediação).
Conciliação: indicada para partes que não possuem vinculo anterior.
*o conciliador é propositivo, apresenta alternativas para que as partes entrem em acordo.
Mediação: quando as partes possuem um vinculo. Ex: contrato de trabalho, alimentos.
*o mediador é um ouvinte ativo, ouvindo as partes para auxiliar as partes para que elas mesmas encontrem a solução.
O NCPC incentiva a autocomposição.
*a autocomposição homologada é considerada TÍTULO JUDICIAL (art. 515, II e III), já se referendada pelo Mp, adv., DP, conciliador/ mediador é considerada TÍTULO EXTRAJUDICIAL (art. 784, IV).
Lei 13.140/2015 Mediação
Arts. 32 e ss – permite a mediação para a fazenda pública.
Arbitragem – lei 9307/96
Requisitos:
- partes capazes
-direito patrimonial disponível 
- ajuste prévio (chamado de convenção de arbitragem).
A convecção de arbitragem pode ser de duas espécies:
a) Clausula compromissória
b) Compromisso arbitral
Na arbitragem escolhe-se um terceiro particular para atuar como juiz de fato e de direito (árbitro), este tem o poder de decisão e de cautela (decidir liminar), também pode dar sentença que são considerados TÍTULOS JUDICIAIS (art. 515, VIII).
A sentença arbitral não pode ser revista pelo poder judiciário, no máximo pode ser ANULADA.
Se a sentença arbitral não for cumprida poderá ensejar CUMPRIMENTO DE SENTENÇA através do instrumento de CARTA ARBITRAL.
*atenção: conclui-se que o árbitro não tem o poder de efetivar sua própria decisão (quem faz é o juiz).
A convenção de arbitragem é alegada como preliminar, mas NÃO PODE SER CONHECIDA DE OFÍCIO. Dessa forma, se não alegada oportunamente considerar-se-á renuncia à arbitragem.
Jurisdição 
É solução estatal do conflito por meio do poder judiciário.
Também é o poder, dever, função ou atividade de DIZER O DIREITO ao caso concreto visando à pacificação social.
Características da jurisdição
- lide: mas basta um caso concreto (que pode ser uma lide; risco de lesão a direito; situação individual relevante).
- inércia: o juiz só atua mediante provocação da parte (princípio do dispositivo). Excepcionalmente há alguns procedimentos de jurisdição voluntária podem ser iniciados de ofício.
- definitiva: pois gera coisa julgada.
- substitutiva: o juiz substitui as partes na solução do conflito.
- imparcial
- uma
Princípios da jurisdição:
- Juiz natural: assegura um julgamento imparcial e proíbe tribunal de exceção.
- territorialidade/ aderência ao território: cada juiz exerce sua jurisdição dentro de sua área de competência. Logo, para atos fora do território é necessário carta rogatória ou precatória. Exceções: citação pelo correio pode ser feita em qualquer comarca do país; penhora on-line que permite bloquear bens em qualquer lugar do país.
- Indelegabilidade: o juiz não pode delegar suas funções a outro juiz.
- Indeclinabilidade: o juiz não pode se recusar a julgar mesmo que exista lacuna na lei.
- Inevitabilidade: Exceção: convenção de arbitragem.
- Inafastabilidade: garantia de acesso à justiça. Prevê que toda decisão administrativa pode ser revista pelo poder judiciário, e é possível recorrer direito ao poder judiciário, salvo exceções.
Exceções:
- justiça desportiva

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