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contabilidade publica e gov unid_1 (1)

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Autor: Prof. Ricardo Sussumu Takatori
Colaboradoras: Profa. Divane Alves da Silva
 Profa. Rachel Niza Brandão
Contabilidade Pública 
e Governamental 
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Professor conteudista: Ricardo Sussumu Takatori
Mestre em Controladoria e Contabilidade pela Fecap-SP, economista pela PUC-SP e técnico de Contabilidade pelo 
Instituto Monitor-SP.
Atuou profissionalmente em empresas privadas dos setores de fabricação de canetas, construção civil e 
telecomunicação e informática como especialista na elaboração de projetos econômico-financeiros, e na área de 
controladoria, orçamento e custos, ocupando cargo gerencial. Também atuou em empresas estatais de pesquisa e 
controle ambiental e gerenciamento de obras no governo do Estado, e também junto à Prefeitura, ocupando cargos 
de gerente e assessor.
Atualmente, é perito judicial na Justiça Civil e do Trabalho e assistente técnico junto a escritórios de advocacias. É 
especialista em cálculos judiciais, principalmente na área civil.
Ministra diversas disciplinas em cursos de graduação e pós graduação em instituições como UNIP, Fecap, Mackenzie, 
Uninove, Unifai e Unifei.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
T136c Takatori, Ricardo Sussumu.
Contabilidade Pública e Governamental. / Ricardo Sussumu 
Takatori. – São Paulo: Editora Sol, 2014.
128 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XX, n. 2-053/14, ISSN 1517-9230.
1. Contabilidade pública. 2. Orçamento público. 3. Sistema de 
contas. I. Título.
CDU 336.126
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Virgínia Bilatto
 Lucas Ricardi
 Cristina Fraracio 
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Sumário
Contabilidade Pública e Governamental
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 CONTABILIDADE PÚBLICA ............................................................................................................................ 19
2 SERVIÇO PÚBLICO ........................................................................................................................................... 24
2.1 Serviço privativo do Estado .............................................................................................................. 24
2.2 Serviços de utilidade pública ........................................................................................................... 25
2.2.1 Serviços de utilidade pública por concessão ............................................................................... 25
2.2.2 Serviços de utilidade pública por permissão ............................................................................... 26
2.2.3 Serviços de utilidade pública mista ................................................................................................. 26
2.3 Autorização ............................................................................................................................................. 27
Unidade II
3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......................................................................................................................... 31
4 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA .............................................................. 35
4.1 Organização da administração pública ....................................................................................... 35
4.2 Administração direta ou centralizada .......................................................................................... 37
4.3 Administração indireta ou descentralizada ............................................................................... 37
4.3.1 Autarquia ................................................................................................................................................... 38
4.3.2 Entidades paraestatais .......................................................................................................................... 39
4.3.3 Empresas públicas................................................................................................................................... 40
4.3.4 Sociedade de economia mista ........................................................................................................... 41
4.3.5 Fundações .................................................................................................................................................. 42
4.3.6 Serviços sociais autônomos ................................................................................................................ 42
4.4 Fundos especiais ................................................................................................................................... 43
Unidade III
5 CONTABILIDADE PÚBLICA ............................................................................................................................ 48
5.1 Controle nas entidades públicas .................................................................................................... 48
5.1.1 Controle interno ...................................................................................................................................... 48
5.1.2 Controle externo ..................................................................................................................................... 49
5.2 Período – exercício ............................................................................................................................... 49
5.3 Regimes contábeis ............................................................................................................................... 49
6 ORÇAMENTO PÚBLICO .................................................................................................................................. 50
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6.1 Ciclo orçamentário ..............................................................................................................................52
6.2 Orçamento por programa ................................................................................................................. 54
6.3 Receita pública ...................................................................................................................................... 54
6.4 Despesas públicas ................................................................................................................................. 62
6.5 Créditos adicionais ............................................................................................................................... 69
Unidade IV
7 SISTEMA DE CONTAS E CONTABILIDADE PÚBLICA ............................................................................ 77
7.1 Sistema de contas ................................................................................................................................ 77
8 LICITAÇÃO E LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL .............................................................................101
8.1 Licitação – Lei nº 8.666/93 .............................................................................................................101
8.2 Lei de responsabilidade fiscal ........................................................................................................108
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APRESENTAÇÃO
As Ciências Contábeis aplicadas às atividades das pessoas físicas e jurídicas tem como objetivo a 
administração do patrimônio e incluem a administração do patrimônio público.
O patrimônio público é administrado pela administração pública – governos federal, estaduais e 
municipais. Para o controle deste patrimônio público, é utilizada a contabilidade pública, um ramo 
específico das Ciências Contábeis.
A escrituração contábil na administração pública oferece aos alunos o conhecimento necessário 
para a elaboração de demonstrações contábeis do setor público.
Também registra os principais fatos decorrentes da ação dos gestores dos bens públicos, evidenciando, 
por meio de relatórios, os resultados da administração orçamentária, financeira, patrimonial e de 
custos, em conformidade com a legislação pertinente. Esta disciplina possibilita ao aluno o domínio da 
sistemática que envolve o controle orçamentário e financeiro da administração pública.
A disciplina objetiva:
• Abordar os aspectos de interpretação de cunho legalista sobre as normas de orçamento, 
contabilização, controle e prestação de contas do setor público.
• Assinalar a importância crescente que a contabilidade pública assume no setor econômico.
• Enfatizar a contabilidade pública como instrumento que visa à prestação de serviços, exigindo que os 
profissionais renovem seus métodos de trabalho para tornar o processo de tomada de decisões mais eficaz.
Todos os aspectos das Ciências Contábeis são aplicadas na contabilidade pública, considerando a legislação 
específica – Lei nº 4.320/1.964 e a Lei de Responsabilidade Fiscal –, o controle da contabilidade pública responsabiliza 
os administradores públicos na administração de todo patrimônio da população, coibindo quaisquer desvios.
Como toda a contabilidade, a contabilidade pública vem evoluindo e se modernizando por meio da 
harmonização. Existindo preocupação neste sentido, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN emite constantemente 
resoluções e orientação visando à padronização e modernização da contabilidade pública no Brasil.
O novo Plano de Contas aplicado de forma padronizada está em implantação. Aplicado nas esferas 
federal, estaduais e municipais.
Outras medidas adotadas facilitarão e melhorarão as informações contábeis aplicadas ao setor público.
INTRODUÇÃO
A Contabilidade é uma ciência cuja dinâmica e versatilidade demonstra sua aplicação das mais 
variadas formas. Nas empresas privadas e nas empresas públicas, gerencialmente e tributariamente, 
suas aplicações são as mais variadas, desde o ambulante até as grandes e complexas empresas.
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A forma da contabilidade muitas vezes corresponde a um mero relatório de entradas e saídas; 
elaborado pelos pequenos comerciantes que desconhecem contabilidade, porém sabem como controlar 
seus negócios; até os sofisticados sistemas integrados tipo ERP, sendo os mais conhecidos o SAP, Proteus 
e outros, utilizados pelas empresas de médio e grande portes.
Na área pública também temos entidades contábeis que fazem a escrituração contábil. Devido à 
especificidade dessas entidades terem características sociais e comunitárias, o controle é mais intenso, 
por tratar de recursos financeiros públicos.
Figura 1
O dinheiro público deve ser controlado de forma específica e de forma transparente, desde 
sua arrecadação até sua aplicação, criando-se mecanismos de controle dos recursos financeiros, 
orçamentários e da sua contabilização.
Dentro dessas características, ter conhecimento da contabilidade pública é fator primordial para que a 
arrecadação e a aplicação desses recursos públicos ocorram dentro de padrões de idoneidade e transparência.
Definições, legislação, responsabilidades e aplicações da contabilidade pública serão abordadas neste livro.
Figura 2
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Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público
Todos os ramos da Contabilidade são regidos por normas de contabilidade, devidamente estudadas 
e analisadas por experts em Contabilidade e editadas para as Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Também a contabilidade pública e governamental tem a Norma Brasileira de Contabilidade Aplicadas ao 
Setor Público, que recebeu o códgio NBC T 16, subdividindo-se em:
• NBC T 16.1 – Conceituação, objeto e campo de aplicação.
• NBC T 16.2 – Patrimônio e sistema contábeis.
• NBC T 16.3 – Planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil.
• NBC T 16.4 – Transações no setor público.
• NBC T 16.5 – Registro contábil.
• NBC T 16.6 – Demonstrações contábeis.
• NBC T 16.7 – Consolidação das demonstrações.
• NBC T 16.8 – Controle interno.
• NBC T 16.9 – Depreciação, amortização e exaustão.
• NBC T 16.10 – Avaliação e mensuração dos ativos e passivos em antidades do setor públicos.
 Saiba mais
Encontre o resumo das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas 
ao Setor Público em:
RESUMO explicativo das Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas 
ao setor público. Ebookbrowse, [s.d.]. Disponível em: <http://ebookbrowse.
com/gdoc.php?id=27461176&url=244c562f758e45504ce2df6b1e4
6f097>. Acesso em: 5 ago. 2014.
NBC T 16.1 – Conceituação, objeto e campo de aplicação
De acordo coma NBC T 16.1, a contabilidade pública aplica, como o ramo das Ciências Contábeis no 
processo gerador de informações, os princípios e as normas contábeis direcionados à gestão patrimonial 
de entidades públicas, tendo como objeto o patrimônio da entidade pública.
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Figura 3
As normas e as técnicas são aplicadas por todos os entes que movimentem os recursos públicos, 
pelas entidades que registram operações orçamentárias, que atuem para o cumprimento dos serviços 
sociais, os conselhos profissionais, incluindo aqueles sem fins lucrativos sujeitos a julgamento de contas 
pelo controle externo.
O conceito de unidade contábil é aplicável aos casos de registro e controle das transações de parcelasdo patrimônio de entidades públicas, que se classificam em: originárias, que possuem patrimônio 
próprio; descentralizadas, que representam parcelas do patrimônio de uma mesma entidade pública; 
unificadas que representam a soma de elementos patrimoniais de duas ou mais unidades de natureza 
contábil; e consolidadas, que representam a soma de duas ou mais entidades públicas.
NBC T 16.2 – Patrimônio e sistema contábeis
Patrimônio público é o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos 
com recursos públicos, integrantes do patrimônio de qualquer entidade pública, que prestem serviços públicos.
O patrimônio público é estruturado em:
• Ativo: são as disponibilidades, os bens e os direitos que possam gerar benefícios econômicos 
ou potencial de serviço; sendo dividido em circulante (quando estão disponíveis para utilização 
imediata, são realizados, consumidos ou vendidos até o final do exercício financeiro subsequente), 
ou não-circulante (outros ativos).
• Passivo: são as obrigações, as contingências e as provisões, classificadas como circulante (quando 
corresponderem a valores exigíveis até o final do exercício financeiro subsequente, e os valores 
de terceiros ou retenções em nome deles quando a entidade pública for a fiel depositária), ou 
não-circulante (outros ativos).
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• Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos 
seus passivos.
O sistema contábil público é composto pelas etapas de planejamento, execução, controle e avaliação. 
Este representa a macroestrutura de informações de todos os atos e fatos da gestão pública, para 
orientar o processo de decisão e a correta prestação de contas. É dividido em subsistemas contábeis, 
como: de informações orçamentárias, de informações financeiras, de informações patrimoniais, 
de custos e de compensação.
Tais subsistemas devem ser integrados a outros subsistemas de informação para gerar a 
administração pública; o desempenho da organização; e a avaliação dos resultados obtidos, das metas 
fiscais estabelecidas, dos riscos e das contingências fiscais.
NBC T 16.3 – Planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil
Esta norma estabelece as bases para o controle contábil sob o planejamento das entidades do setor 
público, planejamento expresso em planos hierarquicamente interligados, cuja previsão das atividades a 
serem desenvolvidas e realizadas deve contemplar todas as etapas e recursos necessários.
O plano é definido como o conjunto de documentos elaborados com a finalidade de concretizar o 
planejamento por meio de programas e funções. O planejamento na área pública pode ser utilizado em 
curto, médio e longo prazo, sendo curto prazo definido como aproximadamente um ano, e longo prazo, 
quatro anos.
Os planos fixados na área pública são interligados e fixados por lei:
PPA – Plano Plurianual – nível estratégico e fixação das metas de forma quadrienal.
LDO – Lei das Diretrizes Orçamentária – fixa as orientações para a elaboração do orçamento anual. 
Anualmente deve ser elaborada lei específica.
LOA – Lei do Orçamento Anual – o orçamento, fixando os valores de rubrica de despesas e fixando 
as previsões de receitas.
A norma inova e amplia o controle contábil sobre os instrumentos de planejamento, em que, além 
de evidenciar a execução orçamentária – LOA, acompanha o cumprimento das metas estratégicas 
fixadas no PPA.
NBC T 16.4 – Transações no setor público
O patrimônio das entidades públicas é alterado por atos e fatos, cujos quais são objeto de registro 
contábil, em observância aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e às Normas Brasileiras de 
Contabilidade.
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As transações no setor público são classificadas pelas seguintes naturezas:
• Econômico-financeiras: que afetam o patrimônio público, realizadas, ou não, em decorrência da 
execução do orçamento.
• Administrativas: que são originadas de atos praticados pelos gestores públicos, com o objetivo de 
dar cumprimento às metas programadas e ao funcionamento das atividades da entidade pública, 
podendo provocar alterações no patrimônio.
As transações que provocam alterações de valor do resultado econômico são consideradas variações 
patrimoniais, que, caso afetem o Patrimônio Líquido, devem manter correlação com as respectivas contas 
patrimoniais. Tais variações são classificadas em quantitativas, que são decorrentes de transações que 
aumentam ou diminuem o Patrimônio Líquido; e qualitativas, que decorrem de transações que alteram 
a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o Patrimônio Líquido.
NBC T 16.5 – Registro contábil
A entidade pública deve manter sistema de escrituração, por meio de processo manual, mecanizado 
ou eletrônico, em ordem cronológica, como suporte às informações contábeis dos atos e fatos da 
gestão.
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, bem como o Ministério Público, devem manter um 
sistema integrado de contabilidade pública, enquadrado em um plano de contas que deve compreender: 
terminologia de todas as contas e a sua adequada codificação, enunciação das funções atribuídas a 
cada uma das contas, funcionamento das contas com os seus movimentos de débitos e créditos e a 
utilização do método das partidas dobradas em todos os registros contábeis, de acordo com sua natureza 
orçamentária, financeira, patrimonial ou compensatória, nos respectivos subsistemas contábeis.
A entidade que fizer uso de estrutura de eventos para registros contábeis em sistemas informatizados deve 
demonstrar o fluxo dos lançamentos por atos e fatos e por sistemas contábeis, como anexo do plano de contas.
A escrituração deve ser executada em idioma e moeda corrente nacional, sejam em livros ou meios 
magnéticos que permitam a identificação e o seu arquivamento de forma segura. Quando se tratar de 
transação em moeda estrangeira, esta deverá ser convertida em moeda nacional, ajustando-se a taxa de 
câmbio oficial vigente na data da transação.
O diário e o razão constituem fontes de informações contábeis, logo nestes devem estar registrados 
os atos e fatos da gestão pública. Os registros devem ser efetuados de forma analítica, tendo como base 
os Princípios Fundamentais da Contabilidade.
São elementos fundamentais do registro contábeis: a data da ocorrência da transação, a(s) conta(s) 
debitada(s) e creditada(s), o histórico de forma descritiva, o valor da transação e o número de controle 
para identificação do documento.
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Os atos de gestão pública que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio da 
entidade devem ser mensurados monetariamente e registrados pela contabilidade, sendo reconhecidos 
e registrados integralmente no momento em que ocorrerem. Quando houver conflito entre dispositivos 
da legislação e os preceitos das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, o 
profissional de contabilidade deve observar, para a elaboração das demonstrações contábeis, as diretrizes 
estabelecidas nessas normas e deve evidenciar, em notas explicativas, as disposições conflitadas da 
legislação específica.
NBC T 16.6 – Demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis definidas no campo de aplicação das entidades do setor público são:
• Balanço orçamentário.
• Balanço financeiro.
• Demonstrações das variações patrimoniais.
• Balanço patrimonial.
• Demonstração dofluxo de caixa.
• Demonstrações do resultado econômico.
As demonstrações contábeis de cada exercício financeiro devem ser acompanhadas por anexos, 
outros demonstrativos exigidos por lei e pelas notas explicativas.
Figura 4
Ao término de cada exercício financeiro, devem ser publicadas as demonstrações contábeis com 
identificação da entidade pública e com a assinatura da autoridade responsável e do contabilista da 
entidade devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade, sendo colocadas à disposição 
da sociedade.
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Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial do setor público deve seguir o plano de contas unificado do setor público, 
estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido e tem por objetivo evidenciar qualitativa e 
quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública.
Balanço orçamentário
O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em 
níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, 
demonstrando o resultado orçamentário.
O Balanço Orçamentário é estruturado de forma a evidenciar a integração entre o planejamento e 
a execução orçamentária.
Balanço financeiro
O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e 
dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se 
transferem para o início do exercício seguinte.
Demonstração das variações patrimoniais
A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as variações quantitativas, o resultado 
patrimonial e as variações qualitativas decorrentes da execução orçamentária.
As variações quantitativas são decorrentes de transações no setor público que aumentam ou 
diminuem o patrimônio líquido.
As variações qualitativas são decorrentes de transações no setor público que alteram a 
composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.
Para fins de apresentação na Demonstração das Variações Patrimoniais, as variações devem ser 
segregadas em quantitativas e qualitativas.
O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações quantitativas 
aumentativas e diminutivas.
Demonstração do fluxo de caixa
Apresenta a movimentação financeira histórica da entidade pública, programa, projeto, fundo ou 
outra unidade de acumulação relevante, permitindo ao usuário projetar cenários de fluxos futuros de 
caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade da entidade de manter o 
regular financiamento dos serviços públicos sob sua responsabilidade.
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Tal demonstração deve ser elaborada pelos métodos direto ou indireto e deve evidenciar as 
movimentações em três grandes grupos, que são: fluxo de caixa das operações, fluxo de caixa dos 
investimentos e fluxo de caixa dos financiamentos.
Demonstração do resultado econômico
Evidencia o resultado econômico, em cada nível de prestação de serviços, fornecimento de bens 
ou produtos pela entidade pública, obtido do confronto entre a receita econômica e os itens de custos 
e despesas dos serviços, dos bens ou dos produtos, oriundos dos sistemas orçamentário, financeiro e 
patrimonial em cada período.
Deve ser elaborada considerando a interligação sistêmica com o Plano Plurianual e deve apresentar 
a seguinte estrutura: receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos, 
custos e despesas identificados com a execução da ação pública e resultado econômico apurado.
A receita econômica é o valor medido a partir dos benefícios futuros gerados à sociedade pela ação pública.
Notas explicativas
Suas informações devem ser relevantes, complementares ou suplementares àquelas não evidenciadas 
nas demonstrações contábeis, devendo esclarecer e detalhar as contas e valores apresentados para o 
bom entendimento.
NBC T 16.7 – Consolidação das demonstrações
As demonstrações consolidadas de um ente ocorrerão pela soma ou agregação de saldos ou grupos 
de contas, excluídas as duplicidades, formando o patrimônio resultante da agregação de patrimônios 
autônomos pertencentes a duas ou mais entidades governamentais.
Os procedimentos de consolidação são feitos por meio de ajuste e eliminações que se realizam 
a partir de documentos auxiliares, não originando nenhum tipo de lançamento de escrituração. As 
informações utilizadas para consolidação devem ser levantadas na mesma data.
A participação patrimonial nas entidades estatais não dependentes será reconhecida nas 
demonstrações da entidade governamental controladora por meio de equivalência patrimonial.
As demonstrações contábeis consolidadas devem ser completadas por notas explicativas.
NBC T 16.8 – Controle interno
O controle interno é o conjunto de recursos, métodos e processos adotados pela entidade governamental, 
objetivando garantir razoável grau de eficiência e eficácia do sistema de informação contábil, tendo como 
finalidade, comprovar atos e fatos que afetem o patrimônio; e garantir a integralidade das informações 
prestadas. O controle interno deverá ser exercido em todos os níveis da entidade governamental.
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Figura 5
NBC T 16.9 – Depreciação, amortização e exaustão
Para o registro da depreciação, amortização e exaustão, devem ser abordados os seguintes aspectos:
• obrigatoriedade do seu reconhecimento;
• valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado como decréscimo patrimonial, e no balanço 
patrimonial, representada em conta redutora do respectivo ativo.
• circunstâncias que podem influenciar seu registro.
Entende-se que:
Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência.
Amortização é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer 
outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto 
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.
Exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à exploração dos recursos minerais, 
florestais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimento determinado, bem como do valor de 
ativos corpóreos utilizados no processo de exploração.
O valor depreciado, amortizado ou exaurido, apurado mensalmente, deve ser reconhecido nas variações 
patrimoniais do exercício durante sua vida útil econômica. O valor residual e a vida útil econômica de 
um Ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício; quando as expectativas diferirem 
das estimativas anteriores, as alterações devem ser efetuadas. A depreciação, amortização e exaustão 
devem ser reconhecidas até que o valor contábil do Ativo seja igual ao valor residual.
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Os métodos de depreciação, amortização e exaustão utilizados devem estar compatíveis com a vida 
útil econômica do Ativo e serem aplicados uniformemente. Podem ser utilizados:
o método das quotas constantes;
o método das somas dos dois dígitos;
o método das unidades produzidas.
As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de imobilizado, em nota explicativa: 
O método utilizado, a vida útil econômica, a taxa utilizada, valorcontábil bruto e a depreciação, 
amortização e exaustão acumuladas, no início e no fim do período.
NBC T 16.10 – Avaliação e mensuração dos Ativos e Passivos em entidades do setor público
Entende-se como:
Avaliação: atribuição de um valor monetário a itens do Ativo ou Passivo cuja obtenção decorreu 
de julgamento fundado em consenso entre as partes e que traduza, com razoabilidade, o processo de 
evidenciação dos atos e fatos da gestão.
Mensuração: ato de constatação de valor monetário para itens do Ativo ou Passivo, expresso 
processo de evidenciação dos atos e fatos da gestão, revelado mediante a aplicação de procedimentos 
técnicos suportados em análises tanto qualitativas quanto quantitativas.
Reavaliação: adoção do valor de mercado ou do valor de consenso entre as partes.
As disponibilidades em moeda estrangeira são expressas no Balanço Patrimonial do final do exercício 
ao câmbio vigente nessa data. Os ajustes e as diferenças de câmbio apurados são contabilizados em 
contas de resultado.
Os direitos de créditos e as obrigações serão avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando 
em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço. Os riscos de recebimentos de 
dívidas devem ser reconhecidos por meio de uma conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada 
quando deixarem de existir os motivos que a originaram.
Os ajustes e as diferenças de câmbio apuradas são contabilizados em contas de resultado.
Os estoques são mensurados com base no valor de aquisição ou valor de produção ou construção. 
Os gastos de distribuição, de administração geral e os financeiros não são incorporáveis no valor de 
produção. O método de custeio das saídas dos estoques adotado é o custo médio ponderado. Quando 
houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deverá ser utilizado 
o preço de mercado. Relativamente às situações previstas nos itens anteriores, as diferenças serão 
expressas em contas de ajustamento dos estoques em contas de resultado.
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As participações no capital de empresas serão mensuradas de acordo com o custo de aquisição, ou, 
quando relevantes, pelo método da equivalência patrimonial. Os ajustes apurados são contabilizados em 
contas de resultado.
O Ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, deve ser mensurado ao valor 
de aquisição ou ao valor de produção e construção.
Quando os respectivos elementos tiveram vida útil limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização 
ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas. 
Quando se tratar de Ativo mobilizado obtido a título gratuito, deverá ser considerado o valor resultante 
da avaliação obtida com base em procedimento de valorização desses bens devidamente justificada. 
No caso de transferências de Ativos, o valor a atribuir será o valor contábil constante nos registros da 
entidade de origem, desde que em conformidade com os critérios de avaliação estabelecidos na presente 
norma, salvo se existir valor diferente fixado no instrumento que autorizou a transferência. Os bens 
de uso comum, que absorvem ou absorveram recursos públicos, serão incluídos no Ativo permanente 
da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam ou não afetos à sua atividade 
operacional. A valorização dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor de 
aquisição ou ao valor de produção e construção.
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CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL
Unidade I
1 CONTABILIDADE PÚBLICA
A contabilidade pública tem base legal na Lei Complementar nº 4.320, de 17/03/1964, e na 
Constituição Federal de 1988.
Contabilidade pública é um dos ramos da Contabilidade, aplicada às entidades de direito público.
A contabilidade pública e governamental é aplicada à administração direta ou centralizada e à 
administração indireta ou descentralizada. A administração direta corresponde aos poderes executivo, 
legislativo e judiciário.
O campo de atuação da contabilidade pública é o das pessoas jurídicas de direito público interno – 
União, estados, Distrito Federal, municípios, seus fundos, suas autarquias e fundações.
O ambiente legal da contabilidade governamental
O ambiente legal da contabilidade governamental está de acordo com a Lei n. 4.320/1964, que 
foi transformada com a Constituição Federal, fixando três peças de trabalho: Plano Plurianual, Lei das 
Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual.
Essas peças devem ser fixadas no ambiente público por meio de leis específicas, que nortearão todas 
as atividades da contabilidade pública, principalmente fixando os níveis de receitas e despesas.
De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988, a contabilidade pública e governamental, 
assim como orçamento público, está estruturada nas seguintes leis:
PPA – Plano Plurianual, cujo projeto de lei é enviado pelo Presidente da República ao Congresso 
Nacional, até 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato, sendo devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa de 15 de dezembro. O PPA – Plano Plurianual vigora por 4 anos, a 
partir do segundo ano do mandato presidencial até o final do primeiro ano do mandato subsequente.
O PPA – Plano Plurianual estabelece de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal, para as despesas de capital e outras decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada.
Níveis e tipos de planejamento
Observando os níveis hierárquicos, distinguem-se três tipos de planejamento: planejamento 
estratégico, tático e operacional.
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Unidade I
O planejamento estratégico considera a empresa como um todo e é elaborado pelos níveis 
hierárquicos mais altos da organização. Relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e 
ações para alcançá-los.
No segundo nível de planejamento, o tático, a atuação é em cada área funcional da empresa, 
compreendendo os recursos específicos. Seu desenvolvimento se dá pelos níveis organizacionais 
intermediários, tendo como objetivo a utilização eficiente dos recursos disponíveis com projeção em 
médio prazo. Em grandes empresas identifica-se facilmente este nível de planejamento, ele se dá nos 
escritórios de superintendências regionais. Exemplificando: no Banco do Brasil esse planejamento 
ocorre nas superintendências estaduais. Seus planos de ação são desenvolvidos como forma de apoio às 
unidades operacionais (agências) num movimento sinérgico, objetivando o cumprimento dos objetivos 
e das metas estabelecidos no planejamento operacional.
Já os planejamentos em nível operacional correspondem a um conjunto de partes homogêneas do 
planejamento tático, ou seja, identificam os procedimentos e processos específicos requeridos nos níveis 
inferiores da organização, apresentando planos de ação ou planos operacionais. São elaborados pelos 
níveis organizacionais inferiores, com foco nas atividades rotineiras da empresa; portanto, os planos são 
desenvolvidos para períodos de tempo bastante curtos.
Características:
• Convergência territorial: orientação da alocação dos investimentos públicos e privados com vistas 
a uma organização de território mais equilibrada.
• Integração de políticas e programas: O PPA atua como instrumento integrador das políticas do 
governo federal (PAC, PDE e Agenda Social).
• Gestãoestratégica dos programas e ações: considerados indutores do desenvolvimento para 
assegurar o alcance dos resultados pretendidos.
• Participação social no acompanhamento do ciclo da gestão do PPA como importante instrumento 
de integração entre o Estado e o cidadão, para o aperfeiçoamento das políticas públicas.
Objetivos (planejamento tático) de médio prazo:
• promover a inclusão social e a redução das desigualdades;
• promover o crescimento econômico ambiental sustentável com a geração de emprego e 
distribuição de renda;
• propiciar o acesso da população brasileira à educação com equidade, qualidade e valorização da 
diversidade;
• fortalecer a democracia, com igualdade de gênero, raça e etnia e a cidadania com transparência 
e dialogo social garantia dos direitos humanos.
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CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL
Exemplo de metas de curto prazo:
• Educação e cultura:
— 6 milhões de alfabetizados;
— 150 novas escolas federais de educação profissional e tecnológica;
— 330 mil novas vagas na rede federal de Ensino Superior;
— 1085 novos pontos de cultura.
• Assistência social e transferência de renda:
— 11,1 milhões de famílias no “bolsa-família”.
• Inclusão digital:
— 8.000 novos telecentros comunitários instalados;
— 20 milhões de novos usuários da internet;
— 134 mil escolas de educação básica conectadas à internet.
• Segurança;
• desenvolvimento agrário;
• energia elétrica, petróleo;
• gás e biodiesel;
• transportes;
• recursos hídricos;
• exportação;
• meio ambiente;
• saneamento;
• habitação;
• agricultura e pecuária;
• aeroportos.
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Unidade I
Figura 6
A LDO representa, no ciclo orçamentário, um dos mais importantes instrumentos de planejamento 
da administração pública. Isso porque a LDO é o mecanismo de ligação entre o PPA e LOA – Lei 
Orçamentária Anual.
A LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias é enviada anualmente pelo Presidente da República ao 
Congresso Nacional, até o dia 15 de abril, e devolvida para sanção presidencial até o dia 30 de junho, 
sem o que o Congresso Nacional esteja impedido de iniciar o seu recesso de julho.
A LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício subsequente. Orienta a elaboração da LOA – 
Lei Orçamentária Anual, dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
As agências financeiras oficiais de fomento são o conjunto de instituições financeiras governamentais, 
tais como BNDES, Banco Brasil, Caixa Econômica Federal etc., que destinam recursos em operações de 
créditos a diversas áreas, tais como de intermediação financeira, habitação, serviços, industrial, rural, 
comércio e outros. São também direcionados recursos para o financiamento de projetos a cargo da 
União, dos estados e dos municípios.
São também destinados recursos para investimentos e manutenção dos Ativos imobilizados do 
governo.
Ainda na LDO, por meio da Lei de Responsabilidade Fiscal n. 101/2000, incluiu-se dois anexos: o de 
metas fiscais o de riscos fiscais.
Anexo da metas fiscais:
O anexo das metas fiscais basicamente compreende a orientação para elaboração da LOA – Lei 
Orçamentária Anual, em que se destaca:
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• Disposição para alteração na legislação tributária, principalmente a de renuncia de receita, 
que compreende: a) anistia, b) remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção de 
caráter não geral, alteração de alíquotas ou modificação da base de cálculo que implique redução 
discriminada de tributos e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
Anistia: concessão que o Estado faz a devedores em atraso para que possam quitar os seus 
débitos em novos prazos, independente da majoração, multas e outras sanções a que normalmente 
estariam sujeitos.
Remissão: trata-se de liberação voluntária do devedor por ato do credor. A lei pode autorizar a 
autoridade administrativa a conceder a remissão. É o perdão da dívida.
Subsídio: auxílio de caráter econômico, em dinheiro ou sob a forma de benefícios concedidos pelo 
Estado.
Crédito presumido: é o ato do Poder Público autorizado em lei que concede ao contribuinte a 
presunção de crédito.
Concessão de caráter não geral: é a dispensa legal de pagamento de um tributo devido. Na 
isenção não geral, o contribuinte deverá fazer prova que cumpre a exigência legal ou deverá fazer ou 
deixar de fazer algo que possa ser beneficiado.
O anexo dos riscos fiscais traz a avaliação dos Passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar 
as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
LOA – Lei Orçamentária Anual: o projeto de Lei Orçamentária Anual. É enviado anualmente 
ao Congresso Nacional, até 31 de agosto, e devolvido para sanção presidencial até o dia 15 de 
dezembro.
O objetivo da LOA – Lei Orçamentária Anual é de autorizar a execução das despesas e prever as 
receitas para o exercício seguinte.
A Lei Orçamentária Anual compreende:
• O orçamento fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
• O orçamento de investimento: das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social, com direito a voto.
• Orçamento da seguridade social: abrangendo todas as entidades e os órgãos a elas vinculados, 
da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público.
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Unidade I
A elaboração do orçamento se se baseia nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB), 
previsão de inflação e outros parâmetros. Com base nesses cálculos, é estimada uma receita 
para o exercício seguinte e, de acordo com ela, são definidos os gastos. Este projeto é levado ao 
Congresso, onde deputados e senadores discutem na Comissão Mista de Orçamentos e Planos 
a proposta enviada pelo Executivo. Compete ao Congresso remanejar os investimentos para 
as áreas e regiões consideradas prioritárias e essas alterações são conhecidas como emendas 
parlamentares.
O orçamento deve ser votado e aprovado até o final de cada legislatura. Depois de aprovado, é 
sancionado pelo Presidente da República e se transforma em lei. Se durante o exercício financeiro 
houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na lei, o Poder Executivo 
submete ao Congresso Nacional projeto de lei de crédito adicional.
 Lembrete
A contabilidade pública diferencia-se das demais contabilidades, 
pois se trata dos recursos públicos (dinheiro da população), que devem 
ser utilizados em benefício a população, registrando a movimentação 
financeira e evidenciando a transparência.
2 SERVIÇO PÚBLICO
É o conjunto de atividades e bens que são exercidos ou colocados à disposição da coletividade, 
visando abranger e proporcionar o maior grau possível de bem-estar ou prosperidade pública.
Serviço público
Prestado pelo Poder Público 
Concessão – delegaçãoPermissão
Figura 7
2.1 Serviço privativo do Estado
São serviços exclusivos exercidos pelo Estado:
• relações diplomáticas e consulares;
• defesa e segurança do território nacional;
• emissão de moeda;
• controle e fiscalização de instituições financeiras e de seguros;
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CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL
• manutenção do serviço postal e o Correio Aéreo Nacional;
• estabelecimento e execução de planos nacional de saúde e educação;
• planos regionais de desenvolvimento;
• serviços que se relacionam com o poder de polícia e segurança pública;
• serviços que garantem a distribuição da justiça.
2.2 Serviços de utilidade pública
São serviços prestados por delegação do poder público, sob condições fixadas por ele: eletricidade, 
telefones, água, gás.
2.2.1 Serviços de utilidade pública por concessão
A concessão de serviços é um procedimento que uma autoridade confia a uma pessoa física ou 
jurídica – concessionária – para explorar um serviço público.
A concessão é um ato que deve ser amparado por autorização legislativa e as condições dos serviços 
são fixadas no edital de concorrências.
O poder público tem o poder de fiscalizar, regulamentar e, havendo a necessidade, intervir e retomar 
o serviço.
Figura 8
A concessão transfere ao concessionário uma remuneração. São exemplos:
• Transporte coletivo.
• Energia elétrica.
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Unidade I
• Telefonia.
• Radio difusão.
• Exploração jazidas e fontes minerais.
• Utilização de jazigo em cemitérios.
A concessão é um procedimento pelo qual uma pessoa de direito público, denominada autoridade 
concedente, confia mediante delegação contratual a uma pessoa física ou jurídica chamada concessionária o 
encargo de explorar um serviço público, devendo sujeitar-se a certas obrigações impostas pelo poder público.
Enquanto a concessionária almeja o lucro, o Estado busca a sua finalidade, que é uma boa prestação 
de serviços (Lei nº 8.987/95 – Regime de Concessão e Permissão de Prestação de Serviços Públicos). A 
remuneração ocorre por meio do sistema de tarifas pagas pelos usuários dos serviços.
2.2.2 Serviços de utilidade pública por permissão
Procedimento pelo qual uma pessoa de direito público, denominada autoridade permitente, faculta, 
mediante delegação, a título precário, a uma pessoa física ou jurídica, chamada permissionário, a 
execução de obras e serviços de utilidade pública ou o uso excepcional de bem público, podendo ser 
outorgado de forma gratuita ou remunerada.
A Lei nº 8.987/95 assim definiu a permissão de serviço público: “delegação, a título precário, mediante 
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que 
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.”
A autoridade delega a título precário a execução de obras e serviços de utilidade pública, como:
• serviços de transportes específicos;
• atos dos capitães de navios e de aeronaves (como casamento ou prisão);
• instalação de bancas de jornais.
2.2.3 Serviços de utilidade pública mista
Os serviços de utilidade pública mista podem ser prestados pelo Poder Público e pelas pessoas físicas 
ou jurídicas, independentemente de delegação. Exemplos:
• saúde;
• educação;
• seguro e previdência.
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2.3 Autorização
A autorização é ato administrativo discricionário e precário pelo qual a administração consente que 
o indivíduo desempenhe atividade de seu exclusivo ou predominante interesse, não se caracterizando a 
atividade como serviço público.
É outorgada de forma remunerada, despida de natureza contratual e não está sujeita a licitação.
Exemplos: serviços de táxi, despachantes ou guarda particular.
Figura 9
 Observação
As construções públicas, como viadutos, ruas, praças, hospitais, postos de 
saúde e delegacias, são os locais onde se desenvolve a prestação de serviços 
públicos para a população. Embora possam ser concedidos, permitidos ou 
transferidos, a responsabilidade continua com o poder público.
Enquadram-se nisso todos os tipos de transporte, saúde, educação e 
segurança, os serviços mais utilizados pela população.
Por que o transporte público é explorado por empresas?
O processo de concessão do transporte público somente pode ser explorado por pessoa jurídica. 
Ele é concedido por meio de processo licitatório, no qual as empresas pagam pelo direito de explorar a 
atividade por determinado período, e o poder público as remunera por esse serviço.
Existe uma tarifa que o ente público paga por passageiro transportado – não se esqueça de que 
existem várias tarifas para a população: passagem normal, para aposentados, para desempregados e 
para estudantes. Cada tarifa real independe do tipo de passageiro, e a diferenciação é subsidiada pelo 
Poder Público.
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Unidade I
 Observação
No transporte urbano (ônibus, trens e metrô), toda a arrecadação 
do valor da passagem, que é fixo, feita pela empresa é um pagamento 
antecipado a ela pelo transporte da população. Se a empresa arrecadar 
mais do que tem direito, deve devolver a arrecadação ao ente público. No 
caso inverso, o ente público paga a diferença entre o valor devido e o valor 
arrecadado.
O valor da passagem é pago pelo número de passageiros transportados, 
mesmo que o passageiro seja isento, como acontece com os aposentados, 
ou pague meia passagem, como é o caso dos estudantes.
 Saiba mais
Leia mais sobre serviço público:
RODRIGUEZ, P. S. Servidor público, serviço público 
(concessão-permissão), contratos administrativos. [s.d.]. Disponível em: 
<http://pt.scribd.com/doc/8544840/Resumo-Servidor-público-Servico- 
público-concessao-permissao-Contratos-Administrativos>. Acesso em: 5 
ago 2014.
 Resumo
A contabilidade pública é um ramo das Ciências Contábeis aplicado ao 
setor público. Como qualquer ramo da Contabilidade, há regras e normas 
a serem cumpridas.
Ela envolve todo o conhecimento e a técnica aplicada na Contabilidade, 
com a diferença de que os “sócios” são a população. Assim, o controle das 
informações contábeis deve ser o mais transparente.
Há características específicas na contabilidade pública, uma vez que o 
ambiente legal é a pessoa jurídica de poder público e todas as especificações 
ocorrem de acordo com legislação específica, não podendo ser aplicadas 
por meio de omissão.
O planejamento é peça fundamental na contabilidade pública, pois todas 
as direções e aplicações devem ocorrer de acordo com o planejamento.
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CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL
O objeto básico da contabilidade pública é o serviço público oferecido 
para a população: a saúde, o transporte e os serviços básicos, como luz, 
água e saneamento. São serviços que são privativos do Estado e podem ser 
concedidos, permitidos ou autorizados, pois todos os serviços são objetos 
de utilização da sociedade.
Para a administração da sociedade, o governo é constituído 
hierarquicamente com um organograma específico, da mesma forma queuma empresa, mas com porte bem maior.
 Exercícios
Questão 1. Entre meados da década de 1930 e a crise da dívida externa, em princípios da década 
de 1980, prevaleceu, na América Latina, em particular no Brasil, o chamado modelo de desenvolvimento 
por substituição de importações. São características desse modelo:
I. Perda do papel estratégico das exportações no processo de crescimento econômico.
II. Alto grau de participação do setor público na economia, inclusive como promotor do processo de 
desenvolvimento socioeconômico.
III. Redução do elevado grau de concentração de renda do modelo de crescimento primário 
exportador.
IV. Inflação crônica resultante do desequilíbrio permanente das finanças públicas.
Estão corretas somente:
A) As afirmativas I e III.
B) As afirmativas I e IV.
C) As afirmativas II e III.
D) As afirmativas II e IV.
E) As afirmativas III e IV.
Resposta correta: alternativa D.
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Unidade I
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a exportação de café, embora perdendo gradualmente a importância, continuou 
sendo responsável pela maior parte de nossas receitas, pelo menos até a década de 1950. As divisas 
provenientes de sua exportação foram, inclusive, transferidas para o setor industrial então em ascensão, 
especialmente nos intervalos de tempo em que o setor exportador logrou sucesso e encontrou um 
mercado internacional mais receptivo às compras do produto.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: reconhecendo a fragilidade do capital privado e sabendo das poucas disponibilidades para 
investimentos por parte das empresas estrangeiras (investimentos esses que apenas cresceriam a partir do final 
da II Guerra Mundial), Vargas chamou para o Estado a função de promover o processo de desenvolvimento.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o modelo agrário-exportador era concentrador de renda, tal como o modelo de 
industrialização por substituição de importação: o processo de industrialização não se traduziu em 
mudanças significativas no perfil da distribuição de renda, ao menos em termos de sua desigualdade e 
de sua concentração. A dinâmica distributiva configurava-se, naquele instante, como estruturalmente 
concentrada: os salários eram mantidos em patamares baixos e os ganhos de produtividade não 
chegavam ao trabalhador, sendo apenas apropriados para a expansão do consumo capitalista.
IV – Afirmativa correta.
Justificativa: o Estado era o principal agente fomentador do desenvolvimento econômico e sua 
participação se dava por meio de uma política inflacionária à base de empréstimos, da concessão de 
crédito e da emissão de moedas. Além disso, o desequilíbrio das finanças públicas era frequente, já que 
ora a política cambial procurava favorecer o setor cafeeiro, ora procurava facilitar as importações de 
bens de capital do setor industrial.
Questão 2. A década de 1980 foi dominada pela inflação e pelo desequilíbrio externo, para os quais 
concorreu (concorreram):
A) O elevado nível da atividade econômica em todo o período.
B) O serviço da dívida externa e a inflação, herdados da década anterior.
C) O saldo positivo da balança comercial.
D) Os projetos de investimento do período, visando completar a estrutura industrial brasileira.
E) Os juros reduzidos no mercado internacional.
Resolução desta questão na plataforma.