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Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares (ATM) - Modulo 01

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES 
TEMPOROMANDIBULARES (ATM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES 
TEMPOROMANDIBULARES (ATM) 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
1 CONCEITOS ANATOMO-HISTOLÓGICOS E FISIOLOGIA TEMPOROMANDIBULAR 
1.1 ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
1.1.1 Componentes ósseos e articulares 
1.1.1.1 Osso temporal 
1.1.1.2 Maxila 
1.1.1.3 Mandíbula 
1.1.1.4 Disco articular 
1.1.1.5 Cápsula articular 
1.1.2 Componentes ligamentares 
1.1.3 Componentes musculares 
1.1.3.1 Músculos elevadores da mandíbula 
1.1.3.2 Músculo temporal 
1.1.3.3 Músculo masseter 
1.1.3.4 Músculo pterigóideo medial 
1.1.4.1 Músculo pterigóideo lateral 
1.1.4.2 Músculos supra-hióideos 
1.1.4.3 Músculos envolvidos com a ATM 
1.1.4.3.1 Músculos occipitais 
1.1.4.3.2 Músculo esternocleidomastóideo 
1.1.4.3.3 Músculo trapézio 
1.1.4.3.4 Músculo escaleno 
1.1.5 Vascularização e inervação da ATM 
1.2. BIOMECÂNICA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
1.2.1 Movimentos articulares 
1.2.1.1 Abertura 
1.2.1.2 Fechamento 
1.2.1.3 Protusão 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
1.2.1.4 Retração 
1.2.1.5 Lateralização 
 
 
MÓDULO II 
2 PRINCIPAIS DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
2.1 AS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMS) 
2.1.1 Antecedentes históricos 
2.1.2 Epidemiologia 
2.1.3 Etiologia 
2.1.4 Sintomatologia 
2.1.4.1 Dor na ATM 
2.1.4.2 Cefaleia 
2.1.4.3 Ruídos nas articulações temporomandibulares 
2.1.4.4 Restrição da função mandibular 
2.1.4.5 Sintomas musculares 
2.1.4.6 Sintomas oftálmicos 
2.1.4.7 Sintomas otológicos 
2.1.4.8 Sintomas labirínticos 
2.2. FATORES ENVOLVIDOS NAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES 
2.2.1. Alterações funcionais de oclusão/ausência de dentes 
2.2.1. Hábitos parafuncionais 
2.2.3 Tensão muscular 
2.2.4 Respiração bucal 
2.2.5 Traumas das estruturas mastigatórias e da coluna cervical 
2.2.6 Disfunções sistêmicas 
2.2.7 Fatores posturais 
2.2.8 Fatores psicológicos 
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS DTMS E CONDIÇÕES CLÍNICAS 
2.3.1 Anomalias de desenvolvimento 
2.3.2 Disfunções musculares 
2.3.3 Disfunções de interferência do disco articular 
2.3.3.1 Deslocamentos do disco articular 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
2.3.3.2 Lesões traumáticas 
2.3.3.3 Neoplasias 
2.3.4 Osteoatrose 
2.3.5 Alterações de mobilidade da mandíbula 
2.3.5.1 Luxação da articulação temporomandibular 
2.3.5.2 Subluxação da articulação temporomandibular 
2.3.5.3 Anquilose 
2.3.5.4 Artrite reumatoide 
 
 
MÓDULO III 
3. AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL EM DTMS 
3.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
3.2 ANAMNESE 
3.3 EXAMES COMPLEMENTARES 
3.4 EXAME FÍSICO 
3.4.1 Inspeção geral da face 
3.4.2 Avaliação da ATM 
3.4.3 Exame muscular 
3.4.4 Goniometria 
3.4.4.1 Exame de goniometria da coluna cervical 
3.4.5 Testes de força muscular 
3.4.6 Avaliação postural 
3.4.6.1 Conceitos para avaliação postural em vista anterior 
3.4.6.2 Conceitos para avaliação postural em vista posterior 
3.4.6.3 Conceitos para avaliação postural em vista lateral 
3.4.7 Avaliação dental 
3.5 OBJETIVOS E CONDUTA TERAPÊUTICA 
4 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL EM DTM 
 
 
MÓDULO IV 
5 ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA EM DTM 
5.1 ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR PARA AS DTMS 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
5.1.1Tratamento medicamentoso 
5.1.2 Tratamento cirúrgico 
5.1.3 Assistência odontológica 
5.1.4 Assistência fonoaudiológica 
5.1.5 Assistência psicológica 
5. 2. ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DAS DTMS 
5.2.1 Orientações e cuidados gerais 
5.2.2 Recursos eletroterapêuticos 
5.2.2.1 Eletroanalgesia 
5.2.2.1.1 Tens (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) 
5.2.2.1.2 Corrente interferencial 
5.2.2.2 Microcorrentes (Mens – Micro Electro Neuro Stimulation) 
5.2.2.3 Corrente russa (CR) 
5.2.3 Ultrassom terapêutico (US) 
5.2.4 Laser 
5.2.5 Recursos térmicos 
5.2.5.1 Calor 
5.2.5.2 Crioterapia 
5.2.6 Recursos manuais 
5.2.6.1 Drenagem linfática manual (DLM) 
5.2.6.2 Massagem clássica 
5.2.6.3 Traços miofasciais 
5.2.6.4 Pompage 
5.2.6.5 Manipulações articulares 
5.2.7 Cinesioterapia 
5.2.7.1 Exercícios de propriocepção 
5.2.7.2 Exercícios ativos 
5.2.7.3 Exercícios resistidos 
5.2.7.4 Trabalho postural nas DTMs 
5.8 Acupuntura 
5.2.9 Biofeedback 
5.3. ETAPAS DA ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA 
3.5.1 Fase aguda 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
3.5.2 Fase estrutural 
3.5.3 Fase funcional 
3.5.4 Fase normativa 
GLOSSÁRIO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
MÓDULO I 
 
 
1 CONCEITOS ANATOMO-HISTOLÓGICOS E FISIOLOGIA TEMPOROMANDIBULAR 
 
 
1.1 ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
 
 
A articulação temporomandibular (FIGURA 1), conhecida pela sigla ATM, 
é um conjunto de estruturas que permite à mandíbula movimentar-se em torno de 
um osso fixo durante a mastigação. Possui íntima relação com os dentes e faz parte 
do sistema estomatognático (conjunto de órgãos e tecidos que atuam de forma 
integrada e participam dos processos de mastigação, deglutição, respiração, 
fonação e postura). 
Localiza-se entre a região distal superior da mandíbula e a região inferior 
lateral do osso temporal. 
 
 
FIGURA 1 - ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
 
FONTE: Adaptado de MSD, 2008. 
A ATM é uma articulação móvel (diartrose), considerada uma das 
articulações mais complexas e utilizadas do organismo humano, realizando 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
aproximadamente 2 mil movimentos por dia, durante os atos de falar, mastigar, 
deglutir, bocejar. É possível palpá-la colocando os dedos indicadores logo à frente 
dos ouvidos e realizando movimentos de abertura e fechamento da boca. 
É capaz de realizar movimentos de dobradiça e de deslocamento em torno 
dos eixos sagital, horizontal e longitudinal (triaxial), sendo classificada como 
articulação ginglimoartroidal. Há uma ATM de cada lado da face, e elas são 
responsáveis pelos movimentos de abertura, fechamento, protusão, retrusão e 
lateralização da mandíbula. 
A articulação temporomandibular possui algumas peculiaridades: existem 
duas ATMs, uma em cada lado da face, porém elas só atuam em conjunto, não se 
movendo de forma independente; a superfície oclusal dos dentes representa um 
ponto rígido de fechamento terminal da articulação; a ATM não é revestida por 
cartilagem hialina como a maioria das articulações e sim por uma camada de tecido 
fibroso avascular (fibrocartilagem), resistente às forças compressivas. 
 
 
1.1.1 Componentes ósseos e articulares 
 
 
A ATM possui um componente fixo (osso temporal) e um componente 
móvel que se desloca (mandíbula). Separando estes dois ossos existe a cartilagem 
articular e o disco articular (tecido fibrocartilaginoso que divide o espaço entre o 
côndilo mandibular e o osso temporal em superior e inferior) (FIGURAS 2 e 3). 
Os dentes são responsáveis pelo perfeito equilíbrio dos músculos, da 
articulação e dos ligamentos, possuindo estreita relação com o adequado 
funcionamento da ATM. Em decorrência disto, falhas na dentição ou alterações 
oclusais podem sobrecarregar a articulação, causando dor e outros sintomas. 
 
 
 
 
FIGURA 2 - COMPONENTESÓSSEOS E ARTICULARES DA ATM 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
 
FONTE: Adaptado de SANTA CLARITA VALLEY DENTAL, 2008. 
 
 
FIGURA 3 - OSSOS DA ATM 
 
Maxila (A); Mandíbula (B); Osso Temporal (C). 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
1.1.1.1 Osso temporal 
 
 
O temporal (FIGURA 4) é um osso par que exerce a importante função de 
abrigar o sistema auditivo humano. Possui formato piramidal e articula-se com os 
ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenoide e mandíbula e está subdividido em 
três porções: escamosa (região superior e anterolateral, em formato de concha); 
timpânica (projeção cônica da parte petrosa do osso temporal) e petrosa (porção 
mais complexa pela quantidade de estruturas anatômicas a ela relacionadas). 
 
 
FIGURA 4 - OSSO TEMPORAL 
 
FONTE: Adaptado de WIKIPÉDIA (A), 2008. 
 
 
Na margem inferior da porção escamosa do osso temporal localiza-se uma 
estrutura denominada fossa mandibular (cavidade glenoide). (FIGURA 5). 
Constitui-se por uma concavidade situada abaixo e à frente do meato acústico 
externo. No adulto, esta região é protegida por uma delgada camada de tecido 
fibroso. Existe uma protuberância óssea na região anterior da fossa mandibular, 
denominada tubérculo articular (FIGURA 5), que atua como limitadora anterior 
para os movimentos condilares. É uma estrutura espessa, que tolera a presença de 
forças durante a função. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
FIGURA 5 - ESTRUTURA INTERNA DA ATM 
 
FONTE: Adaptado de WIKIPÉDIA (B), 2008. 
 
 
A região posterior da fossa mandibular abriga a parte posterior do disco 
articular sendo ricamente inervada e irrigada. Esta região é conhecida como zona 
bilaminar (retrodiscal) (FIGURA 6). Trata-se de uma faixa de tecido conjuntivo que 
contém no seu interior espaços que são preenchidos com sangue durante o 
deslocamento anterior da mandíbula. 
Apresenta duas lâminas: superior (une a porção superior da borda posterior da 
cartilagem à placa timpânica e apresenta na sua constituição grande concentração de 
fibras elásticas); e inferior (une a porção inferior da borda posterior da cartilagem à 
superfície posterior e superior do côndilo, sendo composto de fibras colágenas). 
 
 
FIGURA 6 - ZONA RETRODISCAL 
 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
Na região posterior da fossa temporal encontra-se a parede timpânica. 
Nessa área situam-se as fissuras escamotimpânica, petrotimpânica e a 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
retroescamosa. A fissura petrotimpânica estabelece uma comunicação entre o 
ouvido médio e a ATM. Por ela, passam o nervo da corda do tímpano, a artéria e a 
veia timpânica. Essas estruturas nervosas e vasculares estão fora dos limites 
funcionais da articulação, estando protegidas de qualquer pressão do côndilo. 
 
 
1.1.1.2 Maxila 
 
 
Parte fixa do crânio, que constitui a porção estacionária do sistema 
mastigatório. Inferiormente forma-se o palato (teto da cavidade oral) e o assoalho da 
cavidade nasal (FIGURA 7). 
 
 
1.1.1.3 Mandíbula 
 
 
Osso móvel, em forma de U que sustenta os dentes inferiores. (FIGURA 7). 
É constituída por um corpo e dois ramos. Cada ramo termina em duas extensões 
proeminentes denominadas processos coronoide e condilar. 
O processo coronoide é o processo posterior, onde se insere o músculo 
temporal. O processo condilar é a parte que apresenta um colo a partir do qual se 
origina a cabeça da mandíbula. Esta se articula com a fossa mandibular no osso 
temporal, formando a ATM. 
A forma e o tamanho dos côndilos variam entre os indivíduos a até mesmo 
entre os côndilos direito e esquerdo de um mesmo indivíduo. Normalmente, mede 
cerca de 20 mm de comprimento e 10 mm de largura. Na porção anterior do côndilo 
existe uma área onde se insere o músculo pterigóideo lateral denominada fossa 
pterigóidea. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
FIGURA 7 - MAXILA E MANDÍBULA 
 
FONTE: Adaptado de BBLOGER, 2008. 
 
 
1.1.1.4 Disco articular 
 
 
O disco articular (FIGURA 8) é uma placa ovalada que divide a cavidade 
articular em dois compartimentos: superior e inferior. Possui uma estrutura 
fibrocartilaginosa dividida em três partes: anterior, média e posterior. É avascular e 
não possui inervação. 
Exerce a função de prolongar a fossa mandibular nos movimentos anteriores 
do côndilo da mandíbula estabelecendo concordância entre as superfícies 
articulares e funciona também como amortecedor de forças (BURIGO, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
FIGURA 8 - DISCO ARTICULAR 
 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
 
O disco está relacionado com a cápsula articular em toda a sua margem. 
Anteriormente, o disco e a cápsula fundem-se e permitem a inserção do músculo 
pterigóideo lateral. Lateralmente e medialmente, o disco e a cápsula estão fixados 
independentemente nas partes lateral e medial do côndilo da mandíbula. 
Posteriormente, o disco e a cápsula estão unidos pela zona retrodiscal (FIGURA 6). 
Esta união dá ao disco a liberdade necessária, permitindo o movimento anterior, no 
caso de protusão e abaixamento da mandíbula. 
 
 
1.1.1.5 Cápsula articular 
 
 
A cápsula articular (FIGURA 9) é uma membrana fibrosa e fina que 
circunda a articulação e une suas partes. Estende-se da fossa mandibular até o colo 
da mandíbula. É inervada e relativamente frouxa, permitindo a movimentação da 
mandíbula. Resiste a pressões medianas, laterais e inferiores que tendam a separar 
ou deslocar as superfícies articulares, definindo os limites anatômicos e funcionais 
da ATM, entre a fossa mandibular, eminência articular e nos polos medial e lateral 
do côndilo, abaixo da inserção dos ligamentos colaterais. Constitui-se por tecido 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
conjuntivo e apresenta-se em duas camadas: superfície interna (membrana 
sinovial) e superfície externa (membrana fibrosa). 
 
 
FIGURA 9 - CÁPSULA ARTICULAR 
 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
 
A membrana sinovial é formada por vilosidades do tecido conjuntivo, que 
se projetam para o interior da cavidade articular. É composta por fibroblastos e 
macrófagos denominados de células sinoviais, produtoras de líquido sinovial 
(produto do plasma adicionado de proteínas e mucina que leva nutriente e lubrifica 
os tecidos avasculares que recobrem o côndilo, a protuberância e o disco articular). 
O líquido sinovial confere viscosidade, elasticidade e plasticidade à 
articulação. A quantidade de líquido sinovial aumenta quando a articulação encontra-
se sob maior pressão e o número de movimentos mandibulares também é 
aumentado, promovendo lubrificação e nutrição a todas as superfícies da ATM. Esta 
é uma situação frequente em indivíduos que realizam hábitos parafuncionais. 
Esta membrana é especialmente abundante nos setores mais 
vascularizados e inervados das superfícies superior e inferior da zona retrodiscal, 
sempre se apresentando nas regiões periféricas à área funcional. 
A membrana fibrosa é formada por tecido conjuntivo denso e fibroso, sendo 
reforçada na sua superfície lateral onde forma-se o ligamento temporomandibular. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
1.1.2 Componentes ligamentares 
 
 
Os ligamentos atuam como guias para restringir alguns movimentos 
mandibulares dentro dos limites estabelecidos pela cápsula, ligamentos, músculos e 
proprioceptores. 
Há três ligamentos funcionais (FIGURA 10) na ATM: colaterais, capsular 
e temporomandibular. 
 
 
FIGURA 10 - LIGAMENTOS FUNCIONAIS 
 
 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
Os ligamentos colaterais estão fixados ao disco articular nos dois polos 
condilares. São intracapsulares existindo um medial e um lateral. Exercem a função 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
de estabilizar o disco articular sobre o processo condilar durante os movimentos de 
rotação e translação da ATM. 
O ligamento capsular apresenta-se comoum envoltório que cerca toda a 
ATM, inserindo-se na fossa mandibular. Age resistindo a forças medianas laterais ou 
inferiores que tendem a separar ou deslocar as superfícies articulares, protegendo a 
articulação. 
O ligamento temporomandibular localiza-se na parte externa do ligamento 
capsular, sendo considerado algumas vezes como um espaçamento da mesma. 
Pode ser dividido em duas partes; uma oblíqua (ligamento oblíquo) e outra horizontal 
(ligamento horizontal). 
O ligamento oblíquo une o tubérculo articular e o processo zigomático à 
borda posterior do colo do côndilo limitando o grau de rotação do mesmo. 
O ligamento horizontal liga-se anteriormente também ao tubérculo articular e 
processo zigomático, e posteriormente na superfície lateral do côndilo e borda lateral 
da cartilagem. Esse ligamento limita o deslocamento posterior do côndilo, evitando 
assim a compressão da zona retrodiscal altamente vascularizada e inervada 
(KOSMINSKY, 2008). 
Existem também dois ligamentos acessórios: esfenomandibular e 
estilomandibular (FIGURA 11). O ligamento esfenomandibular eleva-se a partir 
da espinha do osso esfenoide e insere-se na mandíbula. É passivo durante os 
movimentos da mandíbula mantendo a mesma intensidade de tensão durante a 
abertura e fechamento da boca. O ligamento estilomandibular estende-se a partir 
do processo estiloide para o ângulo medial, cobrindo a superfície exterior do 
processo e do ligamento estiloide. É frouxo quando as arcadas estão fechadas ou 
quando a mandíbula está sob repouso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
FIGURA 11 - LIGAMENTOS ACESSÓRIOS 
 
FONTE:SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
 
1.1.3 Componentes musculares 
 
 
Os principais músculos envolvidos com a articulação temporomandibular são 
o temporal, masseter, pterigóideo medial e lateral e digástricos (supra-hióideos) 
(FIGURA 12). 
 
 
FIGURA 12 - COMPONENTES MUSCULARES DA ATM 
 
FONTE:TOOD, 2008. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
1.1.3.1 Músculos elevadores da mandíbula 
 
 
Os músculos elevadores (FIGURA 13) têm como função básica a elevação 
da mandíbula, mas também participam de outros movimentos mandibulares. 
 
 
1.1.3.2 Músculo temporal 
 
 
Músculo largo, em formato de leque, originado na fossa temporal e inserido 
no processo coronoide da mandíbula. É inervado por ramos do nervo trigêmeo 
(ramo mandibular) e irrigado pela artéria temporal superficial. Apresenta três 
divisões: anterior (vertical), média (oblíqua) e posterior (horizontal). Além da 
elevação, contraem-se os feixes anteriores, na abertura máxima e os feixes 
posteriores, na retração da mandíbula e age no deslocamento contralateral. Seus 
fascículos dorsais se contraem na translação com oclusão e os ventrais na rotação 
com oclusão. Este músculo é fundamental na determinação do tônus muscular na 
posição postural da mandíbula. 
 
 
1.1.3.3 Músculo masseter 
 
 
Músculo retangular dividido em uma parte superficial e outra profunda. 
Origina-se no arco zigomático e insere-se no ângulo da mandíbula. É inervado por 
ramos do nervo trigêmeo (ramo mandibular) e irrigado pela artéria maxilar. Além de 
ser elevador, contribui significativamente para a projeção anterior e lateralidade da 
mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
1.1.3.4 Músculo pterigóideo medial 
 
 
Corre paralelamente ao músculo masseter, agindo em conjunto com este na 
protusão e no movimento de lateralidade da mandíbula com boca fechada. É 
inervado por ramos do nervo trigêmeo (ramo mandibular) e irrigado pela artéria 
maxilar. 
 
 
FIGURA 13 - MÚSCULOS ELEVADORES DA MANDÍBULA 
 
Masseter (A); Temporal (B); 
Pterigóideo Medial (C). 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
1.1.4 Músculos depressores da mandíbula 
 
 
Os músculos depressores têm como função básica a depressão da 
mandíbula e cumprem também outras funções secundárias. 
 
 
1.1.4.1 Músculo pterigóideo lateral 
 
 
Músculo com duas cabeças: superior e inferior (FIGURA 14). 
A cabeça superior origina-se no osso esfenoide e insere-se na cápsula 
articular da ATM. Atua quando há resistência muscular e quando os dentes são 
mantidos fechados durante a mastigação. A cabeça inferior origina-se no processo 
pterigoide e insere-se no colo da mandíbula. Quando se contrai bilateralmente, os 
processos condilares são puxados para baixo e a mandíbula sofre protusão. Quando 
se contrai unilateralmente, a mandíbula desloca-se lateralmente para o lado oposto 
ao da contração. Quando a cabeça inferior está ativa, a superior relaxa. 
 
 
FIGURA 14 - MÚSCULO PTERIGÓIDEO LATERAL 
 
Pterigóideo lateral superior (C); Pterigóideo lateral inferior (D). 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
 
 
 
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1.1.4.2 Músculos supra-hióideos 
 
 
Grupamento muscular composto pelos músculos digástrico, estilo-
hióideo, milo-hióideo e gênio-hioide, todos pares (FIGURA 15). Quando ativados, 
realizam abaixamento e retrusão mandibular, sendo importantes para a coordenação 
dos movimentos mandibulares. O digástrico é o mais importante músculo deste 
grupo. 
 
 
FIGURA 15 - MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS 
 
FONTE:CHETTA, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 24 
1.1.4.3 Músculos envolvidos com a ATM 
 
 
Alguns músculos da cabeça e do pescoço que participam do sistema 
estomatognático possuem relação com a função da articulação temporomandibular, 
tornando-se importante descrevê-los. 
 
 
1.1.4.3.1 Músculos occipitais 
 
 
Os músculos suboccipitais são o grupamento muscular que forma o 
trígono suboccipital. Estão localizados na região posterior do pescoço, sobre o osso 
occipital, acima da margem basal do crânio. Compõem-se pelos músculos: reto 
posterior maior e menor da cabeça e oblíquo superior e inferior da cabeça (FIGURA 
16). 
 
 
FIGURA 16 - MÚSCULOS OCCIPITAIS 
 
FONTE: MEDEIROS, 2008. 
 
 
 
 
 
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1.1.4.3.2 Músculo esternocleidomastóideo 
 
 
Músculo oblíquo do pescoço, que parte do esterno e da clavícula para 
inserir-se na apófise mastoide do osso occipital. Tem como ação a elevação da 
cabeça a partir da posição supina. Frequentemente apresenta-se contraturado e 
dolorido em pacientes com disfunções temporomandibulares (FIGURA 17). 
 
 
FIGURA 17 - MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO 
 
FONTE: NAVEDA, 2008 
 
 
1.1.4.3.3 Músculo trapézio 
 
 
Músculo da região posterior do tronco que possibilita a elevação da 
escápula. É um importante sítio de pontos de tensão e dor muscular em indivíduos 
portadores de disfunções temporomandibulares (FIGURA 18). 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 18 - MÚSCULO TRAPÉZIO 
 
FONTE: NAVEDA, 2008 
 
 
1.1.4.3.4 Músculo escaleno 
 
 
Originam-se nas vértebras cervicais e inserem-se na primeira e segunda 
costelas. Possuem três porções: anterior, média e posterior. Realizam inclinação 
homolateral do pescoço (FIGURA 19). 
 
 
FIGURA 19 - MÚSCULO ESCALENO 
 
FONTE: NAVEDA, 2008 
 
 
 
 
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1.1.5 Vascularização e inervação da ATM 
 
 
A porção anterior da ATM é irrigada pelas artérias temporal posterior e 
massetérica. Posteriormente, a ATM é irrigada pelas artérias maxilar, timpânicas 
anterior, auricular profunda e meníngea média e lateralmente pela artéria temporal 
superficial. 
A drenagem venosa da ATM é realizada pelas veias correspondentes às 
artérias que a irrigam. 
O ramo mandibular do nervo trigêmeo inerva a ATM. Este ramo é do mesmo 
tronco nervoso que inerva os músculos mastigatórios. A porção anterior da ATM é 
inervada pelo ramo anterior do nervo mandibular e ramos do nervo massetérico. 
Posteriormente, a ATM é inervada pelo nervo aurículo-temporal. 
 
 
1.2. BIOMECÂNICA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
 
 
Como já mencionado, a ATM é capaz de realizar movimentos de dobradiça e 
dedeslocamento, sendo estruturalmente classificada como articulação 
ginglimoartroidal. É formada pela junção do côndilo mandibular com a fossa 
mandibular do osso temporal. Entre esses dois ossos há um disco fibrocartilaginoso, 
denominado disco articular. 
Funcionalmente, é classificada como triaxial por realizar movimentos em 
torno dos eixos sagital, horizontal e longitudinal. Em relação ao sistema de alavanca, 
a ATM é interdependente por ser uma articulação de osso único, isto é, a mandíbula 
como osso único biarticulado com os ossos temporais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2.1 Movimentos articulares 
 
 
A ATM executa os movimentos de abertura, fechamento, protusão, 
retrusão e lateralização da mandíbula. 
 
 
1.2.1.1 Abertura 
 
 
Durante a abertura bucal (FIGURA 20), o disco articular gira posteriormente 
próximo ao côndilo, enquanto o complexo disco-côndilo se move para frente e para 
baixo, próximo à eminência articular. A forma de tensão do ligamento posterior, em 
meia abertura, auxilia a trazer para trás o disco em rotação próximo ao côndilo 
(SOLBERG, 1989). 
 
 
FIGURA 20 - MOVIMENTOS DE ABERTURA E FECHAMENTO DA ATM 
 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
O movimento de abertura inicia-se com o relaxamento dos músculos 
elevadores: masseter, pterigóideo medial e fibras anteriores e médias dos temporais, 
 
 
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 29 
seguido do relaxamento dos músculos retratores que são as fibras posteriores dos 
temporais. Ao mesmo tempo, ocorre contração dos pterigóideos laterais inferiores, 
seguida de uma ação forte dos músculos supra-hióideos, principalmente o 
digástrico, proporcionando uma trajetória condilar para frente e para baixo, até que 
se atinja a abertura máxima. Nesta fase, o osso hióideo é estabilizado pela ação dos 
infra-hióideos (SOARES e CASTILIO, 2008). 
 
 
1.2.1.2 Fechamento 
 
 
O fechamento (FIGURA 20) inicia-se com o relaxamento dos músculos 
depressores (digástrico e pterigóideos). Sincronicamente, ocorre a contração dos 
músculos elevadores (masseter, pterigóideo medial e temporais), determinando o 
fechamento inicial com o movimento ascendente da mandíbula, levando o conjunto 
côndilo/disco a deslizar pela face articular em direção à porção profunda da fossa 
mandibular, numa trajetória para cima e para trás, enquanto o mento descreve uma 
trajetória para cima e para frente. Na fase final, as fibras posteriores do temporal se 
contraem provocando retração final da mandíbula. Durante o movimento de 
fechamento e abertura o músculo pterigóideo lateral superior e inferior atuam 
antagonicamente. Na abertura o pterigóideo lateral inferior está ativo e durante o 
fechamento o pterigóideo lateral superior está ativo para evitar que o disco articular 
volte para sua posição repentinamente e lesione a zona retrodiscal (SOARES e 
CASTILIO, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 30 
1.2.1.3 Protusão 
 
 
A protusão simétrica da mandíbula é efetivada pelos músculos pterigóides 
laterais a partir dos músculos elevadores, principalmente o temporal, como 
coadjuvante desse movimento, no sentido de manter a mandíbula elevada enquanto 
ela se desloca para frente. O movimento protrusivo envolve o deslocamento condilar 
para frente (ação dos músculos pterigóideos laterais) e para baixo (segundo o 
ângulo ditado pela vertente anterior da fossa articular e pelo padrão de 
deslocamento do disco articular) (FIGURA 21). 
 
 
FIGURA 21 - MOVIMENTOS DE PROTUSÃO E RETRAÇÃO DA ATM 
 
FONTE: WECKER, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 31 
1.2.1.4 Retração 
 
 
Movimento inverso ao de protusão. Ainda sob assistência dos elevadores, 
funcionam efetivamente o músculo digástrico e a porção posterior do temporal 
(FIGURA 21). 
 
 
1.2.1.5 Lateralização 
 
 
Devido ao seu formato anatômico, a ATM não apresenta movimento de 
lateralidade pura. Esse movimento só é possível para frente e para o lado, caracterizando 
uma lateroprotrusão. Uma lateroprotrusão esquerda é iniciada com o relaxamento 
máximo das fibras posteriores do músculo temporal direito, possibilitando, desta forma, 
que o côndilo deste lado fique livre para ser tracionado. Sincronicamente ocorre 
contração máxima do músculo pterigóideo lateral inferior (SOARES e CASTILIO, 2008). 
O lado contrário ao lado que a mandíbula se desloca é chamado de balanceio 
(FIGURA 22 C) e é definido como a posição contrária ao lado de trabalho. O côndilo 
direito desliza-se para frente, para baixo e para mediano, formando um ângulo chamado 
de Bennett (FIGURA 22 A) numa análise no plano horizontal. O côndilo direito é 
denominado côndilo de balanceio (SOARES e CASTILIO, 2008). 
No lado para qual a mandíbula está sendo movimentada, o côndilo sofre tração 
através da contração máxima das fibras posteriores do músculo temporal esquerdo, da 
contração moderada do pterigóideo lateral superior e do relaxamento de pterigóideo 
lateral inferior, determinando um pequeno movimento contrário à linha média, 
denominado de movimento de Bennett (FIGURA 22 B), e nos dentes temos o lado de 
trabalho, que é definido como sendo o lado para o qual a mandíbula se desloca e as 
cúspides de mesmo nome assumem uma posição de alinhamento. O lado para o qual a 
mandíbula se desloca é o lado de trabalho (FIGURA 22 C) (SOARES e CASTILIO, 
2008). 
 
 
 
 
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FIGURA 22 - LATERALIZAÇÃO DA MANDÍBULA 
 
FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008. 
 
 
 
 
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FIM DO MÓDULO I

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