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SISTEMA ESTOMATOGNATICO - RESUMO COMPLETO

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SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
 
O Aparelho Estomatognático - AE, é 
uma entidade fisiológica, funcional, 
perfeitamente definida e integrada por um 
conjunto heterogêneo de órgãos e 
tecidos, cuja biologia e fisiopatologia são 
absolutamente interdependentes, 
envolvidos nos atos funcionais como: fala, 
mastigação e deglutição dos alimentos, e 
nos atos parafuncionais como: 
apertamento dentário e bruxismo. 
Esse aparelho tem como funções 
mastigação, deglutição, fonação, 
expressão e estética facial e postura da 
mandíbula, da língua e do osso hióide. 
Dentre elas a mastigação é que gera o 
maior esforço oclusal. Seus componentes 
anatômicos são: todos os ossos fixos da 
cabeça, a mandíbula, o hióide, as clavículas 
e o esterno, os músculos da mastigação, 
deglutição, expressão facial e posteriores 
do pescoço, as articulações dento-alveolar 
(periodonto) e temporomandibular (ATM) 
e seus ligamentos, os sistemas vasculares e 
nervoso, os dentes, a língua, os lábios, as 
bochechas e as glândulas salivarias. 
O sistema neuromuscular, as 
articulações temporomandibulares - ATMs, 
a oclusão dentária e o periodonto são as 
quatro unidades fisiológicas básicas que 
integram uma unidade biológica funcional 
do AE, que por sua vez pertence à outra 
unidade biológica fundamental, o 
indivíduo, do qual não pode ser separada 
 
 
ao se fazer considerações diagnósticas, 
prognosticas e terapêuticas em se tratando 
de promoção de saúde. 
FUNÇÕES 
• Gustação 
• Mastigação 
• Deglutição 
• Postura da mandíbula, da língua e do 
osso hióide 
• Sucção 
• Respiração 
• Fonação 
• Mímica ou expressão facial 
COMPONENTES DO SISTEMA 
ESTOMATOGNÁTICO 
Componentes anatômicos 
• Ossos – crânio, mandíbula, hióide, 
clavícula e esterno 
• Músculos – mastigatórios, deglutição e 
mímica 
• Articulações – dento-alveolar e ATM 
• Ligamentos – periodontais e da ATM 
• Dentes 
• Língua, lábios e bochechas 
• Sistema vascular e nervoso 
Componentes fisiológicos 
• Oclusão Dentária 
• Periodonto 
• Articulações Temporomandibulares 
(ATMs) 
• Mecanismo neuromuscular 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
 
 
COMPONENTES ANATO. 
ESQUELÉTICOS 
É constituído por três componentes 
esqueléticos principais: 
• Maxila e a mandíbula (Suportam os 
dentes) 
• Temporal (suporta a mandíbula em sua 
articulação com o crânio) 
MANDÍBULA 
• Não tem ligação óssea com o crânio. 
• É sustentada abaixo da maxila pelos 
músculos, ligamentos e outros tecidos 
moles, que por sua vez possibilitam a 
mobilidade necessária para o 
funcionamento com a maxila 
• O aspecto superior da mandíbula 
arqueada consiste do processo alveolar e 
dos dentes. 
• O corpo da mandíbula se estende: 
Posterior e inferiormente para formar o 
ângulo mandibular, posterior e 
superiormente para formar o ramo 
ascendente com dois processos: 
• Coronóide 
• Côndilo 
 
• Este osso em forma de “U” não apresenta 
fixações ósseas com o crânio e nele se 
fixam os 16 dentes permanentes inferiores. 
É unido à alguns ossos com os maxilares, 
temporais e esfenoide, através de tecidos 
como ligamentos, cápsula articular, disco e 
músculos. Isto permite que a mandíbula 
seja muito móvel. 
• A mandíbula apresenta seu corpo 
disposto no sentido praticamente 
horizontal, unindo-se ao ramo da 
mandíbula que por sua vez fica disposto na 
vertical. Na união entre estas duas zonas 
forma-se o ângulo da mandíbula. Na parte 
superior do corpo da mandíbula estão 
localizados os espaços alveolares e os 16 
dentes que se encaixam nessas fossas. 
• A parte superior do ramo mandibular é 
dividida em duas porções: uma anterior – o 
processo coronóide, e outra posterior – o 
côndilo mandibular. O processo coronóide 
da mandíbula serve de fixação para as 
fibras do músculo temporal. O côndilo é a 
parte da mandíbula que se encaixa no osso 
temporal conectando-se ao crânio, 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
formando a ATM. A superfície do côndilo 
mandibular é convexa principalmente no 
sentido anteroposterior. 
1.1 CÔNDILO 
• O côndilo e a porção da mandíbula que se 
articula com o crânio, ao redor do qual o 
movimento ocorre. 
• De uma vista anterior ele tem projeções 
medial e lateral, denominadas pólos. 
• O polo medial geralmente é mais 
proeminente do que o lateral 
• A superfície articular posterior (1) é maior 
do que a superfície anterior (2). 
• A superfície articular do côndilo e bem 
convexa ântero-posteriormente, e 
suavemente convexa mediolateralmente. 
 
MAXILA 
• Em relação ao desenvolvimento, 
existem dois ossos maxilares, que se 
fundem na sutura palatina mediana. 
Estes ossos formam a maior parte do 
esqueleto facial superior. 
Os dois ossos maxilares são unidos 
na linha média do crânio formando a sutura 
palatina. Esses ossos formam o solo das 
cavidades nasal e orbitárias, em sua porção 
superior. A região inferior dos maxilares 
aloja os alvéolos que sustentam os 16 
dentes maxilares e também forma parte do 
palato duro. No interior desses ossos 
existem espaços ocos que se comunicam 
com as cavidades nasais e são envolvidos 
por tecido epitelial. Os seios paranasais 
maxilares têm funções importantes na 
produção da voz, na respiração, na 
diminuição do peso real do crânio e 
também atuam como amortecedores 
mecânicos de traumas. 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
TEMPORAL 
• O côndilo mandibular articula-se na base 
do crânio com a porção escamosa do osso 
temporal 
• Composta pela fossa mandibular 
côncava, na qual o côndilo se situa e que 
também já foi chamada de fossa glenóide 
ou articular. 
• A inclinação da eminencia articular 
determina a trajetória do côndilo quando a 
mandíbula está posicionada 
anteriormente. 
• A eminencia articular, consiste de um 
osso espesso e denso. 
 
 
Os côndilos mandibulares se 
encaixam no crânio com a cavidade 
articular dos ossos temporais. Essa fosse 
fica localizada na região inferior da escama 
do temporal, e sua superfície articular é 
duas a três vezes maior que a cabeça da 
mandíbula. Essa fossa articular dos ossos 
temporais é côncava, e por trás dela situa-
se a porção timpânica e anteriormente 
localiza-se uma proeminência óssea 
chamada de tubérculo articular do 
temporal. 
A convexidade do tubérculo variável 
é importante, pois é esta proeminência que 
guia o deslocamento do côndilo quando a 
mandíbula se desloca para frente. Os ossos 
temporais apresentam importantes papéis 
fisiológicos ligados ao equilíbrio, audição e 
também ligação direita com meninges e 
nervos cranianos. 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
ARTICULAÇÃO 
TEMPOROMANDIBULAR 
• É classificada como uma articulação 
composta (para ser considerada composta 
é necessário a presença de pelo menos três 
ossos) 
• OBS: apesar de a ATM ser constituída por 
apenas dois ossos. Funcionalmente, o disco 
articular age como um osso não calcificado 
que permite os movimentos complexos da 
articulação. 
 
FORMADA PELO: 
(1) Côndilo mandibular 
(2) Fossa mandibular do osso temporal 
(3) Disco Articular - Separa esses dois ossos 
 
A articulação temporomandibular 
pode ser tecnicamente considerada uma 
articulação ginglemoartroidal, por realizar 
movimentos de rotação (ginglemoidal) e 
translação (artroidal). 
O homem é portador das 
articulações temporomandibulares desde 
o seu nascimento, quando ainda inexistem 
os dentes nas arcadas dentárias. 
Durante o seu desenvolvimento, os 
côndilos e as fossas vão se remodelando 
continuamente por meio da transição da 
dentição temporária para a permanente e 
mesmo quando da perda desta última. 
As ATMs se projetarão ligeiramente 
para anterior quando da ausência de todos 
os dentes e são, juntamente com o sistema 
neuromuscular, as referências que se 
mantêm durante toda a vida do homem. 
As articulações 
temporomandibulares possuem todos os 
elementos de uma articulação sinovial, 
incluindoum disco articular. 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
O côndilo é revestido de uma 
camada fibrocartilaginosa, posiciona-se 
ânterosuperiormente na fossa mandibular 
e, apoia-se anteriormente contra a 
eminência articular, que é protegida por 
uma camada fibrocartilaginosa em toda a 
superfície de relacionamento funcional. O 
disco articular (menisco) com forma 
bicôncava está colocado entre ambas as 
superfícies articulares, e apresenta a 
inserção do feixe superior do músculo 
pterigóideo lateral (no disco articular), e do 
feixe inferior na fossa pterigóidea (colo do 
côndilo). Posteriormente ao côndilo, 
encontra-se a zona bilaminar com 
vascularização e inervação própria, que 
não é apropriada para suportar o côndilo. 
A irrigação dos elementos que 
constituem as ATMs é conduzida por ramos 
das artérias temporal superficial, timpânica 
anterior, meníngea média e auricular 
posterior. A inervação se dá a partir dos 
receptores localizados em: 
• Regiões posteriores e laterais da cápsula 
e ligamento lateral externo – inervados 
pelo nervo aurículo-temporal. 
• Região anterior da cápsula – inervada 
pelos nervos temporais profundos 
posteriores e massetérico. 
• Região anterior (articular) do menisco e 
membrana sinovial contendo poucos 
receptores. 
 
 
SÃO LIGAMENTOS DA ATM: 
Temporomandibular com origem na 
superfície lateral da eminência articular do 
osso temporal e inserção no colo da 
mandíbula. 
 
Estilomandibular com origem no processo 
estilóide e inserção no ângulo da 
mandíbula 
Esfenomandibular com origem na espinha 
do osso esfenóide e inserção na língula 
mandibular. 
Capsular com origem no osso temporal, ao 
longo da fossa mandibular e eminência 
articular, e inserção na face lateral do 
côndilo. 
RESUMINDO ATM 
ATM: Articulação que conecta a 
mandíbula ao crânio e regula os 
movimentos mandibulares. 
Movimentos esses que a ATM consegui 
realizar em todos os planos e em todas as 
direções. Então é uma articulação bem 
complexa e muito rica em detalhes. 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
GENERALIDADES 
• Desenvolvimento tardio da vida 
embrionária; 
• Ao nascimento o ângulo da mandíbula 
apresenta cerca de 130° em relação ao 
côndilo; 
• As superfícies articulares do recém 
nascido são quase planas; 
• Termino de desenvolvimento por volta 
dos 20 a 25 anos; 
• Sujeita a atividades emotivas e 
psicológicas. 
• Articulação entre a mandíbula e o osso 
temporal; 
• Bilateral; 
• Anatomicamente: são 2 articulações 
• Funcionalmente: como 1 articulação 
Diferentemente de outras grandes 
articulações nas extremidades do nosso 
corpo como a articulação coxo femural, 
que a partir da 7° semana os componentes 
dessa articulação já estão presentes na 
vida uterina. A articulação da ATM ela 
começa a surgir os componentes a partir da 
8° semana e seu termino é por volta dos 20 
a 25 anos. 
Sofre modificações ao longo da vida em 
virtude da função da ATM, ou seja, 
modificações adaptativas. 
É um mecanismo biológico desenvolvido 
pelo nosso organismo que faz com que 
movimento de abertura e translação ou 
deslizamento. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Composta: 
O disco articular comporta-se como 
um terceiro osso, permitindo 
movimentos complexos da ATM 
Diartrose: 
Os ossos opostos se movimentam 
livremente 
Sinovial: 
Ossos separados por um espaço 
contendo fluido sinovial 
Permite amplos movimentos em 
torno de um osso fixo que é o 
temporal. 
Ginglimo-artrodial: 
 
Movimentos em dobradiça e de 
deslizamento 
Bicondílica: 
 
Qualquer movimento da 
mandíbula movimenta ambos os 
côndilos 
Superfícies Articulares Recoberta 
por: 
• Cartilagem Hialina - Suporta as forças de 
Compressão 
• Tecido conjuntivo Fibroso denso e 
avascular – suporta força de 
deslizamento,articulação 
fibrocartilaginosa. 
 
A ATM é classificada como composta ou 
complexa, sendo que alguns autores falam 
que as articulações compostas são aquelas 
formadas por mais de dois ossos. Já outros 
autores consideram compostas ou 
complexas porque o disco articular divide a 
ATM em dois espaços (cavidades) uma 
supradiscal - acima do disco articular e 
outra infradiscal – abaixo do disco articular. 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
É considerada uma articulação diartrose, 
pois permite amplos os movimentos, onde 
os ossos opostos a um disco articular se 
movimentam livremente. 
Também é uma articulação sinovial, pois 
contem um liquido dentro dela um 
lubrificante entre outras características 
denominada de Sinóvia. 
Vamos dividir a ATM em componentes: 
COMPONENTES ANATÔMICOS 
• Superfícies ósseas articulares; 
 
• Componentes fibrosos/musculares; 
 
• Ligamentos; 
• Componentes sinoviais; 
• Vasos e Nervos – sistema vascular e 
sistema nervoso 
DISCO ARTICULAR 
É composto por tecido conjuntivo fibroso 
denso, na maior parte desprovido de vasos 
sanguíneos e fibras nervosas. 
• A periferia extrema do disco, entretanto, 
e ligeiramente inervada 
• Plano Sagital, divide-se em: 
• Zona intermediária (área mais fina) 
 
• Zona Anterior (Mais espessa que a 
intermediária) 
• Zona Posterior (Mais espessa que a 
anterior) 
OBS: Na articulação normal a superfície 
articular do côndilo esta localizada na zona 
intermediaria do disco, circundada pelas 
regiões anteriores e posteriores mais 
espessas. 
É formado por tecido conjuntivo 
denso e fibroso sem a presença de vasos 
sanguíneos ou fibras nervosas, exceto por 
sua região mais periférica que é 
ligeiramente inervada. O formato do disco 
se deve á morfologia do côndilo da 
mandíbula e da fossa articular do temporal. 
O disco é uma estrutura flexível que pode 
se adaptar aos movimentos impostos nele. 
O disco articular é dividido em três 
partes no plano sagital: 
• Anterior (banda anterior): é uma região 
espessa, principalmente na região lateral 
da articulação. É fixa aos pólos condilares 
medial e lateral, é também ligada ao feixe 
superior do músculo pterigoideo lateral 
através da parede anterior da cápsula 
articular. A direção de suas fibras é 
transversal aos côndilos. 
• Média (zona intermediária): a parte 
média une as bandas anterior e posterior e 
suas fibras encontram-se na direção 
ântero-posterior. Essas fibras se 
entrelaçam com as fibras das bandas, assim 
que ali chegam. 
• Posterior (banda posterior): a banda 
posterior geralmente é a mais espessa das 
duas bandas. Quando a mandíbula está 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
fechada, a banda posterior do disco 
localiza-se sobre ou ligeiramente anterior à 
crista superior do côndilo. As fibras, assim 
como as da banda anterior são transversais 
ao côndilo. 
A banda posterior do disco é unida à 
um tecido conjuntivo frouxo, ricamente 
vascularizado e inervado – o tecido 
retrodiscal. A parte superior desse tecido 
contém fibras muito elásticas chamadas de 
lâmina retrodiscal superior. Na borda 
inferior situa-se a lâmina retrodiscal 
inferior formada por fibras de colágeno 
menos elásticas que a lâmina superior. 
Além das inserções do músculo pterigoide 
lateral, a região anterior do disco apresenta 
inserções em sua zona superior e inferior, 
com o ligamento capsular que reveste boa 
parte da ATM. Este ligamento também se 
fixa nas regiões lateral e medial do disco 
articular, de tal forma que divide a 
articulação em duas cavidades: uma 
superior e outra inferior. Na cavidade 
superior (disco-temporal) ocorrem os 
movimentos e protusão e retrusão 
(translação), e na inferior (discocondilar) os 
movimentos em dobradiça de depressão e 
elevação (rotação). 
 
CÁPSULA ARTICULAR 
A cápsula articular se fixa acima, ao 
redor da cavidade articular; e abaixo ao 
redor do colo do côndilo mandibular. Num 
corte frontal, se observa que a cápsula se 
insere por fibras longas do temporal até a 
mandíbula e por fibras curtas do temporal 
até o disco e da mandíbula até o disco. 
Estes são os chamados “freios discais”. 
• Envolve a ATM em toda a sua extensão; 
• Tecidoconjuntivo fibroso e reforçada ao 
longo das faces medial e lateral por 
ligamentos; 
• Circunda a superfície articular do osso 
temporal e do processo condilar da 
mandíbula; 
• Revestida por uma membrana sinovial 
altamente vascularizada. 
• Prendem-se acima nos limites da face 
articular do temporal e abaixo no colo 
da Mandíbula. 
• Insere fortemente nas bordas do disco; 
• Graças à cápsula que o disco fica preso 
ao côndilo. 
• À frente ela se prolonga até os limites 
superiores da fóvea pterigóidea e atrás 
num nível bem mais baixo. 
 
O liquido sinovial (a sinovia) é produzido 
pela membrana sinovial, fica intracapsular 
é responsável por diminuir o atrito que é 
rico em células de defesa em glicose onde 
fornece energia, proteínas. 
O côndilo está preso a cápsula ao 
músculo a ligamentos e ao tecido 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
retrodiscal. Tudo segurando o disco que 
tem 2mm. 
FUNÇÕES DA CÁPSULA ARTICULAR 
• Manter a união entre os componentes 
ósseos; 
• Resistir a forças que tendem a deslocar 
componentes intracapsulares; 
• Envolver a ATM, retendo o líquido 
sinovial; 
• Produzir o líquido sinovial (através da 
membrana sinovial). 
MEMBRANA SINOVIAL 
• Parte interna da cápsula 
• Tecido conjuntivo frouxo; 
• Altamente Vascularizado; 
• Reveste internamente a cápsula articular; 
nos compartimentos supra e infradiscal e 
se estende em cima e embaixo do coxim 
retrodiscal (onde tiver cápsula articular é 
revestida por membrana sinovial). 
• Elabora a sinóvia: 
Líquido viscoso nutritivo e lubrificante 
• Solução aquosa de sais retirados do 
sangue, glicose e pequenas quantidade 
de proteína; 
 
 
 
• As superfícies internas das cavidades são 
revestidas por células endoteliais 
especializadas que formam a membrana 
sinovial 
• A membrana sinovial especializada 
produz o liquido sinovial, que preenche as 
duas cavidades. (articulação sinovial) 
O liquido sinovial é tão viscoso que é 
difícil de aspirar, tem uma coloração 
amarelo claro ou pálido, e tem um 
compartimento infradiscal (volume) em 
torno de 0,9ml, e no compartimento 
supradiscal em torno de 1,2 ml. 
Liquido rico em glicose, proteínas 
células de defesa e sais retirado do 
sangue. 
FUNÇÃO DA MEMBRANA SINOVIAL 
• Produção da sinóvia (lubrificação e 
nutrição); 
• Controla ação neuromuscular 
• Controla posição da mandíbula; 
• Como as superfícies articulares não 
possuem vascularização ele age como 
um meio para prover as necessidades 
metabólicas para esses tecidos. 
• Age como um lubrificante entre as 
superfícies articulares durante a função. 
• Minimiza a fricção entre os 
componentes da articulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
 
LIGAMENTOS 
 
A ATM tem três ligamentos funcionais: 
• Ligamentos colaterais 
• Ligamento capsular 
• Ligamento temporomandibular 
Além disso, existem os ligamentos 
acessórios: 
• Esfenomandibular 
• Estilomandibular 
LIGAMENTOS COLATERAIS 
Os ligamentos colaterais fixam o 
disco articular (porção medial e lateral) ao 
côndilo mandibular. Limitam o 
deslocamento do disco em relação ao 
côndilo. Quando o côndilo se desloca, o 
disco é levado passivamente junto a ele 
pela tensão imposta à esses ligamentos. 
São vascularizados e inervados, por isso 
causam dor quando tensionados 
demasiadamente. 
LIGAMENTO CAPSULAR 
Toda a ATM está envolvida pelo 
ligamento capsular, que se fixa 
superiormente nas margens da fossa 
articular e no tubérculo articular do 
temporal e, inferiormente este ligamento 
se fixa ao redor do colo do côndilo 
mandibular. É ricamente inervado tendo 
 
papel proprioceptivo significativo em 
relações ao posicionamento da mandíbula. 
Atua como retentor do líquido sinovial e 
mecanicamente evita a luxação das 
superfícies articulares. 
LIGAMENTO TEMPOROMANDIBULAR 
O espessamento da frouxa cápsula 
articular forma o ligamento lateral 
intrínseco (ligamento temporomandibular) 
que reforça a articulação lateralmente. É 
dividido em duas porções: oblíqua externa, 
e outra horizontal interna. A porção 
oblíqua limita a abertura excessiva da boca. 
A porção horizontal limita o deslocamento 
posterior do disco e do côndilo, 
protegendo os tecidos retrodiscais em 
casos de traumas. 
LIGAMENTO ESTILOMANDIBULAR 
O estilomandibular (espessamento da 
cápsula da glândula parótida) vai do 
processo estilóide do temporal até o 
ângulo da mandíbula e é disposto no 
sentido oblíquo para baixo e para frente. É 
tensionado na protusão da mandíbula, e se 
relaxa com a boca aberta. É uma conexão 
mecânica direta entre mandíbula e 
temporal de tal forma que a tensão deste 
ligamento por uma disfunção anterior do 
côndilo pode produzir uma adaptação 
extensão-rotação interna do temporal 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
LIGAMENTO ESFENOMANDIBULAR 
O ligamento esfenomandibular vai da 
espinha do esfenoide até a língula da 
mandíbula, e é oblíquo para baixo e para 
fora. Apesar do tônus dos músculos da 
mastigação suportarem o peso da 
mandíbula, os ligamentos também 
exercem esta função além de servir como 
fulcro para os movimentos da ATM. 
LIGAMENTO PTERIGOMANDIBULAR 
O ligamento pterigomandibular vai da 
apófise pterigoide do esfenoide até a linha 
oblíqua interna da mandíbula, oblíquo para 
baixo, para fora e para trás. A tensão deste 
ligamento pela disfunção posterior do 
côndilo mandibular pode levar a apófise 
pterigoide em posição de flexão. 
SIST. NEUROMUSCULAR 
O sistema neuromuscular é considerado 
fator preponderante nas funções do 
Aparelho Estomatognático, pois os 
músculos excitados pelo sistema nervoso, 
constituem-se no elemento ativo, que 
origina as forças necessárias às funções a 
que se destinam. As demais unidades 
representam os elementos passivos 
encarregados de receber e transmitir a 
ação das forças. 
 
Para o entendimento da interação do 
sistema neuromuscular com a morfologia 
oclusal, faz-se necessário o conhecimento 
das relações anatômicas das ATMs e de 
seus ligamentos com os músculos que o 
constituem. Este conhecimento inclui a 
função, a inervação e a vascularização 
destes músculos. 
SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso tem como funções 
básicas: Manutenção da constância do 
meio interno (homeostase), por meio de 
funções vegetativas que asseguram sua 
organização. Emissão de comportamentos 
que são funções globais do organismo no 
meio em que vive. Para o melhor 
entendimento do mecanismo deação do 
sistema nervoso, deve-se recordar que este 
se constitui de sistema nervoso central 
(SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). O 
SNC constitui-se do encéfalo e da medula 
espinhal. O encéfalo abrange o cérebro, o 
cerebelo e o tronco encefálico. No cérebro 
distinguem-se: o córtex motor que se 
relaciona com os movimentos voluntários 
dos músculos estriados, o córtex sensorial 
que se relaciona com a sensibilidade 
profunda e cutânea e o tálamo que é o 
centro de passagem de todas as sensações, 
com exceção do olfato. O cerebelo tem 
como função principal a coordenação e 
refinamento dos movimentos musculares, 
sendo também importante na postura e 
tônus muscular. No tronco encefálico 
distinguem-se o mesencéfalo, a ponte e o 
bulbo. 
A principal estrutura do sistema nervoso 
periférico é o neurônio (célula nervosa), 
que é composto de um corpo celular e seu 
processo (axônio) que conduz impulsos 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
para e do corpo celular. Um neurônio 
aferente conduz impulsos nervosos em 
direção ao SNC, enquanto um neurônio 
eferente conduz impulsos para a periferia 
por meio de axônios. A detecção e 
subseqüente transmissão de um evento 
nocivo é chamada de nocicepção. Nervos 
aferentes primários com terminais 
periféricos (receptores) são conhecidos 
como nociceptores. Os principais nervos do 
Aparelho Estomatognático são o facial (fig. 
02), o trigêmeo, o glossofaríngeo e o 
hipoglosso. 
A neurofisiologia bucal é a parte da biologia 
que explica os mecanismos a serem 
explorados como recursos terapêuticos. É 
fundamentalaprofundar o conhecimento 
nesta área, para estabelecer um elo entre 
o estímulo e a resposta nas abordagens 
clínicas, visto que os diversos caminhos 
percorridos pelos estímulos, elucidam por 
meio da participação do sistema nervoso, 
onde e como agir. A neurofisiologia se 
desenvolve em três etapas definidas: 1. 
Percepção do estímulo sensorial. 2. 
Integração no SNC. 3. Reação motora (na 
forma de contração muscular e/ou função 
glandular). A percepção do estímulo 
sensorial é o mecanismo pelo qual o SNC se 
mantém informado das condições internas 
e externas existentes no organismo, e se 
constitui de duas fases: a recepção do 
estímulo por meio dos receptores nervosos 
e a condução do estímulo até o SNC por 
meio das vias condutoras aferentes 
(sensorial). Os receptores nervosos são 
terminações nervosas sensoriais, 
especializadas e sensíveis a determinados 
estímulos. Em geral, cada tipo de receptor 
 
só responde a um determinado tipo de 
estímulo, e pouco ou quase nada a outros. 
OS RECEPTORES SÃO CLASSIFICADOS EM 
GRANDES GRUPOS: 
• Exteroceptores que são estimulados por 
mudanças externas, como dor 
(terminações nervosas livres), temperatura 
(corpúsculo de Ruffini ao calor e bulbo 
terminal de Krause ao frio), tato 
(corpúsculo de Meissner), pressão 
(corpúsculo de Paccini), audição, visão, e 
outros. Estão localizados nas mucosas, pele 
e estruturas especializadas dos órgãos dos 
sentidos. 
• Interoceptores que são estimulados 
pelas mudanças das condições internas do 
indivíduo, como pressão (corpúsculos de 
Vater-Paccini localizados no tecido 
gengival, periósteo, tecido sub-cutâneo, 
ligamentos e cápsulas articulares), 
mudanças químicas, posição relativa, e 
outros. Os interoceptores incluem: 
a) os visceroceptores, localizados nas 
vísceras e vasos sangüíneos, que percebem 
a fome, a sede e a dor visceral. 
b) os proprioceptores, localizados nas 
articulações, músculos, ligamentos e 
membrana periodontal que estão 
relacionados com a sensação de posição e 
pressão, sentido de movimentos, etc. 
Os componentes fundamentais de um arco 
reflexo são: 
1- Estímulo específico, um receptor 
periférico, sensível a um determinado 
estímulo ambiental; 
2- Integração (cérebro), uma ou mais 
células intercalares ou interneurônios, que 
competem a elaboração das informações 
transmitidas pelos receptores e sua 
posterior transmissão; 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
3- Reação motora (específica), um 
neurônio motor eferente que transmite a 
informação ao órgão executor. 
Os arcos reflexos se classificam como 
incondicionados e condicionados. 
Os incondicionados (inatos – congênitos) 
são aqueles que não intervêm previamente 
no cérebro, nem há treinamento. Ex.: 
respiração, sucção, deglutição, 
movimentos mandibulares. 
Os condicionados (adquiridos ou 
aprendidos) são aqueles nos quais o 
cérebro atua nas primeiras ocorrências da 
percepção, da integração e da resposta 
motora. Com a sucessiva repetição do 
estímulo e sua correspondente integração 
e reação motora, estabelece-se uma 
sinapse entre os neurônios aferentes 
(sensitivos) e os eferentes (motores) ao 
nível do talo encefálico, sem a intervenção 
do córtex cerebral, tornando-se 
automático ou inconsciente. Ex. Presente 
nas crianças antes da erupção dos dentes, 
os movimentos reflexos simples de 
abertura e fechamento mandibular fazem 
parte dos reflexos inatos de sucção e 
amamentação. 
Com a erupção e oclusão dos dentes, os 
contatos interoclusais excitam os 
proprioceptores da membrana 
periodontal, cujos estímulos sensoriais 
chegam ao SNC pelo cérebro onde são 
integrados, produzindo a resposta motora 
indicada. Posteriormente, ante a situação 
de reforço constante do mesmo estímulo, 
criase um arco reflexo adquirido, 
produzindo-se a sinapse dos neurônios 
aferentes e eferentes, tornando-se 
desnecessária a intervenção do córtex 
cerebral para que ocorra a mastigação, 
 
reflexo semelhante ocorre no ato de andar 
e outros. 
Os reflexos mais importantes que se 
apresentam no Aparelho Estomatognático 
são: 
Reflexo de estiramento (miotático): atua 
no sentido de evitar o estiramento passivo 
dos músculos. Apresenta-se mais sensível 
nos músculos que se opõem à força de 
gravidade. Ex. masseter, temporal e 
pterigóideo lateral (que evitam queda da 
mandíbula). 
Reflexo tactoceptivo (tangoceptivo): 
existente na membrana periodontal e nos 
músculos, a partir de receptores nervosos 
sensitivos permitem ao SNC reconhecer o 
movimento mandibular a ser realizado e a 
intensidade da força que deverá aplicar. - 
Reflexo flexor (nociceptivo): tem função 
protetora de todas as estruturas do 
Aparelho Estomatognático, pois afasta a 
parte excitada do agente injuriante. É 
responsável pela alteração da posição 
mandibular para evitar o trauma 
periodontal em um dente com distúrbio 
oclusal. 
- A coordenação dos reflexos se deve em 
razão dos reflexos de estiramento e flexor 
serem antagônicos, logo a atividade de um 
deve necessariamente inibir a do outro. Se 
ambos os reflexos forem ativados 
simultaneamente, o padrão flexor é o 
dominante, o que é muito favorável ao 
organismo, pois o mesmo é 
fundamentalmente protetor. - A inervação 
recíproca atua quando um músculo é 
ativado simultaneamente, inibindo ou 
relaxando os músculos de ação antagônica. 
O fracasso dessa inervação recíproca 
desempenha um papel importante na 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
patogenia de diversas disfunções do 
Aparelho Estomatognático. 
SISTEMA MUSCULAR 
O sistema muscular humano compõese: de 
músculos esqueléticos, também chamados 
músculos estriados, que atuam sob 
controle voluntário e estão envolvidos com 
os movimentos, postura e equilíbrio, e de 
músculos lisos que atuam sob controle 
involuntário e encontram-se nas paredes 
dos vasos sangüíneos e em estruturas 
como bexiga urinária, intestinos, estômago 
e músculo cardíaco. Muitos invertebrados 
e todos os vertebrados dependem deste 
tecido contrátil para locomoverem-se, e 
tais tecidos são agrupados em sistemas 
coordenados para maior eficiência. 
Tipos funcionais dos músculos 
Os músculos são divididos pelos 
fisiologistas em dois grandes grupos: 
fásicos e tônicos. 
Os músculos fásicos são compostos de 
fibras capazes de rápida ativação e 
relaxamento. Eles são bem adaptados para 
movimentos rápidos de curta duração. As 
fibras dos músculos tônicos contraem-se e 
relaxam mais lentamente, induzem 
movimentos lentos e sustentam as 
estruturas anexas por um longo período de 
tempo. Ainda que seja muitas vezes útil 
pensar nos músculos como fásicos ou 
tônicos é difícil caracterizá-los claramente 
como tal, pois os períodos de contração e 
relaxamento variam intensamente nos 
diferentes músculos, além disso, alguns 
deles podem contrair fasicamente num 
determinado momento e tonicamente em 
outro. 
 
 
A extremidade de um músculo ligada a um 
elemento móvel é chamada de inserção e a 
extremidade oposta, unida a um elemento 
fixo, é chamada de origem. 
A inserção e a origem são termos 
descritivos convenientes, mas deve-se 
enfatizar que a tensão nos dois extremos é 
a mesma. 
Não se pode atribuir uma função específica 
a cada músculo, pois estudos recentes 
mostram uma integração extremamente 
complexa em cada um dos movimentos 
mandibulares. 
Durante a função fisiológica dos músculos 
do AE na oclusão dos dentes em uma 
posição mandibular estável, um distúrbio 
oclusal poderá se tornar intolerável ao 
paciente e gerar desconforto muscular, 
podendo precipitar uma patologia. 
O acadêmico e o Cirurgião Dentista devem 
ser capazes de palpar a musculatura do AE, 
e diagnosticar qualquer possível patologia 
e seus fatores etiológicos. 
Consideram-se músculos da mastigação: 
• Masséter 
• Temporal 
• Pt. Medial 
• Pt. Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
MÚSCULOS DA 
MASTIGAÇÃO 
MASSÉTER 
Músculo retangular e potente, fixado 
superiormente no arco zigomático do 
temporal e no processo zigomáticoda 
maxila; e inferiormente na face externa da 
borda inferior do ramo da mandíbula, 
assim como em seu ângulo. Tem duas 
porções: 
Superficial – fibras com trajeto 
descendente e posterior; 
Profunda – fibras verticais. 
Quando o masseter se contrai 
bilateralmente faz a elevação da mandíbula 
fazendo com que os dentes entrem em 
contato. Sua porção superficial também 
atua na protusão da mandíbula. Quando a 
contração é unilateral, atua no desvio 
lateral. 
• Sua porção superficial tem origem nos 
2/3 anteriores do arco zigomático e sua 
porção profunda na superfície média do 
arco zigomático. 
 
 
• Insere-se na superfície lateral externa do 
ramo e ângulo da mandíbula. 
• É inervado pelo nervo masseterino (ramo 
do trigêmeo). 
• É vascularizado pela artéria masseterina 
(ramo da artéria maxilar). 
• Têm as funções de elevar a mandíbula e 
ocluir os dentes. 
• A força dos músculos (masseteres) tem 
sua maior concentração sobre a cúspide 
mésio-palatina dos primeiros molares.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMPORAL 
Músculo amplo que se fixa em toda fossa 
temporal (escama do temporal, asa maior 
do esfenoide, parietal e frontal), dirige-se 
inferiormente passando por baixo do arco 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
zigomático e para se inserir no processo 
coronóide da mandíbula. 
Tem três disposições de fibras: anteriores, 
médias e posteriores. 
Quando todas as fibras se contraem 
bilateralmente faz elevação da mandíbula, 
mas quando fibras isoladas se contraem 
realiza o movimento na direção das fibras 
em ação. As fibras anteriores elevam 
verticalmente a mandíbula. As fibras 
médias produzem elevação e retração da 
mandíbula. As fibras posteriores geram 
retração mandibular. Quando atua 
unilateralmente, participa do desvio lateral 
ipsilateral. É inervado pelo trigêmio (V3) – 
ramo mandibular 
• Tem origem na linha temporal superior e 
soalho da fossa temporal. 
• Insere-se no processo coronóide e borda 
anterior do ramo mandibular, por meio dos 
tendões: superficial e longo profundo. 
• É inervado pelos nervos temporais 
profundos (ramos do trigêmeo). 
 
• É vascularizado pelas artérias temporais 
profunda anterior, média e posterior. 
• Tem as funções de elevar, retrair e 
posicionar a mandíbula e ocluir os dentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PTERIGOIDEO MEDIAL 
É fixado superiormente na parte lateral da 
apófise pterigoide do esfenoide e na 
tuberosidade da maxila, e inferiormente na 
parte interna do ramo e ângulo da 
mandíbula. A contração bilateral desse 
músculo faz elevação e retrusão da 
mandíbula, e unilateralmente faz desvio 
lateral contralateral. É inervado pelo 
trigêmio (V3) – ramo mandibular. 
• Tem sua origem na face medial da lâmina 
lateral da fossa pterigóidea na base do 
crânio. 
• Insere-se nas porções posterior e inferior 
da superfície medial do ramo ascendente e 
ângulo da mandíbula. 
• É inervado pelo nervo pterigóideo (ramo 
do trigêmeo). 
• É vascularizado pela artéria pterigóidea 
medial (ramo da artéria maxilar). 
• Tem as funções de elevar e estabilizar 
lateralmente a mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
 
PTERIGÓIDEO LATERAL 
É um músculo com formato triangular 
disposto praticamente no plano horizontal, 
que apresenta duas porções com funções 
distintas. O pterigoide lateral inferior tem 
sua inserção anterior na parte lateral do 
processo pterigoide do esfenoide e se 
dirige para trás se fixando no colo do 
côndilo mandibular. Quando os dois 
pterigoides laterais inferiores (direito e 
esquerdo) se contraem simultaneamente, 
o côndilo mandibular é deslocado 
inferiormente se produzindo uma protusão 
mandibular. Quando a contração é 
unilateral, produz um desvio lateral 
contralateral da mandíbula. Quando este 
músculo atua em conjunto com os 
depressores mandibulares, os côndilos são 
deslocados para frente e para baixo sobre 
o processo articular do temporal. 
• Sua porção superior tem origem na 
superfície infratemporal da asa maior do 
osso esfenóide, e a porção inferior na 
superfície do processo pterigóide do osso 
esfenóide. 
 
 
• Insere-se ao feixe superior no disco 
articular (menisco) e cápsula da ATM, e o 
feixe inferior na fossa pterigóidea (colo do 
côndilo). 
• Inervado pelo trigêmio (V3) – ramo 
mandibular. 
• Vascularizado pela artéria pterigóidea 
lateral (ramo da artéria maxilar). 
• Tem as funções de protruir a mandíbula e 
tracionar o disco articular para frente, 
assistindo aos movimentos protrusivos da 
mandíbula. 
 
INERVAÇÃO DA ATM 
A inervação da ATM é dada pelo mesmo 
nervo que proporciona a inervação motora 
e sensitiva dos músculos que a controlam – 
o nervo trigêmeo. As informações 
aferentes são proporcionadas pela terceira 
ramificação do trigêmeo, o nervo 
mandibular. Este nervo faz ramificações 
que são responsáveis pela inervação 
sensitiva da ATM: o nervo 
auriculotemporal, o nervo temporal e do 
masseter. 
VASCULARIZAÇÃO DA ATM 
É uma articulação ricamente vascularizada 
pelos vasos que a circundam. O suprimento 
arterial é dado principalmente por 
ramificações da carótida externa. A 
temporal superficial, a meníngea média, a 
maxilar medial, a auricular profunda, a 
timpânica anterior e a faríngea ascendente 
são as predominantes. 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
DENTES 
Os dentes constituem os grupos dos 
incisivos, caninos, pré-molares e molares, 
cada um adaptado às funções 
mastigatórias de apreender, cortar, 
dilacerar e triturar os alimentos sólidos. Em 
conjunto desempenham as funções de 
mastigação, proteção e sustentação de 
tecidos moles relacionados e auxiliam na 
fonação e são imprescindíveis na estética 
facial. Os dentes fixam-se nos ossos por 
meio de fibras colágenas, que 
compreendem o ligamento alvéolo-dental 
ou ligamento periodontal. Esta união da 
raiz do dente ao seu alvéolo é denominada 
gonfose, um tipo específico de articulação 
fibrosa do corpo. O ligamento alvéolo-
dental resiste a forças da mastigação, 
atenuando os impactos mastigatórios que 
sofrem os dentes ao serem introduzidos 
nos alvéolos. As fibras do ligamento, ao se 
estirarem, transformam as forças de 
pressão sobre o dente em tração no osso, 
já que o dente está suspenso no alvéolo. 
DENTES E ESTRUTURAS DE SUPORTE 
• A dentição humana é composta por 32 
dentes permanentes 
• Cada dente pode ser dividido em: coroa e 
raiz 
• A raiz está ligada ao osso alveolar por 
numerosas fibras de tecido conjuntivo que 
se estendem a partir da superfície do 
 
 
cemento da raiz para o osso conhecidas 
como ligamento periodontal. 
• O ligamento periodontal não só prende o 
dente firmemente ao seu alvéolo ósseo, 
mas também ajuda a dissipar as forcas 
aplicadas ao osso durante o contato 
funcional dos dentes 
CEMENTO 
• É um tecido mineralizado semelhante ao 
osso (ausência de remodelação e de vasos 
e nervos) 
• É nutrido pela difusão de substâncias 
advindas do ligamento periodontal. 
Quanto ao período de formação: 
• Primário (acelular): é o cemento que se 
forma juntamente com a dentina radicular 
(antes mesmo da erupção do dente) 
• Secundário( celular): formado durante o 
período pós- eruptivo e durante certas 
exigências funcionais. 
Quanto a presença de células: 
• Celular: possui cementoblastos, 
cementócitos e cementoclastos 
(encontrado nas regiões apicais e em áreas 
de furca). 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
• Acelular: também denominado de 
cemento primário. 
 Quanto a presença de fibras: 
• Fibrilar 
• Afibrilar 
• Acelular e afibrilar: reveste as porções 
coronárias, recobrindo o esmalte. 
• Acelular e fibrilar (extrínsecas): reveste os 
2/3 cervicais, sendo um cemento mais 
denso e homogeneamente mineralizado. 
• Celular Estratificado Misto: reveste o 1/3 
apical e as áreas de furca. 
• Celular e fibrilar (intrínsecas): sem 
nenhuma estrutura de ancoragem, 
localiza-se em áreas de reparo na 
reabsorção de raízes 
ARCOS DENTÁRIOS• O arco maxilar e ligeiramente maior do 
que o arco mandibular 
Esta diferença de tamanho resulta, 
principalmente, do fato de que: 
(1) Os dentes anteriores maxilares são 
muito mais largos do que os dentes 
mandibulares 
(2) Os dentes anteriores maxilares tem 
uma inclinação vestibular maior do que os 
dentes anteriores mandibulares, criando 
um traspasse horizontal e vertical. 
 
 
A MORFOLOGIA DAS COROAS 
DENTÁRIAS faz com que os dentes 
permanentes possam ser agrupados em: 
Incisivos: são os dentes mais anteriores das 
arcadas, existindo 4 incisivos maxilares e 4 
mandibulares. Esses dentes têm formato 
aplanado com as bordas insicivas 
cortantes, pois sua função princpal é de 
corte do alimento durante a mastigação. 
Os incisivos maxilares são maiores que os 
mandibulares. 
Caninos: localizados por trás dos incisivos e 
fixados nos ângulos das arcadas. Esses 
dentes apresentam uma única raiz e uma 
única cúspide. Em alguns animais, os 
caninos são mais avantajados devido ao 
seu papel importante na alimentação. 
Pré-Molares: logo atrás dos caninos 
encontram-se os pré-molares, sendo 
dispostos em 4 maxilares e 4 mandibulares. 
São dentes com duas cúspides que tem 
como função principal iniciar a quebra do 
alimento em partículas menores para 
facilitar o processo de deglutição e 
aproveitamento. 
Molares: últimos dentes atrás dos pré-
molares, são dispostos em 6 maxilares e 
mais 6 mandibulares. Sua coroa pode 
apresentar de 4 à 5 cúspides. Esses dentes 
proporcionam uma superfície ampla para 
que no final da mastigação o alimento 
possa ser facilmente triturado por esses 
dentes. 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
PERIODONTO 
Para Paiva (1997), o periodonto é 
composto pelos tecidos que envolvem o 
órgão dental. É dividido em periodonto de 
proteção, representado pela mucosa 
ceratinizada (gengiva), e periodonto de 
inserção ou sustentação, composto pelo 
cemento, ligamento periodontal e osso 
alveolar. 
Os dentes ficam fixados nos alvéolos por 
meio do periodonto ou também 
denominado de ligamentos dento-
alveolares. 
A disposição oblíqua do ligamento permite 
transformar as forças de pressão, em 
forças de tração. 
As forças que incidem sobre os dentes são 
transmitidas aos ossos por meio das fibras 
periodontais (fig. 22). O equilíbrio entre as 
forças de ação que incidem sobre os dentes 
e a reação biológica adequada dos tecidos 
do periodonto de sustentação, cemento, 
fibras periodontais e osso alveolar, 
mantêm a integridade das estruturas e 
representa o principal componente da 
homeostasia desse periodonto. 
Na mandíbula as forças seguem a trajetória 
das trabéculas ósseas em direção aos 
côndilos, de onde são transmitidas e 
neutralizadas nas regiões temporal, 
parietal e occipital. Nas maxilas a trajetória 
trabecular forma três pilares ósseos: 
anterior, médio e posterior, por meio dos 
quais as forças se direcionam para as áreas 
frontal, orbital, nasal e zigomática, onde 
são neutralizadas. Essas disposições 
trabeculares asseguram o máximo de 
resistência óssea ao estresse. 
 
ESTRUTURAS DO PERIODONTO 
GENGIVA: A gengiva é a parte da mucosa 
mastigatória que cobre o osso alveolar e 
circunda a porção cervical dos dentes. A 
gengiva e a mucosa alveolar são as 
estruturas de proteção do periodonto. Ela 
é dividida em gengiva livre (FG) e gengiva 
inserida (AG) 
Gengiva Livre: Tem cor rósea, superfície 
opaca e consistência firme.Compreende o 
tecido gengival das partes vestibulares e 
linguais ou palatinas dos dentes, além da 
gengiva interdental ou papilas interdentais. 
Estende-se da margem gengival até a 
junção cemento-esmalte (CEJ). Na gengiva 
livre encontramos o SULCO GENGIVAL que 
contorna totalmente o dente. Na gengiva 
sadia o suco gengival tem uma 
profundidade que varia de 0,5 a2 mm. 
Gengiva Inserida: Encontra-se aderida 
firmemente ao osso alveolar e ao cemento 
radicular e compreende a faixa que se inicia 
na junção cemento-esmalteaté a junção 
mucogengival (MGJ). Ela é de cor rósea e 
pontilhada (semelhante à casca de 
laranja).Esse pontilhado é devido às fibras 
gengivais que unem a gengiva ao osso e/ou 
ao cemento radicular. 
MUCOSA ALVEOLAR: A mucosa alveolar 
é de cor mais vermelho escura que a 
gengiva inserida devido à sua alta 
vascularização e está localizada 
apicalmente à junção mucogengival e, por 
outro lado, tem uma ligação frouxa com o 
osso, portanto, em contraste com a 
gengiva inserida, a mucosa alveolar é 
móvel em relação ao tecido subjacente. 
 
 
 
 
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
 
LIGAMENTO PERIODONTAL 
O ligamento periodontal é o tecido fibroso 
que circunda as raízes dos dentes e une o 
cemento radicular ao osso alveolar. A 
presença do ligamento periodontal torna 
possível a distribuição de forças no osso 
alveolar propriamente dito, durante a 
mastigação. O ligamento periodontal é 
essencial para a mobilidade dos dentes. 
A mobilidade dentária é em grande parte, 
determinada pela largura, altura e 
quantidade do ligamento periodontal. 
As fibras do ligamento podem ser: 
− Fibras cristoalveolares (ACF) 
− Fibras horizontais (HF) 
− Fibras oblíquas (OF) 
− Fibras apicais (APF) 
CEMENTO RADICULAR 
O cemento radicular (RC) é um tecido 
calcificado que recobre a dentina das 
superfícies radiculares dos dentes. As fibras 
do ligamento periodontal estão inseridas 
no cemento radicular. 
Têm características semelhantes ao tecido 
ósseo, todavia não possuem vasos 
sanguíneos e linfáticos, não têm inervação, 
não sofrem remodelação e reabsorção 
fisiológicas, porém se caracterizam pela 
deposição contínua ao longo da vida. 
O cemento é dividido em: 
Cemento primário ou acelular: é formado 
associado com a formação da raiz e a 
erupção do dente. 
Cemento secundário ou celular: é formado 
após a erupção do dente e também em 
resposta às demandas funcionais. Os 
cementoplastos são as células que 
 
produzem o cemento, por sua vez, os 
cementoclastos são responsáveis por sua 
reabsorção. 
OSSO ALVEOLAR 
O processo alveolar é definido como as 
partes da maxila e da mandíbula que 
formam e dão suporte aos alvéolos dos 
dentes. O processo alveolar se desenvolve 
em associação com o desenvolvimento e a 
erupção dos dentes e é gradativamente 
reabsorvido quando os dentes são 
perdidos. Em conjunto com o cemento 
radicular e o ligamento periodontal, o osso 
alveolar constitui o periodonto de 
sustentação dos dentes cuja função 
principal é distribuir e absorver as forças 
geradas pela mastigação e outros contatos 
dentários. O processo alveolar é 
constituído pelos alvéolos, onde ficam os 
dentes, internamente por osso esponjoso, 
onde estão as trabéculas ósseas, revestidos 
externamente por osso compacto. 
O osso compacto pode variar de espessura 
de uma região para outra e podem 
apresentar deiscências que são defeitos 
apresentados quando falta osso na porção 
mais coronária da raiz (item a da figura 
abaixo) ou fenestrações que ocorrem 
quando há osso acima do defeito. 
O osso alveolar está em constante 
renovação de acordo com as demandas 
funcionais. Durante a vida os dentes 
erupcionam e migram em direção à mesial 
para compensar a atrição. Esta 
movimentação dos dentes implica em 
remodelação do osso alveolar. As células 
responsáveis pela reabsorção óssea são os 
osteoclastos, por sua vez os osteoblastos 
são as células responsáveis pela formação 
óssea.

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