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CF/88
Art. 145. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo
própria de impostos.
Direito Tributário 
Prof. Fernando Mauricio
As Taxas
11222430738 - gabriel cury Súmula Vinculante 29
“É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de
um ou mais elementos da base de cálculo própria de
determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.
elementos de Base de calculo do IPTU
elementos integralidade
Súmula 595
“É inconstitucional a taxa municipal de conservação de
estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do
imposto territorial rural.”
muito comum Base de cálculo sendo a mesma, 
Custas
ADI 3.826
O STF entende que as Custas Judiciais (tributo da espécie
taxa) podem ter por Base de Cálculo o valor da causa ou da
condenação.
ADI 3.826
“Assim, com respaldo no entendimento desta Corte, no sentido
de que (i) é admissível o cálculo das custas judiciais com base no
valor da causa, desde que mantida correlação com o custo da
atividade prestada, e de que (ii) a definição de valores mínimo e
máximo quanto às custas judiciais afasta as alegações de óbice à
prestação jurisdicional e ao acesso à Justiça
Correlação com atividade prestada
Valor estratosférico Custas absurdas
Súmula 667
“Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.”
Preço Público (ou tarifa) é cobrada pela prestação de
Serviços Públicos sujeitos a uma relação contratual, os quais
podem, em regra, ser delegados.
Exemplos: Serviço Telefônico, de energia, de gás, serviço
Postal, Serviço de Água e esgoto, etc.
Admissível Calculo Base valores, afasta retenção obra acesso ajustiça
Sem limite
taxa serviço público específico e divisível possui Natureza Tributaria
ADI 800/RS:
“O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas
pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V,
parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, não tem natureza
jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua
instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade
estrita.
Conta telefônica obedece anterioridade Não taxa decorre de lei
Caráter Compulsório taxa Regime). Direito público, pessoas.J. direito privado
pedágio p. de Preço públicos Tarifa.
RE 209.365-3/SP:
Serviços públicos propriamente estatais: cuja prestação o Estado
atue no exercício da sua soberania. São serviços indelegáveis e
remunerados mediante taxa. Ex: emissão de passaporte e serviço
jurisdicional;
Serviços públicos essenciais ao interesse público: prestados no
interesse da comunidade. Remunerados mediante taxa, a qual
incidirá sobre a utilização efetiva ou potencial do serviço. Ex: coleta
de lixo e de sepultamento;
Taxas x Preços Públicos
Mediante taxa
Taxa de Coleta de lixo e sepultamento.
Preço público, Sinônimo é tarifa
RE 209.365-3/SP:
Serviços públicos não essenciais: quando não utilizados, não resulta
dano ou prejuízo para a comunidade ou para o interesse público.
São em regra delegáveis, e podem ser remunerados mediante preço
público. Ex: serviço postal, serviços telefônicos, telegráficos, de
distribuição de energia, de gás, etc.
A respeito da receita e da despesa pública, assim
como do regime constitucional dos precatórios, julgue o item.
O pedágio cobrado pela utilização de rodovias mantidas por
regime de concessão não tem natureza jurídica de taxa.
Gabarito: Certo
 questão indicada está relacionada com a prestação dos serviços públicos.
• Formas de prestação de serviços públicos:
1. Prestação direta: realizada pelo próprio Estado - Administração Pública Direta. Caso haja cobrança em troca da prestação direta, a remuneração terá natureza tributária de taxa. 
A prestação direta pode ser realizada: pessoalmente pelo Estado (Exemplo: varrição de ruas) ou com auxílio dos particulares (Exemplo: coleta de lixo feita por empresa terceirizada).
2. Prestação indireta por outorga:
Se houver lei específica, a prestação do serviço público pode ser realizada por pessoas jurídicas especializadas criadas pelo Estado - Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações Públicas. A remuneração paga pelo usuário ao prestador tem a natureza de taxa. 
3. Prestação indireta por delegação ou "por colaboração":
É realizada, após licitação, por intermédio de concessionárias e permissionárias, contanto que a delegação tenha previsão em lei específica - concessão - ou a autorização legislativa - permissão. 
• Formas de remuneração:
- Tarifa (também chamada de preço público): refere-se à remuneração paga pelo usuário quando o serviço público uti singuli for prestado indiretamente, por delegação, nas hipóteses de permissão e de concessão. "A tarifa é uma contrapartida sem natureza tributária, mas de cunho privado-contratual". Exemplo: pedágio cobrado nas rodovias exploradas por particulares (MAZZA, 2020).
- Taxa: quando a prestação do serviço uti singuli for direta pelo Estado. Outrossim, serão remunerados por taxa, os serviços públicos outorgados a pessoas jurídicas da Administração Indireta, como autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista. Exemplo: serviço postal prestado pelos correios (MAZZA, 2020).
- Imposto: serviço público uti universi - prestação custeada pelas receitas provenientes de impostos. Exemplo: serviço de limpeza e conservação de logradouros públicos. 
• STF: ADI 0800 / RS Julgamento: 11/06/2014
Ementa: TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. PEDÁGIO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO. DECRETO 34.417/92, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição da 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estão a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. 
Gabarito: CERTO, com base na ADI 0800 / RS de 2014, STF. O pedágio cobrado não tem natureza de taxa, mas de preço público. 
Referências:
MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
STF. 
 
Para o STF, qual é a natureza jurídica do pedágio?
 
Trata-se de TARIFA (e não Taxa!!!!!)
O pedágio é tarifa (espécie de preço público) em razão de não ser cobrado compulsoriamente de quem não utilizar a rodovia; ou seja, é uma retribuição facultativa paga apenas mediante o uso voluntário do serviço.
Assim, o pedágio não é cobrado indistintamente das pessoas, mas somente daquelas que desejam trafegar pelas vias e somente naquelas em que é exigido esse valor a título de conservação.
STF. Plenário. ADI 800/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 11/6/2014 (Info 750).
 
Se a única forma de acesso terrestre a determinada localidade for por meio daquela estrada, mesmo assim será possível cobrar pedágio, ou essa exigência seria inconstitucional por violar a liberdade de locomoção?
 
Ainda assim seria possível cobrar o pedágio.
Realmente, em alguns casos, a cobrança de pedágio pode, indiretamente, acabar limitando o tráfego de pessoas naquela localidade. No entanto, a CF/88 autoriza a instituição do pedágio mesmo nessas hipóteses. Isso porque não se pode dizer que haverá violação à liberdade de locomoção, já que sempre irão existir outras opções de acesso. O direito de ir e vir não será impedido por conta do pedágio.
Resumindo, não é inconstitucional a cobrança de pedágio, ainda que não exista nenhuma outra via alternativa gratuita para o usuário trafegar.
 
Por fim, não confundir a atual cobrança de pedágio com o SELO-PEDÁGIO, esse sim com natureza jurídica de taxa.
 
Vamos à luta
 
Fonte: Dizer o Direito

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