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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 10ª VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE SÃO PAULO/SP. Processo nº XXX João Medeiro, devidamente qualificado no processo em epígrafe, por sua advogada que está subscreve, na Reclamação Trabalhista proposta em face da empresa Posto de Serviços Sol de Verão Ltda, inconformado com a respeitável decisão de fls. vem tempestiva e respeitosamente perante Vossa Excelência opor: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, Em face da decisão fls. XX, observando-se o procedimento previsto nos arts. 1.022 a 1.026 do Código de Processo Civil, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe: I - DA DECISÃO EMBARGADA Trata-se de Ação Condenatória com perdas e danos e pedido de antecipação parcial dos efeitos da tutela, ajuizada pelo embargante. Em XX de XX de 20XX, o MM. Juiz proferiu decisão de fls. XX, julgando procedente os pedidos, condenando a Reclamada com base na oitiva das testemunhas, ao pagamento de horas extras na razão de 5 por semana e seus respectivos reflexos, porém, na parte dispositiva da sentença foi lançada tão somente como sendo direito do Reclamante o percebimento de 2 horas extras por semana e seus respectivos reflexos, aduzindo ainda como parcial procedência da ação. Ocorre que ao examinar o teor da respeitável sentença de fls. XX, proferida pelo MM. Juiz, não obstante o acerto da decisão quanto ao mérito da questão, percebe-se, contudo, a existência de erro material (art. 1.022, III, do CPC) no que concerne ao quantum indenizatório de "R$ 2.000,00 (cinco mil reais)", devendo, assim, corrigir-se o valor da respeitável sentença de fls. XX. Diante disso, restou ao embargante contrapor-se a decisão com o presente embargo declaratório com efeitos modificativos pelas razões de direito aduzidas a seguir. II - DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO A Decisão foi proferida em XX de XX de 20XX , iniciando-se o prazo recursal em XX de XX de 20XX, além disso, houve um erro material no que concerne ao quantum indenizatório, devendo, assim, ser corrigido este referido valor. Portanto, torna-se tempestivo o referido recurso, uma vez que o prazo recursal é de 05 (cinco) dias úteis (art. 1.023, do CPC); E do cabimento, entende-se pelo erro material, que na decisão foi fixado um valor indenizatório no percentual de R$ 2.000,00 (dois mil reais), contudo, o MM. Juiz redigiu outro valor por extenso, isto é, o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). III - DAS RAZÕES DO RECURSO O art. 1.022, III, do Código de Processo Civil é bem claro no que concerne o pedido de melhorar ou corrigir a decisão jurídica, não se limitando somente ao esclarecimento ou integração da decisão. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo tem o entendimento sumulado no sentido de que os embargos de declaração são oponíveis apenas quando o erro material é evidente, o que ocorre no caso em tela. O erro material torna-se evidente quando o MM. Juiz, na sua respeitável sentença judicial, trouxe diferentes valores no pronunciamento judicial, pelo qual majorou o quantum indenizatório quando redigiu o respectivo valor por extenso. Em conclusão, torna-se estranho para fins de fixação do valor reparatório a atribuição dada, uma vez que não se sabe se o MM. Juiz queria arbitrar o valor da indenização em R$ 2.000,00 (dois mil reais) ou em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). IV-DA INTERRUPÇÃO DO PRAZO É notório que, caso haja a admissibilidade do respectivo recurso em questão, o MM. Juízo a de conceder os efeitos do art. 1.026, do CPC. Isto é, repousa no fato de que a sua interposição acarretará a interrupção do curso do prazo para interposição de eventuais recursos, implicando, assim, a concessão de novos prazos recursais. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer de Vossa Excelência: A) Que os presentes embargos de declaração, face sua tempestividade e admissibilidade, sejam recebidos; B) Que seja concedido o pedido de interrupção do prazo para interposição de eventual recurso (art. 1.026, do CPC); C) Que sejam providos os presentes embargos de declaração, a fim de corrigir o quantum indenizatório fixado na Exordial, pois a respeitável sentença possui um erro material (art. 1.022, III, do CPC), como foi apontado neste respectivo recurso. Nestes termos, pede deferimento. São Paulo/ SP – 19 de abril de 2022 Natasha Santos de Campos 8676314
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