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Estruturas de Concreto armado Estruturas de Concreto armado TÓPICO 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CONCRETO ARMADO TÓPICO 2 – MATERIAIS TÓPICO 3 – FUNDAMENTOS TÓPICO 4 – ELEMENTOS ESTRUTURAIS •Composição do concreto? Composição do concreto O concreto é um material composto de água, cimento e agregados. Como resultado da mistura destas matérias-primas é ob9do: • pasta: mistura de cimento + água; • argamassa: mistura da pasta + agregado miúdo; • concreto: mistura da argamassa + agregado graúdo. Quando se trata de comportamento de estruturas, a u9lização de concreto de maneira isolada (sem uso de armaduras de aço) é aconselhado? Concreto üQuando se trata de comportamento de estruturas, a u0lização de concreto de maneira isolada (sem uso de armaduras de aço) não é aconselhado. üIsso porque o concreto apresenta bom desempenho mecânico frente aos esforços de compressão, porém não resiste bem à tração e os elementos estruturais quase sempre estão sujeitos a este 0po de esforços. üEm um elemento estrutural subme0do à flexão, a sua seção transversal apresenta tanto tensões de tração quanto de compressão. Concreto armadoO concreto armado é uma estrutura de aço e concreto As estruturas são as grandes responsáveis por sustentar o peso da construção – elas transferem a carga da edificação para as fundações, que distribuem esse peso para o solo. O concreto armado é uma excelente opção de estrutura devido suas vantagens. O concreto é muito resistente à compressão (movimentos verticais) e o aço possui alta resistência a tração (movimentos laterais). A combinação dos dois evita que a estrutura ‘embarrigue’ e caia! VANTAGENS E DESVANTAGENS dois %pos de estruturas: as moldadas no local e as pré-moldadas diferenças? Moldadas no local e as pré-moldadas diferenças? • Moldadas no local: os diversos elementos são moldados (concretados) no local em que serão trabalhados. Para isso, além das fôrmas, deverá haver um sistema de escoramento adequado (suporte estrutural). Embora seja possível idenCficar esses elementos, não existe uma separação Gsica entre eles. • Pré-moldadas: os elementos são apenas montados no local definiCvo e, portanto, é praCcamente eliminada a necessidade de escoramento. Como se faz o cálculo das estruturas de uma construção? Por onde começar? Cálculo de uma estrutura para determinar o esforço que a fundação transmite ao solo, deve- se efetuar o cálculo (quando se usa a técnica da discreCzação) na seguinte sequência: lajes, vigas, pilares (superestrutura) e fundações (infraestrutura). Note que o cálculo é efetuado na sequência inversa da construção. MATERIAIS •O comportamento das estruturas de concreto armado está diretamente ligado às caracterís5cas dos materiais que a compõe. •Quais caracterís5cas do concreto? PROPRIEDADES DO CONCRETO • O concreto é um material cons9tuído por cimento, água, agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (brita ou pedra), sendo mais comum a brita 1, e pode conter adições e adi9vos químicos, com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas. • adi9vos redutores de água, mais conhecidos por plas-ficantes e os superplas9ficantes, para reduzir a quan9dade de água do concreto e possibilitar a trabalhabilidade necessária, resultando em misturas com maior resistência e durabilidade. PROPRIEDADES DO CONCRETO • A propriedade marcante do concreto é sua elevada resistência aos esforços de compressão aliada a uma baixa resistência à tração. • Trabalho conjunto do concreto e do aço, assegurado pela aderência entre os dois materiais: na região tracionada em que o concreto possui resistência praCcamente nula, ele sofre fissuração tendendo a se deformar, o que graças à aderência, arrasta consigo as barras de aço, forçando-as a trabalhar e, consequentemente, a absorver os esforços de tração Diferença entre o aço e ferro? AÇO x FERRO A principal diferença é o teor de carbono presente na liga: üaço possui um teor inferior a 2,04% üo ferro possui entre 2,04% e 6,7% As barras e fios u?lizados em concreto armado possuem normalmente um teor de carbono compreendido entre 0,08% e 0,50%, sendo denominado tecnicamente como aço, apesar de ser usualmente chamada de ferro. Referente aos aços u-lizados emconstruções civis, assinalea(as) sentença (as) CORRETA(S): a) O aumento de teor de carbono do aço eleva a sua resistência, porém diminui a ducClidade. b) O módulo de elasCcidade é praCcamente igual para todos os Cpos de aço, com valor aproximado de 210 KN/mm2. c) Os aços podem ter sua resistência diminuída pela ação de baixas temperaturas do ambiente ou efeitos térmicos locais causados por solda elétrica, por exemplo. d) O aço é mais elásCco do que o concreto, pois seu Módulo de ElasCcidade é maior do que o Módulo de ElasCcidade do Concreto. e)O aço é uClizado na estrutura de pilares para que tenham seções menores do que se fossem consCtuídos exclusivamente de concreto simples. • Gabarito: A DIMENSIONAMENTO De acordo com a NBR 6118:2014, a execução da análise estrutural é realizada com a finalidade de verificar a estrutura perante os Estados Limites de Serviço e Estado Limite ÚlHmo • O que pode ser compreendido como Estado Limite de Serviço e Estado Limite Úl0mo? DIMENSIONAMENTO De acordo com a NBR 6118:2014, a execução da análise estrutural é realizada com a finalidade de verificar a estrutura perante os Estados Limites de Serviço e Estado Limite ÚlCmo üELS: são os critérios de segurança que estão relacionados ao conforto para os usuários, durabilidade da estrutura, aparência e boa uClização de um modo geral (formação de fissuras, vibrações excessivas ) üELU: está relacionado ao estado no qual a estrutura já não pode ser uClizada por razão de esgotamento da capacidade resistente e risco à segurança (perda de equilíbrio da estrutura, esgotamento da capacidade resistente da estrutura Exemplo ELS • Fissuração exagerada; • Forte vibração da estrutura; Exemplo ELU • Um pilar mal dimensionado, como por exemplo, insuficiência de armadura; • U?lização de materiais em obra de qualidade diferente à especificada no projeto. SEGURANÇA E ESTADOS LIMITES De modo geral, a segurança envolve dois aspectos principais: • uma estrutura nunca pode alcançar a ruptura; • uma estrutura não deve se deformar de maneira a diminuir o conforto dos usuários. É dado uma folga de resistência em relação às ações aplicadas nos elementos estruturais de maneira que a estrutura deverá estar subme0da à carregamentos superiores ao que foi projetado para colapsar. Como submeter à carregamento superiores? SEGURANÇA E ESTADOS LIMITES Essa margem de segurança é aplicada através de coeficientes de ponderação, os quais fazem com que a estrutura permaneça distante do ponto de ruptura durante a sua u0lização. Uma vez que a estrutura alcance o seu Estado Limite de Serviço, a sua u0lização pode estar comprome0da, mesmo que ainda não tenha a0ngido o limite de sua capacidade resistente, ou seja, mesmo que a estrutura consiga suportar as ações aplicadas, a estrutura pode não oferecer o conforto e durabilidade. Estados Limites – NBR 6118 • Estado Limite de Formação de Fissuras (ELS-F): é o estado no qual se inicia a formação das fissuras. Este Estado Limite é a0ngido quando a tensão de tração máxima na seção transversal for igual à resistência à tração do concreto. • Estado Limite de Abertura de Fissuras (ELS-W): neste estado, as fissuras apresentam aberturas iguais aos máximos especificados, conforme delimitado pela NBR 6118. Estados Limites – NBR 6118 • Estado Limite de Deformação Excessivas (ELS-DEF): neste caso, as deformações a0ngem os limites estabelecidos para a u0lização normal. Quando se trata de elementos fle0dos (vigas e lajes), estes elementos apresentam flechas máximas permi0das de acordo com a NBR 6118, de maneira que não seja comprome0da a esté0ca e cause insegurança aos usuários. •Estado Limite de Vibrações Excessivas (ELS-VE): é o estado em que as vibrações da estrutura a0ngem o limite estabelecido para a u0lização normal da construção. ELEMENTOS ESTRUTURAIS Quais são os elementos estruturais? ELEMENTOS ESTRUTURAIS • LAJE • são os elementos planos que se desCnam a receber a maior parte das ações aplicadas numa construção, como pessoas, móveis, pisos, paredes e os mais variados Cpos de carga que podem exisCr em função da finalidade arquitetônica do espaço Gsico da qual faz parte. As ações são comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser divididas em: distribuídas na área (peso próprio, revesCmento de piso etc.), distribuídas linearmente (paredes) ou forças concentradas (pilar apoiado à laje). As ações são geralmente transmiCdas para as vigas de apoio nas bordas da laje, mas eventualmente podem ser transmiCdas diretamente aos pilares. ELEMENTOS ESTRUTURAIS • VIGA • são classificadas como barras desCnadas a receber ações das lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, eventualmente de pilares etc. A função das vigas é basicamente vencer vãos e transmiCr as ações nelas atuantes para os apoios, geralmente os pilares. • As ações são geralmente perpendicularmente ao seu eixo longitudinal, podendo ser concentradas ou distribuídas. Podem ainda receber forças normais de compressão ou de tração, na direção do eixo longitudinal. ELEMENTOS ESTRUTURAIS PILAR • Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na verCcal, em que as forças normais de compressão são preponderantes. São desCnados a transmiCr as ações às fundações, embora possam também transmiCr para outros elementos de apoio. As ações são provenientes geralmente das vigas, bem como de lajes. ELEMENTOS ESTRUTURAIS PILAR • Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na verCcal, em que as forças normais de compressão são preponderantes. São desCnados a transmiCr as ações às fundações, embora possam também transmiCr para outros elementos de apoio. As ações são provenientes geralmente das vigas, bem como de lajes. DIMENSIOSAMENTO Qual o obje9vo do dimensionamento? DIMENSIOSAMENTO O obje9vo do cálculo da estrutura consiste em uma das seguintes operações: ücomprovar que uma seção conhecida é capaz de resis9r às solicitações mais desfavoráveis que poderão atuar; üDimensionar uma seção para que suporte assolicitações máximas a quepoderá estar sujeita. Os métodos conhecidos de cálculo são divididos em método clássico, no qual se analisa as tensões admissíveis, e os métodos de cálculo de ruptura, no qual são analisados os Estados Limites da Estrutura. MÉTODO CLÁSSICO São determinadas as solicitações devido às cargas máximas de serviço e são calculadas as tensões máximas correspondentes a essas solicitações, supondo um comportamento completamente elás:co dos materiais São conhecidos como métodos determinís:cos, nos quais são fixos os parâmetros de par:da para o cálculo como, nesse caso, a resistência dos materiais e cargas aplicadas. Quais seriam as limitações desse método? MÉTODO CLÁSSICO - restrições • normalmente leva à superdimensionamento das estruturas, uma vez que leva em consideração os carregamentos máximos possíveis, raramente aCngido na vida úCl da estrutura; • Não considera a capacidade de adaptação plásCca dos materiais, as quais fazem resisCr à maiores solicitações; MÉTODO DE RUPTURA • Neste método a segurança é garan:da fazendo com que as solicitações correspondentes às cargas majoradas sejam menores que as solicitações úl:mas, estas que levariam a estrutura ao colapso se os materiais apresentassem suas resistências reais minoradas pelos coeficientes de ponderação de resistências. • Rd é o valor dos esforços resistentes de cálculo e Sd é o valor de cálculo dos esforços solicitantes. • é admi:do que a estrutura seja segura quando as solicitações de cálculo são menores ou iguais que os valores resis:dos pela estrutura no Estado Limite considerado. AÇÕES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO • AÇÕES PERMANENTES • O que pode ser considerado como ação permanente? AÇÕES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO AÇÕES PERMANENTES • são aquelas que ocorrem com valores pra/camente constantes durante a vida ú/l da estrutura. Essas ações podem ser classificadas como diretas e indiretas e nelas deve ser incluído o peso próprio dos elementos que compõe a estrutura, assim como seus elementos constru/vos fixos (paredes, reves/mentos etc.). Diretas: são cons/tuídas pelo peso próprio da estrutura, pelos pesos dos elementos constru/vos fixos, das instalações permanentes e dos empuxos permanentes” Indiretas: deformações impostas principalmente por retração e fluência do concreto, deslocamentos dos apoios, além da imperfeição geométrica e protensão. AÇÕES DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO AÇÕES VARIÁVEIS De acordo com a NBR 6118, estes esforços apresentam variações significa/vas durante a vida ú/l da edificação e podem ser classificadas como ações variáveis diretas e indiretas As ações variáveis diretas são cargas acidentais previstas para o uso da construção, ação do vento e da água, respeitando as suas específicas normas. Como cargas acidentais para uso da edificação, pode-se citar: • cargas ver/cais de uso; • cargas móveis de impacto ver/cal; • impacto lateral; • esforço de frenagem ou aceleração; • força centrífuga. AÇÕES NO DIMENSIONAMENTO DE CONCRETO ARMADO • As ações serão trabalhadas de maneira isolada ou em combinações? AÇÕES NO DIMENSIONAMENTO DE CONCRETO ARMADO • a combinação das ações deve ser feira de maneira que possibilite determinar os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura, devendo ser verificada a segurança em relação ao ELU e ELS, considerando as combinações úl?mas e de serviço respec?vamente. COMBINAÇÕES ÚLTIMAS De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), as combinações úl/mas podem ser classificadas como normal, especial ou excepcional. • cargas normais quando se inclui as ações permanentes e a ação principal com seus valores caracterís/cos e as demais cargas inseridas (ações variáveis) são consideradas cargas secundárias • cargas especiais as ações permanentes e as ações variáveis especiais são consideradas com seus valores caracterís/cos, enquanto as demais ações variáveis não desprezíveis são consideradas com seus valores reduzidos de combinação. • cargas excepcionais são quando as ações permanentes e as variáveis excepcionais são consideradas com seus valores representa/vos e as demais ações variáveis não desprezíveis são consideradas com seus valores reduzidos de combinação. COMBINAÇÕES DE SERVIÇOS As combinações de serviços são verificadas conforme estabelecidos pela NBR 6118 e, devem ser consideradas de acordo com a sua permanência na estrutura. • Combinações Quase Permanentes (CPQ): podem atuar durante boa parte do período de vida da estrutura e, pode ser necessário ser considerada na verificação do Estado Limite Úl/mo de deformações excessivas. • Combinações Frequentes (CF): sua ocorrência repete diversas vezes durante o período de vida da estrutura, sendo necessário sua consideração durante a verificação do estado limite de formação e abertura de fissuras, além de vibrações excessivas. • Combinações Raras (CR): ocorrem algumas vezes durante a vida ú/l da edificação e pode ser necessário levar em consideração na verificação de Estado Limite de Formação de Fissura. VALORES DE CÁLCULO DE COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO • as ações são vinculadas a coeficientes de ponderação, porém, no caso das ações, os coeficientes são u/lizados para majorar o carregamento aplicado na estrutura. Portanto os valores representa/vos das ações são mul/plicados pelo coeficiente γf VALORES DE CÁLCULO DE COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO
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