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LESADOS MEDULARES E CEREBRAIS

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Lesados medulares e cerebrais: treinamento físico
Muitas modalidades esportivas já foram adaptadas para os indivíduos que utilizam cadeiras de rodas para se locomover. Algumas delas tornaram-se paralímpicas e são disputadas por seleções do mundo todo. O Comitê Paralímpico brasileiro compilou informações sobre as seleções de atletismo, basquete, bocha, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, vela, remo, natação, dentre outras.
Uma das inúmeras características da prática das modalidades esportivas paraolímpicas é a presença de atletas deambulantes ou cadeirantes. Assim, nas modalidades que utilizam a cadeira de rodas, o treinamento físico do atleta deve apresentar ao menos um direcionamento que contemple a musculatura envolvida na impulsão da cadeira, essencial para que o deslocamento da cadeira de rodas ocorra.
Após essa análise minuciosa do principal complexo articular envolvido e dos respectivos músculos, descreva a lógica do treinamento físico a fim de iniciar o fortalecimento muscular para essa cadeia muscular ativa e intrincada na ação proposta.
Padrão de resposta esperado
O novo atleta precisa desenvolver habilidades para impulsionar a cadeira de rodas. A propulsão de uma cadeira de rodas depende da ação da musculatura de seus membros superiores e requer a organização de movimentos durante o treinamento e o aprendizado. A maior parte da força é gerada nos músculos do complexo articular dos ombros e transferida para a extremidade distal. A fase de impulso é controlada pela função dos músculos flexores da articulação glenoumeral (deltoide anterior e peitoral maior) e os rotadores externos (supraespinhoso e infraespinhoso). Na fase de recuperação, o controle é realizado pelo músculo extensor (deltoide posterior), pelos abdutores (deltoide medial e supraespinhoso), pelo rotador interno (subescapular) e pelo músculo retrator da escapula (trapézio medial).
Para o fortalecimento dessas cadeias musculares, é possível realizar treinamentos físicos funcionais baseados em cadeias musculares, tais como: exercícios de transferências com diversos níveis de dificuldades e alturas variadas, controle de velocidade para mover a cadeira de rodas e uso de rampas. Esse treinamento, além de preparar para o gesto esportivo, confere funcionalidade e independência em sua vida diária. O fortalecimento da musculatura remanescente deve ser prescrito levando em consideração os critérios relacionados ao tipo (via metabólica solicitada), à frequência, à intensidade, ao tempo e à progressão do treinamento associados às características individuais do atleta.
1. 
Indivíduos com paralisia cerebral que desejam participar de esportes de competição devem seguir uma regulamentação específica, na qual é descrita uma classificação internacional. Essa classificação compara a severidade da paralisia e a sua distribuição topográfica e as separa por grupos.
Sendo assim, relacione os grupos a seguir com a descrição correta da paralisia correspondente.
(1) CP 1.
(2) CP 2.
(3) CP 3.
(4) CP 4
(5) CP 5
(  ) Diplegia moderada ou hemiplegia grave deambula com ou sem dispositivos de auxilio e tem força funcional.
(  ) Diplegia com comprometimento de membros inferiores de moderado a severo e membros superiores com déficit de coordenação/controle e força.
(  ) Quadriplegia com comprometimento moderado ou severo dos quatro membros e do tronco.
(  ) Quadriplegia leve com controle de membros superiores e força moderada.
 (  ) Quadriplegia com comprometimento severo dos quatro membros, pouco controle de tronco e fraqueza em membros superiores.
Qual a sequência correta? 
C. 
5-4-2-3-1.
A Sequência correta 5-4-2-3-1.
CP 1: Quadriplégico com comprometimento dos quatro membros (severo) e pouco controle de tronco, deambula com cadeira de rodas;
CP 2: Quadriplégico com comprometimento moderado ou severo dos quatro membros e tronco. Pode impulsionar a cadeira de rodas;
CP 3: Quadriplegia leve com controle de membros superiores e força moderada;
CP 4: Diplegia: comprometimento de membros inferiores de moderado a severo, membros superiores com déficit de coordenação/controle e força. Se locomove por meio de cadeira de rodas independentemente;
CP 5: Diplegia moderada ou hemiplegia grave, deambula com ou sem dispositivos de auxilio, tem força funcional e mínimos comprometimentos de controle de membros superiores.
2. 
Os indivíduos portadores de paralisia cerebral têm sua aptidão física e seu desempenho limitados por distúrbios e déficits apresentados e instalados. Portanto, para a prescrição de exercício físico, é preciso levar em consideração o grau de severidade da paralisia cerebral e quais são os distúrbios/déficits e limitações que estão associados. Nesse sentido, relacione os sinais apresentados com os cuidados que devem ser tomados para a prática de exercícios.
(1) Espasmos.
(2) Movimentos atetoides.
(3) Movimentos reflexos.
(  ) Dificultam a coordenação motora fina.
(  ) Reduzem a força e a resistência muscular.
(  ) Movimentos repentinos podem agravar a frequência.
Qual alternativa apresenta a sequência correta?
E. 
2-1-3.
A sequência correta é 2-1-3. Os movimentos atetoides dificultam a coordenação motora fina ou a impedem, mas têm pouco impacto no ganho de força. Os espasmos musculares podem reduzir a força e a resistência muscular, estando presentes em 50% dos casos. Já os movimentos repentinos ou o aumento do esforço podem aumentar os movimentos reflexos.
3. 
As lesões medulares são descritas de acordo com a altura da lesão em relação à coluna vertebral (cervical, torácica, lombar e sacrococcígea). Sobre os comprometimentos em relação à altura da lesão, leia as assertivas:
I. Lesões medulares altas (C1 e C2) levam a comprometimentos mais graves, como a parada respiratória.
II. Na altura da primeira vértebra torácica (T1), a lesão compromete toda a mobilidade e funcionalidade de membros superiores.
III. Em nível da décima segunda vértebra torácica (T12), está preservado o funcionamento dos músculos de parte do abdômen e dorso.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?
A. 
Apenas as alternativas I e III estão corretas.
Lesões medulares altas (C1 e C2) levam a comprometimentos do nervo frênico e podem levar à óbito por parada respiratória. Quando em nível torácico, primeira vértebra torácica (T1), a musculatura compreendida em membros superiores apresenta-se funcional e o indivíduo tem força manual de preensão normal. Em nível da décima segunda vértebra torácica (T12), existe o funcionamento de parte dos músculos abdominais e parte da musculatura inferior do dorso. Sendo assim, o indivíduo tem boa estabilidade de tronco e resistência respiratória, mas sua locomoção ocorre em cadeira de rodas.
4. 
Lesões da medula espinhal implicam em uma série de comprometimentos orgânicos com impacto na funcionalidade e nas capacidades físicas. Nesse contexto, deve-se conhecer o nível da lesão para entender as limitações apresentadas pelo paciente e, a partir disso, elaborar um programa de exercícios e treinamentos físicos mais assertivo.
Com base nisso, responda: a capacidade ventilatória é prejudicada em qual nível de lesão medular? 
E. 
De C1 a T2.
Em caso de lesão alta na medula espinhal entre a primeira vértebra cervical (C1) e a segunda vértebra torácica (T2), é possível o comprometimento das funções respiratórias. Lesões logo abaixo da segunda vértebra torácica (T2) têm preservado parte da mobilidade e da sensibilidade de tronco e membros inferiores de acordo com o local.
5. 
O desporto adaptado garante ao deficiente neurológico a transição entre a incapacidade absoluta à aptidão física e, quiçá, cognitiva. Os exercícios são prescritos de acordo com a exigência do gesto desportivo, melhorando limitações de coordenação, condição e condicionamento físico e preparo músculo-articular e cardiovascular. Para isso, são necessários alguns objetivos. Dentre as modalidades de esporte adaptado, a natação tem cinco objetivos específicos.
Sobre esse tema, qual das alternativas a seguir está correta?
B. 
O objetivo neuromuscular visa ao desenvolvimentosensório-motor e à execução de movimentos em vários planos e o objetivo interpretativo visa à consciência corporal.
A natação adaptada tem cinco objetivos básicos. São eles: objetivo orgânico (responsável pela melhora da capacidade funcional dos sistemas), objetivo neuromuscular (responsável pelo desenvolvimento sensório-motor e pela execução de movimentos em vários planos), objetivo interpretativo (fornece consciência corporal), objetivo integrativo (insere o indivíduo no convívio em grupo) e objetivo emocional (relacionado com as conquistas alcançadas e barreiras superadas).

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