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Comportamento Suicida e prevenção

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Comportamento suicida e prevenção 1
Comportamento suicida e 
prevenção
Status Psiquiatria
Assign
Introdução
A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e a cada 3s uma pessoa atenta 
contra a própria vida
O suicídio esta entre as 3 maiores causas de morte entre pessoas com idade entre 
15 e 35 anos
Na América latina, 1 em cada 8 adolescentes tentam se matar (80% dos suicidios 
no mundo ocorrem em paises de baixa renda e média renda)
Cada suicídio tem um sério impacto em pelo menos outras 6 pessoas (familiares e 
amigos desencadeiam quadros depressivos significativos, reações de ansiedade)
Há impactos psicológicos, sociais e financeiros.
O brasil se encontra no grupo dos paises com baixas taxas de suicidio. Porém, 
como é um país mto populoso, está entre os 10 paises com maiores números 
absolutos de suicídio. As taxas no brasil vem aumentando e isso ocorre somente 
em 29 paises, na maioria a taxa esta reduzindo
2/3 das pessoas que cometem suicidio comunicaram claramente essa intenção a 
parentes próximos ou amigos na semana anterior e metade foram a uma consulta 
médica em algum momento do período de seis meses que antecederem a morte.
Existe o suicidio planejado (pensamento—> plano—> ação) e o impulsivo, em que 
a pessoa se mata após alguma situação (não ha elaboração). O número de pessoa 
vai reduzindo do pensameno ate a ação.
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Comportamento suicida: Ato pelo qual um indivíduo causa lesão a si mesmo, 
independente do grau de intenção letal e do verdadeiro motivo desse ato e que não 
resultam em morte. Pode ser consciente ou inconsciente. Esse ato deve ser 
valorizado para que medidas sejam tomadas. EX: Alguem que bebe mto, ta com 
cirrose quase morrendo mas não para de beber, alguem que ja bateu o carro várias 
vezes e continua dirigindo rápido, bebado…
Crise suicida: Há a exacerbação de uma doença mental existente, ou uma 
turbulencia emocional que, sucedendo um acontecimento doloroso, é vivenciada 
como um colapso existencial. Ambas as situações provocam dor psíquica 
intolerável e, como consequencia, pode surgir o desejo de interrompe-la por meio 
da cessação do viver.
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Fatores predisponentes
-História pessoal e familiar:
Tentativa prévia de suicídio
Abuso sexual na infancia
Perdas de figuras parenterais na infancia
Dinamica familiar conturbada
Suicidio na familia (pode estar ligado a genética ou ao fator psicológico “meu avo 
se matou, ha uma saida”).
Personalidade:
Impulsividade e agressividade (personalidade boderline, narcisista ou dissocial).
Sociais;
Isolamento social
Problemas mentais:
Depressão (principalmente a melancolica) e transtorno bipolar
Transtornos de personalidade (anti-social e boderline com traços de impulsividade, 
agressividade e frequentes alterações do humor)
Alcoolismo e/ou abuso de substancias em adolescentes
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Esquizofrenia
Doenças organicas cronicas e debilitantes (pacientes em dialise renal, cancer, 
AIDS, perda de mobilidade, desfiguramento).
Outros:
Fator biológico mais estudado: Níveis baixos de ácido 5-hidroxiindolacético (5-
HIAA) no líquido cerebroespinal de indivíduos que haviam tentado suicídio —> 
deficiencia do sistema serotoninérgico. Essa deficiencia tbm foi encontrada, em 
estudos pós-morte, no cortex cingulado anterior e no cortex pré-frontal 
ventromedial de indivíduos que cometeram suicídio.
A taxa de suicidio entre gemeos monozigóticos é 17x maior do que a observada 
entre gemeos dizigóticos
Epigenética: Experiencias traumáticas na infancia alteram a arquitetura genética 
que herdamos e aumentam, de forma parcialmente independente, a propensão 
tanto para a depressão quanto para o comportamento suicida.
Elementos psicanalíticos:
Freud: Luto e melancolia (identificação com o objeto perdido, introjeção no eu, ódio 
dirigido ao objeto, incapacidade de se desligar, culpa, remorso, auto-recriminação)
Lacan: Passagem do ato, fuga da cena e da angustia
Angustia, trauma, repetição
Fatores Precipitantes (acontecimentos 
recentes)
Desilusão amorosa, conflitos no relacionamento, separação, derrocada financeira, 
perda de emprego, deronra/vergonha, embriaguez, facilidade de acesso a um meio 
letal (se estou passando por uma dor psiquica posso pegar a arma e me matar —> 
ato impulsivo)
Dor psiquica: Dor mto intensa, que não passa e a pessoa não tolera mais, sendo o 
suicídio a única saída, sendo que quando a pessoa decide se matar a dor vai 
passando, pois a decisão ja foi tomada). A dor decorre do desespero de não ter as 
necessidades psicologicas atendidas
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Fatores de risco sociodemográficos
Sexo masculino
Idade entre 19-49 anos e acima dos 65
Estratos e renda mais alto e mais baixo
Desemprego e aposentadoria
Isolamento social
Separados/divorciados são mais propensos do que solteiros > viuvos> casados
Ateus/protestantes são mais vulneraveis do que católicos> judeus. Os protestantes 
são mais vulneraveis devido a adesão intensa a suas crenças.
Fatores de proteção
Personalidade
Sentimento de valor pessoal: conquistas pessoais, características, coisas que 
realizou
Confiança em si mesmo
Disposição para buscar ajuda
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Abertura a experiencia alheia (capacidade de ter empatia)
Flexibilidade e habilidade para se comunicar
Sociais e culturais
Adesão a valores e normas
Bons relacionamentos
Apoio de pessoas relevantes
Amigos que não usam drogas
Integração social (trabalho, igreja, esporte)
Familiares
Bons relacionamentos
Pais dedicados e consistentes
Ambientais:
Boa qualidade de sono
Atividades físicas
EX: Pessoas que sofrem com depressão devem ser tratadas com terapias e 
medicamentos, porem ter uma boa qualidade de vida é importante. Mesmo que a 
pessoa seja vulnerável e que tenha muitos fatores predisponentes para o suicídio, 
essas pessoas acabam ficando protegidas com ações relacionadas ao bem-estar, 
cuidado com o corpo, sono, relacionamento, apoio social e etc
Prevenção:
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Como se comunicar com alguem em risco 
de suicidio
Ouvir atentamente, ficar calmo
Empatia (entender os sentimentos da pessoa)
Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito
Expressar respeito pelas opiniões e valores da pessoa
Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição (perguntar se ela pensa em se matar)
Focalizar nos sentimentos da pessoa
Mesmo se tiver desconfiando que é fake, deixar em segundo plano e encarar como 
real
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Como não se prejudicar
Interromper muito frequentemente
Ficar chocado ou mto emocionado
Dizer que está ocupado
Colocar o paciente numa posição de inferioridade
Fazer comentários invasivos e pouco claros e perguntas indiscretas
Nota: Ato suicida é sempre intencional.
Ideias erroneas
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Nota: Sempre monitorar o risco de suicidio (como ta aquele pensamento?)
Como identificar o risco
Comportamento retraído, falta de habilidade para se relacionar com familia e 
amigos
Doença psiquiatrica, alcoolismo, ansiedade ou panico
Mudança na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia
Mudança no hábito alimentar e de sono
Tentativa de suicídio anterior
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Se odiar, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha
Perda recente (morte, divórcio)
História familiar de suicídio
Desejo súbito de concluir os afazeres profissionais, organizar documentos, 
escrever testamentos, cartas de despedida (intenção mto formulada)
Sentimento de solidão, impotencia, desesperança
Menção repetida a morte ou suicídio.
Ricos de suicídio
Risco baixo
 A pessoa teve alguns pensamentos suicidas ‘eu gostaria de estar morto” “eu não 
consigo continuar” mas não ha plano nem ideação suicida.
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Oq devemos fazer é:
Oferecer apoio emocionalTrabalhar sobre os sentimentos suicidas. Quanto mais abertamente a pessoa falar 
sobre a perda, isolamento e desvalorização, menos turbulentas suas emoções se 
tornam (quando a turbulencia emocional cede, a pessoa pode se tornar reflexiva)
Focalizar na força positiva da pessoa, fazendo-a falar como problemas anteriores 
foram resolvidos sem recorrer ao suicídio.
Risco médio
A pessoa tem pensamentos e planos, mas não tem planos de cometer suicídio 
imediatamente.
Oq devemos fazer é:
Oferecer apoio emocional, trabalhar com os sentimentos suicidas da pessoa e 
focalizar em forças positivas
Explorar alternativas ao suicídio, até as que podem nao serem consideradas 
soluções ideais, na esperança de que a pessoa considere ao menos uma delas.
Fazer um contrato: Extraia uma promessa do individuo suicida de que ele não vai 
se matar, sem que se comunique com a equipe de saude e por um periodo 
específico (paciente que n copera e n quer fazer o contrato deve-se pensar em 
internação)
Encaminhar ao psiquiatra o mais breve possivel
Entrar em contato com a familia, amigos e colegas, reforçando seu apoio.
Alto risco
A pessoa tem um plano definido, meios para faze-lo e planeja faze-lo 
imediatamente
Devemos:
Gentilmente falar com a pessoa e remover pílulas, faca, arma, inseticida (distanciar 
os meio de cometer suicidio)
Fazer um contrato
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Entrar em contrato com um psiquiatra e /ou profissional da saúde mental 
imediatamente e providenciar uma ambulancia e hospitalização
Informar a família e reafirmar seu apoio
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Na consulta
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No serviço de urgencia (perguntas que 
devem ser feitas ao avaliar o paciente com 
tentativa ou risco de suicido)
Quais as motivações e intenções do paciente para o suicídio? Fazer uma boa 
anamnese, identificar transtornos mentais
Circunstancias em que a tentativa ocorreu
Fatores estressantes que desencadearam
Quais os recursos do paciente para enfrentar seus problemas
Se tem apoio social
Risco de tentar de novo
Se ha transtorno mental que mereça tratamento especifico
Quais medidas a serem tomadas de imediato? internar?
Ha alguem próximo ao paciente com quem entrar em contato?
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Qual o melhor tratamento para esse paciente?

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