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PRECONCEITO RACIAL NA INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR PAMELA JANGUENE MENDES Graduação em Pedagogia pela Faculdade de São Paulo (19/12/2012); Especialista em Psicopedagogia pela Faculdade de Educação São Luís (12/07/2021); Professora de Educação Infantil na CEI Jardim Silva Telles. RESUMO Neste artigo procura-se refletir se o preconceito racial influência no desenvolvimento escolar para responder à questão foi feita entrevista com seis professores do ensino fundamental do ciclo I que lecionam na escola x, localizada na zona sul da cidade de São Paulo. Neste ano está completando 132 anos de abolição dos escravos negros pela lei Áurea o artigo traz um pouco da história dos negros no Brasil e no mundo. Com o artigo foi concluído que o preconceito influencia sim no desenvolvimento escolar devido o fato que quando um aluno é discriminado ele perde á vontade de ir á escola e não consegue entender e nem compreender o que é passado pelo professor na sala de aula. Palavras-chave: Racismo; Negro; Escola; Diálogo; História; INTRODUÇÃO Neste artigo procura-se identificar se o preconceito racial na influência no desenvolvimento escolar. Objetivo principal é o de identificar e analisar se o preconceito racial influência no desenvolvimento escolar. Foi feita uma entrevista com seis professores que lecionam em sala de aula do Ensino Fundamental I, no ciclo I de uma escola x, localizada na Zona Sul da cidade de São Paulo. A metodologia define-se por meio da pesquisa bibliográfica e técnica da entrevista estruturada em forma de questionário com seis professores do ciclo I atuantes na escola mencionada. Em 1871 foi declarada a Lei do Ventre Livre, que tornava livre os filhos dos escravos nascidos após a aprovação em lei. Em 1885, foi aprovada a lei dos sexagenários, que visava beneficiar os negros com mais de 65 de anos. Em 1888, exatamente 13 de maio, a princesa Isabel assinou a Lei Aurea, que aboliu a escravidão, dando assim total liberdade para os negros. Neste ano está se completando 123 anos de abolição dos escravos negros pela lei Aurea. Racismo geralmente expressa o conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias, ou ainda uma atitude de hostilidade em relação a determinadas categorias de pessoas. A discriminação racial, por seu turno, expressa a quebra do princípio da igualdade, como distinção, exclusão, restrição ou preferências, motivado por raça, cor, sexo, idade, trabalho, credo religioso ou convicções políticas. Já o preconceito racial indica opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico, ou ainda atitude, sentimento ou parecer insensato assunto em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio conduzindo geralmente á intolerância. Racismo e discriminação ou preconceito racial podem ser confundidos. Portanto, em regra, o racismo ou o preconceito racial é que leva a discriminação e a intolerância racial. Nesse aspecto, existe uma preocupação mundial no combate ao racismo e á intolerância racial, que se manifesta mediante da realização de múltiplos eventos, nacionais e internacionais, com a participação de entidades governamentais e não governamentais buscando a união dos povos contra toda forma de racismo, intolerância e discriminação segundo Guimarães (2005). Assim faz com que haja um respeito com os direitos humanos mais básicos, mas também como medida de minimização e erradicação de revoltas, guerras e conflitos sociais. UM POUCO DA HISTÓRIA DO NEGRO NO BRASIL Segundo o autor Guimarães (2005), a história traz que os negros sempre foram escravos e excluídos da sociedade. Os escravos sempre foram tratados como bichos e instrumentos de trabalho não recebiam o direito de serem seres humanos para comer eles tinham que produzir todos os escravos tinha que trabalhar arduamente para se alimentar. O local que eles dormiam era em uma senzala que se parecia uma jaula, pois os seus donos tinham medos de que seus escravos fugissem, a maneira brutal que eram submetidos sempre havia grupo fugindo dos seus donos, mas se eles fossem pegos eles apanhavam em muitos morria por apanhar demais os que sobreviviam eram algemados para ser exemplo para os demais escravos. Conforme o autor os que conseguiam fugir eles se escondiam nos quilombos que eram uma fazenda bem distante da sociedade, para ficar bem mais claro os quilombos ficavam no meio do mato. O quilombo foi criado para proteger os negros que fugia dos seus donos dificilmente seus donos conseguia pegá-los de volta, existia um mercado de escravos que eles eram vendidos e trocados. Segundo Guimarães (2005), quando ocorreu à abolição os negros ganharam o direito de serem cidadãos de uma classe inferior às demais, foram excluídos os direitos sociais. O povo branco não se misturava com os negros as cidades eram separadas, um povo não se mistura com o outro. Os negros não tinham direito de estudar, pois para a sociedade eles eram nada tinham que ser operários, pois a sociedade acreditava que quem tinha direito de estudar era os brancos. DIANTE DESTE FATO PERGUNTA-SE: Como os professores estão trabalhando com esse conceito nos dias de hoje no ensino fundamental no ciclo I da escola x do bairro x cidade de São Paulo? RACISMO NO MUNDO O preconceito racial no mundo sofreu uma grande mudança, ou seja, em alguns países começaram a criar leis para ver se melhorava a violência e o preconceito racial tem, por exemplo, a África do Sul onde os brancos ficavam de um lado e os negros de outro lado cada um tinham o seu espaço. Em alguns países do mundo como a Inglaterra o preconceito racial é exteriorizado em contrapartida em outros o preconceito é existente, porém é implícito. Segundo Schwarcz (2010), a abolição dos escravos foi ocorrendo como um efeito dominó começou nos países europeus como Portugal, Espanha, França entre outros que não podia ter escravos e sim empregados com direito a salários, se caso a fiscalização visse um negro trabalhando sem ser salariado os seus patrões poderiam ser multados e receber a visita da polícia. Houve uma contradição que sobre os movimentos do fim da escravidão e um novo modelo político, existiam muitos museus que contavam as várias versões sobre os negros e as demais raças. Os negros e os mestiços eram vistos com olhares de doentes e sem capacidade de poder estudar e sim serem empregados. Conforme Schwarcz (2010), em 1970 do século XIX houve um grande movimento para se substituir as mãos de obras dos africanos, pois conforme o tempo foi passando os negros estavam se tornando classes perigosas e foram vistos como uma classe de diferenças e inferioridade. Racismo não ocorre somente por causa da cor ou da aparência, a etnia e a religião também é um fator que influencia o preconceito, pois quando a pessoa não tem o perfil daquele grupo ele é excluído. RACISMO NO BRASIL Para Guimarães (2005), no Brasil o preconceito começou a ocorrer depois da abolição dos escravos, pois os negros eram pobres e não tinha dinheiro para quase nada e por meio disso eram excluídos da sociedade. A educação para os negros era difícil, pois era direito só dos brancos e ricos e desse modo às escolas diferenciavam os tipos de ensinos, pois para os brancos o ensino era para terem cargos bons e preparar para conviver na elite e os negros eram preparados para cargo de inferiores. Muitos negros não foram registrados no passado com o senso, pois não existia essa opção de raça ou era branco ou mestiço. Muitos dos entrevistados não se definiram como os negros e sim como morenos claros e quando esses morenos eram ricos eles eram considerados brancos. Em cada estado do Brasil existia uma racionalização foi isto que foi observado pelo IBGE segundo Silva (1999).Segundo Schwarcz (2010), houve uma grande contradição com o fim da escravidão e a construção de um modelo político, ou seja, que existem atrasos com a presença de raças inferiores. A educação no Brasil foi melhorando e deixou de ser selvagem, pois o país começou a aceitar os negros e mestiços nas classes sócias altas e nas elites dos intelectuais do país. Ainda conforme o autor os museus foram criados para contar as histórias que ocorreram, no Brasil os museus foram criados aos poucos para ir contando a história do preconceito que existiu, São Paulo e Rio de Janeiro entraram em atritos para saber qual dos museus era o mais importante que representava a história dos negros da sociedade brasileira. Os negros sempre ganharam menos que os demais empregados brancos e assim os agricultores contratavam empregados negros, por serem mãos de obras baratas os estados que mais utilizaram os negros foram o Rio de Janeiro e São Paulo por serem as capitais das agriculturas. Segundo Silva e Rosemberg (2008), á abolição dos escravos foi ocorrendo aos poucos, pois em 1850 se proibiu o tráfico de negros em transatlântico, ou seja, não podia mais trazer negros de fora, em 1871 liberdade aos filhos nascidos de mães escravas, em 1885 liberdade aos escravos idosos e em 1888 foi promulgada a Lei Áurea que libertou todos os escravos. Depois que a abolição da escravidão, as relações sócias e políticas entre brancos e negros passaram por alguns processos importantes que são o país não adotou legislação de segregação étnica racial, não tendo ocorrido, portanto definição legal de pertença racial. O Brasil não desenvolveu política específica de integração dos negros recém-libertos a sociedade envolvente, foi esse fato que fortaleceu o histórico da desigualdade social entre os brancos e os negros que se pendura até os dias atuais. RACISMO NA ESCOLA Segundo Schwarcz (2010), a ideia de criar faculdades nos países era para se criar uma imagem para o Brasil mesmo sendo ainda comandado pelos portugueses. A ideia era para criar elite de letrados que pudessem criar uma constituição. Ainda conforme a autora existiu duas faculdades no Brasil uma em São Paulo que seguia o modelo político liberal e em Recife que seguia a linha de questões raciais. Com isso a imagem do Brasil ia ser construída por cada um desses centros de saber. As duas faculdades estavam trabalhando em lados opostos, pois enquanto em São Paulo tinha curso na área de direito civil que estava preocupada em formar políticos e burocratas de estado e em Pernambuco possuía um curso de Antropologia criminal que estava preocupada com a formação de cientistas conforme Schwarcz (2010). As faculdades de medicina da Bahia e do Rio de Janeiro construíram e se consolidaram. As duas aos poucos se valorizaram com as construções de identidades das doenças. As duas faculdades chegaram a um acordo que as miscigenações traziam uma doença conforme Schwarcz (2010). Os negros perdiam muitos anos na educação, pois eles tinham que trabalhar para ajudar a sustentar a casa, eles não conseguiam conciliar o tempo de estudo e trabalho e assim eles desistiam de estudar. Para aumentar a renda familiar quanto maior a família fosse mais crianças fora das escolas, pois os filhos mais velhos tinham que cuidar dos menores. O fator da desigualdade racial estava em toda a parte das escolas, pois os professores colocavam os negros de um lado e os brancos em outro. Hasenbalg e Silva (1999), colocam que quando a família tinha um bom cargo às mães sempre ajudavam os seus filhos com a lição de casa e brincavam com eles, pois o papel das crianças é estudar e não trabalhar. Segundo Guimarães (2005), as escolas antigamente não trabalhavam de uma maneira clara com a escravidão e a abolição dos negros, pois esse assunto só veio à tona no final do século XX. Esse assunto começou a ser trabalhado nas escolas depois que foi aparecendo na mídia e nas salas de aulas e assim os professores começaram a trabalhar com esse assunto. Esse assunto começou a ser trabalhado nas escolas depois que apareceu na mídia e nas salas de aulas o preconceito e assim os professores começaram a trabalhar com esse assunto. As escolas do ensino fundamental no começo ficaram um pouco preocupados de levar esse assunto até os seus alunos, devido o fato que os professores não estavam preparados para falar sobre esse assunto para passar para os seus alunos. Houve algumas reuniões com os pais dos alunos para saber qual a maneira mais adequada para tratar desse assunto com os alunos, pois os professores não poderiam transmitir a sua opinião aos seus alunos. Ao decorrer dos anos os professores já estão preparados para trabalhar com esse assunto. Os professores utilizam de recursos como a televisão para transmitir para a mensagem e cenas para que seja mais fácil do aluno entender. ANÁLISE DOS DADOS Foi feita uma pesquisa de campo para identificar se o preconceito racial influencia no desenvolvimento escolar. Ao ser questionado sobre a questão para você o que significa o preconceito racial? A professora “A” coloca que “O preconceito racial está atrelado a uma cultura totalmente equivocada. Jamais deveria existir um preconceito racial julgar uma pessoa pela sua cor de pele, pelos seus traços diferentes deveria ser crime desde a evolução do homem”. O professor “B” coloca que “O preconceito racial é uma forma de exclusão social bastante comum, porém, pode-se observar que o Brasil, apesar de ser um país com população em sua maioria negro ou afrodescendente, o racismo é uma pratica muito frequente, o que nos leva a pensar em geral seria o verdadeiro motivo para tamanha discriminação”. O professor “C” coloca que “É uma forma de exclusão muito comum no mundo, que afeta muitas pessoas. O preconceito racial se caracteriza por afastar o individua do meio social em que vive”. Segundo Silva (1999) o preconceito não deveria acontecer, pois não importa a raça todos somos iguais por dentro e que diferença existem sim, mas que não é por causa da cor que um é melhor que o outro e que não devemos julgar o próximo. O preconceito racial acontece por causa da diferença da sociedade em um grupo em que não se enquadra no grupo, ou seja, quando a pessoa não tem as características desse grupo esse individuo é excluído do grupo. O professor “D” responde “Discriminação em relação a cor de pele e as classes menos favorecidas” O professor “F” responde “Preconceito significa ideia de preconcebida, intolerâncias, aversão a outras raças, credos, religiões etc. Discriminação”. Hasenbalg e Silva (1999) o preconceito racial acontece muitas vezes pela exclusão social, por serem negros eles podem até ter uma boa situação financeira, mas por serem negros são excluídos da sociedade em que vive. A exclusão social só acontece por serem negros, quando tem um branco com uma situação financeira não tão boa ele é aceito pela sociedade melhor do que um negro com uma situação financeira melhor que a dele. O professor “E” coloca que “Pensar o mundo contemporâneo e ter de vivenciar o preconceito é sem dúvida entender que na realidade as mentes não caminham de acordo com a evolução do mundo. O pré-conceito é um grande erro de todos nós”. Para Guimarães (2010), o preconceito ocorre quando as pessoas não aceitam que uma pessoa diferente entra no seu convívio social e assim ele é excluído deste grupo. Guimarães (2010) e o professor “E” trazem que o mundo evoluiu bastante, mas ainda existe um preconceito com pessoas que não se enquadra no perfil daquele grupo social ele é excluído e se sente discriminado. A segunda questão foi á seguinte: Como você se lida com esse preconceito dentro da sala de aula? A professora “A” coloca que “Dentro da sala de aula sempre, trago á tona o tema preconceito de todas as formas não só a racial, mas todo o tipo de preconceito, conscientizandoos educandos de uma maneira que saibam respeitar o seu semelhante independente da raça, cor, religião, cultura e etc...”. O professor “B” coloca que “Por meio do diálogo, mostro a importância do respeito e que somos todos iguais, independente de cor, sexo, religião ou raça”. O professor “C” coloca que “Fazendo o maior esforço possível para demonstrar aos alunos que todos somos iguais justamente porque somos diferentes, e não deixando criarem estereótipos sobre o que seria ideal”. O professor “D” responde que “Por meio do diálogo, exemplificando com fatos ocorridos no cotidiano”. O professor “E” coloca que “O diálogo é a salvação do mundo. Não há uma maneira mais sabia do que estreitar a relação professor/ aluno intermédio do diálogo, da conversa”. O professor “F” responde que “A conversa deve acontecer sempre, por meio do diálogo sempre haverá uma solução”. Segundo Guimarães (2005) os professores têm que conversar com os seus alunos falando tudo sobre o preconceito quanto racial, etnia e religião e colocar para os seus alunos que é crime falar mal ou falar algo que seja injuria e que dá cadeia. E mostrar para os seus alunos que não importa a cor que todos são capazes de realizar um trabalho digno. Todos os professores e o autor são da mesma opinião onde colocam que o diálogo é um dos instrumentos mais importante para se trabalhar com um assunto tão polemico, pois ele pode trabalhar com a diversidade que existe na sala de aula para começar a trabalhar com esse assunto. Quando questionado sobre: Você fala sobre esse assunto na sala de aula? Como o aborda? A professora “A” coloca que “Dependendo do conceito que estou inserindo na sala de aula, sempre que possível proponho uma discussão com os educandos sobre o preconceito, para chegarmos a um consenso”. O professor “B” coloca que “Este assunto deve sim ser abordado em sala de aula, e deve ser abordado com naturalidade, pois é a partir daí que focamos a importância de não termos nenhum tipo de preconceito”. O professor “C” coloca que “Sim. É fundamental tratar desse assunto em sala de aula, justamente para tentar mudar o pensamento tão preconceituoso existente na nossa sociedade. Esse assunto é abordado durante as discussões em sala, quando tratamos de fazer comparação com o passado e o presente”. O professor “D” responde que “Dependendo das circunstâncias. Por via de telejornais, panfletos, revistas etc.”. Hasenbalg e Silva (1999) fala que devemos trabalhar com os alunos de uma maneira clara e solidaria, pois, esse assunto pode fazer com que os alunos sofram e lembram que já passaram por essa situação. Devemos falar sobre esse assunto sempre, pois a sociedade que vivemos é preconceituosa. Deve haver vários recursos para se trabalhar com seus alunos, pois nunca se sabe qual vai ser a reação dos alunos devem existir variais opções de formas para trabalhar. O professor “E” coloca que “Sempre. Por meio do bate-papo, expondo opiniões, ouvindo e debatendo questões, situações. Nós como professores sabemos que para os alunos somos referencias, e como formadores de opiniões o trabalho de tratarmos acontecimentos da vida humana é de suma importância”. O professor “F” responde que “Sim. A abordagem que utiliza é de uma roda de conversa e de uma forma simplificada, explicaria sobre as diversidades que nos rodeiam”. Schwarcz (2010), utilizando de conversas com os alunos haverá uma aprendizagem significativa, pois eles não interagir com os professores e vão colocar a sua opinião na discussão. Mediante de um diálogo os alunos e o professor vão conseguir compreender melhor as suas dúvidas e vão seguir o seu caminho da aprendizagem. O professor deve respeitar os conhecimentos prévio que os alunos trazem de casa, deve haver um respeito entre todos na hora de se passar o conceito do preconceito. O professor deve trabalhar com histórias do passado e trabalhar com histórias do passado e trabalhar com notícias atuais para os alunos verem que muitas coisas mudaram, mas que ainda existem muitos preconceitos. Quando interpelado sobre você conta a história da sociedade negra para os seus alunos. Quais recursos e versão que você utiliza? A professora “A” coloca que “É muito importante discutirmos a história da sociedade negra, também é um papel do educador tornar social a maneira de que o negro foi tratado na época da escravidão e colonização. O negro foi sempre tratado com indiferença, numa ação desumana aos alhos da sociedade, pesquisamos e abordamos a história do racismo no Brasil, voltamos sempre a uma pesquisa do passado, para refletir e agir no presente em relação da sociedade num todo. Dessa forma jamais podemos ocultar o passado que nos mostra nas pesquisas, documentos vestígios e livros, porém nosso papel é de empenhar uma conduta coerente contra o preconceito racial no presente num contexto geral na sociedade”. O professor “B” coloca que “Claro. Pois os negros tiveram importância fundamental em nossas histórias. Quanto aos recursos utilizados, usamos de pesquisas e muitas leituras, por meio delas podemos perceber que o Racismo no Brasil sempre existiu, mas a colonização não teria dado certo se não fossem os negros, com seus trabalhos árduos, sim contar que aprendemos muito com eles, mediante de suas danças, comidas, crenças etc.”. O professor “C” coloca que “Sim. Como sugere o PCN de história, fazemos comparação entre o passado e o presente, abordando como as mudanças aconteceram ao longo do tempo. Fazemos isso em aulas expositivas, mais os debates que vão acontecendo. Fazemos isso de imagens e pesquisas”. O professor “D” responde que “Sim. Fatos históricos e fatos cotidianos.” O professor “E” responde que “Na construção da identidade brasileira, os africanos foram um povo de grande importância e contribuição. Utilizo o diálogo e busco sempre relacionar a atualidade para aproximar o processo consciente”. O professor “F” coloca que “Sim, geralmente no mês de novembro, falo de forma, resumida e simplificada, abordando também o Dia da Consciência Negra, comida, dança e esportes que nos trouxeram e que agregamos em nossa cultura”. Segundo Schwarcz (2010) devemos usar todos os recursos disponíveis para dar uma boa aula e que antes de aplicar essa aula o professor deve ir atrás das versões da história e estar preparado para esclarecer as dúvidas dos alunos e explicar para os alunos por que que os negros sempre foram excluídos da sociedade. O professor deve sempre estar aberto para usar dos recursos disponíveis para ensinar os seus alunos sobre o preconceito racial, o professor vai falar da importância dos negros para a história do Brasil. Quando questionado sobre você acredita que o preconceito influencia no processo de aprendizagem? Como? A professora “A” coloca que “Com certeza influência neste processo de aprendizagem, o individuo que convive no meio de uma sociedade preconceituosa não conseguirá evoluir e transformar a realidade. A escola tem por dever, orientar de maneira efetiva contra qualquer tipo de preconceito, a diversidade existe e deverá ser respeitada para que os seres humanos evoluam cada dia mais não só no ensino aprendizagem, mas em todos os aspectos políticos, sociais, culturais, emocionais e acima de tudo saibam lidar de forma mais natural possível nas futuras gerações.” O professor “B” coloca que “Com certeza o preconceito influência no processo de aprendizagem, em sala de aula apenas devemos abordar com naturalidade que somos todos iguais e a importância que isso influência em nossa sociedade, quando as pessoas se conscientizarem com certeza teremos um mundo melhor, onde não haja nenhum tipo de preconceito”. O professor “C” coloca que “Sim. A criança que sofre preconceito tem uma queda no quesito aprendizagem, pois ela se sente desinteressada e desestimulada em frequentar a escola”. O professor “D” responde que “Sim.De várias formas socioeconômico”. O professor “E” coloca que “O preconceito é uma grande muralha que impede o crescimento intelecto sensível humano. O preconceito é o caminho oposto da evolução humana”. O professor “F” responde que “Se acontecer um ato de discriminação dentro da sala de aula, acredito que o discriminado se sinta retraído, podendo ser prejudicado em seu processo de aprendizagem”. Segundo Hasenbalg e Silva (1999) as crianças negras sempre foram vistas como incapaz de aprender e que a maioria deixava de estudar para ir trabalhar para ajudar a sustentar sua casa. Quando um aluno sofre preconceito perde o ânimo de ir estudar sempre arruma uma desculpa para pode faltar na escola e sua autoestima fica baixa. O preconceito faz com que os alunos que sofrem tenham uma baixa queda do rendimento escolar, esse não é o único problema que ocorre quando se sofrem preconceito racial na escola o aluno perde a vontade de ir à escola, pois sabe que quando chegar lá vai ser discriminado. Mediante a pesquisa de campo foi comprovado que os professores trabalham com o conceito do preconceito racial e que seus recursos são livros didáticos, Telejornais e pesquisas atuais para mostrar para seus alunos as versões que existem sobre a história dos negros. O preconceito racial influência sim na aprendizagem, pois os alunos ficam traumatizados desistem de estudar, porque o ambiente escolar que deveria ser acolhedor se torna um pesadelo para o aluno. Alguns professores também têm atitudes de preconceito e sem perceber deixa isso aparecer. O aluno que sofre de preconceito racial na escola e para de estudar quando vai voltar a estudar tem que ter acompanhamento psicológico e os seus pais têm que acompanhar se vai haver alguma mudança de humor. Considerações finais Com este artigo realizado foi observado que a história do negro sempre foi difícil para poder ingressar na escola, pois eles tinham que escolher entre trabalhar ou estudar. Os negros sempre foram vistos como bicho e incapazes de conseguir um cargo superior que os brancos. Os negros que conseguiram estudar passaram por muitos desafios e obstáculos para conseguir ter um nível regular de escolaridade e conseguir um emprego melhor para poder sustentar seus filhos sem problemas. Por meio da pesquisa com os seis professores, foi observado que os professores estão preparados para trabalhar com esse assunto de preconceito racial na influência no desenvolvimento escolar e que os professores devem saber trabalhar esse assunto de uma maneira neutra para não influenciar os alunos e mostrar para eles que vivemos em uma sociedade preconceituosa que não sabe valorizar quem ajudou a construir o país. Com a pesquisa feita foi comprovada que ocorre uma influência no desenvolvimento escolar com o preconceito racial, pois quando um aluno sofre preconceito racial, pois quando um aluno sofre preconceito racial tem uma queda no seu rendimento escolar. Dessa forma o aluno não consegue compreender nada com o que é passado e fica sempre com medo de ser discriminado. É importante lembrar que fazer injuria por causa da cor é crime e que devemos respeitar as diferenças que existem no nosso país. O racismo então deixou de ser mera contravenção e ganhou o status de crime. Um crime particular, extraordinário, porque esse crime está sujeito sempre á pena de reclusão e mais do que isso é um crime inafiançável e mais ainda, um crime imprescritível. A injúria por preconceito, também chamada de injúria racial, foi acrescentada ao Código Penal pela Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997, consistindo na utilização de elementos referentes à raça, cor etnia, religião ou origem, para ofender a honra subjetiva (autoestima) da vítima. Vem prevista no art. 140, § 3º, do Código Penal, cominando pena de 1 a 3 anos de reclusão, e multa. REFERÊNCIAS BRASIL, Decreto nº 7.716 de janeiro de 1989. Dispõe sobre Racismo e discriminação ou preconceito racial – A intolerância racial. Código penal comentado. Celso Delamanto. São Paulo. FONSECA, E.P.A. Educação e Racismo: Os educadores diante do preconceito racial. 1999.9f. Trabalho para discussão. (Pesquisador e antropólogo) Instituto de Pesquisa Sociais da Fundação Joaquim Nabuco. GUIMARÃES, A Racismo e anti-racismo no Brasil. São Paulo: Fundação de apoio à Universidade de São Paulo; 34 ed. 1999. 255p. HASENBALG, Carlos; SILVA, Nelson do vale; LIMA, Márcia. Cor e Estratificação Social. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 1997.240p. NEGRÃO, E. "Preconceitos e Discriminações raciais em livros didático e infanto- juvenil”. In: Cadernos de Pesquisas. Fundação Carlos Chagas. n.17 junho de 1976. SCHWARCZ, Leila Moritz. O espetáculo das raças: Cientista, Instituições e questões racial no Brasil 1870- 1930.9. Ed. São Paulo; Companhia das letras, 2010.287p. SILVA, Paulo Vinicius Baptista da; ROSEMBERG, Fúlvia. 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