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CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Conhecimento Básico da Educação Física e Adaptada 
Ouvimos a palavra inclusão constantemente ser mencionada em diversas instituições, especialmente 
na última década. Podemos pensar em diversas ações e situações diante deste contexto, porém 
apresentamos aqui uma questão. A inclusão realmente acontece nas aulas de Educação Física ou 
ainda é uma possibilidade de implantação? 
 Diversos instrumentos legais foram implementados pelo governo federal, a fim de garantir o direito 
de todas as pessoas independente de limitações físicas, motoras, sensoriais ou cognitivas, tenham 
acesso irrestrito à educação, ao esporte e ao lazer em quaisquer estabelecimentos públicos (GOR-
GATTI; COSTA, 2005). 
 Porém, de acordo com Silva et al (2008), ainda nos deparamos na escola, com uma realidade con-
traria a estes direitos. Ainda há grande maioria das crianças com deficiências não tem estímulos ou 
até mesmo se acham incapazes de executar tal atividade proposta, e acabam não tendo participação 
nas aulas de Educação Física. 
 Isso mostra que são poucos os profissionais que tem conhecimento sobre a área da Educação Física 
Adaptada, ou até mesmo não compreendem a visão da escola sobre o assunto, limitando-se a uma 
prática desportiva pensada sobre deficiente paraolímpico. 
 Não se pode aceitar que hoje, com o advento das pesquisas na área de atividade física e saúde, 
uma pessoa seja excluída da prática regular de exercícios por apresentar alguma deficiência. 
 
 Sendo assim este trabalho tem como objetivo fornecer para o profissional da área da Educação Físi-
ca Escolar informações básicas que o ajudarão em sua atuação profissional, implantação de projetos 
de inclusão e contribuição para a sociedade. 
 No entanto é um estudo considerando a Educação Física Adaptada como formação de docentes, 
implicando a continuidade da busca por mais conhecimento sobre a a realidade educacional das pes-
soas com deficiência na escola. 
 A Educação Física escolar abrange uma grande quantidade de conteúdos nos quais tem como obje-
tivo o desenvolvimento tanto no sentido motor como psicomotor, é evidente a grande importância que 
ela tem na vida e no desenvolvimento do ser humano, desde sua infância até chegar à fase adulta. 
 Então é preciso que seja trabalhada a inclusão de crianças ou adultos com alguma necessidade 
especial, utilizando da Educação Física Adaptada como meio. 
Histórico da Educação Física Adaptada (EFA) 
 Para Silva et al (2008) aborda a idéia que nos primórdios houveram indícios de Pessoas com Defici-
ências, mas não podendo ser comprovados. No entanto existem algumas hipóteses que foram levan-
tadas acerca de vida destas pessoas, resultado de registros em cavernas descobertas por arqueólo-
gos. 
 Esses arqueólogos encontraram dedos amputados, que podem ser notados nos desenhos das ca-
vernas habitadas, uma incrível calosidade óssea com grande desvio da linha do fêmur e evidente 
encurtamento da perna (SILVA, 1986 APUD SILVA ET AL, 2008) Isto evidencia a existência na Pré-
História de pessoas deficientes que sobreviveram por muitos anos. 
 Esses pré-históricos estudados por meio da paleontologia apresentaram anomalias (distrofias con-
gênitas ou adquiridas e lesões traumáticas ou infecciosas). Alguns exemplos são: 
 Essas obras neolíticas comprovam que esses homens chegaram á idade adulta e, portanto, sobrevi-
veram. Sendo assim, a idéia generalizada de extermínio dos doentes, idosos e PCDs não guarda 
expressão de verdade absoluta. Outro aspecto importante é o exemplo dos povos incas, que faz nos 
ressaltar que nestes tempos as pessoas praticavam as trepanações cranianas. A causa deste tipo de 
“tratamento” era a crença em maus espíritos e sua localização na cabeça dos indivíduos. Então eles 
trancavam como no caso do Jardim Zoológico de Montezuma entre os astecas, homens e mulheres 
que apresentavam “defeitos”, “deformação”, albinos etc. 
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 Já na idade média a igreja atribuía as causas das deficiências ao sobrenatural, os deficientes eram 
vistos com seres possuídos por demônios. Neste tempo eram usados orfanatos, manicômios, prisões 
e outros tipos de instituições estatais para guardar os deficientes mentais. 
 Concomitantemente começaram a surgir experiências positivas para contribuir com o avanço do 
conhecimento sobre os PCD, alguns exemplos são: 
 Frade Ponce de León (1509 – 1584) educou 12 crianças surdas com surpreendente êxito, e es-
creveu o livro Doctrina para los mudos-sordo e criou o método oral; 
 Juan Pablo Bonet (1579 – 1633) publicou Reducción de las letrasy arte de enseñar a hablar a los 
mudos; 
 Charles Michel de I’Epée (1712 – 1789) criou a primeira escola para surdos que, posteriormente, 
converteu-se no intuito Nacional Sordo-mudos; 
 Valentín Haiiy (1806-1852) criou em Paris um Instituto para Crianças Cegas; 
 Louis Braille (1806-1852) é ex-aluno de Valentin Haiiy e criador do Sistema Braille. 
 Embora seja recente a abertura das instituições educacionais preparadas para atender essas pesso-
as com necessidades especiais, já havia relatos de tratamentos com a utilização da atividade física 
ou do exercício como tratamento médico e terapia. Existem indícios que o exercício terapêutico surge 
na china por volta de 3000 a.C de acordo com Winnick (2004). 
 No século XX recebe uma atenção significativa no sentido de esforços para servir esta população por 
meio da Educação Física, apesar de terem iniciado nos Estados Unidos durante o séc. XIX (WIN-
NICK, 2004). 
 No século XX, é determinada a obrigatoriedade e expansão da escolaridade Básica. 
 Com o aumento de crianças, aumenta também os casos de crianças que não acompanham o ritmo 
da maioria. 
 Para atender esses alunos surge então uma pedagogia diferenciada chamada educação especial 
institucionalizada, baseada no nível da capacidade intelectual e diagnosticada em termos de quocien-
te intelectual (SILVA ET AL, 2008). 
 Para Seaman, DePauw (1989) há uma diferença entre Educação especial e Educação Física Adap-
tada, ela está relacionada a constituição dos grupos. A primeira ele firma que não tem condições de 
se engajar de modo irrestrito de forma que não oferece se nenhum risco ao estudante, em atividades 
vigorosas de um programa de Educação Física, em virtude de suas limitações. Exigia se então um 
programa diferenciado em seus objetivos e instruções. 
 Atualmente tem mudado o sentido de pensamento a sociedade tem visado muito a questão da inclu-
são, a nova linha de pensamento nos diz que a Educação Física está orientada para ações que visam 
encorajar e promover a atividade física auto-determinada para todos os cidadãos durante a vida. 
 O desafio consiste em saber lidar com o abundante potencial presente nas pessoas que apresentam 
diferentes e peculiares condições para a prática das atividades físicas, interagindo nos mais diferen-
tes contextos. (GORGATTI; COSTA, 2005). 
 No entanto a Educação Física Adaptada consiste em uma parte da Educação Física, cujo objetivo é 
o estudo e a intervenção profissional no universo das pessoas que apresentam diferentes e peculia-
res condições para a prática de atividades físicas. Seu foco então é o desenvolvimento da cultura 
corporal de movimento 
Educação Física Adaptada (EFA) no Brasil 
 No início da colonização no Brasil, entre os indígenas eram raríssimos casos de PCDs. 
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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 As doenças congênitas, não existiam, pois as crianças ao nascerem com doenças incapacitantes 
eram sacrificadas pelos pais após o nascimento. (SILVA; JUNIOR; ARAUJO, 2008). 
 Já a população branca, doenças “incapacitantes” era resultados de carência alimentar. E os escra-
vos mutilados e inválidos existiam em decorrência dos maus tratos, castigos ou até mesmo acidentes 
de trabalho. 
 É assegurada aos deficientes a melhoriade sua condição social e econômica especialmente median-
te: (SILVA; JUNIOR; ARAUJO, 2008). 
I.educação especial gratuita; 
II.assistência, reabilitação e reinserção na vida econômica e social do país; 
III.proibição de discriminação inclusive quanto á admissão ao trabalho ou ao serviço publico e salá-
rios. 
 O homem só irá desenvolver-se a partir do momento em que lhe derem oportunidades de vivencias, 
tanto em meios físico, intelectuais e morais, portanto o acesso a educação física deve ser assegurado 
e de direitos garantidos a todos (SILVA, JUNIOR, ARAUJO 2008). 
 É importante enfatizar que a EFA e a Educação Física Especial (EFE), independente de suas abor-
dagens, está em uma Educação Física que possa atender a todos, observadas as suas necessidades 
e potencialidade. 
 Então na ausência do termo “deficiência” não haver diferenças significativas entre EFA (Educação 
Física Adaptada) e a EFE (Educação Física Especial) nos seus respectivos procedimentos e objeti-
vos (SILVA; JUNIOR; ARAUJO 2008). 
Educação Física Adaptada e a Escola 
 Por volta de 1930 os programas de atendimento aos PCDs passam a ser voltadas a educação física, 
deixando assim de ter um caráter meramente de orientação médica, surge à preocupação da criança 
como um todo (WINNICK, 2004). 
 Cresce então a ênfase na Educação Física e os alunos que não eram capazes de participar das ati-
vidades normais, faziam educação física corretiva ou curativa. 
 A Educação Física Adaptada se torna então uma sub área da educação física escolar, compreen-
dendo assim a um programa diversificado de atividades desenvolvimentista, jogos, esportes e ritmos, 
adaptados aos interesses, ás necessidades dos portadores de deficiência que não podem participar 
com sucesso e segurança das rigorosas atividades do programa geral da Educação Física (WIN-
NICK, 2005). 
 A Educação Física na escola vem buscando, a compreensão do seu papel, pensando assim em uma 
perspectiva de ampliar a participação da população escolar nas atividades desenvolvidas pela área. 
Educação Física 
 1920: Higienismo, Eugenia, Militarismo, Tecnicismo. 
 1980: Psicomotricidade, Humanista, Progressista, Desenvolvimentista, Construtivista, Critico-
superadora, Sistemática, Critico- emancipatória, Cultural. 
 Pedagogia do Esporte, PCNs, Saúde Renovada, Estudos Cinesiológicos. 
Esporte 
 1920: Educação Física e Esportes. 
 1970: Esporte para Todos. 
 1996: Esporte como conteúdo da Educação Física. 
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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Educação Física Adaptada 
 1920: EF Corretiva. 
 1950: EFA passa de modelo médico para pedagógico (Conceito de EFA). 
 Pedrinelli (2002) aponta duas questões fundamentais que ocorrem no processo de ensino aprendi-
zagem, dos alunos com necessidades especiais nas aulas de Educação Física: 
 Alunos participantes – com participação de fato (inclusão). 
 Alunos presentes – presença sem participação (em situação de exclusão). 
 O termo inclusão designa a educação de alunos com qualquer deficiências num ambiente educacio-
nal regular (WINNICK, 2004). 
 Os diversos conteúdo abordados pela Educação Física na escola, como por exemplo jogos, brinca-
deiras, lutas, dança e esporte são apontados como patrimônio da humanidade, então se tornam múl-
tiplas as possibilidades de aplicação no processo ensino aprendizagem, com importância sociocultu-
ral e geralmente considerável expectativa dos alunos então devemos refletir sobre os seguintes pon-
tos: 
 Que ações têm norteado o “fazer do professor”, causando muitas vezes o distanciamento dos 
alunos das aulas de Educação Física? 
 O professor pode fazer para atender adequadamente a todos os seus alunos nas aulas de Educa-
ção Física? (SILVA; JUNIOR; ARAUJO 2008). 
 Lembrando que isso se deve a Educação Física em um processo de educação na escola, e isto nos 
remete ao compromisso de adquirir sempre mais conhecimento, sendo assim o professor deve estar 
devidamente preparado para assegurar uma seqüência lógica e adequada dos seus objetivos e das 
demandas do processo de ensino e aprendizagem. 
 A inclusão de um modo geral tem sofrido diversos conflitos em relação à de fato acontecerem os 
ideais de inclusão. Diversos problemas surgem em diferentes níveis, pois são envolvidos desde a 
esfera governamental até a pessoal. Tem chamado atenção em particular o fato que diz respeito as 
dificuldades que particularmente tem sido enfrentadas por parte dos profissionais da Educação Física 
neste processo, apresentando assim a seguinte questão: “Como deve ser iniciado a intervenção em 
um contexto integrado?” (GIMENEZ; 2006). 
 De acordo com SOLER (2005); Alguns aspectos são muito importantes para lidar com os PCDs: 
 Respeitar o Ritmo, pois, geralmente os PCDs são mais lentos naquilo que fazem como falar, an-
dar, pegar as coisas, entender uma ordem etc.; 
 Ter paciência quando ouvi-los, pois alguns apresentam dificuldades de fala; 
 Lembra que eles (PCDs) não possuem doença grave e contagiosa, portanto, o carinho o abraçar e 
estar sempre perto faz bem; 
 Só tome a atitude de ajudá-los em determinada atividade, quando for solicitado, pois muitas vezes 
a “ajuda” mais atrapalha do que ajuda. 
 A interação dos conhecimentos como processo de desenvolvimento e aprendizagem, que abrange 
os aspectos de o que ensinar como ensinar, quem aprende e para que ensinar deve fazer parte de 
uma ação pedagógica ou educativa, na perspectiva de uma concepção integrada de desenvolvimen-
to. 
 Isso resulta na interação destes aspectos chamados de ação pedagógica ou ação educativa (SILVA; 
JUNIOR; ARAÚJO 2008). 
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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 As aulas de Educação Física devem propiciar para que seja construída uma nova atitude em relação 
aos PCDs, fazendo com que a aquisição de atitudes de solidariedade, respeito mútuo e aceitação, 
excluindo quaisquer tipos de preconceito (SOLER; 2002). 
 Para a escola se tornar inclusiva, ela deve ser um espaço aberto a todos, pois, sendo democrática e 
acolhedora, estará contemplando a todas as diferenças e individualidades (SOLER; 2005). 
Inclusão nas aulas de Educação Física 
 As conhecidas propostas educacionais, que se atentam a inclusão, geralmente seguem idéias con-
servadoras, as quais têm como ênfase a tolerância e respeito ao outro, esses sentimentos devem ser 
analisados de forma a entender plenamente sem esconder a verdadeira composição (MANTOAN, 
2004). 
 Para se alcançar uma Educação Física inclusiva, ressalta-se, sobretudo, a necessidade primeira de 
compreendê-la, assim, traçar novos caminhos (SILVA; JUNIOR; ARAUJO, 2008). 
 No primeiro momento de um contexto inclusivo o professor deve utilizar-se do momento de sociabili-
zarão, estabelecendo relação de afetividade entre alunos com deficiência, juntamente com os tutores 
que irão ajudar neste processo, estabelecendo um propósito construtivo. Aproveitando para estudar 
essa criança e seus comportamentos não deixando de brincar e se divertir com ela (CASTRO, 2005) 
 Artigos e livros que tratam devidamente do tema insistem na transformação das práticas de ensino 
comum e especial para a garantia da inclusão e, ao mesmo tempo, motivo e conseqüência de uma 
Educação aberta ás diferenças e de qualidades (MANTOAN, 2006). 
 Mesmo assim é encontrado barreiras quanto: 
 A resistência das instituições especializadas as mudanças de qualquer tipo; 
 A neutralização do desafio á inclusão, por meio de políticas publicas que impedem que as escolas 
se mobilizem para rever suas praticas homogeneizadoras, meritocráticas, condutistas, subordinado-
ras e em conseqüência, excludentes, como o das pessoas com deficiência (MANTOAN, 2006). 
 Então em virtude do contexto que envolve a EFA e o principio da inclusão, o professor deve intervir 
de forma que vá além das abordagens propostas, adotando uma ação pedagógica efetiva, no sentido 
de: 
 Favorecer o desenvolvimento, adaptando atividadesquando necessário, dando oportunidades 
iguais de participação a todos os alunos; 
 Estimular o desenvolvimento, motivando a participação, apresentando-se disponível e acessível 
aos alunos; 
Integração reversa 
 Os alunos não deficientes se encontram junto com os alunos deficientes, os alunos “não deficientes” 
são treinados e auxiliam os alunos deficientes nas diferentes atividades. 
Ajudantes e auxiliares de ensino usando em aparelhamento recíproco (tutores) 
 Os alunos com diferentes deficiências, ajudando um ao outro, ou até mesmo ao aluno que não tem 
deficiência, mostrando que a criança aprende melhor quando ensina para um dos seus pares (o que 
significa duas pessoas no auxilio de um PCD). 
 Os alunos então vivem a experiência de aprender juntamente com os demais alunos, vendo o de-
senvolvimento do outro através do contato com corporal ou material. Esse contato inclui a expansão 
da percepção do espaço egocêntrico- que inclui o amigo ligado ao material diretamente ao seu corpo 
- para um espaço geográfico mais amplo (CASTRO; 2005). 
 Em relação as fatos e correntes de pensamentos, que vem orientação o desenvolvimento da educa-
ção inclusiva (CARMO, 2001) há existência de duas correntes a dos legalistas que defendem a inclu-
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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são com base legais do “direito de todos” e dever do estado, e a dos adaptadores, que defendem 
adaptar a escola em seu caráter aparente, que podem chamados “adaptadores” sociais ou restaura-
dores escolares e da educação. 
 Carmo (2001) mostra que estas duas correntes não apresentam nenhuma consistência em seu dis-
curso para sustentar de forma real a inclusão. Pois os “legalistas” apresentam uma prática desarticu-
lada, sem consciência e nenhum compromisso de fato para com a realidade das escolas brasileiras, 
propiciando segregação, comprometimento da auto-estima dos PCDs, que, incapazes de responder 
as exigências da escola regular, são mais uma vez excluídos de dentro da escola. 
 Já os adaptadores ou restauradores defendem que para incluir é preciso reformar as escolas, e ain-
da de forma superficial ou aparente, promovendo mudanças como: adaptações arquitetônicas, ade-
quação dos conteúdos curriculares, preparação dos professores e outras alterações metodológicas. 
 Pensando tanto nestes aspectos que deixam de discutir aspectos essenciais e que de fato funcionam 
no sentido da inclusão (CIDADE, FREITAS; 1997). 
 Para desenvolver um programa de inclusão, utilizando como meio a Educação física adaptada é de 
extrema importância que o professor de Educação Física tenha conhecimentos básicos relativo ao 
seu aluno como: tipo de deficiência que o aluno apresenta idade em que apareceu a deficiência se foi 
repentina ou gradativa, se é transitória ou permanente, as funções e estruturas que estão prejudica-
das. O educador deve também se atentar a diferentes aspectos do desenvolvimento humano biológi-
co (físico, sensorial e neurológico), levando em conta interação social e afetivo-emocional (CIDADE, 
FREITAS; 1997). 
 Na escola, "pressupõe, conceitualmente, que todos, sem exceção, devem participar da vida acadê-
mica, em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho 
pedagógico que sirva a todos, indiscriminadamente" (Edler Carvalho, 1998, p.170). 
Considerações finais 
 Podemos compreender o significado da Educação Física Adaptada, suas contribuições para a Edu-
cação Física Escolar, e a possibilidade de Inclusão do Deficiente através da mesma. 
 Abordando a Educação Física Adaptada como semântica para a abordagem da diversidade e parte 
de um processo, cujo qual o professor de Educação Física pode optar para melhor relacionamento e 
contribuição no desenvolvimento de Pessoas com Deficiência. 
 Há uma grande importância na participação de todos os alunos na construção deste processo, con-
tribuindo de forma global para seu desenvolvimento. 
 As potencialidades dos PCDs devem ser sempre evidenciadas, antes mesmo de determinados quais 
os problemas estabelecidos seja ela de quaisquer ordem (bio-psico-social ou motora). Para tanto faz-
se necessário um profissional disposto a conhecê-lo integra e sem sectarismos. 
 A compreensão da área de atuação passa então e ser meio que facilita a atuação dos professores, 
fazendo com que não se sintam mais impotentes ao lidar com diversidade. 
 Assim o presente estudo revela o quanto é importante o trabalho de inclusão na escola, suas ten-
dências e perspectivas de implantação neste ambiente e quão carente encontra-se e escola sobre 
discussões sobre o assunto. 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, estabelece a integração escolar enquanto precei-
to constitucional, preconizando o atendimento aos indivíduos que apresentam Necessidades Especi-
ais, preferencialmente na rede regular de ensino. Podemos dizer que ficou assegurado pela Consti-
tuição Brasileira (1988) o direito de todos à Educação, garantindo assim, o atendimento educacional 
de pessoas que apresentam Necessidades Educativas Especiais. 
 
Outro documento importante para o tema em questão é a “Declaração de Educação para Todos: Sa-
tisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem” organizada em Jomtiem, 1990. 
 
Esta Declaração foi aprovada na conferência mundial sobre educação para todos e vem reiterar o 
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direito de todos à educação, consagrado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, sendo 
que conforme o próprio documento expressa na ocasião em que foi proclamado, muitos grupos conti-
nuavam excluídos da escola e meio a uma situação problemática mundial que consistiu em alguns 
aspectos dentre eles: muitos países com dívida em ascendência, estagnação e decadência econômi-
ca, diferenças econômicas crescentes entre nações que resultaram em conflitos e guerras civis, vio-
lência e morte em massa de crianças e degradação do meio ambiente. 
 
O artigo 4º no 5° parágrafo propõe que as necessidades básicas de aprendizagem das pessoas por-
tadoras de deficiências requerem atenção especial, sendo necessárias medidas que garantam a 
igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte 
integrante do sistema educativo. 
 
Diante deste contexto, a Declaração estabelece, entre outros objetivos, que cada pessoa (criança, 
jovem e adulto) deve estar em condições para aproveitar as oportunidades educacionais voltadas 
para satisfazer as suas necessidades básicas de aprendizagem. 
 
Deve-se destacar que neste documento a educação é idealizada como a base para o desenvolvimen-
to humano permanente e como fator de enriquecimento dos valores culturais e morais comuns, acre-
ditando-se que é nesses valores que os indivíduos e a sociedade encontram sua identidade e sua 
dignidade. 
 
Dessa forma além de universalizar o acesso à educação e promover a equidade, são também objeti-
vos da Declaração concentrar a atenção na aprendizagem, ampliar dos meios e o raio de ação da 
educação básica, propiciar um ambiente adequado à aprendizagem e fortalecer as alianças. 
 
Para que estes objetivos sejam efetivados, são estabelecidos como requisitos: o desenvolvimento de 
uma política contextualizada de apoio, a mobilização de recursos, e o fortalecimento da solidariedade 
internacional. 
 
Os países signatários desta Declaração, entre eles o Brasil, comprometem-se com as seguintes me-
tas a serem realizadas na década de 1990: 
 
Expansão dos cuidados básicos e atividades de desenvolvimento infantil, principalmente àqueles 
direcionados às crianças pobres, desassistidas e com deficiência; Acesso universal e conclusão da 
educação fundamental até o ano 2000; Melhoria dos resultados de aprendizagem; Redução da taxa 
de analfabetismo adulto à metade, com preocupação especial a condição da mulher; Ampliação dos 
serviços de educação básica e capacitação em outras habilidades essenciais necessáriasaos jovens 
e adultos; Aumento da aquisição, por parte dos indivíduos e famílias, dos conhecimentos, habilidades 
e valores necessários a uma vida melhor e um desenvolvimento racional e constante, através de to-
dos os canais da educação. 
 
Outro importante documento é a declaração de Salamanca (1994) que proclama que dentre outros 
aspectos: toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir 
e manter o nível adequado de aprendizagem; toda criança é única e isto não é diferente em termos 
de características, interesses, necessidades e estilos de aprendizagens. 
 
Segundo Miranda (2003) no intuito de reforçar a obrigação do país em promover à educação, é publi-
cada, em dezembro de 1996, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Essa lei 
expressa em seu conteúdo alguns avanços significativos, podemos citar a extensão da oferta da edu-
cação especial na faixa etária de zero a seis anos: a ideia de melhoria na qualidade de vida dos ser-
viços educacionais para alunos e a necessidade de o professor estar preparado e com recursos ade-
quados de forma a compreender e atender à diversidade dos alunos. 
 
Os documentos apresentados demonstram que existe preocupação social e políticas para há inclu-
são, passaremos a seguir ás contribuições necessárias da área de Educação Física. 
Escola inclusiva 
Para abordar o tema escola inclusiva vejamos algumas considerações sobre o papel da mesma en-
quanto instituição social. 
 
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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Segundo Rodrigues (2003) o processo de implementação e desenvolvimento no século XIX na Euro-
pa da escola “universal, laica e obrigatória” buscou dar à totalidade da população um alicerce comum 
de ferramentas de cultura que permitissem nivelar grandes diferenças socioculturais dos alunos. A tal 
"escola universal seria assim como que um elemento compensatório que, dando a todos os alunos 
um conjunto de conhecimentos comuns, lhes permitiria com mais equidade o acesso à competição de 
onde sobressairiam os melhores" (p. 67). 
 
Nesse sentido pode-se dizer que a escola buscava uma homogeneidade entre seus freqüentadores e 
segundo o autor "não era previsto que os alunos com qualquer necessidade especial de educação 
originada, por exemplo, por uma deficiência, fossem integrados nela" (p. 68). 
 
Com o propósito então de manter esse grupo agregado, surgem às escolas especiais: 
 
É neste contexto que surgem as escolas especiais, organizadas majoritariamente por categorias de 
deficiência, com a convicção de que agrupando os alunos com a mesma categoria e as mesmas ca-
racterísticas se poderia aspirar a desenvolver um ensino homogéneo, segundo o modelo da escola 
tradicional (idem, p. 67). 
 
Sendo assim percebe-se que são "dois tipos de escolas públicas os alunos com necessidades educa-
tivas “normais” e os alunos com necessidades educativas “especiais” (p. 69). 
 
Por outro lado o documento já apresentado aqui com proclamação da “Declaração de Salamanca” 
(UNESCO, 1994) é uma verdadeira “magna carta” da mudança de paradigma desta escola que sepa-
rava os grupos, caminhando para a educação inclusiva. 
 
As escolas regulares seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes para 
combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias construindo uma 
sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos [...] (UNESCO, 1994) 
 
Portando é importante resgatar o conceito de escola inclusiva segundo Hegarty, (1994) citado por 
Rodrigues (2003 p. 70): “o desenvolvimento de uma educação apropriada e de alta qualidade para 
alunos com necessidades especiais na escola regular”. 
 
Nesse caso a escola pública deve acolher a todos, buscando formação permanente para dar um 
atendimento de qualidade a toda e qualquer criança e jovem que a procure. Ou seja: 
 
A escola inclusiva procura responder, de forma apropriada e com alta qualidade, não só à deficiência 
mas a todas as formas de diferença dos alunos (culturais, étnicas, etc.). Desta forma, a educação 
inclusiva recusa a segregação e pretende que a escola não seja só universal no acesso mas também 
no sucesso (RODRIGUES, 2003, p. 70-71). 
Esse é um conceito fundamental para que a discussão sobre inclusão seja qualificada e para que 
todos os profissionais que atuam no âmbito escolar possam se apropriar desse tema compreendendo 
que possuem um papel desafiador e fundamental para a efetivação da inclusão. 
O Papel da Educação Física no Processo de Inclusão Escolar 
A Abordagem sobre a inclusão de crianças com necessidades especiais na Educação Física no âmbi-
to escolar envolve aspectos de uma cultura educacional e social, e traz diversos problemas de inclu-
são na Educação Física Escolar. 
 
Segundo Góes (2005) os estudos apresentam pequena inserção de crianças com necessidades es-
peciais na classe regular. A pergunta que pode ser realizadas na sequencia é: se na classe regular 
há pouca inclusão, como está a realidade quando se trata da Educação Física na escola? Outro des-
taque inicial se volta para a escassez de estudos da área da Educação Física e inclusão escolar, bem 
como a necessidade atual de estudos nessa área ao considerar os aspectos legais e educacionais. 
 
Por outro lado a importância da Educação Física para a construção da educação inclusiva passa por 
um processo de adaptação, as atividades desenvolvidas que apresentam um grau de determinação 
menor do que outras disciplinas, desenvolvendo a interação do aluno para as práticas propostas pelo 
professor (RODRIGUES, 2003). 
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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O professor de Educação Física deve ir além do seu próprio conhecimento, ensinar ao desconhecido 
estimulando sempre, a criatividade dos alunos, e perante a si mesmo, desafiando–se a resolução de 
problemas, com a cooperação no desenvolvimento de tarefas, criando uma ampla descoberta de 
movimentos (idem, 2003). 
 
É necessário que o professor coloque seus alunos como prioridade, e assim utilizando técnicas de 
aprendizado para adequar a demanda. Que seus alunos vivenciam e aprendam durante suas aulas. 
Segundo Rodrigues (2003, p. 77): “Assim, aparentemente a EF seria uma área curricular facilmente 
inclusiva devido á flexibilidade inerente aos seus conteúdos o que conduziria a uma maior facilidade 
de diferenciação curricular”. 
Ou seja, o professor de Educação Física é visto perante aos seus alunos com um símbolo de ações 
positivas, do que o restante dos outros professores. Devido às atividades propostas com êxito e pla-
nejamento atendendo a necessidade da turma, e que levam os alunos a terem uma vivência prazero-
sa por parte da Educação Física, com atitudes favoráveis à inclusão que ajudam a resolução de pro-
blemas e encontram soluções mais facilmente para casos difíceis (idem, 2003). 
 
Com esta imagem positiva do professor de Educação Física defende-se que ele tem um papel fun-
damental para sanar a exclusão, e introduzir a inclusão de alunos portadores de necessidades espe-
ciais no âmbito escolar, por isso, mais freqüentemente o professor é solicitado para participar de pro-
jetos de inovação na escola, atendendo assim às necessidades. 
 
Ações Necessárias para a Promoção da Inclusão com Qualidade 
Segundo Caputo e Ferreira (2000, p. 49) “a inclusão tem sido objeto de preocupação dos profissio-
nais de Educação Física; dos órgãos governamentais e universidades no que diz respeito à formação 
de recursos humanos para atuar junto a esse público”. 
 
Segundo a autora a grande dificuldade, todavia, tem sido o despreparo do corpo docente nas univer-
sidades para a formação destes recursos humanos, além das carências de referências bibliográficas, 
pois até a década de 70, não existiam, nos cursos de graduação em Educação Física uma disciplina 
específica cujo conteúdo programático abordasse a atividade física direcionada a portadores de ne-
cessidades especiais. 
 
SegundoCaputo e Ferreira (2000 p. 50): 
 
Na década de 80, no Brasil, de forma acanhada, foram desencadeadas discussões a respeito da 
EFA, tendo como fonte provocadora uma realidade concreta advinda do desporto já então praticado 
por PNE e que remetia às Instituições de Ensino Superior a necessidade de fundamentação teórica, 
calcada no conhecimento científico indispensável para professores de EF licenciados, que se encon-
tram diante de uma perspectiva de trabalho até então desconhecida. 
 
Nesta década, de forma institucionalizada, foram realizados estudos, pesquisas, discussões científi-
cas que tinham como objetivo a aquisição de conhecimento especializado e troca de experiências. 
 
Algumas pessoas tiveram sucesso com a inclusão nos primórdios dos anos: Frade Ponce de León 
(1509 – 1584) educou 12 crianças surdas com surpreendente êxito, e escreveu o livro Doctrina para 
los mudos-sordo e criou o método oral. Juan Pablo Bonet (1579 – 1633) publicou Reducción de las 
letrasy arte de enseñar a hablar a los mudos. Charles Michel de I’Epée (1712 – 1789) criou a primeira 
escola para surdos que, posteriormente, converteu-se no intuito Nacional Sordo-mudos. Valentín 
Haiiy (1806-1852) criou em Paris um Instituto para Crianças Cegas. Louis Braille (1806-1852) foi ex-
aluno de Valentin Haiiy e criador do Sistema Braille. 
 
Com a presença de tal fragilidade é inevitável a pergunta: Como adequar á metodologia de ensino ao 
portador de necessidades especiais sem ferir a diversidade que há em sala de aula? E passar o con-
teúdo de forma que não perca a qualidade de ensino para nenhum dos alunos? 
 
Segundo Glat; Machado e Braun (2006, p. 5), responder a tais perguntas não é algo simples: 
 
[...], pois para oferecer uma educação de qualidade para todos os educandos, inclusive os que têm 
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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necessidades especiais, a escola precisa reorganizar sua estrutura de funcionamento, metodologia e 
recursos pedagógicos e, principalmente, conscientizar e capacitar seus profissionais para essa nova 
realidade. 
 
Para isso cada vez mais devemos estar preparados e incumbidos de perpetuar os conhecimentos e 
discussões sobre o assunto. Buscar sempre o conhecimento de novos métodos de ensino assim co-
mo promover a inclusão na escola e na sociedade. 
 
Glat; Machado e Braun (2006, p. 8), sobre os desafios pedagógicos no momento de inclusão, afir-
mam: 
 
Um currículo na perspectiva da Educação Inclusiva considera que os conteúdos a serem trabalhados 
em classe não são apenas um fim em si, mas um meio para o desenvolvimento das estruturas afeti-
vo-cognitivas dos alunos. [...] Adaptações curriculares, portanto, envolvem determinar o que o aluno 
deve aprender, como e quando aprender, que formas de organização do ensino são mais eficientes 
para o processo de aprendizagem; e como e quando avaliar o aluno. 
 
Como poderemos incluir os educandos com e sem deficiência visando á prática de esportes? “Ao 
oportunizar a prática esportiva para os alunos com deficiência, os professores de Educação Física 
estarão rompendo e substituindo muitos paradigmas: da incapacidade pela capacidade, da baixa 
estima pela auto-estima, da exclusão pela inclusão” 
Para isso o CPB (COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO), tem um projeto onde: pretende tornar o 
movimento paraolímpico ainda mais conhecido em toda a rede de escolas do ensino fundamental e 
médio. “Para isso, pretende executar ações de sensibilização e capacitação dos dirigentes e dos pro-
fissionais de Educação Física atuantes no sistema de ensino”. 
Esse projeto reforça o paradigma da educação inclusiva. No contexto atual de escola inclusiva, na 
qual alunos com e sem deficiência estudam juntos, o Paraolímpicos do Futuro vem preencher impor-
tante lacuna: apresentar à comunidade acadêmica o esporte adaptado, torná-lo ferramenta de inte-
gração e, ainda, garimpar futuros talentos 
 
Conclusão 
 
A pesquisa teve por prioridade relatar, evidenciar conceitos, experiências e estudos para adaptação 
de professores perante aos alunos com necessidades especiais em suas aulas. Uma necessidade na 
prática educativa regular da escola e da Educação Física. 
 
Ao se pensar na Educação Física direcionada para Portadores de Necessidades Especiais torna-se 
importante um compromisso do educador com elementos de adaptação para suas aulas. É funda-
mental o conhecimento de programas destinados há Portadores de Necessidades Especiais, seja ela 
física ou mental; contendo conteúdos que englobem os aspectos relacionados a cada necessidade e 
suas possibilidades de intervenção no que se refere ao processo de educação escolar. 
 
Considera-se que o movimento de inclusão escolar pesquisado não é o suficiente para a demanda 
existente. Existe a necessidade de uma conscientização por parte de sociedade, não apenas campa-
nhas na mídia, mas trabalhos de formação, permanente, com quem lida diretamente com a causa. 
 
Este estudo indicou que a qualificação de professores necessita urgentemente ser intensificada, visto 
que é necessário estar convicto de metodologia de ensino para desenvolver uma melhora de fato de 
assunto em questão. O professor de Educação Física pode ser e/ou é muito importante no processo 
de desenvolvimento da inclusão escolar. 
 
E assim, a Educação Física com a Educação Especial possa desenvolver uma massificação e valori-
zação dos conteúdos educativos para construção humanizadora e social do ser humano perante to-
dos. 
 
O objetivo durante a pesquisa foi demonstrar que é importante fazer essa discussão já na graduação, 
pois é necessário estarmos devidamente preparados para a inclusão e o trabalho com as diferenças. 
Vimos que nosso sistema de ensino ainda é meio obsoleto e não busca capacitação dos profissionais 
que trabalham com tal público. Mas espera-se que as experiências de sucesso e de empenho, apre-
 CONHECIMENTO BÁSICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ADAPTADA 
 
 
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sentadas em meio científico possam ajudar para que se busquem novas visões de ensino, para dis-
seminar a educação e a interação de todos em um ambiente escolar mais saudável e menos discri-
minatório na sociedade, visando sempre em primeiro lugar o ser humano e o respeito entre todos. 
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