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Histopatologia 1 - UC10 - Neoplasia e Próstata anotações de aula

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1 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
ALTERAÇÕES CELULARES 
Aumento no tamanho das 
células que resulta em 
aumento do órgão. 
• Não existem células novas, apenas maiores, com mais 
proteínas e organelas. 
• Ocorre quando as células possuem capacidade limitada 
de se dividir. 
• Pode ser fisiológica ou patológica. 
 Fisiológica: fatores de crescimento (musculação) ou 
estimulação hormonal (aumento do útero). 
 Patológica: aumento cardíaco que ocorre com 
hipertensão ou doença de valva aórtica. 
Aumento do número de células 
devido à proliferação de 
células diferenciadas e substituição por células-tronco do 
tecido. 
• Resposta adaptativa em células capazes de replicação. 
• Pode ocorrer simultaneamente com hipertrofia e sempre 
em resposta ao mesmo estímulo. 
• A proliferação é estimulada por fatores de crescimento 
que são produzidos por vários tipos celulares. 
• Pode ser fisiológica ou patológica: 
 Fisiológica: pode ser hormonal (proliferação do 
epitélio glandular da mama feminina na puberdade e 
na gravidez) ou compensatória (cresce um tecido 
residual após remoção ou perda da porção de um 
órgão). 
 Patológica: estimulação excessiva hormonal ou por 
fatores de crescimento. 
Alteração reversível na qual uma 
célula adulta é substituída por 
outra célula adulta. Geralmente é uma célula epitelial ou 
mesenquimal. 
• A célula adulta inicial quando submetida a algum 
estresse, é substituída por outra célula adulta capaz de 
suportar aquele ambiente hostil e diferente. 
 Exemplo: epitélio respiratório dos fumantes. As 
células epiteliais normais, colunares e ciliadas da 
traqueia e dos brônquios são substituídas por 
epitélio pavimentoso estratificado, mais resistente, 
que irá sobreviver às substâncias químicas do 
cigarro. Por outro lado, acaba perdendo mecanismos 
de sobrevivência como a secreção de muco e a 
remoção pelos cílios de corpos estranhos. 
• As influências que induzem a transformação metaplásica, 
se persistirem, podem predispor à transformação maligna 
do epitélio. 
Mudança no fenótipo celular. 
• Alterações da proliferação e da diferenciação celulares 
acompanhadas de redução ou perda de diferenciação das 
células afetadas. 
• Podem estar associadas à metaplasias ou originar-se 
delas. 
• Quanto mais grave, maior o risco de desenvolver câncer. 
• Nem sempre progride para câncer – pode estacionar ou 
regredir. 
• Tendência a abandonar esse termo, sendo substituído por 
neoplasia intraepitelial. 
Proliferação celular anormal. 
• A proliferação celular autônoma, em geral acompanhada 
de perda ou redução da diferenciação celular, tornando a 
célula atípica. 
• As células acabam adquirindo autonomia de crescimento 
e tornam-se independentes de estímulos fisiológicos. 
Neoplasias & Próstata 
 
2 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
• As atividades celulares que se manifestem 
continuamente, sem regulação, são chamadas 
constitutivas. 
 Para a célula tumoral, proliferação é atividade 
constitutiva. 
 
 
Perda da diferenciação celular. 
• Processo no qual as células perdem suas características 
de especialização, assumindo características 
semelhantes às das células embrionárias. 
• É um ponto fundamental para a transformação maligna. 
• Para caracterizar: 
 O núcleo estará aumentado em relação ao 
citoplasma e terá característica de hipercromasia 
devido ao material genético da célula estar 
aumentado. 
NOMENCLATURA DAS NEOPLASIAS 
• Tumor: qualquer lesão expansiva ou intumescimento 
localizado, podendo ser causado por muitas lesões. 
• Câncer: tumor maligno. 
• Oncologia: parte da medicina que estuda os tumores. 
• Cancerígeno ou oncogênico: estímulo ou agente causador 
de câncer. 
CRITÉRIOS DE NOMENCLATURA 
1. Comportamento clínico – benigno ou maligno. 
2. Aspecto microscópico – critério histomorfológico. 
3. Origem da neoplasia – critério histogenético. 
 
 
• O critério mais adotado é o histomorfológico – a 
neoplasia é identificada pelo tecido ou célula 
proliferante. 
SUFIXO -OMA: é empregado na denominação de qualquer 
neoplasia, benigna ou maligna, mas geralmente é benigna. 
CARCINOMA: indica tumor maligno que reproduz epitélio 
de revestimento e glandular; quando usada como sufixo, 
também indica malignidade (ex.: adenocarcinoma). 
SARCOMA: refere-se a uma neoplasia maligna 
mesenquimal; usado como sufixo, indica tumor maligno de 
determinado tecido (ex.: fibrossarcoma). 
BLASTOMA: pode ser usada como sinônimo de neoplasia 
e, quando empregada como sufixo, indica que o tumor 
reproduz estruturas com características embrionárias (ex.: 
neuroblastoma). 
• Forma mais usual de nomear um tumor: 
 
 Lipoma: tumor benigno que reproduz lipócitos. 
 Hemangioma: tumor que reproduz vasos sanguíneos. 
 Condrossarcoma: tumor maligno que forma 
cartilagem. 
 Hepatoblastoma: tumor maligno que reproduz 
hepatócitos com características embrionárias. 
 Adenoma: tumor benigno que reproduz glândulas. 
 Adenocarcinoma: tumor maligno que forma 
glândulas. 
• Além disso, pode conter outros termos para indicar 
propriedades da lesão ou sua diferenciação: 
 Carcinoma epidermoide: o epitélio neoplásico produz 
ceratina, tendo portanto diferenciação semelhante à 
epiderme. 
 Adenocarcinoma cirroso: o estroma do tumor é muito 
desenvolvido e duro, dando consistência muito firme 
à lesão. 
• Todos os tumores, benignos e malignos, têm dois 
componentes básicos: 
 PARÊNQUIMA – constituído por células 
neoplásicas ou transformadas; 
▪ Determina principalmente seu comportamento 
biológico, e é desse componente que deriva seu 
nome. 
 ESTROMA – constituído por tecido conectivo, vasos 
sanguíneos e células inflamatórias derivadas do 
hospedeiro. 
▪ É crucial para o crescimento da neoplasia, pois 
contém suprimento sanguíneo e dá suporte ao 
crescimento das células parenquimatosas. 
 
O QUE DIFERENCIA NEOPLASIA, DISPLASIA E HIPERPLASIA? 
A autonomia de proliferação. 
 
Nem sempre esses critérios são utilizados na denominação da lesão, 
sendo comuns epônimos: tumor de Wilms, linfoma de Hodgkin etc. 
Nome da célula/tecido/órgão + OMA/SARCOMA/CARCINOMA 
 3 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
 
NEOPLASIAS 
BENIGNAS MALIGNAS 
DIFERENCIAÇÃO 
CELULAR 
- Células bem diferenciadas que se assemelham 
estreitamente a suas contrapartes normais. 
- Normalmente as mitoses são raras e sua 
configuração é normal. 
- Ampla gama de diferenciações celulares parenquimatosas, desde 
as bem diferenciadas até as completamente indiferenciadas. 
- Há também o moderadamente bem diferenciado. 
- A quantidade de tecido conjuntivo estromal determina a 
consistência da neoplasia. 
- Células indiferenciadas: anaplasia – característica de malignidade. 
Configura a desdiferenciação. Mitoses numerosas e distintamente 
atípicas. 
PADRÃO DE 
CRESCIMENTO 
- Influências que aumentam a velocidade: níveis 
circulantes de estrógeno (leiomioma); adequação de 
suprimento sanguíneo; restrição de pressão. 
- Normalmente a taxa de crescimento correlaciona-se inversamente 
com o seu nível de diferenciação → tumores mal diferenciados 
tendem a crescer mais rápido do que os bem diferenciados. 
VELOCIDADE DE 
CRESCIMENTO 
- Crescimento geralmente lento. - Crescimento normalmente mais rápido. 
CAPACIDADE DE 
INVASÃO LOCAL E À 
DISTÂNCIA 
- Permanece localizado em seu sítio de origem. 
- Não possui capacidade de invadir ou metastatizar-
se. 
- A maioria desenvolve uma cápsula fibrosa 
envoltória que os separa do tecido hospedeiro. Sua 
falta não significa malignidade. 
- Crescem por meio de infiltração, invasão, destruição e penetração 
do tecido circundante. 
- Capaz de metástase e de causar morte. 
- Não desenvolve cápsulas bem definidas. 
- Além da metástase, a invasividade local é a característica mais 
confiável na distinçãode maligno e benigno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto mais depressa crescer e mais anaplásico for o 
tumor, menos probabilidade haverá de que tenha 
atividade funcional especializada. 
Os tumores malignos de crescimento rápido geralmente 
contém áreas centrais de necrose isquêmica, porque o 
suprimento sanguíneo tumoral, derivado do hospedeiro, 
falha em manter o mesmo ritmo para atender as 
necessidades de oxigênio da massa em expansão. 
 
4 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
BASES MOLECULARES DAS NEOPLASIAS
• O dano/mutação genética causadora do câncer pode ser 
por: 
 Ação de agentes ambientais: substâncias químicas, 
radiação ou vírus; 
 Herança na linhagem germinativa. 
 
 
 
CLASSES DE GENES ALVO NA GÊNESE DAS NEOPLASIAS 
• Proto-oncogenes promotores de crescimento; 
 Oncogenes são genes que induzem um fenótipo 
transformado quando expresso em células. 
 Proto-oncogenes são versões mutadas ou 
superexpressas de genes celulares normais. 
• Genes supressores de tumor inibidores do crescimento; 
 Impedem o crescimento descontrolado e, quando 
sofrem mutação, permitem o desenvolvimento de 
fenótipo transformado. 
 Em geral, ambos os alelos normais dos genes devem 
ser danificados, mas em alguns casos a perda de um 
só alelo pode promover transformação 
(haploinsuficiência). 
• Genes que regulam a apoptose; 
• Genes envolvidos no reparo do DNA. 
▪ Ambos (que regulam a apoptose e o reparo do 
DNA) podem agir como proto-oncogenes (a perda 
de uma cópia é suficiente) ou genes supressores 
de tumor (perda de ambas as cópias). 
 
• A maioria das lesões hiperplásicas surge na região mais 
interna da zona de transição. 
• A maioria dos carcinomas (entre 70-80%) surge nas zonas 
periféricas. 
• A próstata normal contém glândulas com duas camadas 
de células: 
 Célula basal plana 
 Célula secretora colunar 
• O estroma que envolve a próstata contém uma mistura de 
músculo liso e tecido fibroso. 
 
 
A hipótese genética do câncer sugere que uma massa tumoral 
resulte da expansão clonal de uma só célula progenitora que 
sofreu dano genético. 
 
5 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
Hiperplasia Nodular da 
Próstata 
• Também chamada de hiperplasia prostática benigna 
(HPB). 
• Acomete homens a partir dos 40 anos e sua frequência 
aumenta com a idade, alcançando 90% na década dos 80. 
 Tempo de exposição a testosterona. 
 Maior sensibilidade a testosterona – aumenta o 
nível de estrogênio circulante que aumenta a 
quantidade de receptores de testosterona de 
andrógenos na próstata. 
• Caracteriza-se pela proliferação tanto de elementos 
estromais quanto de epiteliais, com resultante 
crescimento da glândula e, em alguns casos, obstrução 
urinária. 
• O crescimento excessivo (dependente do androgênio) dos 
elementos glandular e estromal tem papel central. 
 
 
• O DHT na célula epitelial prostática se liga a receptores 
de androgênio e faz com que genes específicos sejam 
estimulados através da produção de proteínas e isso 
consequentemente aumentará o tecido prostático. 
 Além disso, o DHT atua no estroma da glândula, que 
começará a produzir fatores de crescimento. 
 
] 
 
ASPECTOS MACROSCÓPICOS 
• Localização preferencial: lobos laterais e médios, a partir 
do grupo glandular interno → zona de transição. 
• Os aspectos macroscópicos variam conforme os lobos 
acometidos e a constituição histológica deles. 
• A próstata afetada pesa tipicamente 60-100g e contém 
muitos nódulos bem circunscritos que causam protusão 
na superfície de corte. 
• Os nódulos podem conter espaços císticos que 
correspondem aos elementos glandulares dilatados ou 
ser sólidos. 
• A uretra é geralmente comprimida pelos nódulos 
hiperplásicos, que deixam apenas uma estreita fenda de 
passagem. 
• Em alguns casos, os elementos glandulares e estromais 
hiperplásicos que ficam bem abaixo do epitélio da uretra 
intraprostática proximal podem projetar-se no lúmen da 
bexiga como massa pedunculada e produzir obstrução 
uretral do tipo de uma válvula em bola. 
 
ASPECTOS MICROSCÓPICAS E HISTOLÓGICAS 
• Os nódulos hiperplásicos são compostos por proporções 
variáveis de elementos glandulares proliferativos e 
estroma fibromuscular. 
• As glândulas hiperplásicas são revestidas por células 
epiteliais colunares altas e uma camada periférica de 
células basais planas. 
• Os lúmens glandulares geralmente contêm material 
denso de secreção proteica conhecido como corpos 
amiláceos. 
 
Figura 1 - Hiperplasia nodular da próstata. A, nódulo bem demarcado à 
direita do campo, com uma porção da uretra vista à esquerda. Em outros 
casos de hiperplasia nodular, a nodularidade é causada 
predominantemente pela proliferação estromal, em vez da glandular. 
Testosterona DHT 
5-alfa-redutase 
Receptores 
androgênicos 
nucleares 
Proliferação 
das células 
epiteliais 
Fatores de 
crescimento 
 
6 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
 
Figura 2 - B, morfologia das glândulas hiperplásicas, que são grandes, com 
projeções papilares. 
Adenocarcinoma da Próstata 
INCIDÊNCIA 
• Ocorre principalmente em homens acima dos 50 anos. 
• Tipo de câncer mais comum nos homens. 
• Em necrópsias de indivíduos com mais de 40 anos de 
idade sem distúrbios urológicos, adenocarcinoma 
histológico é encontrado em 25 a 30% dos casos; tal 
frequência aumenta com a idade, atingindo 50 a 60% dos 
homens acima de 65 anos. 
• Quanto à apresentação clínica e ao comportamento 
biológico, se classifica em: 
 Adenocarcinoma clínico: é o que dá manifestações 
locais; os achados clínicos levam à suspeita de 
neoplasia. Se não for tratado, evolui com infiltração 
local e metástases, podendo levar à morte. 
 Adenocarcinoma oculto: manifestações decorrem 
das metástases e não do crescimento local da 
neoplasia. 
 Adenocarcinoma latente: apenas histológico, que 
não evolui necessariamente para o clínico. Pode ser 
encontrado incidentalmente em necrópsia, RTU ou 
prostatectomia para tratamento de HNP e em 
biópsia. Não tem manifestações clínicas e é mais 
frequente que o clínico. 
ETIOPATOGENIA 
IDADE: a frequência de adenocarcinoma histológico 
aumenta com a idade, chegando a ser cerca de 70% em 
indivíduos com mais de 80 anos. 
RAÇA: é mais frequente em brancos e negros do que em 
amarelos. Nos EUA é mais comum em negros do que em 
brancos. Essas diferenças só são observados em carcinoma 
clínico, pois no histológico é igual nas três raças. 
FATORES GENÉTICOS: Embora ainda pouco documentados, 
parecem estar envolvidos em 90% dos adenocarcinomas 
que surgem em indivíduos abaixo de 55 anos de idade. Em 
algumas famílias, a herança é de padrão autossômico 
dominante; nesses casos, o risco de um homem 
desenvolver adenocarcinoma prostático se o pai ou um 
irmão tiverem o tumor é duas vezes maior e, se ambos o 
têm, nove vezes maior. 
ALTERAÇÕES GENÔMICAS: amplificação de oncogenes, 
como o MYC; deleção de genes supressores de tumor, 
como RB, TP53 e PTEN; silenciamento gênico por 
mecanismo epigenético (ex.: GSTP1, TP53, CDKN2A, APC e 
genes de reparo do DNA). 
HORMÔNIOS: O aumento do andrógeno circulante é capaz 
de estimular o crescimento de câncer prostático – por 
estímulo androgênico, o volume tumoral pode aumentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS MACROSCÓPICOS 
• O carcinoma clínico confinado à próstata (estádio pT2) 
pode se apresentar em forma de um nódulo escurecido 
detectado pelo toque retal. 
 A consistência dura deve-se à presença de estroma 
fibroso abundante (aspecto cirroso). 
 Em alguns casos, o componente fibroso pode faltar 
(aspecto medular) e o nódulo não é endurecido. 
 Nódulos endurecidos nem sempre são câncer, 
podendo ser cálculos, tuberculose, infarto e 
prostatite xantogranulomatosa. 
• Os andrógenos são necessários para o crescimento eo 
desenvolvimento da próstata normal, da HNP e do carcinoma 
prostático. 
• Indivíduos castrados antes da puberdade têm risco mínimo 
de desenvolver câncer de próstata. 
• Com o avanço da idade, os níveis de testosterona diminuem 
enquanto a incidência de câncer prostático aumenta. 
• Células neoplásicas da próstata contêm mais testosterona e 
menos di-hidrotestosterona (DHT). 
 
7 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
• Com a evolução, a próstata é substituída pela neoplasia, 
observando-se na superfície de corte tecido homogêneo 
e esbranquiçado ou branco-amarelado (pela riqueza de 
lipídeos nas células). 
• A lesão pode invadir tecidos adjacentes, bexiga e 
vesículas seminais. 
 
ASPECTOS MICROSCÓPICOS E HISTOLÓGICOS 
 
• O exame histológico revela o adenocarcinoma 
constituído, em geral, por pequenos ácinos que se 
infiltram difusamente no estroma. 
• Os núcleos das células neoplásicas mostram-se em geral 
vesiculosos e com nucléolos evidentes. 
 
Figura 3 - Biópsia transretal da próstata mostrando adenocarcinoma. Notar 
microácinos neoplásicos infiltrando-se difusamente no estroma da 
glândula. 
• Um dos aspectos peculiares e frequentes é o arranjo 
cribriforme, em que a neoplasia mostra glândulas no 
interior de glândulas, conferindo aspecto crivado. 
 
Figura 4 - Adenocarcinoma prostático com arranjo cribriforme: glândulas 
no interior de glândulas, conferindo aspecto crivado à neoplasia. 
GRADUAÇÃO 
• A graduação histológica tem grande interesse prático, 
pois guarda relação com o estadiamento clínico e com o 
prognóstico. 
• O sistema de graduação de Gleason é o mais utilizado e 
baseia-se no grau de diferenciação glandular e no padrão 
de crescimento em relação ao estroma. 
 
8 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
 
GRADUAÇÃO DE GLEASON 
GRAUS 1 E 2 Desarranjo arquitetural 
GRAU 3 Infiltração do estroma 
GRAU 4 Fusão entre os ácinos 
GRAU 5 Arranjo sólido 
• Nesse sistema, não se consideram as atipias nucleares 
e, até hoje, não foi demonstrada superioridade da 
avaliação nuclear em relação ao padrão glandular. 
• Ao contrário de outros sistemas de graduação, considera-
se tanto o padrão predominante como o padrão 
secundário. 
 Se o grau histológico de 90% da área examinada é 3 
e dos restantes 10% é 5, o grau da neoplasia é 3 + 5, 
o que dá uma contagem final de 8. 
 Caso o grau histológico seja 3 em toda a área 
examinada, repete-se o número; o grau é 3 + 3, e a 
contagem final, 6. 
 De acordo com esse sistema, o grau histológico pode 
ser de 1 a 5, e a contagem final, de 2 a 10. 
ESTADIAMENTO (TNM) DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
• Enorme importância prática para fins de prognóstico e 
tratamento. 
• TNM = tumor, metástases linfonodais e metástases à 
distância. 
ESTADIAMENTO CLÍNICO 
ESTÁDIO T1 
É o câncer clinicamente inaparente (não 
palpável ou não visível por imagem). 
• T1a: Encontrado incidentalmente em 
5% ou menos da amostra obtida por 
RTU ou por prostatectomia aberta 
para tratamento de HNP. 
• T1b: Diagnosticado em mais de 5% da 
amostra obtida por RTU ou por 
prostatectomia aberta para 
tratamento de HNP. 
• T1c: Detectado em biópsias de agulha 
de próstata de indivíduos com PSA 
elevado. É o estadiamento mais 
frequente. Incipiente ou avançado. 
Quando incipiente: tratamento 
definitivo ou acompanhamento 
vigiado. 
ESTÁDIO T2 
Carcinoma clínico ainda confinado à 
próstata. Apresenta-se, em geral, como 
nódulo endurecido ao toque retal e, à USG, 
corresponde a uma área de 
hipoecogenicidade. 
ESTÁDIO T3 
• T3a: Trata-se do carcinoma clínico que 
se estende para fora da glândula. 
• T3b: Invade as vesículas seminais. 
 
Fontes: Robbins, Bogliolo. 
 
 
9 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
ANOTAÇÕES DE AULA 
• Saber diferenciar bem as alterações celulares e saber por 
que acontecem. 
PRÓSTATA NORMAL (HISTOLOGIA) 
• Glândulas da próstata normal: 
 
 
• Camada basal: proliferativa que repõe a superficial, 
células mais arredondadas. 
• Camada luminal: células cilíndricas e alongadas. Esse 
epitélio também pode ser pseudoestratificado. 
 
• Focos basofílicos (mais roxas): calcificações, corpos 
amiláceos 
• Estroma fibromuscular da glândula: musculo liso (mais 
avermelhado) – tecido de sustentação. 
 
• Tecido fibroso: roxinho fino 
 
• Aspecto meio pseudoestratificado: 
 
 
10 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
HIPERPLASIA 
• Células estromais processam bem mais a DHT, que 
comanda o processo por meio da 5-alfa-redutase, fazendo 
com que haja uma estimulação das células epiteliais, da 
glândula, aumentando. 
• Dificuldade em urinar, jato fraco. 
 
 
 
• Proliferação do tecido glandular e do estroma, mais 
glândulas pois possui mais células, 
 
• Não possui diferenciação!! 
NEOPLASIA 
• Por que a proliferação é autônoma? Mutações genéticas. 
Qualquer tipo de neoplasia precisa ter mutação. Essa 
mutação faz com que a célula produza mais fatores de 
crescimento para que ela se diferencie e continue 
proliferando autonomicamente. 
• Linfoma no mediastino: benigno ou maligno? Maligno, 
porque há exceções a regra de nomenclatura. Melanoma 
também entra nessa exceção. 
 
• Adenocarcinoma. 
 
• Células hipercromadas, perda da organização dupla 
camada. Sem projeções papilares. Ninhos epiteliais com 
 
11 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
aspecto de perfuração (cribriforme). Achatamento do 
núcleo da glândula. 
 
 
• Nucléolo em conduções normais não é evidente. 
• Região mais comum é a zona periférica. O toque retal é 
usado para detectar irregularidades e nodulações. 
 
 
• Nucléolo proeminente (pontinho roxo). 
 
• Invasão perineural. 
 
 
 
12 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC10 | MEDICINA UNIT AL 
 
• Nem toda neoplasia maligna tem a classificação 
histológica como diagnóstico fiel, mas o carcinoma de 
próstata tem.

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