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Processo de Cura e Reparo Tecidual

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1 CAMILA CANUTO 
FISIOPATOLOGIA 
PROCESSO DE CURA E REPARO 
REGENERAR X CICATRIZAR 
REGENERAÇÃO: ocorre por proliferação de células 
residuais (não lesadas) que retêm a capacidade de 
divisão e por substituição de células-tronco teciduais. 
Constitui a resposta típica a lesão em epitélios que se 
dividem rapidamente, como na pele e nos intestinos e 
em alguns órgãos, principalmente no fígado. 
FORMAÇÃO DE CICATRIZ: se os tecidos lesados são 
incapazes de regeneração ou se as estruturas de 
suporte do tecido são gravemente lesadas, o reparo 
ocorre por deposição de tecido conjuntivo (fibrose), 
um processo que resulta em formação de cicatriz. 
Embora a cicatriz fibrosa não possa realizar a função 
das células perdidas do parênquima, ela fornece 
estabilidade estrutural suficiente para tornar o tecido 
lesado hábil nas suas funções. O termo fibrose é mais 
frequentemente usado para descrever a extensa 
deposição de colágeno que ocorre nos pulmões, fígado, 
rins e outros órgãos, resultante da inflamação crônica, 
ou no miocárdio após extensa necrose isquêmica 
(infarto). 
 
CICLO CELULAR 
Constantemente os tecidos estão em 3 processos: 
Proliferação (Multiplicação) 
Diferenciação 
Apoptose (Morte Celular) 
Estes processos precisam ser mantidos em equilíbrio 
para manter o tamanho normal do tecido. 
A proliferação é cíclica e acontece em diferentes 
velocidades dependendo do tecido. 
Ela está em equilíbrio com a Apoptose para manter a 
HOMEOSTASE. 
 
A progressão dessas fases é regulada por CICLINAS, 
cuja atividade é controlada por CINASES CICLINA-
DEPENDENTES. 
 
 
 
 
2 CAMILA CANUTO 
CAPACIDADE DE PROLIFERAÇÃO DOS TECIDOS 
Vários tipos de células proliferam durante o reparo 
tecidual: 
• TECIDO LESADO remanescente (que tenta restaurar a 
estrutura normal); 
• CÉLULAS ENDOTELIAIS VASCULARES (para criar 
novos vasos que forneçam os nutrientes necessários ao 
processo de reparo); 
• FIBROBLASTOS (a origem do tecido fibroso que 
forma a cicatriz para preencher os defeitos que não 
podem ser corrigidos por meio da regeneração); 
A forma de reparo dos tecidos é determinada, em 
parte, por sua capacidade de proliferação intrínseca. 
 
TECIDOS LÁBEIS (INSTÁVEIS) 
As células desse tecido são perdidas continuamente e 
substituídas pela maturação de células-tronco e pela 
proliferação de células maduras (dividem-se 
continuamente). 
• Células hematopoiéticas na medula óssea, a maioria 
dos epitélios de superfície (cavidade oral, vagina e 
cérvice); 
• Epitélios cuboides dos ductos que drenam os órgãos 
exócrinos (glândulas salivares, pâncreas e trato biliar); 
• Epitélio colunar do trato gastrointestinal, útero e 
trompas de Falópio; 
• Epitélio transicional do trato urinário. 
Esses tecidos podem regenerar-se prontamente após a 
lesão, contanto que a reserva de células-tronco esteja 
preservada. 
TECIDOS ESTÁVEIS (QUIESCENTES) 
Atividade proliferativa mínima em seu estado normal 
(possuem baixa atividade replicativa). 
• Entretanto, são capazes de se dividir em resposta à 
lesão ou à perda de massa tecidual. 
• As células estáveis constituem o parênquima da 
maior parte dos tecidos sólidos, como fígado, rim e 
pâncreas. 
• Células endoteliais, fibroblastos e células musculares 
lisas (particularmente importante na cura das feridas). 
• À exceção do fígado, os tecidos estáveis têm 
capacidade limitada de se regenerar após eventuais 
lesões. 
TECIDOS PERMANENTES 
Terminantemente diferenciadas e não proliferativas 
na vida pós-natal. 
• Neurônios, músculo estriado cardíaco, músculo 
estriado esquelético; 
• Lesão no cérebro ou no coração é irreversível e 
resulta em cicatriz, pois os neurônios e miócitos 
cardíacos não se regeneram. 
• Qualquer capacidade proliferativa que possa existir 
nesses tecidos é insuficiente para produzir regeneração 
dos tecidos após as lesões. 
• Em geral, o músculo esquelético é classificado como 
um tecido permanente, mas as células-satélite atraídas 
para a bainha endomisial fornecem certa capacidade 
regenerativa para o músculo. Nos tecidos 
permanentes, o reparo é caracteristicamente realizado 
pela formação de cicatriz. 
CICLO CELULAR E CAPACIDADE DEPROLIFERAÇÃO 
TECIDUAL: 
 
 
 
3 CAMILA CANUTO 
 
REGENERAÇÃO 
• Alguns tecidos conseguem substituir os componentes 
danificados e retornar essencialmente ao seu estado 
normal; 
• A regeneração ocorre por meio da proliferação de 
células que sobrevivem à lesão e conservam a 
capacidade de se proliferar; por exemplo, nos epitélios 
de rápida divisão da pele e intestinos, e também em 
alguns órgãos parenquimatosos, particularmente o 
fígado. 
CICATRIZAÇÃO: DEPOSIÇÃO DE 
TECIDO CONJUNTIVO 
• Se os tecidos lesados não 
conseguirem restituir-se por 
completo, ou se as estruturas de 
suporte tecidual estiverem 
severamente lesadas, o reparo 
ocorre pela disposição de tecido 
conjuntivo (fibroso); 
• Embora a cicatriz fibrosa não seja 
normal, fornece estabilidade 
estrutural suficiente para que o 
tecido lesado possa funcionar. 
• O termo fibrose é mais 
comumente utilizado para 
descrever a extensa deposição de colágeno que ocorre 
nos pulmões, fígado, rins e outros órgãos, como 
consequência da inflamação crônica, ou no miocárdio, 
após necrose isquêmica extensa (infarto). 
REPARO TECIDUAL 
• Após diferentes tipos de lesão, tanto a regeneração 
quanto a formação de cicatriz contribuem, em graus 
variáveis, para o reparo definitivo. 
• Ambos os processos envolvem a proliferação de 
várias células e as estreitas interações entre as células 
e a matriz extracelular (MEC). 
PROLIFERAÇÃO TECIDUAL 
• Os FATORES DE CRESCIMENTO são produzidos por 
células próximas ao local do dano; 
• As fontes mais importantes desses fatores de 
crescimento são os macrófagos ativados pela lesão 
tecidual, mas as células epiteliais e também estromais; 
• Ativam as vias de sinalização que induzem a 
produção de proteínas envolvidas na condução de 
células até o ciclo celular; 
• As células-tronco mais importantes para a 
regeneração após lesões são as células-tronco 
teciduais. 
FATORES DE CRESCIMENTO E MATRIZ EXTRACELULAR: 
 
 
 
4 CAMILA CANUTO 
MATRIZ EXTRACELULAR – MEC 
- Ela regula também a proliferação, o movimento e a 
diferenciação das células que vivem no seu interior, 
fornecendo um substrato para a adesão e a migração 
celulares, e funcionando como reservatório para os 
fatores de crescimento. 
 
REGENERAÇÃO HEPÁTICA 
• A regeneração do fígado acontece por meio de dois 
mecanismos importantes: proliferação dos hepatócitos 
remanescentes e repovoamento a partir das células 
progenitoras. 
• Proliferação de HEPATÓCITOS: É desencadeada por 
ações combinadas de citocinas e fatores de 
crescimento polipeptídicos; 
• A partir de CÉLULAS PROGENITORAS: na lesão ou na 
inflamação crônica hepática, células progenitoras do 
fígado contribuem para o repovoamento; residem em 
nichos especializados chamados canais de Hering; 
 
 
 
 
5 CAMILA CANUTO 
 
REPARO POR DEPOSIÇÃO DE TECIDO 
CONJUNTIVO - CICATRIZAÇÃO 
Se o reparo não puder ser alcançado somente pela 
regeneração, ocorre através da substituição das células 
lesadas por tecido conjuntivo, levando à formação de 
uma cicatriz, ou por meio de uma combinação da 
regeneração de algumas células residuais e formação 
de cicatriz. 
ETAPAS DA CICATRIZAÇÃO 
• Formação de novos vasos (angiogênese). 
• Migração e proliferação de fibroblastos e deposição 
de tecido conjuntivo que, junto com a abundância de 
vasos e leucócitos dispersos, tem aparência granular e 
rósea, sendo chamado de tecido de granulação. 
• Maturação e reorganização do tecido fibroso 
(remodelamento) para produzir uma cicatriz fibrosa 
estável. 
 
TECIDO DE GRANULAÇÃO 
• A migração e a proliferação de fibroblastos, bem 
como a deposição de tecido conjuntivo frouxo, junto 
com os vasos e leucócitos entremeados,formam o 
tecido de granulação; 
• Sua aparência histológica é caracterizada pela 
proliferação de fibroblastos e capilares novos e 
delicados de paredes finas (angiogênese), em uma 
matriz extracelular frouxa, geralmente com a mistura 
de células inflamatórias (macrófagos); 
• Progressivamente, o tecido de granulação invade o 
local da lesão; a quantidade de tecido de granulação 
que é formado depende do tamanho do déficit no 
tecido criado pela ferida e da intensidade da 
inflamação. 
 
 
 
6 CAMILA CANUTO 
 
ANGIOGÊNESE 
 
ETAPAS DA ANGIOGÊNESE: 
• Vasodilatação, em resposta ao óxido nítrico, e 
aumento de permeabilidade induzida pelo fator de 
crescimento endotelial vascular (VEGF). 
• Separação de pericitos da superfície luminal e quebra 
da membrana basal, de modo a permitir a formação de 
um broto vascular. 
• Migração de células endoteliais em direção à área de 
lesão tecidual. 
• Proliferação de células endoteliais logo atrás das 
células migratórias orientadoras (“de ponta”). 
• Remodelamento em tubos capilares. 
• Recrutamento de células periendoteliais (pericitos 
para pequenos capilares e células musculares lisas para 
vasos maiores) para formar o vaso maduro. 
• Supressão da proliferação, com migração endotelial e 
deposição da membrana basal. 
• Formação de novos vasos sanguíneos, que fornece os 
nutrientes e o oxigênio necessários ao processo de 
reparo. 
FATORES DE CRESCIMENTO: 
• VEGFs (estimulam tanto a migração quanto a 
proliferação de células endoteliais); 
• NO (Promovem vasodilatação ao estimular a 
formação da luz vascular); 
• FGFs (estimulam a proliferação de células 
endoteliais); 
• Angiopoietinas 1 e 2 (maturação estrutural de vasos 
novos); 
DEPOSIÇÃO DE TECIDO CONJUNTIVO 
OCORRE EM DUAS ETAPAS: 
1. migração e proliferação de fibroblastos para o local 
da lesão; 
2. deposição das proteínas da MEC (colágeno) 
produzidas por essas células. 
 
 
 
7 CAMILA CANUTO 
• As principais fontes dos fatores de crescimento são 
as células inflamatórias, em especial os macrófagos 
ativados que estão presentes nos locais de lesão no 
tecido de granulação. 
REMODELAMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO 
• O resultado do processo de reparo é influenciado 
pelo equilíbrio entre a síntese e a degradação de 
proteínas da MEC. 
FATORES QUE INFLUENCIAM O REPARO 
• Infecção 
• Diabetes 
• Estado Nutricional (colágeno e vitamina C) 
• Glicocorticoides (esteroides anti-inflamatórios 
fraqueza na cicatriz) 
• Fatores Mecânicos 
• Perfusão Deficiente 
• Corpos Estranhos 
• Tipo e extensão da lesão 
• Local da lesão 
CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA E SEGUNDA EXTENSÃO: 
 
 
 
CICATRIZAÇÃO: PRIMEIRA INTENÇÃO 
• Incisão limpa. 
• Linha de fechamento precisa de hemostasia. 
• Desidratação na superfície cria crosta. 
• 24 h: neutrófilos, mitoses do epitélio basal. 
• 1 - 2 dias: células epiteliais basais crescem ao longo 
da derme. 
• 3 dias: neutrófilos saem, macrófagos entram, tecido 
de granulação se forma. 
• 5 dias: espaço preenchido com tecido de granulação 
e por pontes de união de fibrilas colágenas. 
 
 
 
8 CAMILA CANUTO 
• Espessamento da epiderme permanece normal. 
• 2 a Semana: acúmulo de colágeno, fibroblastos 
(edema e inflamação reduzidos). 
• Fim do 1o mês: tecido conjuntivo sem inflamação; 
epiderme intacta. 
• Força de tensão aumenta de 70 - 80% em relação à 
pele normal em 3 meses. 
 
CICATRIZAÇÃO: SEGUNDA INTENÇÃO 
• Lesão tecidual maior. 
• Atividade inflamatória maior. 
• Mais tecido de granulação. 
• Contração cicatricial – miofibroblastos (actina). 
ANOMALIAS DE REPARO 
• DEISCÊNCIA DA FERIDA E ULCERAÇÃO: a formação 
inadequada do tecido de granulação ou a formação de 
uma cicatriz; 
• CICATRIZ HIPERTRÓFICA: formação excessiva dos 
componentes do processo de reparo pode dar origem 
a cicatrizes hipertróficas e queloides; 
• GRANULAÇÃO EXUBERANTE: consistente na 
formação de quantidades excessivas de tecido de 
granulação, fazendo protrusão acima do nível da pele 
no entorno e bloqueando a reepitelização (esse 
processo, com muita frequência, é chamado de “carne 
esponjosa”). 
• CONTRAÇÃO: Em exagero, origina a contratura e 
resulta em deformidades da ferida e dos tecidos 
circundantes. 
QUELOIDE 
 
CICATRIZ HIPERTRÓFICA X QUELOIDE: 
 
DEISCÊNCIA 
 
 
 
 
 
9 CAMILA CANUTO 
FASES SEQUENCIAIS DA CICATRIZAÇÃO 
 
PROCESSOS DE ADAPTAÇÃO DO 
CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO TECIDUAL 
CAUSAS DE AGRESSÃO ÀS CÉLULAS 
 
ALTERAÇÕES NO PROCESSO REGULATÓRIO 
 
DIFERENTES TIPOS DE LESÕES 
 
ALTERAÇÃO DO VOLUME CELULAR 
HIPERTROFIA: aumento do VOLUME celular 
Adaptação do órgão frente a exigência de trabalho. 
Patológico ou Fisiológico: Hipertrofia Compensatória – 
caso perca um rim, o outro aumenta para compensar 
A hipertrofia é um aumento do tamanho das células 
que resulta em aumento do tamanho do órgão. 
A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é 
causada pelo aumento da demanda funcional ou por 
fatores de crescimento ou estimulação hormonal 
específica. 
PATOLÓGICO: 
 
FISIOLÓGICA: 
 
 
 
 
10 CAMILA CANUTO 
 
 
Volume celular aumentado, células diferenciadas pelo 
núcleo, tecido organizado e delimitado. 
HIPOTROFIA/ATROFIA: diminuição do 
VOLUME celular 
A diminuição do tamanho da célula, pela perda de 
substância celular, é conhecida como atrofia. Quando 
um número suficiente de células está envolvido, todo o 
tecido ou órgão diminui em tamanho, tornando-se 
atrófico. 
Embora as células atróficas tenham sua função 
diminuída, elas não estão mortas. 
CAUSAS: 
 
As causas da atrofia incluem a diminuição da carga de 
trabalho (p. ex., a imobilização de um membro para 
permitir o reparo de uma fratura), a perda da 
inervação, a diminuição do suprimento sanguíneo, a 
nutrição inadequada, a perda da estimulação 
endócrina e o envelhecimento (atrofia senil). 
Os mecanismos da atrofia consistem em uma 
combinação de síntese proteica diminuída e 
degradação proteica aumentada nas células. 
A degradação das proteínas celulares ocorre, 
principalmente, pela via ubiquitina-proteossoma. 
Em muitas situações, a atrofia é acompanhada também 
pelo aumento da autofagia, que resulta no aumento do 
número de vacúolos autofágicos. 
 
 
 
 
 
11 CAMILA CANUTO 
 
ALTERAÇÃO NA PROLIFERAÇÃO CELULAR 
Ciclo celular: 
 
G1: induzindo proliferação pelo estímulo. 
S: síntese 
 
 
 
 
HIPERPLASIA: 
Podem ser Fisiológicos e Patológicos: 
FISIOLÓGICOS: Compensadores (nefrectomia); 
secundários a estímulo hormonal (útero na gravidez, 
mama na lactação); 
PATOLÓGICOS: Estimulação hormonal – estrógeno 
com hiperplasia endometrial. TSH- hiperplasia 
tireoidiana; 
 
 
 
12 CAMILA CANUTO 
 
Os dois tipos de hiperplasia fisiológica são: (1) 
hiperplasia hormonal, exemplificada pela proliferação 
do epitélio glandular da mama feminina na puberdade 
e durante a gravidez e (2) hiperplasia compensatória, 
na qual cresce tecido residual após a remoção ou perda 
da porção de um órgão. 
A maioria das formas de hiperplasia patológica é 
causada por estimulação excessiva hormonal ou por 
fatores do crescimento. 
O processo hiperplásico permanece controlado; se os 
sinais que a iniciam cessam, a hiperplasia desaparece. 
É essa sensibilidade aos mecanismos de controle de 
regulação normal que diferencia as hiperplasias 
patológicas benignas das do câncer, no qual os 
mecanismos de controle do crescimento tornam-se 
desregulados ou ineficazes. 
 
 
Hiperplasia: aumenta o número de células e não muda 
a sua morfologia, células novas iguais a normal. 
Adenocarcinoma: células com núcleos aumentados. 
HIPOPLASIA: 
Diminuição da população celular de um tecido, órgão 
ou parte do corpo. 
Podem ser Fisiológicas e Patológicas: 
FISIOLÓGICAS: involução do timo e das gônadas no 
climatério. 
PATOLÓGICAS: hipoplasia da medula óssea por 
agentes tóxicos ou infecções(AIDS, febre amarela, 
etc.). 
Embriogênese (hipoplasia pulmonar, renal, etc.). 
 
ALTERAÇÃO NA DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
METAPLASIA: 
Tipo celular adulto é substituído por outro de uma 
mesma linhagem germinativa, que possa suportar o 
ambiente hostil ou estimulo agressor. 
Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo 
celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído 
por outro tipo celular adulto. 
Metaplasia: alteração do fenótipo em células 
diferenciadas, sempre em resposta a irritação crônica 
que torna as células mais capazes de suportar o 
estresse; geralmente induzida por via de diferenciação 
alterada das células-tronco nos tecidos; pode resultar 
 
 
 
13 CAMILA CANUTO 
em redução das funções ou tendência aumentada para 
transformação maligna. 
 
 
 
 
 
DISPLASIA: 
• Condição adquirida: alterações de crescimento e 
diferenciação celular acompanhadas de redução ou 
perda da diferenciação das células afetadas. 
• Podem estacionar ou regredir. 
• Atipia celular característica mais importante: 
Cariomegalia. 
• Alteração na expressão dos genes que regulam a 
proliferação e diferenciação celular. 
 
• Existe uma tendência a distinguir a displasia quando 
afetando um órgão, da displasia quando afeta um 
tecido. 
• Quando afeta o órgão, abrange vários distúrbios do 
desenvolvimento e crescimento, geralmente processos 
regressivos, ligados a condições genéticas; 
• Quando afetando um tecido, abrange os erros locais 
do desenvolvimento (Hamartomas e Coristomas). 
 
 
 
14 CAMILA CANUTO 
HAMARTOMAS: erros locais do crescimento; tecido se 
desenvolve mais que o devido, com células maduras e 
normais, mas com arquitetura tissular anormal. 
Quando volumosos e com aspecto tumoral recebem a 
denominação de Hamartomas. Exemplos: Nevos 
pigmentados. 
 
- CORISTOMAS: erros locais congênitos do 
desenvolvimento, tecido aparentemente normal se 
desenvolve heterotopicamente. Quando volumosos e 
com aspecto tumoral recebem a denominação de 
Coristomas. Exemplos: Fragmentos de pâncreas nas 
paredes gástricas, de córtex de adrenal nos rins. 
 
 
CASO CLÍNICO 
CASO 1: 
• Paciente S.H., 26 anos, diagnosticado com esclerose 
lateral amiotrófica, vem perdendo a inervação 
muscular progressivamente devido a essa condição. • 
HDA: iniciou quadro de fraqueza muscular há 5 anos, 
houve piora progressiva e hoje apresenta dificuldade 
de deambulação, hipotrofia em mãos, MMSS e MMII. • 
Eletroneuromiografia: sinais de desenervação em 
segmentos bulbar, cervical, torácico, lombar e 
paraespinhal. 
Perguntas: 
• CITE E DEFINA O PROCESSO ADAPTATIVO NAS 
FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS DESSE PACIENTE. 
Atrofia 
• QUAL SUA ETIOLOGIA DESSA ADAPTAÇÃO? 
Diminuição do estímulo nervoso 
• DESCREVA AS ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS E 
MICROSCÓPICAS DAS FIBRAS MUSCULARES DESSE 
PACIENTE. Diminuição do volume celular microscópico, 
e diminuição do músculo. 
• DÊ OUTROS DOIS EXEMPLOS DE OCORRÊNCIA 
DESSA ADAPTAÇÃO. Paraplegia e miastenia gravis. 
CASO 2: 
• Homem de 70 anos de idade, leucoderma, nega 
hábitos deletérios • QP: há aproximadamente 1 ano 
tem notado um jato urinário fraco com sensação de 
esvaziamento incompleto após micção. • Nega 
histórico de infecções urinárias e intervenções 
urológicas, • História familiar: relata que o pai faleceu 
de câncer de próstata. • Ao toque retal foi verificado 
 
 
 
15 CAMILA CANUTO 
aumento da próstata de consistência fibroelástica e 
sem nodulações. • Exames de imagem e biópsia do 
órgão revelaram próstata de aspecto benigno 
Perguntas: 
• CITE E DEFINA O PROCESSO ADAPTATIVO 
RELACIONADO O CASO. Hiperplasia prostática. 
• QUAL SUA ETIOLOGIA? Estímulo mitótico. 
• DESCREVA AS ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS E 
MICROSCÓPICAS OBSERVADAS NESSE ÓRGÃO. 
Aumenta o número de células sem mudança na 
morfologia, núcleo continua igual 
• DÊ OUTROS DOIS EXEMPLOS DE OCORRÊNCIA 
DESSA ADAPTAÇÃO. Hiperplasia endometrial, 
Hiperplasia tireoidiana. 
CASO 3: 
• Paciente do sexo feminino, 66 anos, tabagista (48 
maços/ano), apresentando obesidade grau II, dá 
entrada no pronto socorro por dispneia intensa. • 
História pregressa: hipertensão arterial sistêmica, 
diabetes mellitus e dislipidemia. • Exame físico: regular 
estado geral, taquipneia e taquicardia e edema em 
membros inferiores. • Eletrocardiograma: ritmo 
irregular e sobrecarga ventricular esquerda. 
Perguntas: 
• CITE E DEFINA O PROCESSO ADAPTATIVO QUE 
OCORRE NO MIOCÁRDIO, ESPECIFICAMENTE NO 
VENTRÍCULO ESQUERDO. Hipertrofia patológica. 
• QUAL SUA ETIOLOGIA? Hipertensão arterial 
sistêmica. 
• DESCREVA AS ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS E 
MICROSCÓPICAS GERADAS POR ESSA ADAPTAÇÃO. 
Aumento do órgão, aumento da célula. 
• DÊ OUTROS DOIS EXEMPLOS DE OCORRÊNCIA 
DESSA ADAPTAÇÃO. Excesso de GH e excesso de 
estimulo (atletas). 
CASO 3: 
• MSG, homem, 55 anos, encaminhado ao ambulatório 
de gastroenterologia com história de pirose 
retrosternal há 3 anos, refere que anteriormente 
apresentava o sintoma de forma esporádica, porém, há 
mais ou menos 1 ano, a frequência e intensidade dos 
episódios aumentaram. Relaciona essa piora ao fato de 
ter ganhado 10 quilos nesse último ano. • Nega 
náuseas, vômitos, regurgitação, odinofagia, halitose, 
dispneia e outros sintomas respiratórios. • Histórico: 
refluxo gástrico • Endoscopia digestiva alta: Esôfago de 
Barret. 
Perguntas: 
• CITE E DEFINA O PROCESSO ADAPTATIVO QUE 
OCORRE NO MIOCÁRDIO, ESPECIFICAMENTE NO 
VENTRÍCULO ESQUERDO. Metaplasia 
• QUAL SUA ETIOLOGIA? Suco gástrico atingindo o 
esôfago, refluxo gastresofágico. 
• DESCREVA AS ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS E 
MICROSCÓPICAS GERADAS POR ESSA ADAPTAÇÃO. 
Mudança do tecido, muda de pavimentoso para 
colunar, muda a coloração e aspecto. 
• DÊ OUTROS EXEMPLOS DE OCORRÊNCIA DESSA 
ADAPTAÇÃO. Tabagismo (metaplasia das vias aéreas). 
NEOPLASIA - ARTIGO 
INTRODUÇÃO 
Neoplasia significa crescimento novo. O termo tumor é 
usado como sinônimo e foi originalmente usado para 
os aumentos de volume causados pela inflamação. As 
neoplasias ou tumores são classificados em malignos 
ou benignos. Entretanto, câncer é a denominação 
genérica usada somente para tumores malignos, e 
originou-se devido a capacidade de invadirem os 
tecidos vizinhos. O estudo das neoplasias é conhecido 
como oncologia (onco= massa). 
NOMENCLATURA 
Os tumores benignos e malignos têm dois 
componentes básicos: parênquima que é constituído 
por células neoplásicas e estroma que é composto por 
tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. A nomenclatura 
dos tumores é baseada na origem das células do 
parênquima. Nas neoplasias benignas acrescenta-se o 
sufixo OMA à célula de origem. Os tumores benignos 
de células mesenquimais geralmente seguem esta 
regra. Por exemplo: neoplasia benigna de fibroblasto é 
chamada de fibroma. Como toda regra há exceções, 
 
 
 
16 CAMILA CANUTO 
linfoma, melanoma e mieloma múltiplo referem-se a 
neoplasias malignas. A nomenclatura dos tumores 
epiteliais benignos é baseada nas células de origem, 
arquitetura microscópica ou padrão macroscópico. As 
neoplasias benignas com estruturas glandulares são 
chamadas de adenomas e, papilomas são tumores 
epiteliais benignos que produzem projeções epiteliais. 
As neoplasias malignas de origem mesenquimal 
recebem o sufixo SARCOMA (sarco = carne) às células 
de origem. Os tumores malignos de fibroblastos são 
chamados de fibrossarcomas. As neoplasias malignas 
de origem epitelial recebem a denominação 
carcinomas. Os tumores malignos com padrão 
glandular são chamados de adenocarcinomas. 
 
CARACTERÍSTICAS 
DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA: 
O termo diferenciação refere-se ao grau em que as 
células neoplásicas assemelham-se às células normais. 
As neoplasias benignas apresentam células bem 
diferenciadas, ou seja, semelhantes às células do 
tecido de origem. As neoplasias malignas apresentam 
células com grau variável de diferenciação.As células 
indiferenciadas são também chamadas de anaplásicas. 
As células anaplásicas apresentam variação de 
tamanho e forma. As principais características das 
células anaplásicas são: 
a) Pleomorfismo; 
b) Núcleo hipercromático; 
c) Relação núcleo-citoplasma aumentada; 
d) Aumento no tamanho e número dos nucléolos; 
e) Mitoses atípicas. 
RITMO DE CRESCIMENTO: 
Genericamente a maioria das neoplasias benignas 
cresce lentamente e as malignas crescem rapidamente. 
Entretanto, alguns tumores benignos podem 
apresentar crescimento mais rápido que tumores 
malignos. 
O ritmo de crescimento depende do tipo de tumor e de 
alguns fatores como suprimento sanguíneo e 
hormonal. 
INVASÃO LOCAL: 
As neoplasias benignas crescem por expansão, 
permanecendo no local de origem, sem infiltrar ou 
invadir tecidos vizinhos ou provocar metástase para 
outros locais. As neoplasias benignas são geralmente 
circunscritas por uma cápsula de tecido fibroso que 
delimita as margens do tumor. Devido à cápsula, os 
tumores benignos formam massas isoladas, palpáveis e 
móveis, passíveis de enucleação cirúrgica. Entretanto, 
alguns tumores benignos são localmente invasivos e 
recidivantes, como tumores mixoides. 
As neoplasias malignas são invasivas provocando 
destruição dos tecidos adjacentes e podendo 
desenvolver metástase regional e à distância. Devido a 
essa característica invasiva, é necessária a ressecção 
cirúrgica de considerável margem de tecido 
aparentemente normal, conhecida como cirurgia 
radical. É preciso ressaltar que alguns tipos de câncer 
evoluem de uma lesão inicial conhecida como 
carcinoma in situ. Neste estágio as células tumorais 
estão restritas ao epitélio e não romperam a 
membrana basal com consequente invasão do 
conjuntivo. As ressecções cirúrgicas nesta fase são 
menores com um maior índice de cura. 
 
 
 
17 CAMILA CANUTO 
METÁSTASE: 
Metástase é a presença de células ou massas tumorais 
em tecidos que não apresentam continuidade com o 
tumor primário. É a principal característica das 
neoplasias malignas e a disseminação das células 
tumorais ocorre através dos vasos sanguíneos, 
linfáticos ou cavidades corporais. Todos os tipos de 
câncer podem provocar metástases, com poucas 
exceções como o carcinoma basocelular de pele e os 
gliomas (neoplasias de células gliais do SNC). O 
desenvolvimento de metástase diminui de maneira 
acentuada a possibilidade de cura dos pacientes. As 
principais vias de disseminação são: 
A) Disseminação através de cavidades e 
superfícies corporais: Esse tipo de 
disseminação ocorre quando células 
neoplásicas penetram em uma cavidade 
natural, como a peritonial. Em casos de 
carcinomas de ovário não é raro que as 
superfícies peritoniais fiquem revestidas 
por células neoplásicas. Outras cavidades 
corporais podem estar envolvidas como a 
pleural, pericardial e subaracnóide. 
B) Disseminação linfática: As células 
tumorais são transportadas pelos vasos 
linfáticos. É a via preferencial dos 
carcinomas, e a menos freqüente nos 
sarcomas. Os gânglios linfáticos regionais 
funcionam como barreiras contra a 
disseminação generalizada do tumor, pelo 
menos por algum tempo. 
C) Disseminação hematogênica: É a via de 
disseminação mais utilizada pelos 
sarcomas, porém também pode ocorrer 
nos carcinomas. As artérias são mais 
resistentes que as veias a invasão 
tumoral. Os órgãos mais acometidos por 
essa disseminação são o fígado e o 
pulmão. 
ESTADIAMENTO (SISTEMA TNM) 
O sistema TNM é a classificação mais usada para os 
tumores malignos. Este critério foi estabelecido pela 
UICC (União Internacional Contra o Câncer) para 
determinar a extensão do crescimento e disseminação 
das neoplasias malignas. Pode ser utilizado tanto sob a 
perspectiva do patologista (pTNM), quanto do 
oncologista (cTNM). 
O sistema TNM está baseado em três componentes: 
T- tamanho do tumor primário 
N- nódulo regional comprometido 
M- metástase 
A classificação no sistema TNM tem como 
objetivos: 
a) Ajudar no planejamento do tratamento; 
b) Dar alguma indicação no prognóstico; 
c) Ajudar na avaliação dos resultados do 
tratamento; 
d) Facilitar a troca de informações entre os 
centros de tratamento. 
A associação dos três fatores T, N e M permite 
classificar os tumores em 5 estágios clínicos (0, I, II, III e 
IV). A detecção de uma metástase, invariavelmente, 
determinará um estágio IV (avançado). 
 
NEOPLASIA 
CONCEITO: 
“Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo 
crescimento excede e não está coordenado ao 
crescimento dos tecidos normais, persistindo da 
 
 
 
18 CAMILA CANUTO 
mesma maneira excessiva mesmo quando cessada a 
causa que a provocou. ” (Rupert Willis, 1967) 
ATUAL: 
Complexo aglomerado celular de origem clonal cujas 
alterações genéticas acumuladas conferem vantagem 
competitiva para sua proliferação e sobrevivência, 
além de graus variados de diferenciação celular. 
CARCINOGÊNESE (transformação): 
 
NEO: novo; PLASIA: crescimento 
COMPONENTES DE UM TUMOR 
PARÊNQUIMA: Células neoplásicas 
ESTROMA: Tecido de suporte (tecido conjuntivo, vasos 
sanguíneos). Compõe o microambiente tumoral. 
Estroma: azul 
Parênquima: rosa 
 
 
 
 
TUMOR: qualquer aumento de tecido. 
NEOPLASIA: proliferação indiscriminada das células 
que adquiriram alteração genética que que confere a 
ela capacidade de crescer (não precisa de estímulo). 
CÂNCER: sinônimo de neoplasia maligna. 
TIPOS DE NEOPLASIAS 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS 
 
NOMENCLATURA 
ORIGEM: 
Epitelial 
Mesenquimal 
Embrionário 
 
 
 
19 CAMILA CANUTO 
EPITELIAL 
BENIGNO 
- Glandular: Adeno + sufixo ‘oma’. 
- Não-Glandular: Elementos referentes à histogênese, 
e aspectos macro ou microscópicos + sufixo ‘oma’. 
MALIGNO 
- Glandular: Adeno + sufixo ‘carcinoma’ 
- Não-Glandular: Carcinoma + Elementos referentes à 
histogênese, e aspectos macro ou microscópicos. 
MESENQUIMAL 
BENIGNO 
- Célula de origem + sufixo ‘oma’. 
MALIGNO 
- Célula de origem + sufixo ‘sarcoma’. 
GERMINATIVO 
BENIGNO 
- Teratoma maduro 
MALIGNO 
- Teratoma imaturo 
BENIGNO X MALÍGNO 
Dependente do comportamento clínico e biológico dos 
tumores. 
 CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS: 
- Grau de diferenciação e anaplasia 
- Capacidade de invasão de tecidos adjacentes 
- Taxa de crescimento* 
- Capacidade de disseminação (metastatização) 
 
 GRAU DE DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA: 
- Bem diferenciado: Semelhança ao tecido normal de 
origem. 
- Anaplásico: Indiferenciação em relação ao tecido de 
origem. GRAU MAIS ALTO DE DIFERENCIAÇÃO. 
BENÍGNO 
Forma peseudocápsula. Bem delimitados. 
 
 
MALÍGNO 
Neoplasias malignas nem sempre são pouco ou 
indiferenciadas. Vários graus de diferenciação, taxa de 
 
 
 
20 CAMILA CANUTO 
crescimento mais acelerada, infiltram tecidos ao redor 
e tem potencial de metastizar. NÚCLEO PLEOMORFO. 
 
ANAPLASIA: FALTA DE DIFERENCIAÇÃO DA 
CÉLULA DE ORIGEM 
- Pleomorfismo (variação no formato/tamanho da 
célula ou núcleo) 
- Atipia nuclear (relação núcleo citoplasma aumenta) 
- Mitoses abundantes ou atípicas (aberrantes) 
- Crescimento anárquico (perda de polaridade) 
- Células gigantes tumorais (sinciciais) 
- Necrose isquêmica 
NOMENCLATURA 
 
ANAPLASIA 
PLEOMORFISMO: Rabdomiosarcoma. Núcleo 
aberrante. 
 
ATIPIAS NUCLEARES: relação núcleo citoplasma 
aumenta. Nucléolo evidente. 
 
MITOSES ABUNDANTES OU ATÍPICAS (ABERRANTES): 
células com três polos mitóticos (calcinha) 
 
CRESCIMENTO ANÁRQUICO (PERDA DE POLARIDADE): 
 
Normal Adenocarcinoma 
 
 
 
 
 
21 CAMILA CANUTO 
CÉLULAS GIGANTES TUMORAIS (SINCICIAIS): 
 
NECROSE ISQUÊMICA: 
 
Carcinoma. Mitose acontecendo, pleomorfismo, 
hipercromasia, material amorfo de fragmento celular = 
necrose isquêmica. 
BENÍGNO X MALÍGNO 
TAXA DE CRESCIMENTO CELULAR: 
- Fração de crescimento alta (proliferaçãorápida). 
- Estímulos proliferativos adicionados à inibição de 
morte celular (mais estímulo do que morte). 
- Alto turnover celular = alta renovação celular. 
- Rápido crescimento pode levar à necrose tumoral. 
- Maior sensibilidade aos quimioterápicos (tratamento 
terapêutico citotóxico - quimioterapia). 
CAPACIDADE DE INVASÃO DE TECIDOS ADJACENTES: 
- Neoplasias benignas  costumam ser bem 
delimitados (pseudocápsula). 
- Neoplasias malignas  costumam ser invasivas ou 
infiltrativas. 
- A célula tumoral invade estruturas adjacentes e o 
estroma. 
 
 
 
LESÕES PRECURSORAS 
Displasia  Neoplasia in situ  Neoplasia maligna 
invasiva 
Displasia  “Crescimento desordenado” 
Displasia  Neoplasia in situ  Neoplasia maligna 
invasiva 
 
Displasia (hiperplasia ductal atípica)  Neoplasia in 
situ (CDis)  Neoplasia maligna invasiva (CDI). 
 
 
 
 
22 CAMILA CANUTO 
Ducto da mama: 
 
 
Pode não evoluir para um carcinoma invasivo quando é um 
carcinoma in situ. 
 
Vários blocos sólidos de célula ductal mamaria invadindo o 
tecido. 
METAPLASIA  DISPLASIA  NEOPLASIA MALIGNA 
INVASIVA 
 
 
 
CAPACIDADE DE DISSEMINAÇÃO: 
Metástases: Sinal inequívoco de malignidade. São 
implantes descontínuos com o tumor primário. 
VIAS DE DISSEMINAÇÃO METASTÁTICA: 
 Disseminação linfática: metástase em linfonodos 
locorregionais. 
 Disseminação hematogênica: metástase pulmonar, 
hepática, SNC, etc. 
 Implantes em cavidades e superfícies corpóreas: ex. 
carcinomatose peritonial – carcinomas de ovário. 
Disseminação linfática: 
 
 
 
 
 
 
 
23 CAMILA CANUTO 
 
Disseminação hematogênica: 
 
 
Implantes em cavidades e superfícies corpóreas: 
 
QUESTÕES NORTEADORAS 
1- DEFINA NEOPLASIA, CÂNCER E TUMOR. 
2- DEFINA PARÊNQUIMA E ESTROMA 
TUMORAL. 
3- COMO É REALIZADA A NOMENCLATURA DOS 
TUMORES BENIGNOS? CITE UM EXEMPLO DE 
CADA DOS 3 TIPOS PRINCIPAIS DE TECIDO E 2 
EXCEÇÕES. 
4- COMO É REALIZADA A NOMENCLATURA DOS 
TUMORES MALIGNOS? CITE UM EXEMPLO DE 
CADA DOS 3 TIPOS PRINCIPAIS DE TECIDO E 2 
EXCEÇÕES. 
5- COMO É REALIZADA A NOMENCLATURA DOS 
TUMORES EPITELIAIS? CITE 3 EXEMPLOS. 
6- DEFINA DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA PARA 
CÉLULAS TUMORAIS. 
7- QUAIS SÃO AS 5 CARACTERÍSTICAS QUE 
PERMITEM A CARACTERIZAÇÃO DAS CÉLULAS 
COMO ANAPLÁSICAS? 
8- DIFERENCIE TUMORES BENIGNOS E 
MALIGNOS COM RELAÇÃO A TAXA DE 
CRESCIMENTO, INVASÃO LOCAL E 
METÁSTASE. 
MECANISMO DE CARCINOGÊNESE 
CICLO CELULAR/GENES E NEOPLASIAS 
 
Célula quiescente estimulada entra no ciclo celular. 
Pode ser estimulada por um fator de crescimento. 
CICLINAS: regulam o ciclo celular. 
Estimulo POR FATOR DE CRESCIMENTO ativa a célula e 
a após entrar no ciclo ativa a transcrição proteína 
CICLINA D. 
CICLINA D: proteína que se junta com a quinase 
específica (complexo ciclina-quinase) estimula a 
ativação e transcrição da próxima ciclina com a 
próxima quinase específica. 
CARCINOGÊNESE: Acúmulo de mutações em classes 
específicas de genes. 
1. Estimulam a multiplicação; 
2. Controlam a proliferação dentro dos limites 
fisiológicos normais; 
3. Comandam o reparo do DNA; 
4. Regulam a apoptose; 
 
 
 
24 CAMILA CANUTO 
5. Estão envolvidos no mecanismo de 
silenciosamente gênico; 
CARCINOGÊNESE 
Um processo completo, multifásico e depende de 
fenômenos genéticos e epigenéticos que culminam no 
surgimento de clones de células imortalizadas que 
adquirem capacidade de se multiplicas 
autonomamente, de invadir os tecidos vizinhos e de dar 
metástases. 
 
A palavra "oncologia" tem origem nos termos gregos onkos = 
volume e logia = estudo. 
CARCINOMA IN SITU: 
 
 
PROTO-ONCOGENES X ONCOGENES 
Codificam moléculas que regulam a proliferação e a 
diferenciação celular. 
PODEM SER: 
• Fatores de crescimento; 
• Receptores de fatores de crescimento; 
• Proteínas ligadas a GTP; 
• Proteínas citoplasmáticas com atividade quinásica; 
• Ciclinas e CDKs; 
• Fatores de transcrição; 
 Interferem em PROLIFERAÇÃO e 
DIFERENCIAÇÃO celular. Transformam proto-
oncogenes em oncogenes. 
PROTO-ONCOGENES 
Mecanismo de ação de oncogêneses na estimulação da 
proliferação celular: 
 
ONCOGENE RAS: Regula proteínas relacionadas com a 
diferenciação e proliferação. Grupo fosfato expões o 
sitio ativo e ele tem a capacidade de se ligar em outras 
molecular. Mutado na maioria dos tumores. 
 
 
 
 
25 CAMILA CANUTO 
Mutação nos reguladores que tiram o fosfato do GTP 
E GDP deixam a proteína sempre ativa 
independentemente se estiver ou não ligado ao GTP., 
pode ter alteração no próprio RAS que faz com que 
ele fique sempre ativo sem GTP E GDP. 
Pacientes que tem mutações me proto-oncogenes 
específicos, eu posso inibi-lo usando um fármaco. 
No MELANOMA geralmente tem mutação na via do 
RAS. 
O RAS é o oncogene mutado mais comum em tumores 
humanos. 
GENES SUPRESSORES DE TUMOR 
 
Rupturas dos mecanismos de feedback negativo de vias 
de proliferação: 
 
PTEN: capacidade de inativar a via do RAS. 
 
Proteínas especificas reconhecem o dano e ativam 
outras proteínas que fazem o reparo do DNA lesado. 
ATRAVÉS DE GANHO OU PERDA DE FUNÇÃO: 
 
 
 
 
26 CAMILA CANUTO 
Complexo de reconhecimento de dano do DNA 
(BRCA1) reconhece o dano e recruta a p53. 
PROTEÍNAS ESPECÍFICAS RECONHECEM O 
DANO E RECRUTAM A P53. 
PROTEÍNA P53: 
 
BALANÇA CELULAR: entre ter uma mutação no proto-
oncogene, e nesse gene ter a proteína p53 que regula a 
proliferação e diferenciação. 
PROTEÍNA Rb: (proteína do Retinoblastoma) 
 
E2F: fator de transcrição de ciclina D no núcleo. 
Proteína do Retinoblastoma mutada não tem 
capacidade de se ligar a E2F: quando está mutada 
libera a E2F onde consegue se proliferar e transcrever a 
ciclina D. 
 
ESCAPE DO PROCESSO DE MORTE CELULAR 
PROGRAMADA 
 
Apoptosis is attenuated in those tumors that succeed in 
progressing to states of high-grade malignancy and resistance 
to therapy. 
AUTOFAGIA 
Sobrevivência X morte de células tumorais. 
A autofagia parece representar mais uma barreira que 
precisa ser contornado durante o desenvolvimento do 
tumor. 
Nutrient starvation, radiotherapy, and certain cytotoxic drugs 
can induce elevated levels of autophagy that are apparently 
cytoprotective for cancer cells. 
 
 
 
27 CAMILA CANUTO 
 
 
MECANISMOS EPIGENÉTICOS NA 
CARCINOGÊNESE 
 
METILAÇÃO: 
DESMETILAÇÃO dos genes de proteínas que induzem a 
proliferação, e METILAÇÃO dos genes de proteínas que 
induzem a supressão tumoral o que inativa esses 
genes. 
METILAÇÃO DE HISTONAS: 
HISTONAS: Proteínas que interagem com DNA. Elas 
metiladas interagem menos com o DNA ou perdem a 
capacidade de interagir com DNA e então as DNA 
POLIMERASES podem se ligar nessa área. 
INTERFERÊNCIA NO RNA: 
Levado a um complexo proteico de degradação. Micro 
RNA mutados no cancer que deveriam fazer a 
regulação de oncogenes. 
 
LESÕES GENÉTICAS NO CÂNCER – ATIVAÇÃO 
DE PROTO-ONCOGENES 
• MUTAÇÕES PUNTIFORMES: Geralmente causa 
perda ou ganho de função a partir da alteração de 
resíduos de aminoácidos em um domínio que 
normalmente mantém a atividade da proteína sob 
controle. 
 
• MUTAÇÃO POR INSERÇÃO: 
 
 
 
28 CAMILA CANUTO 
• TRANSLOCAÇÃO: 
 
 
• AMPLIFICAÇÃO GÊNICA: 
 
• HIPEREXPRESSÃO GÊNICA: um gene transcrito 
várias vezes. 
 
ETAPAS DA CARCINOGÊNESE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 CAMILA CANUTO 
Os promotores são substâncias que têm em comum as 
propriedades de irritar tecidos e de provocar reações 
inflamatória e proliferativas. 
 
CASOS CLÍNICOS 
CASO 1 
Um homem de 65 anos relata uma história de 2 meses 
de tosse seca persistente e perda de peso não 
intencional de 4.5 kg. O paciente nega febre, dispneia, 
faringite, rinorreia, dor torácica ou hemoptise. A 
história médica é significativa para doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC) e hipertensão. A história 
familiar nadaacrescenta. Ele fumou 1 maço de cigarros 
por dia durante 40 anos, mas parou de fumar há 5 
anos. No exame físico, não foi detectada adenopatia 
palpável e os murmúrios vesiculares estavam 
globalmente reduzidos, sem sibilos focais nem 
estertores. O diagnóstico foi de câncer pulmão de 
células não-pequenas. 
1. QUAL O TIPO DE CARCINOGÊNESE FOI 
RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIDO DA NEOPLASIA? 
Carcinogênese por agente químico. 
2. QUAIS AS DUAS CLASSES QUE ESSES 
CARCINÓGENOS ESTÃO DIVIDIDOS? GRUPRO DIRETO: 
quando o que causa o dano interage diretamente com 
o DNA, não passa por conversão metabólica. GRUPO 
INDIRETO: precisa passar por conversão metabólica 
para ter ação no DNA. 
Os agentes de ação direta não requerem conversão 
metabólica para se tornar carcinogênicos, enquanto os 
agentes de ação indireta não são ativos até se 
converter em um carcinógeno final por vias 
metabólicas endógenas. Portanto, os polimorfismos de 
enzimas endógenas, como o citocromo P-450, podem 
influenciar a carcinogênese. 
3. QUAL É O MECANISMO DE AÇÃO DESTES 
CARCINÓGENOS? Carcinógenos químicos específicos, 
como aflatoxina B1, produzem mutações 
características no gene TP53, de tal modo que a 
detecção da “mutação de assinatura” dentro do gene 
TP53 estabelece a aflatoxina como agente causador. 
4. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GRUPOS DESTES 
CARCINÓGENOS? São exemplos de carcinógenos 
humanos os agentes de ação direta (p. ex., agentes 
alquilantes usados para quimioterapia), agentes de 
ação indireta (p. ex., benzopireno, corantes azo, 
aflatoxina) e promoters ou agentes que causam 
hiperplasia do endométrio ou atividade regenerativa do 
fígado. 
CASO 2 
Uma mulher de 36 anos de idade com pele clara 
apresenta uma mancha pigmentada escura e irregular 
que ela percebeu há 4 meses na panturrilha posterior 
direita. Ela aumentou de tamanho gradualmente. A 
mulher relata aproximadamente 6 queimaduras 
solares no passado e tem usado câmara de 
bronzeamento diversas vezes ao ano nos últimos anos. 
A história familiar é positiva para melanoma em seu 
tio. No exame físico, aproximadamente 15 nevos de 
aparência normal, de 3 mm a 5 mm, simétricos, 
coloração marrom uniforme e bordas regulares, são 
observados em outros locais no tronco e membros. A 
lesão pigmentada na panturrilha direita é assimétrica 
em relação aos 2 eixos, mede 1 cm x 0.8 cm, é 
profundamente pigmentada com vários tons de 
marrom e tem borda irregular. Os linfonodos poplíteos 
não são clinicamente palpáveis. 
1. QUAL O TIPO DE CARCINOGÊNESE FOI 
RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIDO DA NEOPLASIA? 
Carcinogênese por agente físico. 
 
 
 
30 CAMILA CANUTO 
2. QUAIS AS DUAS CLASSES QUE ESSES 
CARCINÓGENOS ESTÃO DIVIDIDOS? Radiações 
IONIZANTES: raio X, radiação gama (quebra: deleções 
do gene) e NÃO IONIZANTES: UVB, UVA, UVC 
(altamente penetrante e carcinogênico) (formação de 
dímeros). Cada comprimento de onda é mais ou menos 
penetrante na pele. 
Os CÂNCERES DE PELE NÃO MELANOMAS estão 
associados à exposição cumulativa total à radiação UV, 
enquanto os MELANOMAS estão associados à 
exposição intermitente intensa — como ocorre no 
banho de sol. 
3. QUAL É O MECANISMO DE AÇÃO DESTES 
CARCINÓGENOS? Capacidade de formar fotoprodutos: 
capacidade para danificar o DNA pela formação de 
dímeros de pirimidina. Esse tipo de dano ao DNA é 
reparado pela via de reparo de excisão de nucleotídeo. 
Com a extensa exposição à luz UV, os sistemas de 
reparo podem ser dominados e resulta o câncer de 
pele. 
A radiação ionizante causa quebra do cromossomo, 
translocações e, menos frequentemente, mutações 
pontuais, levando ao dano genético e à carcinogênese. 
Os raios UV induzem a formação de dímeros de 
pirimidina dentro do DNA, levando a mutações. 
Portanto, os raios UV podem dar origem a carcinomas 
de células escamosas e melanomas da pele. 
CASO 3 
Uma mãe leva seu filho de 3 anos ao pediatra com a 
queixa de que o olho direito da criança parece 
estranho e diferente do olho esquerdo. O pediatra 
observa que a pupila direita tem uma névoa branca e 
parece muito incomum. Ele encaminha a criança a um 
oftalmologista pediátrico, que observa um reflexo 
vermelho assimétrico e um descolamento total da 
retina no olho direito. O oftalmologista pediátrico de 
plantão encaminha o paciente a um oncologista ocular 
com o diagnóstico de descolamento da retina ou 
retinoblastoma. No exame físico, o oncologista ocular 
descobre que o olho direito está cheio de tumores com 
acometimento vítreo e sub-retiniano e um 
descolamento total subjacente da retina. O olho 
esquerdo está saudável, não apresentando focos de 
retinoblastoma. 
1. O QUE LEVOU AO DESENVOLVIMENTO DA 
NEOPLASIA? Mutação no gene Rb. Proteína do 
Retinoblastoma mutada não tem capacidade de se ligar 
a E2F que é a proteína que transcreve o gene para 
ciclina D que continua o ciclo celular. 
2. QUAL O PADRÃO DE HERANÇA GENÉTICA DA 
MAIORIA DESTAS SÍNDROMES? Padrão de herança 
dominante. 
CASO 4 
Uma mulher de 46 anos apresenta-se para fazer um 
exame ginecológico de rotina. Apresenta uma história 
de relações sexuais sem proteção com vários parceiros 
e é fumante. O esfregaço de Papanicolau é anormal. O 
diagnóstico foi de câncer de câncer cervical. 
1. QUAL O TIPO DE CARCINOGÊNESE FOI 
RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DA 
NEOPLASIA? Carcinogênese por agente biológico (vírus 
HPV). 
2. QUAL É O MECANISMO DE AÇÃO DESTES 
CARCINÓGENOS? 
3. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GRUPOS DESTES 
CARCINÓGENOS? 
MECANISMO DE METÁSTASE 
1. O QUE É UMA NEOPLASIA? Proliferação 
indiscriminada das células que adquiriram alteração 
genética que que confere a ela capacidade de crescer 
(não precisa de estímulo). 
2. QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE METAPLASIA, 
DISPLASIA E NEOPLASIA? METAPLASIA – é definida 
como a substituição de um tipo celular por outro tipo 
celular. A metaplasia quase sempre é encontrada em 
associação em os processos de dano, reparo e 
regeneração tecidual. 
DISPLASIA – literalmente significa “crescimento 
desordenado”. Ela pode ser encontrada principalmente 
em epitélios, e é caracterizada por uma constelação de 
alterações que incluem a perda da uniformidade das 
células individuais, assim como a perda de sua 
orientação arquitetural. Quando as alterações 
displásicas são marcantes e envolvem toda a espessura 
do epitélio, porém a lesão não penetra na membrana 
basal, ela é considerada como uma neoplasia pré-
 
 
 
31 CAMILA CANUTO 
invasiva e é denominada carcinoma in situ. Uma vez 
que as células tumorais tenham rompido a membrana 
basal, diz-se que o tumor é invasivo. 
3. QUAIS SÃO OS GENES RELACIONADOS A 
PROLIFERAÇÃO E SUPRESSÃO TUMORAL? 
Proliferação: RAS, CDKs, ciclínas. Supressão: P53, PRb. 
4. QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE NEOPLASIAS 
MALIGNAS E BENIGNAS? Os tumores benignos e 
malignos podem ser distinguidos de outros com base 
no grau de diferenciação, taxa de crescimento, 
invasividade e disseminação distante. 
- Os tumores benignos assemelham-se ao tecido de 
origem e são bem diferenciados; os tumores malignos 
são mal ou completamente indiferenciados 
(anaplásicos). 
- Os tumores benignos são de crescimento lento, 
enquanto os tumores malignos geralmente crescem 
mais depressa. 
- Os tumores benignos são bem circunscritos e têm 
uma cápsula; os tumores malignos são mal 
circunscritos e invadem os tecidos normais 
circundantes. 
- Os tumores benignos permanecem localizados no 
sítio de origem, enquanto os tumores malignos são 
localmente invasivos e metastatizam-se para locais 
distantes. 
5. O QUE É METÁSTASE? Metástase é a presença de 
células ou massas tumorais em tecidos que não 
apresentam continuidade com o tumor primário. É a 
principal característica das neoplasias malignas. 
6. QUAIS AS VIAS DE METÁSTASE? Disseminação das 
células tumorais ocorre através dos vasos sanguíneos, 
linfáticos ou cavidades corporais. 
A) DISSEMINAÇÃO ATRAVÉSDE CAVIDADES E 
SUPERFÍCIES CORPORAIS: Esse tipo de disseminação 
ocorre quando células neoplásicas penetram em uma 
cavidade natural, como a peritonial. Em casos de 
carcinomas de ovário não é raro que as superfícies 
peritoniais fiquem revestidas por células neoplásicas. 
Outras cavidades corporais podem estar envolvidas 
como a pleural, pericardial e subaracnóide. 
B) DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA: As células tumorais são 
transportadas pelos vasos linfáticos. É a via 
preferencial dos carcinomas, e a menos freqüente nos 
sarcomas. Os gânglios linfáticos regionais funcionam 
como barreiras contra a disseminação generalizada do 
tumor, pelo menos por algum tempo. PATOLOGIA 
GERAL - DB-301, UNIDADE V, FOP/UNICAMP ÁREAS DE 
SEMIOLOGIA E PATOLOGIA 4 
C) DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA: É a via de 
disseminação mais utilizada pelos sarcomas, porém 
também pode ocorrer nos carcinomas. As artérias são 
mais resistentes que as veias a invasão tumoral. Os 
órgãos mais acometidos por essa disseminação são o 
fígado e o pulmão. Os mecanismos de metástase serão 
descritos nas próximas aulas. 
PROGRESSÃO NEOPLÁSICA E METÁSTASE 
ADAPTAÇÃO – o que é uma adaptação? 
Capacidade da célula de se adaptar a alterações no seu 
meio ambiente e sobreviver em condições adversas. 
Alterações adaptativas estruturais (alteração no padrão 
normal de crescimento). 
TIPOS DE ADAPTAÇÃO: 
- Alteração no tamanho da célula: 
HIPERTROFIA/HIPOTROFIA 
- Alteração no número de células: 
HPERPLASIA/HIPOPLASIA 
- Alteração no número de células e na diferenciação: 
METAPLASIA/DISPLASIA 
DISPLASIA: alteração na diferenciação celular (núcleo 
celular fica muito aumentado, presença de mutação). 
 
 
 
 
32 CAMILA CANUTO 
NEOPLASIA: é o termo que designa alterações 
celulares que acarretam uma proliferação celular 
anormal, sem controle, autônoma, na qual reduzem ou 
perdem a capacidade de se diferenciar, em 
consequência de mudanças nos GENES que regulam o 
crescimento e a diferenciação celulares. A neoplasia 
pode ser maligna ou benigna. 
 
CICLO CELULAR 
 
O ponto de checagem G1 é o principal ponto de 
decisão para uma célula – ou seja, o primeiro ponto em 
que deve-se escolher entre dividir ou não. Uma vez que 
a célula passa o ponto de checagem G1 e entra na fase 
S, ela se torna irreversivelmente comprometida com a 
divisão. Ou seja, excetuando-se problemas 
inesperados, tais como dano no DNA ou erros de 
replicação, uma célula que passa pelo ponto de 
checagem G1 continuará pelo resto do caminho 
através do ciclo celular e produzirá duas células filhas. 
Se uma célula não obtém os sinais para seguir em 
frente que ela precisa no ponto de checagem G1 pode 
sair do ciclo celular e entrar em um estado de repouso 
chamado G0. Algumas células permanecem, enquanto 
outras voltam à divisão se as condições melhoram. 
Para certificar-se de que a divisão celular ocorra bem 
(para que produza células filhas saudáveis com DNA 
completo e sem danos), a célula possui um ponto de 
checagem adicional antes da fase M, chamado de G2 
Nesta fase, a célula irá checar: 
 Integridade do DNA. Há algum DNA danificado? 
 Replicação do DNA. O DNA foi completamente copiado 
durante a fase S? 
Se erros ou danos são detectados, a célula irá pausar 
no ponto de checagem G2 permitir reparos. Se os 
mecanismos do ponto de checagem detectam 
problemas com o DNA, o ciclo celular é interrompido e 
a célula tenta completar a sua replicação de DNA ou 
reparar o DNA danificado. 
Se o dano é irreparável, a célula pode sofrer apoptose, 
ou morte celular programada 2. Este mecanismo de 
autodestruição assegura que o DNA danificado não é 
repassado para as células filhas e é importante para 
prevenir o câncer. 
O ponto de checagem M é também conhecido 
como ponto de checagem do fuso: aqui, a célula 
examina se todas as cromátides irmãs estão 
corretamente ligadas aos microtúbulos do fuso. Como 
a separação das cromátides irmãs durante a anáfase é 
um passo irreversível, o ciclo não irá continuar até que 
todos os cromossomos estejam firmemente ligados a 
pelo menos dois filamentos do fuso em lados opostos 
da célula. 
INTÉRFASE: 
- G1: controlada por Ciclinas (Transcrição e Tradução 
proteica) 
- S: replicação do DNA (FASE CRÍTICA) 
- G2: condensação da cromatina em crss, prepara a 
célula para mitose 
- GO: estado de quiescência (temporária) ou 
senescência, permanente 
CARACTERÍSTICAS DE CELULAS NEOPLASICAS: 
- Proliferação celular descontrolada (não obedecem ao 
feedback); 
- Redução da diferenciação; 
- Conseguem evitar a apoptose; 
 
 
 
33 CAMILA CANUTO 
- Comportamento: benignas ou malignas (maligna = 
câncer); 
4 CLASSES DE GENES REGULADORES NORMAIS 
1. PROTO-ONCOGENES (genes promotores do 
crescimento). 
Genes normais responsáveis pela proliferação e 
diferenciação celular, (faz com que a célula saia da 
interfase e entre na mitose). 
- Atuam como fatores de crescimento, transdutores de 
sinal, transcrição ou componentes do ciclo celular. 
2. GENES SUPRESSORES DO TUMOR QUE 
INIBEM O CRESCIMENTO. 
Gene TP53: Guardião do Genoma (Policial Molecular) – 
gene supressor tumoral 
- Frustra a transformação neoplásica por 3 
mecanismos: G0 temporário (quiescência), G0 
permanente (senescência) e deflagra apoptose. 
P53: Gene supressor de tumor alterado na maioria dos 
cânceres; provoca a interrupção da Apoptose; 
- Induz a transcrição de genes pró-apoptóticos (BAX) 
(A p53 é requerida no ponto de checagem G1/S e é um 
dos principais componentes do ponto de checagem 
G2/M) 
Gene PTEN: Gene supressor tumoral 
3. GENES QUE REGULAM A APOPTOSE. 
4. GENES ENVOLVIDOS NO REPARO DO DNA. 
(São os principais alvos do dano genético). 
 
 
CKIT (proliferação celular, proto-oncogenes): se tiver 
CKIT mutado pode entrar com inibidor de CKIT, esse 
medicamento faz com quem pare de se dividir. 
 
ONCOGENES: promovem o crescimento celular 
autônomo nas NEOPLASIAS (perdeu a características 
normal de gene). 
- Versões mutadas ou super-expressos de genes 
celulares normais, (proto-oncogenes). 
- Quando as células neoplásicas passam a se multiplicar 
de forma desordenada, PODEM formar massas sólidas 
(> 3 cm) de diâmetro = tumores; 
- Tumores benignos ou malignos. 
- O termo neoplasia ou tumor baseia-se na origem 
(epitelial; mesenquimal e embrionário), 
comportamento (benigno ou maligno) e morfologia. 
- NEOPLASIAS BENIGNAS: 
Tecido afetado + sufixo “oma”: 
 
 
 
34 CAMILA CANUTO 
Tumor benigno do tecido cartilaginoso = condroma 
Tecido de revestimento: Papiloma 
- NEOPLASIAS MALIGNAS: 
Tecido epitelial: carcinoma 
Tecido glandular: adeno + carcinoma 
Tecido mesenquimal: sarcoma 
- Se originam de células totipotentes: teratoma 
benigno ou maligno. 
Exceções: melanoma, linfoma, mastocitoma, 
granuloma e etc. 
Sufixo ‘OMA’: benigno 
Sufixo ‘CARCINOMA, SARCOMA’: maligno 
NEOPLASIA BENIGNA 
- Podem trazer consequências. 
- Compressão de órgãos e vasos, produção em excesso 
de Substância 
EX: Tumores pancreáticos: Secretores de insulina. 
Podem levar a hipoglicemia fatal. 
EX: Gliomas: regiões profundas do encéfalo ... Difícil 
remoção ... podem levar a compressão, necrose de 
regiões vitais e morte 
NEOPLASIA MALIGNA 
- GRAU 1: Bem diferenciado 
- GRAU 2: Moderadamente diferenciado 
- GRAU 3: Pouco diferenciado 
- GRAU 4: Não diferenciado 
CARACTERÍSTICA E PROPRIEDADES DAS CÉLULAS 
MALIGNAS: 
FUNÇÃO CELULAR: 
- Perda da diferenciação pode estar associada a perda 
da função; 
- Alguns perdem totalmente a função do tecido 
original; 
- Alguns perdem parcialmente; 
BIOQUÍMICAS: 
- Captam mais aminoácidos; 
- Mais glicólise (suportam hipóxia); 
- Consomem muita glicose / Proliferação e 
metabolismo rápido; 
ADESIVIDADE REDUZIDA ENTRE SI: 
1. Irregularidades na membrana; 
2. Diminuição de estruturas juncionais; 
3. Redução de moléculas de adesão; 
4. Redução da adesão aointerstício; 
MOTILIDADE: 
- Podem infiltrar tecidos adjacentes; 
- Primeiro passo da disseminação; 
- No novo local podem originar novas colônias 
tumorais; 
PROPAGAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE NEOPLASIAS: 
INFILTRAÇÃO = via de disseminação para tecidos 
adjacentes; 
Podem ser localmente invasivos, mas não originar 
metástases. 
METÁSTASE 
DEFINIÇÃO: formação de uma nova lesão tumoral a 
partir da primeira, mas sem continuidade entre ambas. 
1. Destacamento das células da massa tumoral. 
2. Deslocamento pela matriz extracelular. 
3. Invasão de vasos linfáticos ou sanguíneos. 
4.Adesão ao endotélio do vaso no órgão alvo. 
5. Saída do vaso. 
6. Proliferação no tecido alvo. 
 
 
 
35 CAMILA CANUTO 
- Migração da metástase para o tecido hóspede não é 
aleatória. 
- Alguns tecidos são mais preparados para receber a 
metástase. 
- Constituem o nicho pré-metastático “Teoria da 
Semente e do Terreno”. 
MECANISMO DE METÁSTASE 
1. Destacamento: 
- Inibição das moléculas que fazem a adesão celular / e 
aumentam adesão a MEC / emissão de pseudópodes. 
- Redução da adesão celular. 
 
2. Deslocamento de células isoladas: 
- Células emitem pseudópodes (via alterações no 
citoesqueleto). 
- Prendem a MEX (via integrinas) / formam área de 
adesão foca. 
Pseudópodes ficam aderidos. 
 
Melanoma pegando região de derme. 
3. Deslocamento em blocos: 
- Células migram em conjunto. 
- Conseguem deslocar-se entre as fibras do MEC sem 
destruí-las. 
- Podem formar embolias tumorais. 
METALOPROTEINASE: abre espaço para invadir e 
invadir em bloco 
4. Locomoção – QUIMITAXIA: 
 
- Angiogênese 
5. Invasão de vasos sanguíneos e Linfáticos: 
- Aderem a parede dos vasos sanguíneos (mesmo 
processo da inflamação). 
- Migração para os vasos (quimiocinas produzidas em 
células endoteliais) (CCL 19 e 21) / capilares e vênulas 
de parede fina. 
6. Sobrevivência das Células tumorais na 
circulação: 
- Células tumorais estimulam coagulação (capa de 
fibrina e plaquetas as protegem de células defesa) 
- 99% das células tumorais na circulação morrem / 
trombocitopenia ou tratamento com heparina 
reduzem o n° de metástases. 
7. Saída de células tumorais para os órgãos: 
- Moléculas de adesão que permitam se ligar ao 
endotélio no local de extravasamento; - Depende de 
fatores quimiotáticos secretados no órgão de destino. 
 
 
 
36 CAMILA CANUTO 
8. Nicho pré-metastático: 
- Célula tumoral induz modificações a distância no 
órgão alvo. 
- Processo antecede a saída das células na circulação. 
- Fatores sinalizadores envolvidos: VEGF, PIGF, TNF-α e 
TNF-β. 
 
MECANISMO DE DISSEMINAÇÃO 
 
1. Implantação ou Transcelômica: 
- Câncer se origina na superfície de uma estrutura 
abdominal ou torácica, encontra poucas barreiras 
anatômicas para se disseminar. 
- Ex: adenocarcinomas de ovário, mesotelioma. 
2. Transplante: 
- Ex: utilizar o mesmo material para retirar um 
tumor e fazer outra cirurgia. 
- Material contaminado pode carregar células para 
outros locais. 
3. Via Hematogênica: 
- Via de eleição de sarcomas. 
- As células podem sofrer baixa, por morte devido ao 
NK. 
- Geralmente acometem veias pois as paredes são mais 
finas e fáceis de penetrar. 
4. Via linfática: 
- Maioria dos carcinomas. 
- Acometem primeiramente LNS regionais, pela 
drenagem linfática pré-existente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 CAMILA CANUTO 
GRADUAÇÃO E ESTADIAMENTO DAS 
NEOPLASIAS MALIGNAS 
PERGUNTAS NORTEADORAS 
O QUE A GRADUAÇÃO HISTOLÓGICA DAS NEOPLASIAS 
MALIGNAS AVALIA? 
QUAL A RELAÇÃO ENTRE O GRAU HISTOLÓGICO E O 
PROGNÓSTICO DAS NEOPLASIAS MALIGNAS? 
QUAL O PRINCIPAL SISTEMA DE ESTADIAMENTO DAS 
NEOPLASIAS MALIGNAS? E QUAIS SEUS PRINCIPAIS 
OBJETIVOS? 
QUAL O SIGNIFICADO DOS COMPONENTES 
(DESCRITORES) DO SISTEMA TNM? 
QUAIS SÃO OS DOIS TIPOS PRINCIPAIS DE 
ESTADIAMENTOS REALIZADOS PELO SISTEMA TNM? 
DE QUE MANEIRA ELES SÃO REPRESENTADOS? 
QUAL DESCRITOR INVARIAVELMENTE INCORRE EM 
UM ESTADIO AGRUPADO IV (DOENÇA AVANÇADA)? 
QUAL A IMPORTÂNCIA CLÍNICA DO SISTEMA TNM EM 
RELAÇÃO AO PROGNÓSTICO DAS NEOPLASIAS 
MALIGNAS? 
GRADUAÇÃO 
Tem por finalidade avaliar o comportamento e a 
extensão da doença 
 Graduação (grau histológico) 
 Estadiamento TNM ou outros sistemas (TNM usa 
apenas para tumores sólidos) 
- Auxilia na determinação do comportamento biológico 
e agressividade da neoplasia maligna 
- Graduação: “status” de diferenciação da neoplasia 
maligna 
- Grau histológico e nuclear (sistemas específicos) 
• Baixo grau de indiferenciação -> melhor prognóstico 
• Alto grau de indiferenciação -> pior prognóstico 
 
 
ESTADIAMENTO 
Tem por principal finalidade a avaliação do tamanho 
ou extensão do tumor primário e sua disseminação. 
Baseado em aspectos anatômicos. 
 
A classificação baseada no TNM é o sistema mais 
utilizado universalmente para neoplasias malignas 
sólidas (American Joint Committee on Cancer - AJCC). 
Leva em consideração aspectos anatômicos e, mais 
atualmente, aspectos não anatômicos (genéticos e 
moleculares). 
OBJETIVOS PRINCIPAIS: 
- Ajudar no planejamento do tratamento; 
- Dar alguma indicação do prognóstico; 
- Ajudar na avaliação dos resultados do tratamento; 
 
 
 
38 CAMILA CANUTO 
- Facilitar a troca de informações entre os centros de 
tratamento. 
“T” – Indica o tamanho, extensão ou profundidade do 
tumor. 
“N” – Indica o envolvimento de linfonodos 
locorregionais pelo tumor. Pode levar em consideração 
o número, o tamanho e a localização dos linfonodos 
acometidos. 
“M” – Indica a presença ou não de metástase à 
distância. 
 
T0: geralmente quando o paciente já foi tratado o tumor 
sumiu mas continua com presença de tumor em linfonodos 
ou metástase; 
 
 
ESTADIAMENTO CLÍNICO (CTNM) 
- ESTADIAMENTO CLÍNICO (CTNM) – realizado a partir 
da história clínica, exame físico e exames 
complementares, principalmente imagens. 
- Pode haver subgrupos representados por letras (ex: 
a,b,c). 
 
ESTADIAMENTO PATOLÓGICO (PTNM) 
- ESTADIAMENTO PATOLÓGICO (PTNM) – utiliza 
achados intraoperatórios e da análise 
anatomopatológica quando há a ressecção cirúrgica do 
tumor antes do tratamento adjuvante ou sistêmico. 
Pode ser representado apenas como pTN. 
- Pode haver subgrupos representados por letras (ex: 
a,b,c). 
 
ESTADIO CLÍNICO AGRUPADO (UICC) 
- A associação dos três fatores T, N e M permite 
classificar os tumores em 5 estádios clínicos (0, I, II, III e 
IV). 
- A presença de metástase à distância invariavelmente 
incorre em um estadio avançado IV. 
- Pode haver subgrupos representados por letras A, B, 
C, D. 
- Quanto maior o estadio clínico agrupado, mais 
avançada a doença, pior o prognóstico e menor a taxa 
e o tempo médio de sobrevida dos pacientes 
OBSERVAÇÕES 
- Cada tipo de câncer tem seu próprio sistema de 
classificação. 
- Um reestadiamento pode ser realizado (rTNM). 
 
 
 
39 CAMILA CANUTO 
- Um estadiamento pós-terapia, como a terapia 
neoadjuvante, é representado por “y” – ycTNM ou 
ypTNM. 
- Estadiamento de neoplasias identificadas apenas em 
uma autópsia é representado por “a” – aTNM. 
OUTROS SISTEMAS DE ESTADIAMENTO 
- Ann Arbor – Linfomas 
- FIGO – Neoplasias malignas ginecológicas 
- Sistema de Dukes – Neoplasias malignas colorretais 
- WHO (OMS) – Neoplasias malignas do SNC 
OUTROS ASPECTOS MICROSCÓPICOS 
RELEVANTES 
- INVASÃO PERINEURAL 
Perineuro está ao redor das fibras. 
 
 
 
- INVASÃO LINFÁTICA 
Embolo neoplásico não configura metástase por si. 
Células neoplásicas dentro de vasos linfáticos. 
 
- INVASÃO VASCULAR 
 
- COMPROMETIMENTO DAS MARGENS DA 
RESSECÇÃO 
Margens do tumor são pintadas com tinta nanquim. 
Mesmo depois de retiradas dá para ver. 
 
 
 
 
40 CAMILA CANUTO 
 
- EXTRAVASAMENTO EXTRACAPSULAR LINFONODAL 
 
MAIOR RISCO DE DISSEMINAÇÃO – MAIOR 
RISCO DE RECIDIVA

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