Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ERROS INATOS DO METABOLISMO (EIM) Luana Vitória da Silva Azevedo 01535295 Enfermagem 1. O que é e como atua uma enzima? São proteínas que atuam controlando a velocidade e regulando as reações que ocorrem no organismo. Elas catalisam reações químicas específicas atuando sobre substratos específicos e em locais específicos desses substratos. 2. Como é feito o controle de sua atividade? Fatores que podem afetar ou controlar a atividade enzimática: Moléculas reguladoras (ativadoras ou inibidoras), cofatores, compartimentalização e inibição retroativa. 3. O que são inibidores enzimáticos e como eles agem? Inibidores enzimáticos é qualquer molécula que se ligue à cadeia polipeptídica de uma enzima diminuindo a velocidade da reação. Inibição reversível: o inibidor se liga ao sítio ativo ou então a parte da cadeia polipeptídica da enzima, impedindo que o substrato seja transformado em produto. Inibição irreversível: ocorre com a ligação do inibidor de forma covalente ao sítio ativo da enzima, impedindo a ligação do substrato. Inibição competitiva: se caracteriza pela ligação do inibidor apenas ao complexo enzima substrato originando um complexo enzima-substrato-inibidor. Inibição mista: o inibidor se liga a uma região da enzima, diferente do sitio ativo, sem interferir na ligação do substrato ao sítio catalítico. 4. Explique como uma modificação genética pode influenciar a atividade enzimática. Algumas modificações genéticas podem influenciar na paralisação do funcionamento de uma enzima ou no excesso de funcionamento da mesma. Essas modificações na atividade enzimática podem desenvolver diversos distúrbios no organismo, como por exemplo a homocistinúria, doença autossômica que prejudica a atividade da cistationina beta-sintetase. HOMOCISTINÚRIA Homocistinúria é classificada como um erro inato do metabolismo. Acontece devido à deficiência da atividade enzimática da cistationina beta-sintetase (CBS) necessária para metabolizar a homocisteína causando aumento nos níveis desse aminoácido no organismo. É uma doença rara autossômica recessiva que se caracteriza pela atividade defeituosa da CBS. A diminuição da atividade de CBS eleva a concentração de metionina e homocisteína e diminui a concentração de cistationina e cisteína. O metabolismo da homocistinúria possui duas vias metabólicas: remetilação, em que a homocisteína é convertida a metionina, e a transulfuração, com formação de cisteína a partir da homocisteína, quando há necessidade de cisteína ou há saturação da via de remetilação. Alterações nesse metabolismo contribui para a homocistinúria. Os valores normais de homocisteína no plasma de um indivíduo saudável são de 5 a 15. Todavia, num paciente com homocistinúria atingem valores de 200, podendo ser diagnosticada através de exames de sangue que medem a função enzimática no fígado e os níveis de homocisteína e metionina. Entretanto, o exame genético é o método mais preciso para diagnosticar a doença. A patologia é, normalmente, diagnosticada na infância que os sintomas, geralmente, surgem após os três anos de idade. O paciente pode desenvolver sintomas como: perda de visão, deficiência intelectual, maior propensão a formar coágulos, osteoporose, curvatura na coluna vertebral, deformação do tórax, membros e dedos alongados, entre outros. A homocistinúria não tem cura, mas tem tratamentos que envolvem dietas especiais, com restrição de determinados alimentos que reduzem, significativamente, a quantidade de proteínas e complementação de vitaminas. Alguns pacientes podem ser beneficiados pela vitamina B6 (piridoxina) e pelo ácido fólico, enquanto outros podem apresentar melhora dos sintomas com suplementos de betaína, que ajudam a reduzir os níveis de homocisteína no sangue. REFERÊNCIAS Enzyme inhibitor. (10 de maio de 2016). Acesso em 20 de julho, 2016. Disponível em Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Enzyme_inhibitor. Acesso em 20 julho de 2016. BERG, J. M.; TYMOCZKO, J. L.; STRYER, L. Bioquímica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A. Bioquímica Ilustrada. 2 ed. Editora Artes Médicas, 1997 HOSS, Giovana Regina Weber. Homocistinúria e metabolismo da homocisteína: tratamento com creatina e fenilcetonúria como modelos. 2019. PINTO, Joana; GOMES, Mariana. Homocistinúria. RevSALUS-Revista Científica Internacional da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia, v. 4, n. Sup, p. 186-187, 2022 DEMCZKO, Matt. Homocistinúria. Manual MSD (Versão Saúde para a Família). Abril, 2020. Acesso em 29 de agosto de 2022. MORAIS, Carla Cristina de. METABOLISMO DA HOMOCISTEÍNA E PERFIL LÍPIDICO DE ADOLESCENTES COM FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR: RELAÇÕES COM POLIMORFISMOS NO GENE DA METILENOTETRA HIDRÓFOLATO REDUTASE [manuscrito]. 2015. Cxxiv, 124 f.:il.
Compartilhar