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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS I NOME DO ACADEMICO(A): Camila Andrade Aragão 1º PERÍODO ATIVIDADE ACADÊMICA TIC´s – OBSTRUÇÃO PORTAL – SEMANA 17 GUANAMBI/BA 2021 PERGUNTA: O que potencialmente pode ocorrer com o paciente portador de obstrução portal? RESPOSTA: A veia porta é a maior veia do corpo humano, com diâmetro médio de 10,2 mm. É derivada da veia esplênica e da veia mesentérica superior e inferior. Consequentemente, recebe o sangue que drena da circulação esplâncnica para o fígado. Este é o principal sítio de resistência ao fluxo venoso portal e age como uma rede vascular distensível de baixa resistência. Quando há obstrução ao fluxo portal, o sangue começa a se acumular em leitos vasculares que normalmente drenam para a veia porta. Com a obstrução na veia porta, o fígado perde dois terços do seu suprimento sanguíneo. Apesar disso, essa condição é bem tolerada e os pacientes são, geralmente, assintomáticos, ao contrário de obstrução arterial aguda, que sempre leva a uma disfunção hepática aguda grave, a qual pode ser fatal. A obstrução da veia porta provoca dois mecanismos compensatórios: a vasodilatação da artéria hepática e o desenvolvimento de circulação colateral para desviar o fluxo sanguíneo da obstrução. Esse processo acarreta uma perda de tecido hepático e, em longo prazo, consequente perda de função hepática. Se a obstrução não for resolvida rapidamente, pode haver perfuração intestinal, peritonite, choque e óbito. A trombose da veia porta (TVPo) se refere à obstrução completa ou parcial do fluxo sanguíneo na veia porta devido à presença de um trombo na luz do vaso. Pelo fato de os pacientes com TVPo, em sua fase crônica, serem muitas vezes assintomáticos, o diagnóstico é frequentemente um achado acidental de exame de imagem. Já na fase aguda em um paciente, o manejo terapêutico específico é mandatório para resolver a obstrução portal e evitar complicações sérias, principalmente para impedir a progressão para a fase crônica do processo. O objetivo do tratamento é a correção dos fatores de risco, a prevenção da extensão da trombose e a obtenção da perviedade da veia porta. A grande maioria dos autores recomenda terapia anticoagulante na fase aguda da doença; no entanto, isso é controverso quando se trata da fase crônica, pois pode acarretar evolução desfavorável das varizes esofagianas. A hipertensão portal é o aumento de pressão no sistema de veias que leva o sangue dos órgãos abdominais para o fígado. Como a veia porta está estenosada ou obstruída a pressão na veia porta aumenta (denominada hipertensão portal). REFERÊNCIAS: Cardoso, Lenon et al. Management and conduct of vascular diseases of the portal system. Jornal Vascular Brasileiro [online]. 2015, v. 14, n. 1, p. 88-93. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jvb/a/mfwphgypvcdmPgHDfW9FHYc/?lang=pt#. Acesso em: 03 de dez. de 2021. Ferri, Priscila Meneze et al. Trombose de veia porta em crianças e adolescentes: revisão de literatura. Revista Médica de Minas Gerais. 2011, v. 21. Disponível em: http://rmmg.org/artigo/detalhes/806. Acesso em: 03 de dez. de 2021. Tholey, Danielle. Hipertensão Portal. MANUAL MSD Versão para Profissionais de Saúde. 2019. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica/hipertens%C3%A3o-portal. Acesso em: 03 de dez. de 2021.
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