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Paisagem Sonora - Semana 5

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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA
 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II
NOME DO ACADEMICO(A): Camila Andrade Aragão
2º PERÍODO
ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s – PAISAGEM SONORA – SEMANA 5
GUANAMBI/BA 
2022
PERGUNTA: Como, do ponto neurofisiológico, realizamos a localização de uma fonte sonora?
RESPOSTA:
Como todos os sistemas sensoriais, o sistema auditivo é constituído por um conjunto de receptores que realizam a transdução dos estímulos sonoros em potenciais receptores. Os receptores transmitem a informação sonora traduzida para neurónios de segunda ordem encarregados de realizar a codificação. Os axónios destes neurónios constituem o nervo auditivo, que é um dos componentes do oitavo nervo craniano. Daí em diante a informação auditiva entrará no Sistema Nervoso Central (SNC), passando através de sucessivas sinapses, por uma série de núcleos, até chegar ao córtex cerebral. O córtex auditivo ocupa parte do lobo temporal em ambos os hemisférios cerebrais. 
Apesar das várias submodalidades discriminativas do sistema auditivo, tem- se a capacidade adicional de localizar a posição das fontes sonoras no espaço, e essa é uma submodalidade de grande importância, já que, a partir dela é permitido direcionar melhor as reações comportamentais e os reflexos de orientação corporal necessários para responder aos sons que ouvimos. A percepção da direção dos sons é um fenômeno que ocorre de maneira inconsciente e está presente desde cedo no ciclo de vida humano, sendo uma função relacionada com a sobrevivência: por volta de seis meses de idade um bebê normal já é capaz de localizar sons a sua volta. Para que ocorra a percepção da direção do som, deve haver a discriminação de diferenças muito sutis de intensidade, frequência e tempo. Geralmente, a localização sonora espacial depende da análise das diferenças, com relação a esses parâmetros, entre os sons que chegam às duas orelha.
A capacidade de localização espacial envolve dois mecanismos diferentes: um para a localização horizontal, isto é, para sons situados à esquerda ou à direita do indivíduo, e outro para a localização vertical, isto é, para os sons que surgem de cima ou de baixo com relação à cabeça.
A localização dos sons no eixo horizontal permite a detecção de diferenças entre o som que chega ao SNC pela orelha esquerda e o que chega pela orelha direita, sendo ambos originários da mesma fonte sonora. As diferenças de tempo entre os diversos trajetos do som provocarão diferenças de fase entre os sons incidentes em cada orelha, que serão mais bem identificadas nas frequências baixas (até cerca de 3kHz). Por outro lado, as diferenças de intensidade serão mais bem detectadas nos sons agudos. Há, portanto, uma complementaridade entre essas duas estratégias de detecção.
A localização no eixo vertical parece depender da morfologia da orelha, com a participação da orelha externa nessa função de localização da fonte sonora. O pavilhão auricular possui dobraduras e concavidades- em geral orientadas na vertical - que refletem o som incidente, facilitando o seu direcionamento para o meato auditivo externo. Uma parte do som que se origina do alto, por exemplo, pode penetrar diretamente no meato e fazer o tímpano vibrar, mas outra parte vai refletir-se nas dobras da orelha e chegar "atrasada" à membrana timpânica. A diferença no tempo de chegada ao tímpano das ondas diretas e refleti das na orelha, embora seja mínima (milionésimos de segundo), será percebida por alguma região do sistema auditivo (ainda não identificada), e essa informação será transformada na identificação do local de origem do som. O mesmo tipo de fenômeno repete-se para sons que vêm de locais abaixo da cabeça, mas haverá diferenças no padrão de reflexão, causadas pela morfologia assimétrica da orelha. 
Em suma, a localização espacial dos sons é a submodalidade que permite localizar a origem dos sons no eixo horizontal (à esquerda ou à direita do ouvinte) e no eixo vertical (acima ou abaixo da cabeça). A localização horizontal depende da detecção de diferenças de tempo e de intensidade da informação sonora ao chegar ao complexo olivar superior através dos dois ouvidos. A localização vertical depende da detecção de diferenças de tempo de chegada da informação sonora ao SNC, depois de diferentes reflexões no pavilhão auricular.
REFERÊNCIAS: 
OLIVEIRA, et al. Localização de fontes sonoras: a importância das diferenças dos limiares auditivos interaurais. Revista da Sociedade Brasileira Fonoaudiologia. 2008, v. 13, n. 1, p. 7-11. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsbf/a/TGhdzMdTRPhmTHTp5ZGpy4C/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 04 de mar. de 2022.
PAULUCCI. Fisiologia da Audição. 2005. Trabalho de Conclusão de Residência Médica R1 - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. SP, 2005. Disponível em: https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_28.pdf. Acesso em: 04 de mar. de 2022. 
LENT. Cem bilhões de neurônios? Conceitos Fundamentais de Neurociência. 2. ed. São Paulo, Editora Atheneu. 2010.

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