Audiologia Infantil

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DOCDOCÊNCÊNCIA IA EMEM
SAÚDESAÚDE
AUDIOLOGIA INFANTILAUDIOLOGIA INFANTIL
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P842a Audiologia infantil / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 2013.P842a Audiologia infantil / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 2013.
160p. : il.160p. : il.
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ISBN 978-85-8241-824-6ISBN 978-85-8241-824-6
1. Audiologia - Crianças. I. Portal Educação. II. Título.1. Audiologia - Crianças. I. Portal Educação. II. Título.
CDD 573.89CDD 573.89
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SUMÁRIOSUMÁRIO
11 LINGUALINGUAGEM GEM E E AUDIÇÃAUDIÇÃO O .......................................................................................................................................................................... ........................................ 44
22 DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO HUMANO .......................................HUMANO .............................................................................................. ....................................................... 1111
2.1 2.1 ESESTÁTÁGGIOS IOS DDO O DDESESENENVVOOLVLVIMIMENENTO TO HHUUMMAANNO O ...................................................................................................................................... .. 1111
2.2 2.2 AQAQUISIÇÃUISIÇÃO O E E DEDESESENVNVOLOLVIMVIMENENTO TO NONORMRMAL AL DA DA LINGLINGUAUAGEGEM M .................................................................................. .. 1313
2.3 2.3 ORORIENTAÇIENTAÇÕEÕES S AOAOS S PAIS PAIS E E CRCRIANÇAIANÇAS S COCOM M ATRATRASO ASO DE DE LINGULINGUAGAGEM EM ..................................................... . 2222
3 3 MECANISMO MECANISMO AUDITIVO AUDITIVO ............................................................................................................................................................................. ....................................... 2525
3.1 3.1 AAS S VVIAIAS S AAUUDDITIVITIVAAS S ......................................................................................................................................................................................................................... ....... 3838
3.2 3.2 A A FFISIOISIOLOLOGGIA IA DDA A AAUUDDIÇIÇÃÃO O .................................................................................................................................................................................................. ...... 4040
3.3 3.3 PRPROOCCESESSSO O PEPERRCCEPEPTUTUAL AL AUAUDDITIVITIVO O ....................................................................................................................................................................... . 4141
4 4 A A DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA AUDITIVA AUDITIVA NA NA INFÂNCIA INFÂNCIA ....................................................................................................................................... ..................... 4343
4.1 4.1 IDENIDENTIFICAÇTIFICAÇÃO ÃO DE DE CRCRIANÇIANÇAS AS COCOM M DIFICUDIFICULDLDADADES ES AUAUDITIVAS DITIVAS ......................................................................... . 4646
4.2 4.2 CLCLASASSIFICSIFICAÇAÇÃO ÃO DA DA PEPERDRDA A AUAUDDITIVA ITIVA NA NA INFINFÂNÂNCCIA IA ................................................................................................................... . 5353
4.3 4.3 ETETIOLOIOLOGGIA IA DA DA DEDEFICFICIÊNIÊNCCIA IA AUAUDITDITIVA IVA NA NA INFINFÂNÂNCIA CIA ................................................................................................................. . 5757
5 5 AVAAVALIALIAÇÃO ÇÃO AUDIOLAUDIOLÓGICA ÓGICA .................................................................................................................................................... .................................................. 7272
5.1 5.1 AVAVAALIALIANNDDO O CCRRIANIANÇÇAS AS DDE E ZEZERRO O A A SESEIS AIS ANNOOS S ................................................................................................................................. ... 9393
5.2 5.2 AVAVALALIANIANDDO O BEBEBÊBÊS S DE DE ZEZERO RO A A QQUUATATRRO O MMESESES ES ........................................................................................................................... ... 9595
5.3 5.3 AVAVALIANALIANDO DO AS AS CRCRIANÇIANÇAS AS DE DE QUQUATATRO RO A A VINTVINTE E QUQUATATRO RO MMESESES ES .................................................................. .. 9797
5.4 5.4 TETESSTE TE DDE E BBOOEEL L ...................................................................................................................................................................................................................................... .... 101022
5.5 5.5 AUAUDDIOMIOMETETRRIA IA CCOONNDDICIOICIONNADADA A ....................................................................................................................................................................................... . 101044
5.5.6 6 TESTES TESTES OBJETIVOSOBJETIVOS........................................................................................................................................................................... ................................................... 101066
33
5.7 5.7 PRPROOCCEESSSSAMAMEENNTO TO AAUUDDITIVITIVO O CCENENTRTRAAL ....L .................................................................................................................................................. .. 101077
6 6 (RE) (RE) HABHABILITAILITAÇÃO ÇÃO DA DA CRIANÇA CRIANÇA COM COM DIFICULDADES DIFICULDADES AUDITIVAAUDITIVAS S ................................ ................................ 109109
6.1 6.1 OORRAALISLISMMO O ............................................................................................................................................................................................................................................................. . 111144
6.2 6.2 CCOOMMUUNNICICAAÇÇÃÃO O TOTOTATAL L ............................................................................................................................................................................................................. ....... 111166
6.3 6.3 BBIMIMOODDAALISLISMMO O ............................................................................................................................................................................................................................................... . 111188
6.4 6.4 BBILINILINGGUUISMISMO O .................................................................................................................................................................................................................................................. .. 121200
6.5 6.5 LIBLIBRRAS AS – – LÍNLÍNGGUUA A BRBRAASILSILEIREIRA A DDE E SINSINAIS AIS .................................................................................................................................................... .. 121233
6.6 6.6 MMÉÉTOTODDO O VVEERRBBOOTTOONNAAL L ................................................................................................................................................................................................................ 121255
6.7 6.7 MMÉÉTTOODDO O LINLING G ............................................................................................................................................................................................................................................... . 121288
6.8 6.8 MMÉTÉTOODDO O AUAUDIO DIO + + VISVISUAUAL L DE DE LINGLINGUAUAGGEM EM OORARAL L ........................................................................................................................... . 130130
6.9 6.9 MMÉÉTOTODDO O PPEERRDDOONNCCININI I ................................................................................................................................................................................................................... . 131300
7 7 FAMÍLFAMÍLIA, IA, CRIANÇA CRIANÇA E E SOCIEDADE SOCIEDADE .............................................................................................................................................. ................................ 131131
8 8 AMPLAMPLIFICAÇÃIFICAÇÃO O SONORA SONORA INDIVIDUAL INDIVIDUAL ........................................................................................................................................... ..................... 137137
8.1 8.1 CUCUIDAIDADODOS S E E MMANANUUTETENÇNÇÃO ÃO DO DO APAPARARELELHO HO AUAUDDITIVO ITIVO ....................................................................................................... . 142142
9 9 IMPLAIMPLANTE NTE COCLEACOCLEAR R .................................................................................................................................................................... ...................................................... 145145
10 10 INCLUSÃINCLUSÃO O ESCOLAESCOLAR R ....................................................................................................................................................................... ................................................. 153153
REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BIBBIBLIOGRÁLIOGRÁFICAS FICAS .......................................................................................................................................................... .......................................... 157157
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1 LINGUAGEM E AUDIÇÃO1 LINGUAGEM E AUDIÇÃO
 A  A lilinngguuaaggeem m é é uum m ccóóddigigo o uussaaddo o ppaara ra trtraannssmmititir ir idideeiaias s ssoobbre re o o mmuunnddo o qquue e nnoos s cceercrcaa; ; éé
um sistema de comunicação natural ou artificial, humano ou não. Refere-se a qualquer meio deum sistema de comunicação natural ou artificial, humano ou não. Refere-se a qualquer meio de
comunicação, como a linguagem corporal, as expressões faciais, a maneira de nos vestirmos, ascomunicação, como a linguagem corporal, as expressões faciais, a maneira de nos vestirmos, as
reações de nosso organismo ou a linguagem de outros animais; os sinais de trânsito, a música, areações de nosso organismo ou a linguagem de outros animais; os sinais de trânsito, a música, a
pintura, enfim, todos os meios de comunicação, sejam cognitivos (internos), socioculturaispintura, enfim, todos os meios de comunicação, sejam cognitivos (internos), socioculturais
(relativos ao meio) ou da natureza, como um todo.(relativos ao meio) ou da natureza, como um todo.
 A c A coommuunnicicaaççãão so saatitissfafaz a z a nneecceessssididaadde be báássicica da do so seer hr huummaannoo, is, isto to éé, o s, o saabbeer. É r. É uumm
dos mais penetrantes, complexos e importantes aglomerados de seu comportamento social. Odos mais penetrantes, complexos e importantes aglomerados de seu comportamento social. O
cotidiano é afetado seriamente pelas nossas comunicações com os outros. Segundo estudiosos,cotidiano é afetado seriamente pelas nossas comunicações com os outros. Segundo estudiosos,
a linguagem é ao mesmo tempo uma função e um aprendizado. É função no sentido de que todoa linguagem é ao mesmo tempo uma função e um aprendizado. É função no sentido de que todo
o ser humano normal fala e a linguagem constitui um instrumento necessário para ele; e é umo ser humano normal fala e a linguagem constitui um instrumento necessário para ele; e é um
aprendizado porque o sistema simbólico linguístico, que a criança deve assimilar, é adquiridoaprendizado porque o sistema simbólico linguístico, que a criança deve assimilar, é adquirido
progressivamente pelo contato com o meio.progressivamente pelo contato com o meio.
 A  A lilinngguuaaggeem m eesstá tá ddirireetatammeennte te rerelalaccioionnaadda a à à eelalabbooraraççãão o e e ssimimbboolilizzaaççãão o ddo o ppeennssaammeenntoto
humano; é por seu intermédio que o homem estabelece contato com os seus semelhantes,humano; é por seu intermédio que o homem estabelece contato com os seus semelhantes,
compartilha experiências, pensamentos, ideais e desejos, na busca de novas experiências ecompartilha experiências, pensamentos, ideais e desejos, na busca de novas experiências e
conhecimentos. A comunicação se desenvolve por meio das formas pré-verbais,conhecimentos. A comunicação se desenvolve por meio das formas pré-verbais,
correspondendo a uma série de comportamentos usados com finalidade comunicativa, mas quecorrespondendo a uma série de comportamentos usados com finalidade comunicativa, mas que
incluem o uso das palavras. A comunicação almeja garantir a interação criança/adulto,incluem o uso das palavras. A comunicação almeja garantir a interação criança/adulto,
caracterizando uma função social – se a comunicação evolui, começam a ser incorporadascaracterizando uma função social – se a comunicação evolui, começam a ser incorporadas
condutas verbais ou linguísticas nas formas pré-verbais, tendo início as palavras para acondutas verbais ou linguísticas nas formas pré-verbais, tendo início as palavras para a
comunicação.comunicação.
LLiinngguuaaggeem m CCoommuunniiccaaççãão o SSeerr humanohumano
55
De acordo com Vygotsky (1989), a linguagem tem inicialmente uma funçãoDe acordo com Vygotsky (1989), a linguagem tem inicialmente uma função
comunicativa, ela começa a ser utilizada, gradual e crescentemente, orientada em parte e para sicomunicativa, ela começa a ser utilizada, gradual e crescentemente, orientada em parte e para si
mesma; opera como uma espécie organizadora e avaliadora da própria ação ou da resolução demesma; opera como uma espécie organizadora e avaliadora da própria ação ou da resolução de
situações problemáticas.situações problemáticas.
Portanto, a linguagem pode ser tanto verbal quanto não verbal. Ela é verbal quandoPortanto, a linguagem pode ser tanto verbal quanto não verbal. Ela é verbal quando
expressada oralmente (intermédio da fala); essa fala é exteriorizada pelo pensamento abstrato,expressada oralmente (intermédio da fala); essa fala é exteriorizada pelo pensamento abstrato,
feita por meio do uso do sistema simbólico ou palavras contidas no código da língua. O código éfeita por meio do uso do sistema simbólico ou palavras contidas no código da língua. O código é
o conjunto de representações concretas da linguagem humana, constituído por instrumentoso conjunto de representações concretas da linguagem humana, constituído por instrumentos
convencionais, tais como: signos, sinais e símbolos ordenados a fim de formarem determinadaconvencionais, tais como: signos, sinais e símbolos ordenados a fim de formarem determinada
língua. A linguagem não verbal é aquela que envolve o uso de gestos indicativos e/oulíngua. A linguagem não verbal é aquela que envolve o uso de gestos indicativos e/ou
representativos, expressão corporal e facial, paralinguagem, manifestada por intermédio derepresentativos, expressão corporal e facial, paralinguagem, manifestada por intermédio de
qualidades e características vocais específicas.qualidades e características vocais específicas.
 A  A ccaappaaccididaadde e dde e aaqquuisisiçiçãão o dda a lilinngguuaaggeem m é é nnootátávveel pl poor sr suua a uunniviveersrsaaliliddaadde e eemm totodda a aa
raça humana, sendo uniforme e específica desta. Nos primeiros anos de vida uma criança éraça humana, sendo uniforme e específica desta. Nos primeiros anos de vida uma criança é
capaz de dominar um sistema linguístico idêntico àquele empregado pelas pessoas que ocapaz de dominar um sistema linguístico idêntico àquele empregado pelas pessoas que o
cercam, mas para tanto ele deve ser estimulada pelos sons da língua, aprender que os objetos ecercam, mas para tanto ele deve ser estimulada pelos sons da língua, aprender que os objetos e
pessoas têm nomes que são constituídos de sons específicos que seguem uma sequência.pessoas têm nomes que são constituídos de sons específicos que seguem uma sequência.
O sistema auditivo faz parte de um sistema amplo e complexo que é a linguagem,O sistema auditivo faz parte de um sistema amplo e complexo que é a linguagem,
tendo em vista que é necessária a integridade da audição como um todo, partindo da detecçãotendo em vista que é necessária a integridade da audição como um todo, partindo da detecção
até a memória auditiva para que haja o desenvolvimento da comunicação. A aquisição daaté a memória auditiva para que haja o desenvolvimento da comunicação. A aquisição da
linguagem pela audição é uma função que depende do tempo e está relacionada a períodos delinguagem pela audição é uma função que depende do tempo e está relacionada a períodos de
maturação precoce, que são denominados períodos críticos para o desenvolvimento das funçõesmaturação precoce, que são denominados períodos críticos para o desenvolvimento das funções
VerbalVerbal
NãoNão verbalverbal
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biológicas, as quais são responsáveis pela aquisição da linguagem em tempo certo.biológicas, as quais são responsáveis pela aquisição da linguagem em tempo certo.
 A  A aauuddiçiçãão o e e a a lilinngguuaaggeem m ssãão o fufunnççõõees s ddirireetatammeennte te rerelalaccioionnaaddaass, , ininteterdrdeeppeennddeenntetess, , qquuee
estabelecem o contato do homem com o meio ambiente, promovendo a sua integraçãoestabelecem o contato do homem com o meio ambiente, promovendo a sua integração
intelectual e social. São funções essenciais à intercomunicação oral dos seres humanos. Aintelectual e social. São funções essenciais à intercomunicação oral dos seres humanos. A
necessidade de se ouvir bem torna indispensável à prevenção e à reabilitação dos problemasnecessidade de se ouvir bem torna indispensável à prevenção e à reabilitação dos problemas
auditivos em crianças. Em especial a prevenção da deficiência auditiva na criança oferece o seuauditivos em crianças. Em especial a prevenção da deficiência auditiva na criança oferece o seu
direito fundamental e essencial ao ser humano, o desenvolvimento da linguagem para adireito fundamental e essencial ao ser humano, o desenvolvimento da linguagem para a
comunicação e a vida em sociedade.comunicação e a vida em sociedade.
Para o desenvolvimento da linguagem falada é de suma importância a sequência aPara o desenvolvimento da linguagem falada é de suma importância a sequência a
seguir:seguir:
LinguagemLinguagem
AudiçãoAudição
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Para manipular as características e os processos do mundo que nos cerca, a audição,Para manipular as características e os processos do mundo que nos cerca, a audição,
portanto, desempenha um papel decisivo, pois esta primeira etapa é a fase de recepção dosportanto, desempenha um papel decisivo, pois esta primeira etapa é a fase de recepção dos
estímulos sensoriais (auditivos, visuais e cinestésicos) sob o comando do Sistema Nervosoestímulos sensoriais (auditivos, visuais e cinestésicos) sob o comando do Sistema Nervoso
Central (SNC). O desenvolvimento da linguagem falada é feita tanto em nível periférico comoCentral (SNC). O desenvolvimento da linguagem falada é feita tanto em nível periférico como
central. A audição nos mantém informado sobre as atividades que estão ocorrendo a distância,central. A audição nos mantém informado sobre as atividades que estão ocorrendo a distância,
funcionando como mecanismo de alerta e defesa contra o perigo. A integridade das viasfuncionando como mecanismo de alerta e defesa contra o perigo. A integridade das vias
auditivas (veremos no tópico Mecanismo Auditivo) favorece a localização da fonte sonora, porémauditivas (veremos no tópico Mecanismo Auditivo) favorece a localização da fonte sonora, porém
a aquisição da linguagem pela audição requer tempo de maturação e treino auditivo.a aquisição da linguagem pela audição requer tempo de maturação e treino auditivo.
Desenvolver a capacidade de reDesenvolver a capacidade de receberceber,,
reconhecer, identificarreconhecer, identificar, discriminar , discriminar ee
manipular as características e processosmanipular as características e processos
do mundo que nos cerca.do mundo que nos cerca.
Desenvolver a capacidade de compreender,Desenvolver a capacidade de compreender,
decodificardecodificar, associar a linguagem , associar a linguagem falada, oufalada, ou
seja, a interpretação dos sons linguísticosseja, a interpretação dos sons linguísticos
que a criança ouve em seu ambiente.que a criança ouve em seu ambiente.
Desenvolver a capacidade deDesenvolver a capacidade de
produzir os sons produzir os sons da fala, emitir.da fala, emitir.
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No entanto, na segunda fase, que é o desenvolvimento da capacidade deNo entanto, na segunda fase, que é o desenvolvimento da capacidade de
compreensão, decodificação e associação da língua, funciona como uma função mentalcompreensão, decodificação e associação da língua, funciona como uma função mental
(interpretando os sons) onde os centros de associação do SNC devem estar íntegros para que(interpretando os sons) onde os centros de associação do SNC devem estar íntegros para que
processos com memória, organização e motivação funcionem corretamente junto dasprocessos com memória, organização e motivação funcionem corretamente junto das
experiências emocionais.experiências emocionais.
 A  A tetercrceeirira a eetatappaa, q, quue e é é eexxaatatammeennte te o o ddeesseennvvoolvlvimimeennto to dda a ccaappaaccididaadde e dde e pprorodduuzzir oir oss
sons da fala, enfim, de emitir a mensagem sonora, envolve uma atividade motora, onde o SNCsons da fala, enfim, de emitir a mensagem sonora, envolve uma atividade motora, onde o SNC
comanda a habilidade fonoarticulatória para a produção dos sons da fala. Com a fala podemoscomanda a habilidade fonoarticulatória para a produção dos sons da fala. Com a fala podemos
externar o pensamento, desejos por meio da linguagem verbal, mas, para tanto, é necessárioexternar o pensamento, desejos por meio da linguagem verbal, mas, para tanto, é necessário
que a criança necessite e deseje se comunicar. Para que a criança fale é preciso separar a ideiaque a criança necessite e deseje se comunicar. Para que a criança fale é preciso separar a ideia
principal, colocá-la em simbologia verbal adequada, depois em forma gramatical e vocalizar deprincipal, colocá-la em simbologia verbal adequada, depois em forma gramatical e vocalizar de
forma adequada e correta (acionando os órgãos fonoarticulatórios - OFAs).forma adequada e correta (acionando os órgãos fonoarticulatórios - OFAs).
EstímulosEstímulos
sensoriaissensoriais
SistemaSistema NervosoNervoso
PeriféricoPeriférico
SistemaSistema
NervosoNervoso
CentralCentral
Localização,Localização,
fontefonte
sonorasonora ee
LinguagemLinguagem
CCoommpprreeeennssãão o DDeeccooddiiffiiccaaççããoo   Associação  Associação
99
 A  A lilinngguuaaggeem m ooraral pl paara ra sseer rr reeaalilizzaadda a nneecceessssitita a dde e óórgrgããoos ps peeririféféririccoos e s e dde e uum m ssisistetemmaa
nervoso apropriado. A criança quando nasce é envolvida por estímulos linguísticos e nem pornervoso apropriado. A criança quando nasce é envolvida por estímulos linguísticos e nem por
isso ela começa a falar assim que nasce, pois precisa do amadurecimento e desenvolvimento deisso ela começa a falar assim que nasce, pois precisado amadurecimento e desenvolvimento de
certos potenciais orgânicos. É muito importante o “período crítico”, porém ótimo período para ocertos potenciais orgânicos. É muito importante o “período crítico”, porém ótimo período para o
aprendizado e desenvolvimento de habilidades como a linguagem; no entanto, esse período temaprendizado e desenvolvimento de habilidades como a linguagem; no entanto, esse período tem
início e fim. A atividade verbal prepara a criança para o aprendizado linguístico, que passa porinício e fim. A atividade verbal prepara a criança para o aprendizado linguístico, que passa por
estágestágios ios caraccaracterístterísticos (sons guturais, icos (sons guturais, balbubalbucios, cios, holofraseholofrases).s).
É de suma importância a integridade do sistema nervoso central. O cérebro possuiÉ de suma importância a integridade do sistema nervoso central. O cérebro possui
funções específicas para o desenvolvimento da linguagem oral, daí a importância da atenção dafunções específicas para o desenvolvimento da linguagem oral, daí a importância da atenção da
família, cuidadores e terapeutas em relação à:família, cuidadores e terapeutas em relação à:
 A Atetennççããoo: : a a ccaappaaccididaadde e dde e ddeemmoonnsstrtraar r inintetereresssse e nnuumma a aatitivvididaaddee, , oobbjejeto to oou u ppeessssooaa..
Concentração: a capacidade de manter a atenção por algum tempo numaConcentração: a capacidade de manter a atenção por algum tempo numa
determinada atividade sem que haja desvios ou perda de interesse.determinada atividade sem que haja desvios ou perda de interesse.
Cognição: fazer descobertas por meio de etapas elaboradas (raciocínio indutivo,Cognição: fazer descobertas por meio de etapas elaboradas (raciocínio indutivo,
dedutivo, avaliativo), ter consciência da descoberta feita e depois ter possibilidade de reconhecerdedutivo, avaliativo), ter consciência da descoberta feita e depois ter possibilidade de reconhecer
o que foi descoberto (respeitando as etapas do desenvolvimento).o que foi descoberto (respeitando as etapas do desenvolvimento).
Julgamento das relações: usar o conhecimento adquirido para comparar e avaliarJulgamento das relações: usar o conhecimento adquirido para comparar e avaliar
ExternarExternar oo
pensamentopensamento
ProduzirProduzir
osos sonssons
EmitirEmitir aa
FalaFala
1010
dentro de certos critérios como: correto, igual, útil, certo, errado etc.dentro de certos critérios como: correto, igual, útil, certo, errado etc.
Organização simbólica: capacidade de catalogar o material concreto recebido deOrganização simbólica: capacidade de catalogar o material concreto recebido de
forma abstrata.forma abstrata.
Percepção: reconhecer os estímulos seja ele auditivo, visual, tátil ou gustativo.Percepção: reconhecer os estímulos seja ele auditivo, visual, tátil ou gustativo.
Raciocínio indutivo: capacidade de gerar alternativas lógicas a partir de umRaciocínio indutivo: capacidade de gerar alternativas lógicas a partir de um
determinado fato.determinado fato.
Raciocínio dedutivo: capacidade de gerar conclusões lógicas a partir dos dadosRaciocínio dedutivo: capacidade de gerar conclusões lógicas a partir dos dados
recebidos.recebidos.
Controle dos impulsos: capacidade de saber selecionar e controlar reações aControle dos impulsos: capacidade de saber selecionar e controlar reações a
determinados estímulos de forma apropriada.determinados estímulos de forma apropriada.
Memória: capacidade de inserir e armazenar dados.Memória: capacidade de inserir e armazenar dados.
Retenção: capacidade de reter na memória os estímulos recebidos para futuroRetenção: capacidade de reter na memória os estímulos recebidos para futuro
reconhecimento.reconhecimento.
 A As fs fuunnççõõees ss suupprraaccititaaddaas ss sãão io innddisisppeennssáávveeis is ppaara ra o do deesseennvvoolvlvimimeennto to dda la liningguuaaggeem m ee
consequentemente para a oralidade, porém etapas no desenvolvimento devem ser respeitadas,consequentemente para a oralidade, porém etapas no desenvolvimento devem ser respeitadas,
como vamos ver mais adiante com os estágios de Piaget, em que a criança no seucomo vamos ver mais adiante com os estágios de Piaget, em que a criança no seu
relacionamento com o meio passa por quatro períodos no processo evolutivo da espécierelacionamento com o meio passa por quatro períodos no processo evolutivo da espécie
humana.humana.
 A c A crriaiannçça pa poossssuui ui umma ea esstrtruututura ra bbioiolólóggicica qa quue pe poossssibibililitita o a o ddeesseennvvoolvlvimimeennto to mmeenntatal al a
partir da interação do sujeito com o objeto a conhecer. O envolvimento da criança com o mundopartir da interação do sujeito com o objeto a conhecer. O envolvimento da criança com o mundo
ao seu redor faz com que ela tenha condição suficiente para o desenvolvimento cognitivo e oral,ao seu redor faz com que ela tenha condição suficiente para o desenvolvimento cognitivo e oral,
mas para desenvolver a oralidade os estímulos mais importantes para a construção da fala sãomas para desenvolver a oralidade os estímulos mais importantes para a construção da fala são
os sonoros.os sonoros.
1111
2 DESENVOLVIMENTO HUMANO2 DESENVOLVIMENTO HUMANO
2.1 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO2.1 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
O processo de transformação e desenvolvimento da criança vai depender de como elaO processo de transformação e desenvolvimento da criança vai depender de como ela
elabora e assimila as suas interações com o meio, isso porque a visada conquista do equilíbrioelabora e assimila as suas interações com o meio, isso porque a visada conquista do equilíbrio
do organismo (a maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e odo organismo (a maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e o
exercício do raciocínio) reflete as elaborações possibilitadas pelos níveis de desenvolvimentoexercício do raciocínio) reflete as elaborações possibilitadas pelos níveis de desenvolvimento
cognitivo que o organismo detém em diversos estágios da sua vida. Piaget considera quatrocognitivo que o organismo detém em diversos estágios da sua vida. Piaget considera quatro
períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados “por aquilo que operíodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados “por aquilo que o
indivíduo consegue fazer melhor” no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seuindivíduo consegue fazer melhor” no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu
processo de desenvolvimento.processo de desenvolvimento.
Cada período é caracterizado por formas diferentes de organização mental queCada período é caracterizado por formas diferentes de organização mental que
possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia. Apossibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia. A
seguir os períodos detalhados:seguir os períodos detalhados:
Período Sensório-motor: no recém-nascido as funções mentais limitam-se aoPeríodo Sensório-motor: no recém-nascido as funções mentais limitam-se ao
exercício dos aparelhos reflexos inatos, assim sendo, o universo que circunda a criança éexercício dos aparelhos reflexos inatos, assim sendo, o universo que circunda a criança é
conquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos econquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos e
1º1º PeríodoPeríodo ‐ ‐ Sensório Sensório‐‐motormotor (0(0 aa 22 anos)anos)
2º2º PeríodoPeríodo ‐ ‐ Pré Pré‐‐operatóriooperatório (( 22 aa 77 anos)anos)
3º3º PeríodoPeríodo :: OperaçõesOperações ConcretasConcretas (( 77 aa 1111 ouou 1212 anos)anos)
4º4º PeríodoPeríodo :: OperaçõesOperações FormaisFormais (11(11 aa 1212 anosanos emem diante)diante)
1212
etc.). Com o passar do tempo à criança vai aperfeiçoando os movimentos reflexos e adquirindoetc.). Com opassar do tempo à criança vai aperfeiçoando os movimentos reflexos e adquirindo
habilidade, e chega ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um “universo”habilidade, e chega ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um “universo”
(com objetos, tempo, espaço, causalidade, objetividade, comunidade), agindo e interagindo.(com objetos, tempo, espaço, causalidade, objetividade, comunidade), agindo e interagindo.
Período Pré-operatório: o aparecimento da função simbólica é o que inicia estePeríodo Pré-operatório: o aparecimento da função simbólica é o que inicia este
período. Nessa concepção, o cognitivo é anterior à linguagem; na linha piagetiana, a linguagemperíodo. Nessa concepção, o cognitivo é anterior à linguagem; na linha piagetiana, a linguagem
é considerada como condição necessária, mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existeé considerada como condição necessária, mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe
um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, enfim, aum trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, enfim, a
linguagem depende do desenvolvimento intelectual. Nesse período a criança tem a capacidadelinguagem depende do desenvolvimento intelectual. Nesse período a criança tem a capacidade
de atuar de forma lógica e coerente, sendo o egocentrismo social e intelectual característicode atuar de forma lógica e coerente, sendo o egocentrismo social e intelectual característico
desta fase.desta fase.
Período das Operações Concretas: nesta fase a criança estabelece relações ePeríodo das Operações Concretas: nesta fase a criança estabelece relações e
coordena pontos de vista diferentes, integrando-os de modo lógico e coerente. Outro pontocoordena pontos de vista diferentes, integrando-os de modo lógico e coerente. Outro ponto
importante é a capacidade da criança internalizar as ações, ou seja, ela começa a realizarimportante é a capacidade da criança internalizar as ações, ou seja, ela começa a realizar
operações mentalmente e não mais apenas por meio de ações físicas típicas da inteligênciaoperações mentalmente e não mais apenas por meio de ações físicas típicas da inteligência
sensório-motora. Contudo, a criança consegue raciocinar de forma coerente, tanto os esquemassensório-motora. Contudo, a criança consegue raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas
conceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos ouconceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos ou
situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta.situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta.
Período das Operações Formais: a criança amplia as capacidades conquistadas naPeríodo das Operações Formais: a criança amplia as capacidades conquistadas na
fase anterior, onde consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz defase anterior, onde consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de
formar esquemas conceituais abstratos e por meio deles executar operações mentais dentro deformar esquemas conceituais abstratos e por meio deles executar operações mentais dentro de
princípios da lógica formal. Ao atingir essa fase, o indivíduo adquire a sua forma final deprincípios da lógica formal. Ao atingir essa fase, o indivíduo adquire a sua forma final de
equilíbrio, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta.equilíbrio, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta.
Portanto, com o estudo das etapas de Jean Piaget, podemos concluir que, a princípio,Portanto, com o estudo das etapas de Jean Piaget, podemos concluir que, a princípio,
o desenvolvimento da linguagem necessita dos aspectos cognitivos, porém alcançado o segundoo desenvolvimento da linguagem necessita dos aspectos cognitivos, porém alcançado o segundo
estágio a linguagem mostra o seu valor, ficando questionável o que seria mais importante:estágio a linguagem mostra o seu valor, ficando questionável o que seria mais importante:
linguagem ou cognição.linguagem ou cognição.
AAqquuiissiiççããoo DDeesseennvvoollvviimmeennttoo LLiinngguuaaggeemm CCooggnniiççããoo
1313
2.2 AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO NORMAL DA LINGUAGEM2.2 AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO NORMAL DA LINGUAGEM
 A  A aaqquuisisiçiçãão o dda a lilinngguuaaggeem m aammpplilia a nnooççõõees s dde e tetemmppoo, e, essppaaççoo, c, caappaaccididaadde e dde e raraccioioccínínioio,,
planejamento e avaliação de ações realizadas. Para tanto, durante o primeiro ano de vida asplanejamento e avaliação de ações realizadas. Para tanto, durante o primeiro ano de vida as
crianças precisam estar expostas a um mínimo decrianças precisam estar expostas a um mínimo de inputinput linguístico (informações e experiências linguístico (informações e experiências
linguísticas que a criança recebe de seu meio social). O ambiente linguístico da criança élinguísticas que a criança recebe de seu meio social). O ambiente linguístico da criança é
considerado como aspecto de muita importância na aquisição da linguagem.considerado como aspecto de muita importância na aquisição da linguagem.
 A  A lilinngguuaaggeem m é é ccoonnssidideeraradda a a a ppririmmeeirira a foformrma a dde e ssoocciaialilizzaaççãão o dda a ccririaannçça a ee, n, na a mmaaioioririaa
das vezes, é efetuada pelos pais por meio de instruções verbais durante atividades diárias,das vezes, é efetuada pelos pais por meio de instruções verbais durante atividades diárias,
assim como por intermédio de histórias que expressam valores culturais. A linguagem oralassim como por intermédio de histórias que expressam valores culturais. A linguagem oral
corresponde ainda a uma habilidade especial dos seres humanos compreendida como umcorresponde ainda a uma habilidade especial dos seres humanos compreendida como um
sistema de duas faces: SIGNIFICANTE e SIGNIFICADO. O “significante” refere-se ao aspectosistema de duas faces: SIGNIFICANTE e SIGNIFICADO. O “significante” refere-se ao aspecto
formal da linguagem e é constituído pela junção hierárquica dos elementos fonemas, palavras,formal da linguagem e é constituído pela junção hierárquica dos elementos fonemas, palavras,
orações e discurso. O “significado” refere-se ao aspecto funcional da linguagem, consideradoorações e discurso. O “significado” refere-se ao aspecto funcional da linguagem, considerado
como responsável pela comunicação no meio social.como responsável pela comunicação no meio social.
 A As s frfraassees s ssãão o aas s uunnididaaddees s bbáássicicaas s ppaara ra a a ccoommuunnicicaaççãão o dde e uumma a idideeia ia e e ppaarra a aaddqquuiririr ir àà
linguagem a criança precisa dominar vários subsistemas da língua, que inclui o sistemalinguagem a criança precisa dominar vários subsistemas da língua, que inclui o sistema
fonêmico, o sistema semântico, a sintaxe e a pragmática.fonêmico, o sistema semântico, a sintaxe e a pragmática.
Sistema Fonêmico – está relacionado aos sons de forma geral (sua combinaçãoSistema Fonêmico – está relacionado aos sons de forma geral (sua combinação
SignificanteSignificante
SignificadoSignificado
1414
vogal/consoante).vogal/consoante).
Sistema Semântico – pode ser presenciado em torno do primeiro aniversário,Sistema Semântico – pode ser presenciado em torno do primeiro aniversário,
quando a maior parte das crianças começa a dizer os primeiros sons com significado, ao usarquando a maior parte das crianças começa a dizer os primeiros sons com significado, ao usar
palavras isoladas, que representam na maioria das vezes coisas ou pessoas.palavras isoladas, que representam na maioria das vezes coisas ou pessoas.
Sintaxe – aparece aproximadamente na metade do segundo ano; as criançasSintaxe – aparece aproximadamente na metade do segundo ano; as crianças
dominam os morfemas gramaticais de suas línguas.dominam os morfemas gramaticaisde suas línguas.
Pragmática – vai além de significados e regras gramaticais, enfatizando os fatoresPragmática – vai além de significados e regras gramaticais, enfatizando os fatores
comunicativos da linguagem, pois relaciona a linguagem com o contexto da fala. O estudo dacomunicativos da linguagem, pois relaciona a linguagem com o contexto da fala. O estudo da
pragmática relaciona os aspectos fonológicos, semânticos e sintáticos da fala.pragmática relaciona os aspectos fonológicos, semânticos e sintáticos da fala.
Os fonemas são os sons básicos que quando combinados formam palavras. EssesOs fonemas são os sons básicos que quando combinados formam palavras. Esses
sons são as primeiras emissões vocais do primeiro ano de vida, podendo ser chamados desons são as primeiras emissões vocais do primeiro ano de vida, podendo ser chamados de
lalação. Durante as primeiras semanas, são apenas gritos – futuramente esses gritos começamlalação. Durante as primeiras semanas, são apenas gritos – futuramente esses gritos começam
a diferenciar-se por sua tonalidade e ritmo. Alguns gritos correspondem à sensação de mal-estara diferenciar-se por sua tonalidade e ritmo. Alguns gritos correspondem à sensação de mal-estar
e outros à sensação de prazer. Para Newcombe (1999), os bebês de primeiro mês são capazese outros à sensação de prazer. Para Newcombe (1999), os bebês de primeiro mês são capazes
de discriminar fonemas, mas incapazes de produzi-los. Somente no terceiro mês de vida é quede discriminar fonemas, mas incapazes de produzi-los. Somente no terceiro mês de vida é que
os bebês começam a arrulhar e a fazer sons vocálicos.os bebês começam a arrulhar e a fazer sons vocálicos.
De acordo com as fases de Piaget o cérebro funciona com material simbólico; osDe acordo com as fases de Piaget o cérebro funciona com material simbólico; os
sistemas supracitados e as habilidades mentais comentadas anteriormente necessitam de outrassistemas supracitados e as habilidades mentais comentadas anteriormente necessitam de outras
habilidades para funcionar. O cérebro usa informações e associações específicas que sãohabilidades para funcionar. O cérebro usa informações e associações específicas que são
basicamente de quatro tipos:basicamente de quatro tipos:
Figurativas: as informações concretas percebidas na forma de imagem.Figurativas: as informações concretas percebidas na forma de imagem.
Simbólicas: as informações em forma de sinais denotativos (letras, números e etc.).Simbólicas: as informações em forma de sinais denotativos (letras, números e etc.).
Semânticas: as informações em forma de construções mentais ligadas a palavras.Semânticas: as informações em forma de construções mentais ligadas a palavras.
Comportamentais: informações figurativas e não verbais que surgem na interaçãoComportamentais: informações figurativas e não verbais que surgem na interação
com o outro (atitudes, desejos, intenções e etc.).com o outro (atitudes, desejos, intenções e etc.).
 A Alélém m dde e totoddaas s aas s hhaabbililididaaddees s ccititaaddaas s qquue e ssãão o imimppoortrtaanntetes s ppaara ra o o ddeesseennvvoolvlvimimeennto to ddaa
linguagem, não podemos nos esquecer de falar do adequado funcionamento do sistema auditivolinguagem, não podemos nos esquecer de falar do adequado funcionamento do sistema auditivo
e da estabilidade emocional. A audição subentende algumas habilidades imprescindíveis parae da estabilidade emocional. A audição subentende algumas habilidades imprescindíveis para
aquisição da linguagem oral como:aquisição da linguagem oral como:
Consciência auditiva: capacidade de reagir ao estímulo sonoro, ter a sensação doConsciência auditiva: capacidade de reagir ao estímulo sonoro, ter a sensação do
som.som.
Identificação sonora: saber de onde veio o som, associar corretamente o barulho àIdentificação sonora: saber de onde veio o som, associar corretamente o barulho à
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fonte; isso requer que a criança atribua um significado ao som, necessitando enfim de memóriafonte; isso requer que a criança atribua um significado ao som, necessitando enfim de memória
auditiva.auditiva.
Localização sonora: habilidade em determinar de que direção está vindo o som.Localização sonora: habilidade em determinar de que direção está vindo o som.
Discriminação sonora: capacidade de poder diferenciar um som do outro.Discriminação sonora: capacidade de poder diferenciar um som do outro.
 A Atetennççãão o aauuddititivivaa: : hhaabbililididaadde e eem m ppooddeer r ccoonncceenntrtraar r a a aatitivvididaadde e ppssíqíquuicica a nnuumm
determinado estímulo sonoro.determinado estímulo sonoro.
Memória auditiva: capacidade de reter, reproduzir e reconhecer os estímulosMemória auditiva: capacidade de reter, reproduzir e reconhecer os estímulos
auditivos anteriores apresentados.auditivos anteriores apresentados.
Sequenciação: capacidade em perceber e repetir a ordem em que os sons sãoSequenciação: capacidade em perceber e repetir a ordem em que os sons são
produzidos.produzidos.
 A Annáálilisse e e e ssíníntetessee: c: caappaaccididaadde e eem m idideenntitifificcaar r e e sseeppaararar r aas s ccaararaccteterírísstiticcaas s ininddivivididuuaaisis
de um som inserido num contexto e depois ser capaz de reunir tais características novamentede um som inserido num contexto e depois ser capaz de reunir tais características novamente
para formar um todo.para formar um todo.
 A  A nneecceessssididaadde e dda a eesstatabbililididaadde e eemmooccioionnaal l é é dde e ssuumma a imimppoortrtâânnccia ia ppaara ra oo
desenvolvimento do ser como um todo. Uma criança pode ser considerada equilibradadesenvolvimento do ser como um todo. Uma criança pode ser considerada equilibrada
emocionalmente se estiver em harmonia com o meio e consigo mesma. Observe o esquemaemocionalmente se estiver em harmonia com o meio e consigo mesma. Observe o esquema
abaixo:abaixo:
Para que a criança fale, tem que existir a quem falar (pessoas), de que falar (eventos,Para que a criança fale, tem que existir a quem falar (pessoas), de que falar (eventos,
assuntos, enfim, material) e, por último, deve haver “porque falar” (a criança tem que ter aassuntos, enfim, material) e, por último, deve haver “porque falar” (a criança tem que ter a
necessidade da expressão oral, ela tem que ter vontade). A estimulação do ambiente é peça-necessidade da expressão oral, ela tem que ter vontade). A estimulação do ambiente é peça-
chave: a interação “mãe e filho” influencia no desenvolvimento da linguagem, a criança procura achave: a interação “mãe e filho” influencia no desenvolvimento da linguagem, a criança procura a
figura que lhe oferece conforto e segurança, passando a necessidade de se comunicar com ela.figura que lhe oferece conforto e segurança, passando a necessidade de se comunicar com ela.
 A As ins inflfluuêênncciaias es exxteterrnnaas (ds (do mo meeioio) vã) vão fo foornrneecceer ur um m mmooddeelo llo liningguuísístiticcoo, o tip, o tipo do de ee esstítímmuulo e lo e aa
exposição ao material linguístico. A mãe é modelo da linguagem e a criança vai seguirexposição ao material linguístico. A mãe é modelo da linguagem e a criança vai seguir
inconscientemente desde o primeiro dia de nascida. Por isso, o modelo que a criança tem eminconscientemente desde o primeiro dia de nascida. Por isso, o modelo que a criança tem em
casa pode ajudar muito no planejamento de uma possível habilitação ou reabilitação de umacasa pode ajudar muito no planejamento de uma possível habilitação ou reabilitação de uma
PessoasPessoas
  Material,  Material, eventos,eventos,
assuntosassuntos
NecessidadeNecessidade ee
vontadevontade
1616
criança, ou simplesmente nortear uma simples orientação, prática comum em consultório e nacriança, ou simplesmente nortear uma simples orientação, prática comum em consultório e na
escola.escola.
É necessário termos em mente o desenvolvimento da linguagem nos dois primeirosÉ necessário termos em mente o desenvolvimento da linguagem nosdois primeiros
anos de vida – isso fornecerá suporte para irmos além na hora de orientar, avaliar e planejar aanos de vida – isso fornecerá suporte para irmos além na hora de orientar, avaliar e planejar a
terapia fonoaudiológica. Sabemos que desde o seu primeiro minuto de vida o bebê já começa aterapia fonoaudiológica. Sabemos que desde o seu primeiro minuto de vida o bebê já começa a
se comunicar e essa comunicação é feita por meio do choro, que com o passar dos temposse comunicar e essa comunicação é feita por meio do choro, que com o passar dos tempos
passa de indiferenciado para diferenciado (fome, dor, medo).passa de indiferenciado para diferenciado (fome, dor, medo).
O choro é uma efetiva forma de comunicação e interação da criança com o mundo aoO choro é uma efetiva forma de comunicação e interação da criança com o mundo ao
seu redor, e neste momento ninguém melhor do que a mãe para entender o que o bebê estáseu redor, e neste momento ninguém melhor do que a mãe para entender o que o bebê está
“querendo”. O choro do bebê é marcado por diferentes padrões entoacionais, intensidades e“querendo”. O choro do bebê é marcado por diferentes padrões entoacionais, intensidades e
ritmos, essa interação ocorre também durante a amamentação, onde inicia o diálogo mãe e filho.ritmos, essa interação ocorre também durante a amamentação, onde inicia o diálogo mãe e filho.
 A c A cririaannçça da de ze zeero ro a sa seeis is mmeessees es enntrtra na no eo esstátággio io dde de deesseennvvoolvlvimimeennto to ppréré-l-liningguuísístiticcoo,,
período marcado pelo início de tudo: o choro; à medida que os dias avançam os bebês começamperíodo marcado pelo início de tudo: o choro; à medida que os dias avançam os bebês começam
a esboçar vocalizações não linguísticas biologicamente condicionadas.a esboçar vocalizações não linguísticas biologicamente condicionadas.
Nos primeiros dias de vida o aspecto produtivo não é influência da língua-mãe e simNos primeiros dias de vida o aspecto produtivo não é influência da língua-mãe e sim
caracterizado por reações determinadas por uma organização nervosa reflexa, pois o bebê maiscaracterizado por reações determinadas por uma organização nervosa reflexa, pois o bebê mais
reage ao mundo do que age sobre ele. Nesta fase inicial de desenvolvimento da linguagem oreage ao mundo do que age sobre ele. Nesta fase inicial de desenvolvimento da linguagem o
bebê ainda não é capaz de fazer uma diferenciação entre ele mesmo e os outros que o cercam;bebê ainda não é capaz de fazer uma diferenciação entre ele mesmo e os outros que o cercam;
ele ainda não se constitui como sujeito.ele ainda não se constitui como sujeito.
O bebê olha, movimenta o corpo, mostra interesse pelas pessoas e objetos, procuraO bebê olha, movimenta o corpo, mostra interesse pelas pessoas e objetos, procura
MãeMãe éé
modelomodelo dada
linguagemlinguagem
AA criançacriança vaivai seguirseguir
inconscientementeinconscientemente
desdedesde oo primeiroprimeiro diadia
dede nascidanascida
1717
seguir trajetórias, vocaliza, chora, agarra objetos que são colocados em sua mão, reage a sons eseguir trajetórias, vocaliza, chora, agarra objetos que são colocados em sua mão, reage a sons e
a vozes familiares e assim por diante. Há emissão de sons reflexos e gritos segundo o prazer oua vozes familiares e assim por diante. Há emissão de sons reflexos e gritos segundo o prazer ou
o desconforto.o desconforto.
Com dois meses emite sons não mais reflexos – mais intencionais; cada dia se tornaCom dois meses emite sons não mais reflexos – mais intencionais; cada dia se torna
mais ativo, fica consciente do som e tem prazer das repetições que faz. Aos poucos vaimais ativo, fica consciente do som e tem prazer das repetições que faz. Aos poucos vai
percebendo a sua expressividade vocal e corporal. A partir do quarto mês o bebê se torna cadapercebendo a sua expressividade vocal e corporal. A partir do quarto mês o bebê se torna cada
vez mais capaz de organizar procedimentos para explorar o mundo ao seu redor.vez mais capaz de organizar procedimentos para explorar o mundo ao seu redor.
 A As s ccoooordrdeennaaççõõees s sseennssóóririoo--mmoototoraras s ((mmããoo/b/booccaa), ), ccoooordrdeennaaççãão o vvisisããoo/a/auuddiçiçãão o ee
principalmente a coordenação manual com a atividade visual demonstram claramente oprincipalmente a coordenação manual com a atividade visual demonstram claramente o
interesse crescente em tudo que está ao seu alcance. A voz da mãe é reconhecida cominteresse crescente em tudo que está ao seu alcance. A voz da mãe é reconhecida com
tranquilidade e esperada em momentos propícios, acalmando o bebê.tranquilidade e esperada em momentos propícios, acalmando o bebê.
 A Anntetes s o o bbeebbê ê ssó ó rreeaaggia ia aaoos s ssoonns s dde e 880 0 e e 990 0 ddBB; o ; o fifinnaal dl deessta ta fafasse e já já mmoosstrtra a a a rereaaççããoo
deles a um limiar mais baixo, em torno de 40 dB. É uma fase de transição, mas é neste momentodeles a um limiar mais baixo, em torno de 40 dB. É uma fase de transição, mas é neste momento
que a criança está receptiva para o mundo e quer experimentá-lo, atuar sobre ele de todas asque a criança está receptiva para o mundo e quer experimentá-lo, atuar sobre ele de todas as
formas.formas.
É neste momento que pessoas e coisas tornam-se fontes de exploração, pois oÉ neste momento que pessoas e coisas tornam-se fontes de exploração, pois o
progresso de ordem motora (virar o corpo, permanecer sentado, deslocar-se pelo chão e etc.)progresso de ordem motora (virar o corpo, permanecer sentado, deslocar-se pelo chão e etc.)
favorece a busca pelo ambiente. É uma fase que, apesar das limitações, fica mais fácil para ofavorece a busca pelo ambiente. É uma fase que, apesar das limitações, fica mais fácil para o
adulto atribuir valores comunicativos aos comportamentos gerados pelos bebês.adulto atribuir valores comunicativos aos comportamentos gerados pelos bebês.
1818
De seis a nove meses inicia a intenção do bebê com relação ao mundo externo deDe seis a nove meses inicia a intenção do bebê com relação ao mundo externo de
forma bem sólida e ativa; as vocalizações começam a adquirir características de linguagem oralforma bem sólida e ativa; as vocalizações começam a adquirir características de linguagem oral
propriamente dita, pois percebe entoações, ritmo e tons diferentes. Nessa fase o balbuciopropriamente dita, pois percebe entoações, ritmo e tons diferentes. Nessa fase o balbucio
espontâneo se torna mais denso, a combinação de consoantes e vogais fica nítida para osespontâneo se torna mais denso, a combinação de consoantes e vogais fica nítida para os
ouvidos dos que cercam o bebê; neste caso, o balbucio soa como fala de verdade devido àsouvidos dos que cercam o bebê; neste caso, o balbucio soa como fala de verdade devido às
entonações ascendentes e descendentes.entonações ascendentes e descendentes.
O início da comunicação oral sugere maturação cerebral e o amadurecimento doO início da comunicação oral sugere maturação cerebral e o amadurecimento do
sistema vocal; lembrando que o balbucio em si não prediz quão cedo ou quão tarde as criançassistema vocal; lembrando que o balbucio em si não prediz quão cedo ou quão tarde as crianças
normais vão começar a falar palavras nem o tamanho de seu vocabulário quando entram nanormais vão começar a falar palavras nem o tamanho de seu vocabulário quando entram na
escola. O balbucio condiz com o grau de excitabilidade da criança e sua tendência paraescola. O balbucio condiz com o grau de excitabilidade da criança e sua tendência para
expressar excitação mediante os sons. Neste período emitem sons guturais bem prolongadosexpressar excitação mediante os sons. Neste período emitem sons guturais bem prolongados
em respostas ao rosto da mãe quando está à sua frente; vocalizando uma variedade de vogaisem respostas ao rosto da mãe quando está à sua frente; vocalizando uma variedade de vogais
reage à voz humana a 40 dB ou menos,reconhecendo a voz da mãe e de pessoas do seureage à voz humana a 40 dB ou menos, reconhecendo a voz da mãe e de pessoas do seu
convívio.convívio.
Com nove meses os comportamentos intencionais comunicativos estão bemCom nove meses os comportamentos intencionais comunicativos estão bem
desenvolvidos, tem a noção de que pode usar para interagir com o meio. Segundo Jakuboviczdesenvolvidos, tem a noção de que pode usar para interagir com o meio. Segundo Jakubovicz
(1999), esta é a fase da pré-conversação; a criança vocaliza mais durante os intervalos, quando(1999), esta é a fase da pré-conversação; a criança vocaliza mais durante os intervalos, quando
é deixada livre pelo adulto.é deixada livre pelo adulto.
ChoroChoro (indiferenciado/diferenciado);(indiferenciado/diferenciado);
VocalizaçõesVocalizações nãonão linguísticas;linguísticas;
SonsSons reflexosreflexos ee gritos;gritos;
ConscienteConsciente dodo somsom ee temtem prazerprazer nasnas
suassuas repetições;repetições;
SorriSorri aosaos sons,sons, tentatenta movermover aa cabeçacabeça emem
direçãodireção àà fontefonte sonora.sonora.
1919
Procura espaçar e encurtar as vocalizações para dar lugar às respostas do adulto,Procura espaçar e encurtar as vocalizações para dar lugar às respostas do adulto,
deixando bem claro a importância da interação, da troca de ideias e da participação do adultodeixando bem claro a importância da interação, da troca de ideias e da participação do adulto
nesta fase.nesta fase.
Por volta do primeiro aniversário, a maioria das crianças começa a falar suas primeirasPor volta do primeiro aniversário, a maioria das crianças começa a falar suas primeiras
palavras com significado, geralmente na forma de vocábulos isolados. Esta é a fase da pré-palavras com significado, geralmente na forma de vocábulos isolados. Esta é a fase da pré-
conversação: ela começa a vocalizar mais nos intervalos que é deixada livre pelo adulto. Ampliaconversação: ela começa a vocalizar mais nos intervalos que é deixada livre pelo adulto. Amplia
rapidamente sua compreensão da linguagem falada ao seu redor e a linguagem que se associarapidamente sua compreensão da linguagem falada ao seu redor e a linguagem que se associa
a gestos e situações vividas lhe dão sentido. Palavras familiares são vocalizadas com maisa gestos e situações vividas lhe dão sentido. Palavras familiares são vocalizadas com mais
precisão, além de melhor controladas quanto à altura tonal e intensidade.precisão, além de melhor controladas quanto à altura tonal e intensidade.
 A Aggruruppaam m ssoonns s e e ssílílaabbaas s rereppeetitiddaas s à à vvoonntataddee, , ccoommeeççaam m a a nnoommeeaar r aas s ccooisisaass, , oo
surgimento das palavras funcionais facilita o seu convívio com os familiares e “estranhos”. Nestasurgimento das palavras funcionais facilita o seu convívio com os familiares e “estranhos”. Nesta
fase a criança tende a generalizar, fazendo com que haja um prolongamento semânticofase a criança tende a generalizar, fazendo com que haja um prolongamento semântico
(exemplo: cachorro para todos os animais). É uma fase confusa, cheia de aprendizado e(exemplo: cachorro para todos os animais). É uma fase confusa, cheia de aprendizado e
experiências a serem vivenciadas; muitas crianças têm crises de choro, birra, são raivosas,experiências a serem vivenciadas; muitas crianças têm crises de choro, birra, são raivosas,
chegando a morder e bater quando não são compreendidas ou quando não conseguem sechegando a morder e bater quando não são compreendidas ou quando não conseguem se
expressar; a pouca tolerância leva a frustrações. Neste período os pais necessitam deexpressar; a pouca tolerância leva a frustrações. Neste período os pais necessitam de
orientação com relação às emoções da criança, como lidar com crises e anseios.orientação com relação às emoções da criança, como lidar com crises e anseios.
VocalizaçõesVocalizações característicascaracterísticas dede
linguagem;linguagem;
Entonações,Entonações, ritmosritmos ee tonstons diferentes;diferentes;
InícioInício dodo balbucio;balbucio;
RepetiçõesRepetições intencionais;intencionais;
AprendeAprende logologo aa reproduzirreproduzir osos sons.sons.
2020
No segundo ano de vida da criança acontece o controle voluntário completo sobre osNo segundo ano de vida da criança acontece o controle voluntário completo sobre os
OFAs, todo o aparelho fonador começa a se organizar, outros elementos da comunicaçãoOFAs, todo o aparelho fonador começa a se organizar, outros elementos da comunicação
permitem que a criança expresse um bom número de informações, como:permitem que a criança expresse um bom número de informações, como:
Circunstâncias familiares: lar equilibrado, organização econômica, além de estímuloCircunstâncias familiares: lar equilibrado, organização econômica, além de estímulo
suficiente para o desenvolvimento da linguagem desde o nascimento.suficiente para o desenvolvimento da linguagem desde o nascimento.
 A Atititutudde e ddoos s ppaaisis: c: coommo o é é rereaalilizzaadda a a a ininteteraraççããoo, p, paais is eeqquuililibibraraddoos es emmooccioionnaalmlmeenntete..
O que é e será cobrado da criança com relação à linguagem e aspectos cognitivos.O que é e será cobrado da criança com relação à linguagem e aspectos cognitivos.
Começa o surgimento das palavras associadas das frases, aparecendo frases de doisComeça o surgimento das palavras associadas das frases, aparecendo frases de dois
ou três elementos. O que antes era um falar monossílabo passa a ser mais próximo à fala adulta,ou três elementos. O que antes era um falar monossílabo passa a ser mais próximo à fala adulta,
 ju junnto to ccoom m aas s flfleexxõõees s (p(pluluraraisis); ); aas s frfraassees s nneeggaatitivvaas s ssãão o uutitililizzaaddaas s ppoor mr meeio io dde e uum m ssimimppleles s NNÃÃOO
isolado ou colocado no sempre no final (exemplo: comer NÃO). Com relação às interrogativas,isolado ou colocado no sempre no final (exemplo: comer NÃO). Com relação às interrogativas,
essas são as mais primitivas, pois a criança verbaliza as suas necessidades, compreendendoessas são as mais primitivas, pois a criança verbaliza as suas necessidades, compreendendo
algumas ordens.algumas ordens.
Com o passar do tempo o vocabulário amplia-se rapidamente. Para tanto, o papel daCom o passar do tempo o vocabulário amplia-se rapidamente. Para tanto, o papel da
imitação é de suma importância no desenvolvimento da linguagem, as crianças penetram na viaimitação é de suma importância no desenvolvimento da linguagem, as crianças penetram na via
da linguagem falada pelos adultos que as cercam e esta linguagem constitui-se como modelo eda linguagem falada pelos adultos que as cercam e esta linguagem constitui-se como modelo e
referência. A imitação é a criança internalizando o que é “imposto” inconscientemente pelosreferência. A imitação é a criança internalizando o que é “imposto” inconscientemente pelos
outros. A experiência proporciona um processo ativo de trocas mentais, pois a criança dirigeoutros. A experiência proporciona um processo ativo de trocas mentais, pois a criança dirige
comportamentos intencionais a outras pessoas; isso mostra que ela tem a noção de que podecomportamentos intencionais a outras pessoas; isso mostra que ela tem a noção de que pode
usar a linguagem a seu favor para atuar sobre as coisas, assim deixa bem claro a necessidadeusar a linguagem a seu favor para atuar sobre as coisas, assim deixa bem claro a necessidade
de citarmos as funções da linguagem, que são:de citarmos as funções da linguagem, que são:
Função regulatória: a criança objetiva alguma coisa ou a satisfação de umaFunção regulatória: a criança objetiva alguma coisa ou a satisfação de uma
necessidade, então solicita algo ou quando encerra uma ação.necessidade, então solicita algo ou quando encerra uma ação.
Função social: atrair a atenção do outro, sobre si mesma, obter atenção, fazer parteFunção social: atrair a atenção do outro, sobre si mesma,obter atenção, fazer parte
do diálogo, fazer participar.do diálogo, fazer participar.
Função conjunta: garantir uma experiência compartilhada, chamando e prendendoFunção conjunta: garantir uma experiência compartilhada, chamando e prendendo
a atenção das outras pessoas.a atenção das outras pessoas.
É interessante frisarmos que a linguagem é instrumental, reguladora, interacional,É interessante frisarmos que a linguagem é instrumental, reguladora, interacional,
pessoal, heurística, imaginativa e informativa. Tanto para as crianças como para os adultos,pessoal, heurística, imaginativa e informativa. Tanto para as crianças como para os adultos,
essas são as necessidades básicas que suprimos quando se trata de comunicação e linguagemessas são as necessidades básicas que suprimos quando se trata de comunicação e linguagem
falada.falada.
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INFORMATIVAINFORMATIVA
Para as crianças, todas as funções servem para a maior parte das necessidadesPara as crianças, todas as funções servem para a maior parte das necessidades
interativas. Segundo Boone (1994), a função instrumental informa o uso da linguagem deinterativas. Segundo Boone (1994), a função instrumental informa o uso da linguagem de
maneira geral e a necessidade da criança (exemplo: eu preciso); a reguladora, a criança procuramaneira geral e a necessidade da criança (exemplo: eu preciso); a reguladora, a criança procura
controlar o mundo ao seu redor (exemplo: pegue); a função interacional vai tratar das relaçõescontrolar o mundo ao seu redor (exemplo: pegue); a função interacional vai tratar das relações
com o mundo a sua volta (exemplo: como vai você?); a função pessoal trata das suas própriascom o mundo a sua volta (exemplo: como vai você?); a função pessoal trata das suas próprias
necessidades e funciona apenas para satisfazê-la (exemplo: estou com fome); a funçãonecessidades e funciona apenas para satisfazê-la (exemplo: estou com fome); a função
heurística (exemplo: onde); a função imaginativa, a criança começa a trabalhar as possibilidadesheurística (exemplo: onde); a função imaginativa, a criança começa a trabalhar as possibilidades
e hipóteses (exemplo: por que nós não...); e por último, a informativa, que circunda todas ase hipóteses (exemplo: por que nós não...); e por último, a informativa, que circunda todas as
outras de forma inconsciente (exemplo: você sabe que...).outras de forma inconsciente (exemplo: você sabe que...).
Com três anos de idade a criança começa a internalizar o mundo, consegueCom três anos de idade a criança começa a internalizar o mundo, consegue
reconhecer lugares que esteve antes, entende ordens duplas simples (exemplo: fecha a gaveta ereconhecer lugares que esteve antes, entende ordens duplas simples (exemplo: fecha a gaveta e
me dá o livro); tem noção espacial, é capaz de responder perguntas do tipo: o que você usa parame dá o livro); tem noção espacial, é capaz de responder perguntas do tipo: o que você usa para
sentar?; o que você faz quando está com fome?.sentar?; o que você faz quando está com fome?.
 A  A ppaartrtir ir ddoos s qquuaatrtro o aannoos s dde e ididaadde e a a ccririaannçça a já já eexxeeccuuta ta oordrdeenns s dde e trtrêês s ititeennss, j, já á é é ccaappaazz
de dar seu nome completo e nome dos pais; se lermos alguma história simples, é capaz dede dar seu nome completo e nome dos pais; se lermos alguma história simples, é capaz de
InstrumentalInstrumental
ReguladoraReguladora
InteracionalInteracional
PessoalPessoal
HeurísticaHeurística
ImaginativaImaginativa
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responder perguntas. A seguir, uma ilustração sobre a importância da audição para oresponder perguntas. A seguir, uma ilustração sobre a importância da audição para o
desenvolvimento e aquisição da linguagem.desenvolvimento e aquisição da linguagem.
No entanto, temos que ter em mente que há crianças que vão estar mais adiantadasNo entanto, temos que ter em mente que há crianças que vão estar mais adiantadas
na compreensão da linguagem e não corresponderem a idade devida na expressão oral. O quena compreensão da linguagem e não corresponderem a idade devida na expressão oral. O que
foi explicado acima serve de parâmetros para iniciar uma estimulação. Se for o caso, serve parafoi explicado acima serve de parâmetros para iniciar uma estimulação. Se for o caso, serve para
orientar pais e cuidadores sem a preocupação de etiquetar diagnósticos.orientar pais e cuidadores sem a preocupação de etiquetar diagnósticos.
2.3 ORIENTAÇÕES AOS PAIS E CRIANÇAS COM ATRASO DE LINGUAGEM2.3 ORIENTAÇÕES AOS PAIS E CRIANÇAS COM ATRASO DE LINGUAGEM
 A m A meelhlhoor r mmaanneeirira da de ue umma ca crriaiannçça da deesseennvvoolvlveer r a lina lingguuaaggeem om oraral l é iné inteteraraggir cir coom am a
língua, com o mundo que a cerca. No entanto, por inúmeros motivos algumas crianças, mesmolíngua, com o mundo que a cerca. No entanto, por inúmeros motivos algumas crianças, mesmo
tendo estimulação, não conseguem desenvolver a comunicação de forma efetiva; então, atendo estimulação, não conseguem desenvolver a comunicação de forma efetiva; então, a
criança necessita de ajuda, sendo crucial um apoio para os pais. Alguns pontos são importantescriança necessita de ajuda, sendo crucial um apoio para os pais. Alguns pontos são importantes
frisarmos, quais sejam:frisarmos, quais sejam:
 A AUUDDIÇIÇÃÃOO: : fafale le o o tetemmppo o totoddo o ccoom m a a ccririaannççaa, , mmeessmmo o qquue e eela la nnãão o fafalele; ; nnããoo
LLiinngguuaaggeem m AAuuddiiççããoo
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demonstre interesse, isso não exclui a possibilidade dela escutar e depois se interessar. Faledemonstre interesse, isso não exclui a possibilidade dela escutar e depois se interessar. Fale
coisas concretas e frases curtas; comente sempre o que está acontecendo ao seu redor. Induzacoisas concretas e frases curtas; comente sempre o que está acontecendo ao seu redor. Induza
a criança a aprender a prestar atenção aos sons ambientes e a se concentrar ouvindo músicasa criança a aprender a prestar atenção aos sons ambientes e a se concentrar ouvindo músicas
infantis. Aponte para o céu e faça-o ouvir o avião ou aponte para uma sirene de ambulância;infantis. Aponte para o céu e faça-o ouvir o avião ou aponte para uma sirene de ambulância;
imite os sons (bichos, coisas), faça seu filho localizar a fonte sonora.imite os sons (bichos, coisas), faça seu filho localizar a fonte sonora.
VISÃO: mostre ao seu filho aquilo que você está fazendo; deixe seu filho explorar oVISÃO: mostre ao seu filho aquilo que você está fazendo; deixe seu filho explorar o
ambiente. Quando estiver fora de casa aponte os pássaros, os carros, as árvores, etc., as coisasambiente. Quando estiver fora de casa aponte os pássaros, os carros, as árvores, etc., as coisas
têm que ser nomeadas de forma clara e tranquila.têm que ser nomeadas de forma clara e tranquila.
TATO: dê ao seu filho muita oportunidade de tocar e sentir as coisas; se a criançaTATO: dê ao seu filho muita oportunidade de tocar e sentir as coisas; se a criança
for bebê, a deixe colocar os objetos na boca, senti-los. As crianças maiores devem brincar comfor bebê, a deixe colocar os objetos na boca, senti-los. As crianças maiores devem brincar com
areia, sentir texturas diferentes. Enquanto a criança vai explorando o mundo, o adulto deveareia, sentir texturas diferentes. Enquanto a criança vai explorando o mundo, o adulto deve
nomear as ações. As crianças devem sentir contornos em curvas ou algo reto, superfície lisa enomear as ações. As crianças devem sentir contornos em curvas ou algo reto, superfície lisa e
uma áspera etc. Ensine as diferentes sensações.uma áspera etc. Ensine as diferentes sensações.
PALADAR: deixe a criança usar a boca e nariz para explorar o mundo, e,PALADAR: deixe a criança usar a boca e nariz para explorar o mundo, e,
consequentemente, ela estará aprendendo (doce, amargo, salgado, bom, ruim etc.).consequentemente, ela estará aprendendo (doce, amargo, salgado, bom, ruim etc.).
ODOR: ensine a criançaa cheirar e vá nomeando aquilo que ela cheira; façaODOR: ensine a criança a cheirar e vá nomeando aquilo que ela cheira; faça
distinguir cheiros bons e desagradáveis.distinguir cheiros bons e desagradáveis.
 A AÇÇÕÕEESS: e: ennssinine a ce a cririaannçça a sa a saaccuuddir oir obbjejetotos es em m vveez dz de joe joggaar nr no co chhããoo; a; ajujuddee-a -a aa
explorar o máximo um objeto, fazendo com que o interesse no objeto passe de uma simplesexplorar o máximo um objeto, fazendo com que o interesse no objeto passe de uma simples
olhada.olhada.
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Pais e cuidadores bem orientados e dispostos é um passo à frente na estimulação daPais e cuidadores bem orientados e dispostos é um passo à frente na estimulação da
linguagem oral, porém é de suma importância que os profissionais da área da linguagem sejamlinguagem oral, porém é de suma importância que os profissionais da área da linguagem sejam
atentos e solícitos, levando em consideração o SER, tendo uma visão holística da criança,atentos e solícitos, levando em consideração o SER, tendo uma visão holística da criança,
analisando as suas possibilidades e não suas dificuldades. Segundo Katz (1999), a aquisição daanalisando as suas possibilidades e não suas dificuldades. Segundo Katz (1999), a aquisição da
linguagem pela audição é uma função que depende do tempo e dos períodos de maturação paralinguagem pela audição é uma função que depende do tempo e dos períodos de maturação para
o desenvolvimento de funções biológicas, as quais são responsáveis pela aquisição dao desenvolvimento de funções biológicas, as quais são responsáveis pela aquisição da
linguagem em tempo certo.linguagem em tempo certo.
AUDIÇÃOAUDIÇÃO
VISÃOVISÃO
TATOTATO
AÇÕESAÇÕES
ODORODOR
PALADARPALADAR
2525
3 MECANISMO AUDITIVO3 MECANISMO AUDITIVO
 A  A aauuddiçiçãão o ppeermrmitite e o o pprorocceessssaammeennto dto de e eevveenntotos s aaccúússtiticcooss, , ccoommo o a a fafalala, , totornrnaannddoo
possível a comunicação como expressão do pensamento, além de permitir a separação dospossível a comunicação como expressão do pensamento, além de permitir a separação dos
sons da fala na presença de ruídos, analisando seletivamente sons que ocorrem ao mesmosons da fala na presença de ruídos, analisando seletivamente sons que ocorrem ao mesmo
tempo. Antes de iniciarmos a anatomia e fisiologia da audição, é importante a noção datempo. Antes de iniciarmos a anatomia e fisiologia da audição, é importante a noção da
embriologia básica da audição. Northern e Downs (1989) verificam que um dos primeirosembriologia básica da audição. Northern e Downs (1989) verificam que um dos primeiros
desenvolvimentos organizacionais do embrião é a diferenciação das células em três placasdesenvolvimentos organizacionais do embrião é a diferenciação das células em três placas
sobrepostas; são as camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma).sobrepostas; são as camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma).
FIGURA 1 - VISTA INICIAL DE UM EMBRIÃOFIGURA 1 - VISTA INICIAL DE UM EMBRIÃO
FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.
É depois da terceira semana de desenvolvimento embrionário que aparecem osÉ depois da terceira semana de desenvolvimento embrionário que aparecem os
placoides auditivos (espaços na superfície ectodérmica de cada lado do disco nervoso). Essesplacoides auditivos (espaços na superfície ectodérmica de cada lado do disco nervoso). Esses
placoides começam a aprofundar-se, formando os buracos auditivos. Em seguida, começa oplacoides começam a aprofundar-se, formando os buracos auditivos. Em seguida, começa o
desenvolvimento do recesso tubotimpânico; ao final do primeiro mês de gestação, quando odesenvolvimento do recesso tubotimpânico; ao final do primeiro mês de gestação, quando o
buraco auditivo se fecha, surge a vesícula auditiva ou otócito (acontecem dobras, invaginações,buraco auditivo se fecha, surge a vesícula auditiva ou otócito (acontecem dobras, invaginações,
alongamentos para formar o utrículo, sáculo e tubo endolinfático).alongamentos para formar o utrículo, sáculo e tubo endolinfático).
No final da sexta semana iniciam-se as formações de arcos, que se tornarão os canaisNo final da sexta semana iniciam-se as formações de arcos, que se tornarão os canais
semicirculares; encontra-se formado o meato acústico primário, evidenciam-se as seis saliênciassemicirculares; encontra-se formado o meato acústico primário, evidenciam-se as seis saliências
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e começa a formação das cartilagens. No final da sétima semana, a porção do sáculo se alongae começa a formação das cartilagens. No final da sétima semana, a porção do sáculo se alonga
para completar a primeira volta da cóclea; começa o desenvolvimento das células sensoriais nopara completar a primeira volta da cóclea; começa o desenvolvimento das células sensoriais no
utrículo e no sáculo, o pavilhão auricular começa a movimentar-se no sentido dorsolateral. Nautrículo e no sáculo, o pavilhão auricular começa a movimentar-se no sentido dorsolateral. Na
oitava semana é o inicio da formação dos ossículos do ouvido médio e a membrana timpânica.oitava semana é o inicio da formação dos ossículos do ouvido médio e a membrana timpânica.
FIGURA 2 - DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OUVIDO INTERNO DE UM EMBRIÃO HUMANOFIGURA 2 - DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OUVIDO INTERNO DE UM EMBRIÃO HUMANO
FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.
No quinto mês de gestação, o ouvido interno atinge maturação e tamanho adulto; oNo quinto mês de gestação, o ouvido interno atinge maturação e tamanho adulto; o
pavilhão auricular alcança a forma adulta, embora continue a crescer até os nove anos de idade.pavilhão auricular alcança a forma adulta, embora continue a crescer até os nove anos de idade.
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Nos dois últimos meses de gestação, completa-se a ossificação do martelo e da bigorna; asNos dois últimos meses de gestação, completa-se a ossificação do martelo e da bigorna; as
células aéreas da mastoide desenvolvem-se; existe a pneumatização do antro, o estribo continuacélulas aéreas da mastoide desenvolvem-se; existe a pneumatização do antro, o estribo continua
a desenvolver-se até a idade adulta e a membrana timpânica muda de posição relativa durantea desenvolver-se até a idade adulta e a membrana timpânica muda de posição relativa durante
os dois primeiros anos de vida da criança.os dois primeiros anos de vida da criança.
FIGURA 3 - DESENVOLVIMENTO ESQUEMÁTICO DAS PORÇÕES INTERNA E MÉDIA DOFIGURA 3 - DESENVOLVIMENTO ESQUEMÁTICO DAS PORÇÕES INTERNA E MÉDIA DO
MECANISMO AUDITIVOMECANISMO AUDITIVO
FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.
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FIGURA 4 - DESENVOLVIMENTO ESQUEMÁTICO DO PAVILHÃO AURICULAR DA 3ª E 4ªFIGURA 4 - DESENVOLVIMENTO ESQUEMÁTICO DO PAVILHÃO AURICULAR DA 3ª E 4ª
SEMANASEMANA
FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.FONTE: NORTHERN & DOWNS: Audição em crianças, 1989.
O feto reage a estímulos sonoros após o quinto mês, pois as etapas de respostas aO feto reage a estímulos sonoros após o quinto mês, pois as etapas de respostas a
sons seguem um padrão de maturação. Ao nascer o ser humano apresenta apenas audição dosons seguem um padrão de maturação. Ao nascer o ser humano apresenta apenas audição do
tipo reflexa; em seguida começa o processo de aprendizagem e novas respostas ao somtipo reflexa; em seguida começa o processo de aprendizagem e novas respostas ao som
passam a ser desenvolvidas. A seguir, uma tabela com o resumo da embriologia do ouvido:passam a ser desenvolvidas. A seguir, uma tabela com o resumo da embriologia do ouvido:
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SEMANA DESEMANA DE
GESTAÇÃOGESTAÇÃO
OUVIDO OUVIDO EXTERNO EXTERNO OUVIDO OUVIDO MÉDIO MÉDIO OUVIDO OUVIDO IINTERNONTERNO
3ª. 3ª. - - ReRecessocesso
tubotimpânico.tubotimpânico.
PlacoPlacoide ide audaudititivo;ivo;
Buraco auditivo.Buraco auditivo.