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RODOLFO PERES MENTALIDADE Conquiste a partir de agora uma mentalidade de sucesso dentro da nutrição. Neste e-book, eu serei o seu mentor nessa caminhada. D E S U C E S S O D O N U T R I C I O N I S T A D E S U C E S S O D O N U T R I C I O N I S T A RODOLFO PERES PREFÁCIO Sem dúvida, o sucesso profissional deve ter sempre como principais pilares o conhecimento e a ética. Infelizmente, muitos em busca de sucesso financeiro ignoram os princípios éticos, o que é inconcebível em se tratando da área da saúde. Mas quando me refiro a sucesso, não considero dinheiro como sinônimo, mas sim como consequência de um bom trabalho realizado. Nesse e-book, coloco a disposição toda a minha experiência acumulada em quase vinte anos de carreira. Realizei mais de 35 mil consultas, mais de 400 palestras (todos os estados brasileiros e diferentes países), 6 livros publicados, entre outras conquistas. Hoje coordeno duas pós graduações (Nutrição Esportiva e Estética e Nutrição Clínica Integrativa), em que somando todas as turmas, temos mais de mil alunos. A boa notícia é que para você atingir esse patamar profissional e até mesmo superá-lo, não precisa mais de vinte anos de trabalho árduo. Com a revolução tecnológica, tendo os mentores adequados, você conseguirá ir muito mais longe em muito menos tempo. Hoje não existem mais barreiras geográficas como empecilhos. Boa parte do conteúdo de qualidade disponível, como esse ebook, são acessíveis de maneira gratuita. No entanto, com tantas informações disponíveis, você precisa de algo que não vai encontrar nos artigos científicos de nutrição. Que é a inteligência emocional necessária para lidar com tudo isso. Estamos em uma era em que a ansiedade tem tomado conta de nossas vidas. Com esse e-book espero te ajudar a organizar melhor sua rotina de trabalho e estudos, sanando dúvidas frequentes, seja de profissionais recém formados, mas até mesmo para aqueles experientes que gostariam de levar sua carreira para um nível superior. A mentalidade de sucesso do nutricionista pode ser construída a partir de agora! Só depende de você acreditar em seus sonhos e não medir esforços para conquista-los. Meu papel aqui será de ser seu mentor nessa caminhada, pavimentando para você o caminho que para mim foi bem esburacado! Vamos juntos! Boa leitura! Rodolfo Peres SUMÁRIO Mundo após Coronavírus Os segredos do sucesso no consultório A importância do trabalho em equipe Gestão de Consultório Entregar ou não a dieta na hora para o paciente? Como considero a importância da avaliação do comportamento alimentar do paciente na minha prática clínica? Onde você deseja estar daqui 10 anos? Nutricionistas e Redes Sociais O profissional da Era da Mídia Qual é o cenário atual da nutrição? 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 Nutrição Clínica ou Nutrição Esportiva, qual escolher? 11 Conclusão 6 10 18 23 29 33 38 43 48 54 61 72 Você precisa ser bom para começar algo ou começar algo para ser bom? 12 68 11Mundo apósCoronavírus5 O MUNDO PAROU. E AGORA? O QUE ESPERAR DA NOSSA ÁREA? 6 De repente, o mundo parou. Para conter a pandemia do novo Coronavírus (SarsCov-2), boa parte da população mundial sofre com medidas de isolamento, que fecharam lojas, aeroportos, empresas, eventos culturais e esportivos, e obrigaram milhões de pessoas a ficar em suas casas. Nada parecido foi visto na história recente, nem pouco tempo atrás, quando o mundo enfrentou a pandemia da gripe H1N1. Meu objetivo com este capítulo não é analisar questões de saúde pública, os impactos econômicos e a crise política decorrentes da pandemia do Coronavírus, mas discutir possíveis efeitos na profissão de nutricionista, durante e depois da pandemia. Não tenho dúvida de que essa será uma das experiências mais traumáticas da história moderna, e deve provocar grandes transformações nas relações humanas, no mercado de trabalho e antecipar tendências que só seriam adotadas no futuro. Naturalmente, qualquer exercício de futurologia agora é arriscado, mas duas certezas todos nós temos: 1 - A pandemia vai passar; 2 - Quando passar, o mundo não será o mesmo. Uma das primeiras medidas para reduzir a propagação do vírus foi o isolamento social. Em todo o mundo, aulas foram suspensas e milhões de estudantes e professores estão em casa. Nesse contexto, as aulas on-line surgem como alternativa para que os alunos não percam o ritmo de estudo no período de isolamento. Da mesma forma, o atendimento em muitas clínicas foi substituído pelo modo remoto. Os conselhos que regulamentam e fiscalizam as profissões da área de saúde, liberaram as consultas a distância, até então proibidas, pois essa passou a ser a única maneira de o trabalho não ser interrompido totalmente. O abraço nos pacientes, no início e no fim de uma consulta, foi substituído pela fria tela do smartphone ou do computador O primeiro atendimento on-line, tanto para o profissional, quanto para o paciente, causa um certo estranhamento. Principalmente para quem não está muito acostumado com esse tipo de interação. A segunda consulta nem tanto, a terceira um pouco menos, e com o tempo vai se tornando algo natural. Depois de um mês, começamos a reconhecer as vantagens do modo remoto. 7 Assim como acontece com o ensino a distância, o fato de uma consulta ser presencial ou a distância não é o que garante a qualidade ou depõe contra ela. Tanto na consulta a distância como na presencial, o resultado só será positivo se houver uma interação perfeita entre os dois lados: um paciente motivado, orientado por um profissional capacitado. As consultas médicas on-line já são uma realidade em diferentes partes do mundo, e no Brasil a tendência é que continuem crescendo. No caso das consultas nutricionais, não sei se o conselho de classe vai mantê-las ou retomar a permissão do modo on- line apenas como pós-consulta, mas é bem provável que a legislação acompanhe as mudanças de comportamento da população pós-pandemia. Uma coisa é certa: o atendimento remoto será muito mais explorado pelos profissionais que quebrarem a resistência e se esforçarem para se adaptar à nova realidade. Em um mundo de mudanças exponenciais, com a tecnologia progredindo mais rápido do que nunca, em vez de perguntar se existe algum motivo para fazer determinada coisa online, vamos pensar se existe algum bom motivo para fazê-la pessoalmente. Assim como eu, muitos profissionais devem estar com saudade dos seus consultórios, mas vivenciam as vantagens do trabalho remoto. Uma das principais é o fim de barreiras geográficas. Pessoas que moram em cidades pequenas ou afastadas de grandes centros urbanos, não precisam gastar com deslocamento e hospedagem para serem atendidas. Pacientes com deficiência física ou mobilidade reduzida não têm que se preocupar em como chegar ao consultório, já que podem ser atendidos no conforto de suas casas. Para o profissional, além da redução nos custos para a manutenção de um espaço físico para atendimento, o trabalho remoto também possibilita um maior controle da agenda. No atendimento on-line, o agendamento é otimizado, pois não há atraso nas consultas. Para resolver as limitações técnicas ainda existentes, o trabalho em equipe será determinante. Haverá cada vez mais pessoas com interesses comuns, compartilhando ferramentas e soluções para melhorar a nossa forma de trabalho. Basta pensar no aplicativo de trânsito desenvolvido em 2007, pela Waze Mobile, de Israel, e comprado pela Google em 2013. Hoje, o Waze é item indispensável nos carros do mundo todo. Com o aumento na demanda por aulas e consultas on-line, certamente, novas ferramentas e plataformas vão surgir. Aulas de anatomia com tecnologia 3D, hologramas, sistema de escaneamento corporal pelo celular tão ou mais eficazes que uma bioimpedância, coisas inimagináveis hoje em dia, em breve, poderão estar disponíveis a todos. Mais importante do que ter um consultório bonito, bem localizado, com equipamentos de última geração,será ter um bom sinal de wi-fi para a realização de consultas. Os bens virtuais serão símbolos de status e ostentação 8 Passada a pandemia, o medo de novas infecções e contaminações deve continuar por muito tempo, e fazer com que as pessoas mudem sua relação com os cuidados de higiene. Estar em locais limpos e seguros será uma preocupação cada vez maior, uma superproteção que pode afetar nossos mecanismos naturais para defesa. Por exemplo, crianças crescendo em ambientes extremamente esterilizados, terão prejuízos na formação de sua microbiota natural, tornando-se adultos com baixa imunidade. Os profissionais que nos últimos anos focaram seu trabalho apenas na estética, com certeza, tiveram uma queda significativa na procura por atendimento. É uma lição a ser aprendida. Os nutricionistas que se especializaram em uma única área de conhecimento, agora precisam se capacitar para dominar abordagens clínicas diferentes. Partindo do princípio que os softwares vão calcular os cardápios praticamente sozinhos, o profissional também terá de se atentar mais ao comportamento do paciente, avaliando melhor suas emoções e sentimentos. Muito bom o treinador saber elaborar uma periodização para ganho de massa muscular e perda de gordura, mas também terá de estar apto para cuidar de pessoas em reabilitação, crianças e idosos. O Coronavírus tem se mostrado mais impiedoso com fumantes, obesos, imunossuprimidos e portadores de doenças crônicas não transmissíveis, então a tendência é que as pessoas procurem muito mais por medidas de prevenção. Essa mudança já pode ser observada no comportamento dos pacientes. Cada vez mais, vão parecer mais preocupados com a saúde do que com a estética. Desejando saber como aumentar sua imunidade, diminuir a ansiedade, controlar o diabetes, como prevenir doenças melhorando a alimentação, entre outras questões ligadas à saúde. 9 Estimular a boa alimentação e a atividade física regular, nunca estará tão em alta como a partir de agora. Se eu pudesse arriscar um palpite sobre a próxima moda no mundo fitness, seria o desejo de ser saudável. Desconfio que menos pessoas vão querer ter um corpo musculoso ou definido, em detrimento da saúde. Empresas e indústrias vão incentivar a população a consumirem seus produtos como medidas preventivas a doenças. Muitas fórmulas milagrosas vão aparecer nos próximos anos e, cabe a nós, profissionais da área da saúde, orientar a população a diferenciar o necessário e a enganação. Quando o longo período de distanciamento social passar, voltaremos a nos encontrar, mas a conquista dos meios remotos veio para ficar. Durante os longos meses de contenção da epidemia, vamos desenvolver formas eficazes de trabalhar, fazer compras, falar com os amigos, tudo a distância. Descobriremos que muitas viagens de carro e de avião são desnecessárias mesmo. Muitas empresas e trabalhadores vão ter de se ajustar para trabalhar em casa. Diante da iminente recessão econômica, será ainda mais difícil encontrar posições de trabalho estáveis, e mais gente permanecerá em casa, com tarefas esporádicas remuneradas. Nesse período de isolamento, não se desespere. Estude como nunca, fique atento às tecnologias que podem agregar na sua rotina de trabalho, proteja sua família. Se a palavra para o momento atual é resiliência, após a pandemia, será reinvenção. Pertencer a um lugar ou estar acostumado com certa realidade é muito confortável. Lidar com mudanças sempre foi e continuará sendo difícil. Esteja aberto e se adapte ao que vier. 22Os segredos dosucesso no Consultório10 11 QUAIS SÃO OS PASSOS PARA OBTER O SUCESSO NA PROFISSÃO. Ter seu próprio consultório é o sonho da maioria dos que escolhem a Nutrição como carreira. Trabalhar diretamente com o paciente, ajudando-o a conquistar seus objetivos, traz uma enorme satisfação profissional, mas o que estudantes e recém formados de fato ambicionam é a possibilidade de ter um ótimo retorno financeiro e mais tempo livre. Afinal, sendo dono do consultório, você poderia escolher os dias da semana e os horários que quer trabalhar. Será que a realidade é tão simples quanto parece? Quando me formei, no início dos anos 2000, o mercado de trabalho para nutricionistas era bem diferente. Viver só com o lucro do consultório era uma missão quase impossível. Os nutricionistas mais conhecidos eram professores que, uma ou duas vezes na semana, abriam a agenda para complementar a renda. E por que faziam isso? Simples! Porque não havia procura. Sabendo disso, recém-formado, nem passava pela minha cabeça ter o meu próprio consultório. O que eu queria (e fui atrás) era atender em um espaço pouco explorado na época, mas cheio de possíveis pacientes: as academias de ginástica. E foi o que fiz durante cinco anos. Só decidi montar um consultório porque, com o passar do tempo, o trabalho nas academias deixou de valer a pena. Financeiramente falando. Os donos das academias cobravam cada vez mais caro pela utilização do espaço. Quanto maior a procura pelos meus serviços, maior o aluguel da sala. A situação chegou a um ponto em que eu pagava três vezes mais do que gastaria em um consultório próprio. Para um nutricionista esportivo, o ambiente de uma academia de ginástica é perfeito. Todo aluno necessita de um nutricionista. Para citar um exemplo, em uma academia com mil alunos, se 10% deles se consultar, você já consegue uma agenda excelente. Ainda hoje, trabalhar em academias é uma ótima possibilidade para quem está começando a atender. No meu caso, a mudança só foi viável porque, ao longo de cinco anos, conquistei pacientes que continuaram passando em consulta comigo, independentemente do meu local de trabalho. Mesmo que você contrate uma consultoria, construa um plano de marketing muito bem feito, ainda acho arriscado iniciar a carreira em um consultório próprio. O investimento só valerá a pena se você tiver dinheiro sobrando ou uma rede de contatos para indicações muito bem estabelecida, envolvendo médicos, treinadores, psicólogos e outros profissionais. Caso contrário, trabalhar em uma clínica multiprofissional ou em academias pode ser muito mais interessante. Ter um consultório é empreender, e isso não é nada fácil! O maior inimigo do recém formado é a ansiedade. A maioria não entende que leva tempo para ter uma agenda cheia. Mais tempo ainda para conseguir administrar uma agenda cheia. Hoje, o seu sonho é atender 10, 12 pessoas por dia, mas, seja sincero, você conseguiria atender com qualidade 10, 12 pessoas por dia? A agilidade e a eficiência no atendimento só vêm com a prática. Por melhor que seja a estrutura da sua clínica ou por mais brilhante que você tenha sido como aluno, só depois de atender centenas ou milhares de pessoas terá expertise para dar conta de um alto volume de consultas. Avaliando toda a minha trajetória e a de colegas que conquistaram a sonhada agenda cheia, percebo uma característica em comum, que não tem a ver com estratégias de marketing ou sorte. Em qualquer área essa característica é necessária, mas é muito mais difícil para um profissional liberal. Estou falando da imposição de uma rotina diária de trabalho. Lembra no início, quando falei sobre a liberdade de tempo ser uma das motivações para a pessoa querer montar um consultório? Pois essa crença de ter um consultório próprio para atender três dias na semana ou só meio período, pode ser o começo do fim da sua carreira. Quer saber por que muitos profissionais não conseguem sucesso no consultório? Porque programam sua rotina de trabalho de acordo com a demanda atual, e não com a procura que desejam atingir. Minha sugestão para quem está começando é, desde o início, estabelecer uma rotina como se tivesse a agenda lotada, independentemente de quantos pacientes estão agendados. Tem só um paciente no dia, marcado às 10h ou às 16h? Não importa. Você vai para o consultório às 7h e vai ficar até às 19h, partindo do princípio que o seu objetivo é atender 8 ou 10 pacientes por dia.12 Se o seu objetivo é dedicar uma parte do tempo para outras atividades, diminua a carga horária do consultório, mas tente manter uma rotina idêntica todos os dias, semana após semana. A diferença entre os que vão conseguir e os que vão desistir, está exatamente naquele dia ou semana que a procura está baixa, mas você não muda a rotina. E o que fazer nesse tempo livre sem pacientes? Fortalecer a sua mente, a sua rede de contatos e estudar. Quando comecei a atender não tinha a moleza de redes sociais para divulgar o meu trabalho. Eu usava os horários livres para oferecer meus serviços para aqueles que poderiam, futuramente, indicar meu trabalho: treinadores, médicos e atletas, por exemplo. Como atendia em uma academia, nos horários de maior movimento, fazia questão de estar em pontos estratégicos com a agenda na mão, explicando para os alunos quais os benefícios da Nutrição para a atividade física. 13 E foi justamente nessa fase que comecei minha carreira como palestrante. Oferecia palestras de graça para grupo de 5, 10 alunos, na sala de ginástica. Eles sentavam naquelas plataformas de step e eu, sem qualquer recurso áudio visual, explicava o que sabia a respeito de nutrição e suplementação esportiva. Esse foi meu treinamento para, anos depois, conseguir palestrar em todas as capitais do Brasil e em diversos países. Tudo tem um início. A concorrência no segmento de serviços de saúde aumenta a cada dia. Diante desse cenário competitivo, a atração de pacientes depende essencialmente de um planejamento para promover a visibilidade do seu trabalho. A definição do público-alvo possibilita o desenvolvimento de estratégias para atingir e atrair esse público. Você pode adaptar o que eu fiz, há quase 20 anos, mantendo os mesmos fundamentos. Você precisa ser visto. E hoje não há melhor lugar para isso do que as redes sociais. Use seus horários livres para elaborar conteúdos para o Instagram, Telegram, Youtube e outras mídias digitais. Só não esqueça de definir o seu público. Qual o seu objetivo? Se for atrair pacientes para o consultório, não adianta escrever artigos com linguagem científica, que só profissionais da área vão entender. Elabore seus textos, vídeos e ebooks de maneira didática e coloquial. E lembre-se: o conteúdo deve ser direcionado para um contato externo, que pode ser o Whatsapp do seu consultório, por exemplo. 14 Imaginando que tudo deu certo e a sua agenda está cheia de pacientes. O grande desafio será manter a mesma rotina de estudos, elaboração de conteúdo e dar conta de todos os atendimentos. É fundamental reservar horários em sua agenda para o estudo, que pode ser, por exemplo, a leitura de um artigo científico por dia. Definir determinado horário para elaboração de conteúdo e outro para interagir nas redes sociais, sem esquecer do tempo para a realização do pós-consulta, que consiste em responder emails ou mensagens de pacientes com dúvidas. Se não tiver uma rígida disciplina diária, você pode até conseguir encher a sua agenda, mas dificilmente vai conseguir mantê-la assim. Nos últimos anos, a minha rotina é organizada da seguinte maneira: Acordo às 6h, para estar no consultório, no máximo, às 7h. O primeiro horário reservo para estudar. Atendimento das 8h às 12h. Entre 12h e 13h, faço o pós-consulta. Entre 13h e 17h retomo os atendimentos. Das 17h às 19h vario entre pós-consultas, estudo e reuniões. Entre 19h e 22h atividade física, incluindo nesse intervalo o tempo de deslocamento para a academia. Entre 22h e 24h, descanso, sempre com a leitura de algo não relacionado a Nutrição. Das 24h às 6h sono. Alguns devem ter sentido falta do intervalo para o almoço. Particularmente, exceto para quem tem a oportunidade de almoçar na companhia da família, acho um desperdício de tempo. Devemos nos alimentar adequadamente a cada três horas e, fazendo isso da maneira adequada, não precisamos de descanso após o almoço. Diferente daquele que se alimenta mal e sente uma enorme preguiça depois de comer um prato pouco nutritivo e sobremesas açucaradas. A cada três horas paro 15 minutos para me alimentar, distribuindo minha ingestão calórica de acordo com meu gasto energético. Se for atrair pacientes para o consultório, não adianta escrever artigos com linguagem científica, que só profissionais da área vão entender. Elabore seus textos, vídeos e ebooks de maneira didática e coloquial. E lembre-se: o conteúdo deve ser direcionado para um contato externo, que pode ser o Whatsapp do seu consultório, por exemplo. 15 Imaginando que tudo deu certo e a sua agenda está cheia de pacientes. O grande desafio será manter a mesma rotina de estudos, elaboração de conteúdo e dar conta de todos os atendimentos. É fundamental reservar horários em sua agenda para o estudo, que pode ser, por exemplo, a leitura de um artigo científico por dia. Definir determinado horário para elaboração de conteúdo e outro para interagir nas redes sociais, sem esquecer do tempo para a realização do pós-consulta, que consiste em responder emails ou mensagens de pacientes com dúvidas. Se não tiver uma rígida disciplina diária, você pode até conseguir encher a sua agenda, mas dificilmente vai conseguir mantê-la assim. Nos últimos anos, a minha rotina é organizada da seguinte maneira: Acordo às 6h, para estar no consultório, no máximo, às 7h. O primeiro horário reservo para estudar. Atendimento das 8h às 12h. Entre 12h e 13h, faço o pós-consulta. Entre 13h e 17h retomo os atendimentos. Das 17h às 19h vario entre pós-consultas, estudo e reuniões. Entre 19h e 22h atividade física, incluindo nesse intervalo o tempo de deslocamento para a academia. Entre 22h e 24h, descanso, sempre com a leitura de algo não relacionado a Nutrição. Das 24h às 6h sono. Alguns devem ter sentido falta do intervalo para o almoço. Particularmente, exceto para quem tem a oportunidade de almoçar na companhia da família, acho um desperdício de tempo. Devemos nos alimentar adequadamente a cada três horas e, fazendo isso da maneira adequada, não precisamos de descanso após o almoço. Diferente daquele que se alimenta mal e sente uma enorme preguiça depois de comer um prato pouco nutritivo e sobremesas açucaradas. A cada três horas paro 15 minutos para me alimentar, distribuindo minha ingestão calórica de acordo com meu gasto energético. Apesar de seguir essa rotina há muito anos, não a considero ideal. Minha meta é aumentar o período de sono para 8h diárias. Inclusive, há pouco mais de um ano, eu acordava as 4h30 para conseguir encaixar duas sessões de exercícios no dia. Esse descanso precário, associado a uma atividade física intensa, resultou em uma séria lesão, e tive que passar por um delicado procedimento cirúrgico. Portanto, a minha rotina de trabalho não deve ser uma referência, longe disso, mas serve para ilustrar a importância da disciplina. Procure organizar sua agenda de acordo com os seus objetivos e, claro, com a sua prioridade nesse momento. Se você definir que vai trabalhar apenas quatro horas por dia, que sejam quatro horas produtivas. 16 Hoje temos um grande sabotador do tempo, que passa 24 horas do dia em nossa companhia, o smartphone. Limitar os horários de uso das plataformas digitais é fundamental. Acordar já olhando as mensagens no Whatsapp ou ir dormir buscando bobagens no Instagram, sem dúvida, não vai agregar nada na sua vida. Reserve horários específicos para essas distrações, evitando conciliá-las com momentos de trabalho, refeições, descanso, atividade física e, principalmente, o tempo com a família. Se você seguir à risca sua rotina de atividades do mundo real, nem vai lembrar de bisbilhotar a vida dos outros na internet. Outra dica que considero importante é tentar ser o profissional da família. Durante a consulta, não perca a chance de saber sobre o meio em que a pessoa vive. Estimule o paciente a indicar o seu trabalho para os familiares. O atendimento fica muito mais interessante, tanto para o profissional quanto para os pacientes.Isso gera uma interação incrível e a chance de sucesso do acompanhamento tende a ser muito maior. Imagine uma casa onde todos têm o mesmo objetivo, ou seja, a busca por uma vida mais saudável. Por falar em indicação, se tem uma coisa que não mudou nos últimos anos, mesmo com toda evolução tecnológica, é o marketing boca a boca. Para que ele aconteça, hoje, é preciso fornecer um atendimento surpreendente, capaz de fazer o paciente comentar sobre sua experiência com amigos, conhecidos e até desconhecidos. As pessoas estão mais conectadas, recebem mais informações, influenciam e são mais influenciadas pela opinião dos outros. Portanto, não basta ter um ótimo consultório ou saber tudo sobre prescrição de dietas, é preciso entender as necessidades do paciente, físicas e emocionais, e oferecer a ele uma experiência memorável. 17 33A importância dotrabalho em equipe18 O primeiro contato que tive com a nutrição esportiva, na década de 1990, não foi por meio de nutricionistas, mas de profissionais de Educação Física. Era muito raro algum nutricionista se arriscar a falar de suplementos e estratégias alimentares para esportistas e atletas. Livros, palestras e artigos sobre o assunto sempre eram de treinadores. 19 No início dos anos 2000, quando me formei em Nutrição, a realidade começou a mudar. Nutricionistas e treinadores começaram a trabalhar juntos. Minha primeira experiência foi com o professor, Waldemar Guimarães, no acompanhamento de diversos atletas. A partir do treino devidamente definido e periodizado por ele, eu ajustava a alimentação e a suplementação. Dessa maneira, passei a trabalhar com inúmeros outros profissionais. O médico, que até então só era lembrado para cuidar de lesões e liberar as pessoas para a prática de atividade física, alguns anos depois, passou a integrar a equipe de maneira mais ativa. Foi nessa época, inclusive, que eu dividi o consultório com o Dr. Paulo Muzy. No âmbito esportivo, o médico controla variáveis de saúde do paciente, por meio de exames específicos e, quando necessário, prescreve alguns medicamentos, seja para um ajuste na saúde hormonal ou para adequar outro marcador bioquímico. O fisioterapeuta, que também só era acionado no caso de lesões, passou a realizar um trabalho preventivo, fundamental para otimizar o rendimento esportivo e garantir uma ótima recuperação. Psicólogos passaram a auxiliar no aspecto comportamental, orientando o esportista a manter sua rotina dietética e de treinamento, para que ele tenha uma maior adesão e controle sobre gatilhos mentais que possam vir a atrapalhar a busca de seus objetivos. Nos últimos 20 anos, muita coisa mudou! Por ter participado dessa transição e trabalhado em conjunto com profissionais de diferentes áreas, posso assegurar que atuar de forma integrada e multidisciplinar, é o melhor caminho para garantir a obtenção dos resultados. O grande problema é quando o treinador indica suplementos, o nutricionista pede para a paciente suspender a pílula anticoncepcional, o médico prescreve o programa alimentar, entre outras lambanças. 20 Não desconsidero a importância de o profissional conhecer e estudar as áreas correlatas. É fundamental que ele tenha o mínimo de entendimento para fazer as devidas interações, mas sozinho não terá expertise suficiente para fazer tais prescrições. Um médico, mesmo nutrólogo, não possui a habilidade, o conhecimento e a prática que um nutricionista possui para elaborar um programa alimentar. Assim como um nutricionista, por mais que estude farmacologia, não terá aptidão e conhecimento para interferir em determinadas prescrições, como no exemplo do método anticoncepcional, que deve ser avaliado por um ginecologista. Dominar uma única área de conhecimento já é um grande desafio. É meio presunçoso o sujeito que busca a excelência profissional em várias especialidades. Um grande acerto que fiz em minha carreira foi ter desistido do curso de Educação Física, que iniciei logo após ter me formado em Nutrição. Na época, acreditava que uma segunda formação agregaria em meu futuro profissional. Felizmente, logo no início, percebi que dominar as duas áreas seria uma missão quase impossível. Preferi focar todo o meu tempo e energia no estudo da Nutrição, fazendo especializações dentro desse campo de atuação, e deixar a parte do treinamento para quem de fato estaria mais capacitado. Imagine entrar num consultório qualquer e um único profissional passar o treino, a dieta, a medicação, exercícios funcionais para aquela lesão mal curada do joelho, e ainda fazer uma rápida sessão de terapia. Ah, seria ótimo! Em uma hora todos os seus problemas estariam resolvidos. A questão é que dificilmente será uma prescrição individualizada e assertiva, se comparada ao trabalho realizado por equipe multidisciplinar. Por isso, acredito que muito mais importante do que curtidas em redes sociais – o que atualmente parece ser a obsessão de muita gente – é ganhar a confiança de outros profissionais da área. Quando os profissionais que você respeita e admira passam a indicar o seu trabalho, é sinal de que está no caminho certo. No início da minha carreira, sempre oferecia meus serviços (de graça) para os treinadores conhecerem meu trabalho. Ao verem que eu tinha um conhecimento adequado sobre o assunto, de imediato passavam a me indicar para os seus alunos. Esse, sem dúvida, foi um dos pontos chave para eu conseguir uma agenda cheia, pouco tempo depois de formado. 21 Hoje, com a facilidade da tecnologia, você pode utilizar grupos de Whatsapp ou pastas na “nuvem” para que toda a equipe tenha acesso ao prontuário do paciente com as devidas prescrições.Para aqueles pacientes que desejam iniciar o trabalho em equipe, falando de esporte, sempre aconselho que o primeiro profissional consultado seja o treinador. A partir da devida avaliação, com a periodização do treinamento, o nutricionista pode elaborar o programa alimentar. Ao solicitar exames, mediante alguma alteração em que a nutrição/suplementação alimentar não tenha possibilidade de ajustar, o encaminhamento para o médico com a devida especialidade é muito válido. A avaliação fisioterápica é sempre bem-vinda. Em casos de atletas ou esportistas com treinamento de alto volume e intensidade, o acompanhamento periódico é necessário, mesmo na inexistência de lesões. Em casos de obesidade e atletas sob muita pressão, acompanhamento psicológico é essencial. Da mesma forma, pacientes que estão passando por momentos pessoais complicados, como problemas conjugais, profissionais, entre outros. Devemos lembrar que quando falamos de stress, temos que considerar que ele vai além do esforço físico. Muitas vezes o lado emocional é tão ou mais exigido. Para auxiliar nesse autocontrole, estratégias como meditação, yoga e terapia são mais do que recomendados. Minha dica, como profissional experiente, é não temer o contato com outros profissionais. Mantenha-se atualizado (se você é aluno da nossa pós-graduação isso não será problema) para ter segurança no momento de discutir um caso clínico, por exemplo. Esse networking será importantíssimo para o seu sucesso profissional. Agora, muito cuidado com parcerias erradas, tão comuns hoje em dia. 22 Com o sucesso que alguns pseudoprofissionais fazem nas redes sociais, é fácil de deslumbrar com a possibilidade de conseguir muitos pacientes através deles. O comprometimento com a saúde do paciente, no mundo real, é o que de fato deve importar. Lembre-se que sua credibilidade profissional está em jogo quando você faz uma indicação. 44Gestão de Consultório23 Colaboradora:Francine Moterani PeresBACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO 24 COMO REALIZAR UMA GESTÃO DE QUALIDADE NO CONSULTÓRIO Ter sua própria clínica ou consultório é o sonho de muitos profissionais da área de saúde, porém, empreender não é uma tarefa fácil. Mesmo com excelente formação técnica, a falta de tempo ou de conhecimento pode dificultar o bom desempenho de seu papel como gestor.O maior desafio do profissional de saúde, nesse contexto, é conseguir ter um negócio lucrativo. E isso não está errado. Como qualquer empresa, consultórios e clínicas têm um fluxo de caixa a ser administrado, com o objetivo final de gerar lucro. É um engano acreditar que para abrir um consultório basta alugar uma sala e instalar os móveis e equipamentos. O primeiro passo é garantir que a atividade seja legal. Para isso, o profissional tem que estar devidamente habilitado e ter um registro ativo no conselho responsável pela categoria. Mas não para por aí. Para começar a atender, é necessário tirar um alvará de funcionamento e criar um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Isso sem falar que o profissional é obrigado a controlar suas receitas por meio de notas fiscais. O motivo? Prestar contas ao imposto de renda. Práticas adequadas de gestão são fundamentais para a sobrevivência do negócio – e não há exagero algum nessa afirmação. O que é gestão de consultório? É um conjunto de práticas empregadas para que o consultório atinja seus objetivos com os recursos disponíveis. Em uma visão ampla, isso compreende todas as áreas da empresa e não apenas a administrativa. São as estratégias de gestão que estabelecem, por exemplo, o planejamento estratégico do consultório, com a definição de metas para um determinado período e as ações necessárias para a sua realização. Defina a sua empresa – mesmo que ela seja formada apenas por você. Seu propósito, que tipo de serviço vai oferecer, onde irá funcionar. Quais são os objetivos a curto e longo prazo? Onde quer chegar com o seu trabalho? Quais são as projeções financeiras? Quanto você investiu ou vai investir? Quantas consultas vão ser necessárias para pagar todas as despesas e ainda ter lucro? 25 Como precificar corretamente serviços e atendimentos? Como destacar o seu diferencial no mercado, atraindo e fidelizando pacientes? Como usar o marketing a seu favor para divulgar o consultório e agregar valor ao paciente? Qual o melhor software ou aplicativo para ajudar na gestão da empresa? Como as novas tecnologias podem melhorar os serviços do seu consultório? Em empresas de maior porte, há departamentos responsáveis pelo gerenciamento de ações em cada frente de trabalho. Em um consultório ou uma clínica de pequeno porte tudo acaba passando pela figura do administrador ou proprietário, embora seja saudável delegar tarefas e não praticar uma gestão centralizadora. Gestão contábil e financeira As finanças são um grande gargalo para profissionais que não entendem de gestão. O ideal seria aprender o mínimo necessário para que as contas fiquem em dia, os tributos certos sejam pagos e sua atividade profissional possa seguir sem problemas. O primeiro passo para conseguir isso é a elaboração de um plano financeiro. Tente responder às seguintes perguntas: Quanto será gasto mensalmente com despesas fixas? Quanto será retirado para pagamento de fornecedores e eventuais funcionários? Quanto será aplicado para ser revertido em melhorias e novos projetos para o negócio? Onde você quer chegar financeiramente no período de X anos? Para cumprir o orçamento previsto, é importante fugir de gastos supérfluos. Comprar um novo equipamento ou algo que não impactará na experiência do consultório é o mesmo que jogar dinheiro fora. Por outro lado, há alguns momentos que pedem um pouco mais de disponibilidade. Por isso, é importante saber a diferença entre gasto e investimento. 26 As despesas são valores que você paga e que não trazem um retorno específico. Pagar a conta de luz é relevante para manter o serviço funcionando, mas não gera um efeito direto. Já investir em uma campanha de marketing na internet, por exemplo, pode trazer pacientes e aumentar o seu faturamento. Ao conhecer a diferença, você saberá o momento de investir e quando será melhor economizar. A desorganização contábil e financeira pode gerar não só multas, como prejuízos para o negócio. Para não ter problemas futuros, contrate uma empresa de contabilidade, principalmente quando não se tem conhecimento detalhado sobre a área. Além de se responsabilizar pelas atividades de praxe da contabilidade, os profissionais oferecem um suporte para evitar possíveis erros, que resultariam em multas desnecessárias. Entre outras coisas, o contador também pode auxiliar no processo de escolha do regime tributário mais adequado, de acordo com a realidade do seu negócio. Quais são os erros mais comuns? 1. Não ter controle sobre o fluxo de caixa. O fluxo de caixa é um instrumento imprescindível para a gestão financeira de qualquer empresa. Compreende o registro de todas as receitas e despesas do negócio, e pode ser feito tanto em uma planilha do Excel quanto em softwares contábeis. Você sabe quanto gasta de papel por mês? Ou com tintas para impressão? Ou com o cafezinho que você serve para seus pacientes na sala de espera? Pode parecer bobagem, mas esse controle é indispensável. Quem pula essa parte (e muita gente faz isso), pratica a gestão no escuro, ignorando que gasta muito ou gasta mal o dinheiro do consultório. Para fugir dessa cilada, uma dica é anotar toda e qualquer movimentação financeira (entradas e saídas) em uma planilha, não importando qual seja a quantia. 2. Misturar as contas pessoais com as contas do consultório. Entre todos os erros de gestão, misturar as finanças pessoais com as da empresa é um dos mais amadores. Pagar a conta de luz da sua casa com o dinheiro do consultório, por exemplo, pode parecer um hábito inofensivo, mas não se engane. 27 Ao colocar dinheiro pessoal no caixa da empresa ou tirá-lo de lá para seus gastos particulares, você passa a ignorar a realidade financeira do negócio. O recomendado é fazer seu pró-labore, ou seja, se incluir como funcionário da empresa e receber um salário X mensal. 3. Desorganização da agenda de atendimento. Não é difícil descobrir erros no agendamento. Isso pode se manifestar na falta de pacientes com horário marcado, ausência de intervalo entre as consultas, aumento no tempo de espera na recepção. Hoje temos tecnologias modernas que podem otimizar esse processo, como a do agendamento online. Esses softwares são multitarefa, ou seja, podem organizar agendas, marcar consultas, realizar cálculos, manter prontuários eletrônicos e cadastros de pacientes organizados e sem erros, além de backups diários de todos os dados. Eles também podem informar como estão indo as finanças da clínica. Tudo em um só sistema. 4. Atrasar atendimento ou entrega de prescrições. Com a grande oferta de profissionais em consultórios particulares, o paciente já não aceita esperar um tempo que considera desnecessário e vital para o seu tratamento. Se ele não se sente bem atendido, a consulta não acontece no horário marcado ou mesmo se é preciso esperar longos dias para ter acesso às prescrições, ele simplesmente troca de profissional. É preciso entender que a urgência do paciente sempre é grande. 5. Não investir em marketing e divulgação. Há gestores que ignoram ou relativizam essa necessidade, acreditando que os bons serviços são suficientes para conquistar o público. De fato, esse é um passo fundamental, mas não dá para depender apenas da propaganda que os próprios pacientes podem fazer. Seu alcance precisa ser maior. Contudo, quando falamos dos profissionais de saúde, é necessário ter atenção para que essa atividade não esbarre nos princípios éticos da profissão. 28 6. Deixar de se preocupar com atrasos. Evite deixar os pacientes esperando por muito tempo. Isso pode ser conseguido com a organização da agenda para procurar atender a todos no horário reservado para cada um. Outro ponto importante a ser considerado são os encaixes. Se você notar que os pacientes estão se atrasando mais ou até mesmo faltando às consultas, tente otimizar o processo de remarcações, confirmação e encaixes. Para seu consultório ter crescimento, é preciso estabelecer metas e traçar objetivos. Assim, façaum cálculo de quantos pacientes você gostaria ou precisaria atender por mês. 7. Não oferecer atendimento eficiente. O contato com o paciente não se restringe à marcação de consultas e exames, tampouco começa e acaba no atendimento. Há toda uma sequência de passos que precisa ser reconhecida e respondida com eficiência. Isso vai desde o primeiro contato do paciente com o consultório, seja por telefone ou e- mail. Inclui a presença física dele na clínica, com uma recepção à altura do esperado por ele. Continua durante o acolhimento, consulta, realização de exames e outros procedimentos. E se estende também depois disso, na continuidade do tratamento, na entrega de resultados e na preocupação demonstrada com os objetivos e necessidades dele. Nunca esqueça que seu paciente é o foco Muitos profissionais se preocupam tanto com os procedimentos de gestão e de controle financeiro que acabam se esquecendo de que estão trabalhando com pessoas e não com máquinas. Por mais que você tenha que administrar a empresa, nunca se esqueça que sem pacientes você não chegará a lugar algum. Valorize o atendimento humanizado de seus pacientes e esteja sempre disponível. Quanto mais eles gostarem de você, maior será o sucesso do seu consultório. Como você faz a gestão do seu consultório? Essas dicas foram úteis pra você? Compartilhe sua opinião com a gente! 55Entregar ou não a dietana hora para o paciente?29 Tenho certeza que esse é um dos assuntos que mais atormentam os recém- formados. Como realizar uma boa anamnese, fazer todos os cálculos, apresentar o programa alimentar, e ainda tirar todas as dúvidas do paciente no momento da consulta? Sabendo dessa angústia, é comum encontrar nas redes sociais pessoas vendendo cursos que prometem ensinar um jeito fácil para entregar a dieta na hora. O atalho pode até existir, só que o mais importante não é a agilidade, mas a qualidade da prescrição, e o quanto a conduta vai auxiliar na melhora do quadro clínico do paciente. A pressa para entregar o programa alimentar o mais rápido possível, mais atrapalha do que ajuda. Em primeiro lugar, é necessário o domínio de todas as técnicas para a realização da anamnese, além de um amplo conhecimento de vários assuntos relacionados à Nutrição. Isso exige um certo tempo de estudo e experiência. No meu caso, levei cerca de dois anos para começar a entregar o programa alimentar no fim da consulta, e isso para casos mais simples. Por mais experiência e conhecimento que o profissional tenha, sempre vão aparecer casos em que entregar o programa na consulta será impossível. Só para citar alguns exemplos: atletas com uma periodização de treino mais complexa, pessoas com distúrbios de comportamento, patologias especificas que exigem uma análise criteriosa das interações droga-nutrientes. Em situações como essas, o profissional terá que fazer uma avaliação mais minuciosa e, consequentemente, mais demorada. Não entregar o programa alimentar no fim da consulta não significa entregar depois de uma semana, como muitos ainda fazem. O sucesso de um acompanhamento nutricional começa com a confiança do paciente no profissional. E grande parte dessa confiança está justamente no momento em que o nutricionista explica o motivo de cada estratégia alimentar, bem como o embasamento científico da suplementação, quando prescrita. 30 O profissional deve ser sábio nas escolhas das ferramentas que irá utilizar com cada pessoa e não com cada situação. Não faz sentido ter um protocolo fixo para atender todos os casos de obesidade ou ganho de massa muscular ou melhora da performance. É trabalhoso, mas o correto é elaborar o protocolo para cada indivíduo. Até mesmo a forma como as condutas são explicadas não deve seguir um padrão pré- determinado. Acredite ou não, até o tom da voz que usamos para explicar o programa alimentar pode influenciar o paciente. Penso sempre nisso. Se devo ser mais sério ou mais extrovertido, mais flexível ou mais rígido. Compreender as diversas ferramentas da Nutrição Comportamental faz uma diferença incrível nesse ponto. Lembrando que a Plenitude Educação conta com a Revista da Pós Graduação em Nutrição Comportamental. Não deixe de assiná-la também. Se no fim da consulta o nutricionista disser que o programa alimentar só será enviado daqui a cinco dias úteis, vai frustrar a expectativa do paciente. A minha sugestão é que a dieta seja elaborada logo após a consulta ou no fim do mesmo dia. Por mais que a anamnese seja muito bem feita, depois de um tempo, alguns detalhes podem ser esquecidos pelo profissional. Exemplo simples (e corriqueiro) é o paciente relatar na consulta que não gosta de determinado alimento, uma banana, por exemplo, e quando recebe seu programa alimentar, lá está a banana. 31 Não necessariamente o nutricionista deve elaborar um programa alimentar impresso, estruturado com um número X de refeições e com quantidades bem específicas. Quando falamos de um atleta ou esportista mais disciplinado, isso funciona muito bem. Afinal, ele vai seguir metodicamente o programa, respeitando os gramas de cada refeição antes e/ou após sua sessão de treinamento. Porém, se levarmos em conta os aspectos comportamentais, em várias situações o acompanhamento não deve se resumir a uma pasta com um roteiro a ser cumprido. Há casos em que será preciso, dia a dia, avaliar a relação entre as emoções x comportamento x programa nutricional do paciente, a fim de obter um melhor manejo. Outra dica que pode ajudar muito é o envio de uma anamnese preliminar para o paciente responder, na véspera ou dias antes da consulta. Dessa forma, é possível avaliar o caso com antecedência e usar o tempo da consulta para complementar as informações que faltaram e concluir o programa alimentar na presença do paciente. Se mesmo assim não der para explicar as prescrições durante a consulta, pode ser interessante anexar um vídeo explicativo ou até mesmo fazer uma vídeo-chamada posterior, só para a apresentação do programa. Os recursos tecnológicos disponíveis podem auxiliar a estreitar seu contato com o paciente, criando uma relação de mais confiança às condutas propostas. 32 Muitos recém-formados também quebram a cabeça buscando o melhor software de dieta, como se existisse um aplicativo que ajudasse a elaborar um programa alimentar de forma mais rápida. Meu conselho para quem está nessa busca é testar vários softwares e ver com qual deles terá mais afinidade. Agora, pode ter certeza: um profissional bem preparado, com uma folha sulfite em branco, será muito superior a um profissional despreparado e inseguro com o software mais tecnológico do mercado. Resumindo, você precisa começar algo para ser bom, e não necessariamente ser bom para começar algo. O momento perfeito não existe. Comece de onde está com as ferramentas que tem em mãos. Ao longo do caminho, você descobrirá as melhores ferramentas e irá aprimorar cada vez mais o seu trabalho. 33 66Qual é o cenário atualda Nutrição? É indiscutível que a Nutrição nunca esteve tão em alta. É só abrir qualquer rede social para se deparar com inúmeros conteúdos sobre o assunto, especialmente relacionados a emagrecimento. É claro que estamos falando de um aumento na quantidade de informações, porque no que diz respeito à qualidade o cenário não é animador. 34 Algo que me preocupa é ver estudantes e nutricionistas abordando o emagrecimento baseados em estratégias simplistas, considerando apenas a exclusão de um determinado nutriente ou o déficit calórico de uma refeição. Isso pode gerar muitos likes em redes sociais, afinal, milhões de pessoas estão em busca de uma fórmula mágica para emagrecer, mas qual a qualidade da informação que está sendo gerada? No caso do emagrecimento, o açúcar sempre aparece como vilão, e determinados alimentos, isolados, responsáveis pelo excesso de peso. Cortem o glúten e a lactose. Usem óleo de coco e sal rosa do Himalaia. O problema é a aveia. Açúcar vicia mais que cocaína. A creatina“X” não retém líquido. É com essas bobagens, fazendo um grande desserviço à população, que inúmeros profissionais vêm ganhando fama e dinheiro. O mais triste é que justamente essas pessoas são convidadas para palestrar em grandes congressos, pois a empresa que patrocina os eventos precisa vender os ingressos, e nada melhor do que convidar um famoso do Instagram para impulsionar as vendas. É um círculo de interesses difícil de ser quebrado, já que a indústria aumenta seu faturamento criando produtos com base nos modismos ditados pela internet. As plataformas digitais podem ser muito úteis na divulgação do nosso trabalho, mas um profissional da área de saúde não deve (ou não deveria) se preocupar apenas com a sua popularidade nas redes. Nem sempre o que é relevante para a Internet, é relevante para a saúde da população. É importante lembrar que as pessoas atribuem ao nutricionista uma certa autoridade sobre assuntos ligados à alimentação, e o ponto de vista de um profissional pode virar uma regra para os menos avisados. O sobrepeso e a obesidade são questões muito mais sérias e complexas do que a maioria das postagens costuma apresentar. Cada indivíduo possui características próprias que devem ser consideradas.Distúrbios comportamentais, intolerâncias, alergias, patologias associadas - só para citar alguns poucos exemplos - são negligenciados, como se fossem raros ou não existissem. Ainda há uma dificuldade enorme na compreensão de que o nosso organismo funciona sistemicamente. O sono, a saúde intestinal, os hábitos alimentares, a atividade física, a interação droga- nutriente, o controle de stress, entre outros fatores, se relacionam por completo. Uma base alimentar para hipertrofia realmente é fácil de ser elaborada. Fácil se o indivíduo for saudável, tiver um descanso adequado, um ótimo treinador, total controle do stress e zero dificuldades comportamentais. Só que a realidade de 99% dos pacientes é muito diferente do que é massivamente divulgado pela mídia. 35 Parece simples, mas não é. Para fazer uma multiplicação responsável de informações, o nutricionista precisa estar preparado, ou seja, ter segurança e conhecimento sobre o que está falando. Quando terminamos a graduação, saímos para o mercado de trabalho com uma caixa de ferramentas básica, com um martelo e uma chave de fendas. Aquele aluno mais dedicado, que fez vários cursos extracurriculares, pode sair da faculdade com um alicate e alguns parafusos a mais. Quantos nutricionistas conhecem, de fato, o processo de fabricação de suplementos e de alimentos? Quantos profissionais realmente sabem quais características devem ser avaliadas antes de recomendar determina-dos produtos industrializados e suplementos para seus pacientes? Quantos nutricionistas esportivos entendem sobre periodização/planejamento de treinamento para, a partir disso, prescrever a estratégia nutricional e a suple-mentação alimentar mais adequadas? É fácil dizer que creatina e whey protein aumentam a massa muscular. Isso qualquer pessoa pode descobrir fazendo uma busca no Google. O nutricionista tem a obrigação de saber quais os mecanismos e as reais aplicabilidades desses suplementos. Até mesmo para desmitificar coisas básicas, como o uso de suco detox, é necessário um amplo conhecimento teórico. A ideia já está tão enraizada no senso comum que precisamos dar quase uma aula, durante a consulta, para convencer o paciente a confiar em uma prescrição dietética que não tenha o poderoso suco detox na segunda- feira. 36 Elaborar um programa alimentar para um idoso que busca minimizar a ação da sarcopenia, com outras patologias associadas, não é nada simples. Ajudar um paciente diabético, que administra insulina, a não ter crises hipoglicêmicas durante o exercício é trabalhoso. Tratar um paciente HIV positivo que precisa aumentar a massa muscular, tanto para o controle da sua imunidade quanto para melhorar a sua autoestima, não é fácil. Com o avanço dos tratamentos farmacológicos, a qualidade de vida desses pacientes pode ser excelente, desde que sejam acompanhados por profissionais devidamente preparados. E mesmo a pessoa fisicamente saudável, mas que tem problemas comportamentais, seja pelo excesso de ansiedade ou por transtornos de imagem, não poderá receber um tratamento reducionista. Garanto a vocês que o nutricionista que se intitula low carb ou segue os modismos, não terá a menor condição de cuidar desses casos com propriedade. A Nutrição é uma só! Na rotina diária de atendimentos precisamos do conhecimento de diversas especialidades. Na primeira consulta você pode atender um triatleta que está se preparando para um Ironman; na sequência, receber um caso de obesidade infantil, seguido por uma gestante ou uma paciente com anorexia. No início da tarde, chega um rapaz tranquilo, com uma educação nutricional muito bem conduzida, desde a infância, que busca melhorar sua performance esportiva e ter mais qualidade de vida. Depois dele, chega uma paciente em transição para uma alimentação vegana, com alguma patologia grave associada e várias intolerâncias e alergias alimentares. No fim do dia, recebe uma pessoa que usa esteroides anabolizantes, com exames totalmente alterados, treinamento inadequado e distúrbios de imagem. Entre uma consulta e outra, ainda terá que responder dúvidas ou fazer ajustes nos programas alimentares de outras dezenas de pessoas: atletas ansiosos às vésperas de uma competição, pacientes oncológicos que estão com inapetência devido à quimioterapia, enfim, cada caso com a sua particularidade. 37 Esse é o exemplo de um dia de trabalho REAL dos nutricionistas. Muitos profissionais que têm essa rotina e cumprem com rigor o compromisso de cuidar da saúde de seus pacientes, não são famosos na internet. Eles se doam tanto ao trabalho, que não sobra tempo para fazer marketing nas redes sociais. Mesmo que se desdobrem e consigam encher as suas páginas com ótimo conteúdo, dificilmente vão superar o apelo midiático e o efeito multiplicador daqueles que usam técnicas simplistas para alcançar os usuários sedentos por fórmulas mágicas. Ainda que o cenário pareça desolador, lembre-se dos motivos que o levaram a escolher essa profissão. Não ofereça uma solução direta, simples e generalista. Ofereça informação de qualidade e a possibilidade de a pes-oa chegar a você o mais rápido possível, a poucos cliques de uma posta-gem informativa. Use a internet a seu favor, mas com responsabilidade. Que este texto sirva de reflexão para quem acha a Nutrição algo simples. Essa é uma ciência extremamente complexa e a graduação é apenas a primeira etapa de uma jornada infinita em busca de mais conhecimento. Tenho quase 20 anos de experiência em consultório, já atendi milhares de pessoas, palestrei por todo o país, estudei muito ao longo da minha carreira, mas garanto a você que em todas as aulas e grupos de estudos das pós-graduações que coordeno sempre aprendo algo novo. Quanto mais estudamos, mais temos vontade aprender. Juntos, podemos elevar o nível das discussões nas mídias sociais e, principalmente, ajudar as pessoas a viver mais e melhor. 77Como eu considero aimportância da avaliação docomportamento alimentarna minha prática clínica? 38 Quando se fala em estética, sempre surpreendo o paciente no retorno da consulta, quando digo que minha preocupação não é tanto com o percentual de gordura ou com os quilos de massa magra adquiridos. O que realmente quero saber é como foi o processo. Quais foram as dificuldades, desejos e se ele sentiu a necessidade de um acompanhamento mais próximo ou mais distante comigo. Para algumas pessoas, entrar em contato com o nutricionista uma vez por semana é um exagero, enquanto outras sentem a necessidade de um contato quase diário. Encontrar um ponto de equilíbrio no atendimento de cada paciente, hoje, considero tão fundamental quanto o cálculo específico do gasto energético durante a atividade física, no caso do atleta, ou na interaçãodroga-nutriente no caso de um paciente portador de patologias específicas. Em mais de 15 anos ininterruptos de atendimento clinico, aprendi muito com os milhares de pacientes que já atendi. Considero que o maior aprendizado foi logo no início da minha carreira, ao perceber que os pacientes não precisavam APENAS de um cálculo 100% exato na elaboração do seu programa alimentar, ou então, de uma avaliação antropométrica impecável. Isso ajuda muito, claro, mas o fator que faria realmente a grande diferença, tanto nos resultados quanto na fidelização ao programa alimentar, era a atenção dada às diferenças comportamentais de cada paciente. Em vez de apenas perguntar SE o paciente estava ou não fazendo, eu deveria prestar muito mais atenção em COMO ele estava se comportando com aquela prescrição. Seja um obeso, um atleta profissional ou um esportista amador, não importa. É o comportamento que vai definir o sucesso do planejamento. Na consulta, não presto atenção apenas no que o paciente me relata, mas em COMO ele me relata. Se apresenta sinais de ansiedade, irritabilidade, como ele me olha, se ignora o smartphone ou se fica inquieto na cadeira, e até mesmo o modo como ele se comporta no momento da avaliação antropométrica. Não são simples detalhes. São informações importantes que vão me ajudar não só na prescrição do programa, mas na forma de apresenta-lo e de cobrar os resultados. 39 Por que eu digo isso? Porque a maioria das pessoas retorna ao nutricionista pensando em como será a avaliação de seus resultados. Como se o nutricionista fosse um professor avaliando a prova do aluno. Qual profissional nunca ouviu algo como: 40 - Minha consulta seria há 15 dias, mas preferi adiar para mostrar melhores resultados. Acredito que um dos maiores desafios é mudar essa visão do paciente em sua relação com o profissional. Mostrar que não somos uma calculadora ambulante de calorias ou julgador de resultados. O paciente precisa entender que o nutricionista está ali para auxiliar, ser um mentor para orientá-lo a melhorar sua alimentação, ajudá-lo a tornar o processo mais confortável, e a alcançar seus resultados, sejam eles estéticos, clínicos ou esportivos. Vivemos em uma época onde todo mundo se sente habilitado a falar sobre dieta. Na nutrição esportiva isso é ainda mais evidente. Muitas pessoas, por economia ou conveniência, recorrem ao treinador, a ex-atletas ou a modelos que têm belos físicos para receber dicas de dieta. O problema é que a maioria desses pseudonutricionistas associam suas imagens ao resultado de determinadas dietas e ao uso indiscriminado de produtos para emagrecimento. Reforçam abertamente que, para alcançar o corpo perfeito é preciso fazer dietas restritas, exercícios físicos extenuantes, jejum e procedimentos estéticos invasivos. “Se quer resultado, faça!” Vendem a ilusão de que é possível atingir uma excelente forma física, em poucos meses, e consideram apenas o resultado a qualquer custo. A restrição calórica, somada à motivação de ter o corpo dos sonhos, pode até funcionar no curto prazo, mas as consequências são seríssimas. É cada vez mais comum ouvirmos relatos de pacientes com distúrbios alimentares graves, que fazem drástica restrição calórica por medo de engordar e com episódios compulsivos, seguidos de práticas compensatório-purgativas. Práticas que em nada contribuem para as mudanças necessárias, que devem ocorrer de forma saudável e positiva pela mudança do comportamento alimentar. É a reeducação alimentar, com a proposta nutricional mais adequada para cada caso, que tem apresentado melhores resultados. A popularidade dos perfis fitness em redes sociais torna mais delicada a busca pelo profissional certo. Se você é usuário do Instagram e já acessou a aba “pesquisar” do aplicativo, provavelmente, encontrou dezenas de exemplos de influenciadores digitais que passam uma boa parte do tempo postando fotos e vídeos para exibir corpos sarados, recomendar produtos ou dar dicas de treino. A força desses profissionais de redes sociais não é pouca. Tenho propriedade para falar sobre isso porque, nos últimos 15 anos, observei as mudanças comportamentais dos pacientes. 41 Entre 2003 e 2008, a rede social era o Orkut. Aquela que conectava (em internet discada) desconhecidos que se descobriam semelhantes ao seguir os mesmos grupos. A virada veio com a chegada do Facebook ao Brasil. Os pacientes deixaram de ter como referência pessoas reais, do seu dia a dia, que frequentam a mesma academia ou que viviam em condições financeiras parecidas. A advogada, de 38 anos, que trabalhava 12 horas por dia, e tinha três filhos, passou a comparar o seu corpo com o da blogueira fitness, de 24 anos, sem filhos, dedicação exclusiva para treinar e se alimentar bem, com vários patrocínios de suplementos e tratamentos estéticos, e tempo de sobra para editar suas fotos antes de postar. À medida que o Facebook ficava mais popular, aumentava o desafio dos nutricionistas. Boa parte da consulta era só para explicar o porquê de a paciente não estar conseguindo os mesmos resultados da blogueira. De lá pra cá, o processo se tornou ainda mais difícil. Um padrão de beleza irreal foi incorporado no imaginário popular, e as pessoas passaram a buscar modelos para embasar as perspectivas do mundo sobre si mesmas. Como explicar, sem desmotivar a paciente, que dificilmente ela vai ter o corpo da musa inspiradora? Pela idade, disponibilidade de tempo, condição financeira, pela genética, etc., como convencê-la de que aquelas fotos perfeitas foram editadas, e que ela pode atingir ótimos resultados, sem desequilíbrios, frustrações ou angústias, dentro de suas próprias limitações? Que ela deve buscar a melhor versão dela mesma e outras coisas assim? O profissional de nutrição precisa ter muito cuidado com a abordagem, pois ela pode ser um gatilho para problemas como ansiedade e depressão. Por experiência, digo que não existe um discurso pronto, um protocolo que pode ser usado com todos os pacientes. A avaliação deve ser individual. As pessoas podem sair do consultório aliviadas, por entenderem que estavam buscando um padrão inalcançável, ou frustradas pela impossibilidade de ter o corpo idealizado. Exceto em casos muito específicos, atendo um paciente por vez e tento evitar a presença de acompanhantes. A atenção deve ser única e centrada nas necessidades e no comportamento de cada pessoa. 42 Não por acaso, vemos o crescimento de estudos ligados ao comportamento alimentar, e até cursos de pós-graduação específicos ao tema. É uma especialização de fundamental importância para qualquer área da nutrição. Independentemente do seu conhecimento sobre nutrição esportiva, clínica, materno-infantil, etc., haverá sempre uma lacuna entre você e seu paciente, se não houver uma maior compreensão sobre as técnicas de manejo comportamental. Em muitos casos, são elas que vão determinar o sucesso de uma prescrição alimentar. 88Onde você deseja estardaqui a 10 anos? 43 O profissional de nutrição precisa ter muito cuidado com a abordagem, pois ela pode ser um gatilho para problemas como ansiedade e depressão. Por experiência, digo que não existe um discurso pronto, um protocolo que pode ser usado com todos os pacientes. A avaliação deve ser individual. As pessoas podem sair do consultório aliviadas, por entenderem que estavam buscando um padrão inalcançável, ou frustradas pela impossibilidade de ter o corpo idealizado. Exceto em casos muito específicos, atendo um paciente por vez e tento evitar a presença de acompanhantes. A atenção deve ser única e centrada nas necessidades e no comportamento de cada pessoa. 44 Seja na vida acadêmica, profissional, esportiva, pessoal, quando não sabemos o que queremos, corremos um grande risco de ter no futuro algo que não desejamos. Seja assumir uma profissão apenas porque a família orientou; assumir um casamento quando seu sonho é passar a vida viajando pelo mundo, sem maiores responsabilidades, ou o contrário,sonhar em construir uma família, mas sair viajando pelo mundo sem destino; buscar um concurso público pensando apenas na estabilidade financeira, quando na verdade você deseja ter seu próprio negócio; seguir uma profissão simplesmente porque ela está na moda; tentar replicar a carreira de alguém que você admira sem considerar suas próprias vocações; entre inúmeras outras possibilidades. O principal questionamento sempre será: o que você realmente quer para você? Se hoje você tem 20 anos, como quer estar com 30 anos? Trabalhando com o que? Em que lugar? Casado (a)? Com filhos? Com qual situação financeira? Se você tem 40 anos, deseja continuar onde está? Esse lugar pode ser bem confortável, inclusive, pode ser onde você queria estar quando tinha 20 anos, mas é nele que quer continuar. Você pode desejar uma vida totalmente diferente. E aí? Vale a pena sair da zona de conforto para buscar novos sonhos ou é melhor deixar tudo como está? A escolha sempre vai ser sua, e as consequências também! Você pode estar pensando que planejar o futuro é impossível, pois imprevistos acontecem. Você recebe a proposta que tanto sonhou para morar no Canadá, justamente quando está perdidamente apaixonado por alguém que não pode ir com você por N motivos. Isso sem contar as gestações inesperadas, doenças, crises econômicas, pandemias, etc. Mas garanto que se você realmente souber onde quer chegar, vai ter pensado também em como lidar com os imprevistos e saber o que fazer nessas situações. Planejar o futuro é mais do que apenas imaginar o que você quer conquistar, mas agir no presente. 45 Quanto mais alto for o objetivo, provavelmente, mais tempo vai levar para alcançálo. E no intervalo, entre e a idealização e a realização, inúmeras tentações/oportunidades também irão aparecer. Imagine que você deseja um determinado concurso público, mas, após dois anos de tentativas frustradas, percebe que está preparado para passar em outro concurso, que não é bem o que você queria, mas pode proporcionar uma carreira confortável. E aí? Prefere desistir do seu verdadeiro objetivo, que talvez seria conquistado daqui a quatro ou cinco anos, para assumir logo um outro cargo? Com este capítulo não quero simplesmente dizer que o certo é nunca desistir, mas, se for desistir, é preciso ter ciência daquilo que está fazendo, avaliando os prós e os contras da decisão. Estamos vivendo uma situação atípica, onde uma pandemia mundial interferiu na vida de todos. Mas independentemente disso, o tempo todo cada um vive seus próprios problemas, muitas vezes maiores do que a pandemia. Seja a luta contra alguma doença grave, dificuldades socioeconômicas, problemas familiares, etc. Todas essas situações exigem esforços que podem atrapalhar, mas de maneira alguma podem tirar o seu foco daquilo que sonhou. Ao assumir a coordenação de duas pós graduações na Plenitude Educação, tive que reduzir consideravelmente o tempo que antes dedicava a cursos, palestras e principalmente ao consultório, para direcionar meu foco nessa nova etapa da minha carreira. Não posso ficar dividido entre atender, dar aulas, coordenar o curso e acreditar que tudo será perfeito. Hoje, posso garantir que 80% do meu tempo é dedicado ao trabalho com a Plenitude e, provavelmente, esse percentual vai chegar a 100% a partir do próximo ano. Desde 2013 venho me programando para fazer essa transição. No momento certo, sem relutar, fui abrindo mão das outras atividades para me dedicar quase exclusivamente a esse projeto. Algo que só foi possível por uma mudança no meu modelo mental, ao longo de anos. Como meu objetivo era oferecer uma pós- graduação de excelência, a melhor do Brasil, para de fato contribuir na formação profissional de quem estava ingressando no mercado de trabalho, sabia desde o início que necessitaria de uma dedicação praticamente exclusiva. E foi com muito planejamento que consegui, em 2019, tornar o meu sonho possível. Não existe sucesso do dia para a noite. 46 Esse exercício de visualizar o futuro eu faço desde o Ensino Médio. Fiz um teste de habilidades na escola e fui orientado a cursar Engenharia Civil. Me imaginei como engenheiro. Não me agradou. E comecei a me imaginar trabalhando em diversas áreas promissoras. Nada me parecia interessante. Quando me imaginei sendo nutricionista dentro de uma academia de ginástica, meus olhos brilharam. A partir daí passei a correr atrás desse futuro. O sonho idealizado quando eu tinha 16 anos, foi conquistado quando eu tinha 22 anos. Anos depois, comecei a sonhar em ter um consultório próprio. Ainda na faculdade, já queria palestrar pelo Brasil, escrever livros e morar em São Paulo. Cada um desses objetivos foi sendo conquistado, mas sempre com anos de distância entre a idealização e a concretização. Nada aconteceu por acaso e nem foi fácil. Ninguém bateu na minha porta. Eu simplesmente fui atrás. Profissionalmente falando, eu sempre conquistei o que desejei. Nada veio fácil, mas lá no começo, ainda estudante, eu já sabia onde queria chegar e direcionei minha energia para isso. Hoje, minha meta é tornar as pós-graduações que eu coordeno referências absolutas, não apenas no Brasil, mas também no exterior. Estar ao lado dos melhores professores e ver os alunos terem sucesso, se tornando professores conosco. Afinal, o sucesso do aluno é o sucesso do professor. Algo que gosto de fazer nas aulas inaugurais de cada turma é pedir para que os alunos escrevam seus principais objetivos e, diariamente, os mentalize com toda energia. Não, essa prática não vai fazer os seus sonhos se realizarem como mágica, mas vai ajudar quando estiver com preguiça para estudar, pode evitar que você seja displicente em um atendimento ou protelar a leitura de artigos, enfim, pensar duas vezes antes de se render às inúmeras situações que podem afastá-lo do seu objetivo. 47 Se você ainda não é nosso aluno ou não teve essa aula comigo, convido-o a fazer esse exercício a partir de hoje. Afinal, de nada adianta ter um carro com a mais alta tecnologia e potência, se você não sabe para onde vai. Se você pode sonhar, então você pode fazer! Sucesso a todos! 99Nutrição Clínica ouNutrição Esportiva?Qual escolher? 48 A o escrever sobre esse tema, impossível não me lembrar da época da graduação. Como sempre fui adepto da prática de exercício físico, a Nutrição Esportiva era a área que mais despertava meu interesse na faculdade. Porém, eu nunca aceitei a ideia de estudar apenas fisiologia e bioquímica, aplicada ao exercício ou à suplementação, exclusivamente no esporte. Eu me imaginava, sim, atendendo atletas e esportistas, mas com uma visão integrativa, considerando os aspectos relacionados à saúde. 49 Uma frase muito comum no meio esportivo é “ser atleta não é ser saudável” ou “esporte não é sinônimo de saúde”. Partindo dessa premissa, o atleta precisaria escolher entre ter uma ótima performance ou uma boa saúde. Na juventude, provavelmente, escolheria a alta performance, mas, no fim da carreira, certamente se arrependeria de tal escolha. Nos últimos anos, tanto o estudo do treinamento quanto os aspectos relacionados à nutrição, medicina, fisioterapia e psicologia têm evoluído muito. Não apenas no sentido de buscar uma melhor performance, mas também em como preservar a saúde do atleta. Para conseguir essa integração com todas as áreas da saúde, o nutricionista esportivo precisa de um grande conhecimento de fisiologia humana e bioquímica geral, não se limitando apenas às peculiaridades a serem consideradas durante o exercício. No meu tempo de graduando, isso já chamava a minha atenção. Eu não pensava apenas na preparação do atleta para uma competição, mas em como poderia ajudá-lo em todas as fases da vida: “quando a atleta quiser engravidar, vou encaminhá-la para outro profissional? E quando o atleta se aposentar, não vou mais acompanhá-lo?”. Sempre fui fascinado pela possibilidade de acompanhar alguém em várias etapas da vida. Hoje, com quase 20 anos de práticaclínica, tenho inúmeros casos interessantes, em que da primeira para a última consulta (obviamente com anos de intervalo), o paciente apresenta objetivos totalmente diferentes. Outro fator que também destaco é a possibilidade de se tornar o profissional que cuida da família. O atleta pode ter um pai diabético e uma mãe hipertensa ou paciente renal crônica. Ter uma irmã que deseja engravidar e necessita de um acompanhamento adequado. Pode ter filhos crianças ou adolescentes. Enfim, quando o profissional possui uma gama de conhecimento mais abrangente, seus atendimentos tomam proporções imensuráveis. Claro que a tendência é ter uma área de maior afinidade, até mesmo pela vivência pessoal. É o caso de uma nutricionista diabética, que terá muito mais facilidade em atender pacientes diabéticos, pois ela vivencia a patologia diariamente, ou o nutricionista triatleta na relação com seus pacientes triatletas. No entanto, recomendo a todos buscarem outros desafios também. 50 Eu poderia estar até hoje atendendo apenas praticantes de musculação que buscam estética, afinal, desde a infância, sempre tive uma grande identificação com essa atividade., mas, se posso destacar algo que realmente fez diferença em minha carreira, foi justamente desenvolver competências e habilidades nas áreas em que não tinha qualquer afinidade, seja na Nutrição Esportiva ou na Nutrição Clínica. Você sabe muito pouco sobre Nutrição Materno Infantil, mas domina Nutrição Esportiva? Você tem duas opções: ou direciona seu trabalho totalmente para o esporte, ou começa a estudar Nutrição Materno Infantil e amplia a sua área de atuação. A segunda opção é a mais acertada para aqueles que desejam, acima de tudo, cuidar de pessoas. Afinal, quando escolhemos uma profissão ligada à saúde, esse deve (ou deveria) ser o nosso principal objetivo. Para ser um profissional acima da média, é preciso dedicação intensa. Quando você busca a excelência, é preciso passar horas (muitas) estudando. Se o seu objetivo é ter um consultório, recomendo fortemente que se especialize em Nutrição Clínica Integrativa e em Nutrição Esportiva e Estética. A ordem? Isso é muito individual, mas a minha dica é começar pela área que você mais precisa aprimorar. Eu sei que a tendência natural na escolha de uma pós-graduação é buscar uma área de maior afinidade, mas desafio você a deixar suas preferências para um segundo momento. Afinal, ao ampliar seu horizonte de conhecimentos, você certamente terá mais facilidade quando estudar aquilo que já é relativamente bom. Se você tem maior afinidade pela área esportiva, que tal começar pela pós-graduação em Nutrição Clínica Integrativa ou vice-versa? 51 Quando recebi o convite da Plenitude Educação para coordenar uma pós-graduação, me deram a possibilidade de escolher a Nutrição Esportiva ou a Nutrição Clínica. Minha resposta vocês já sabem! Não são áreas distintas, ao contrário, uma complementa a outra. Ainda sugeri que a pós em esportiva abordasse também a estética, já que a maior parte dos alunos atende ou vai atender pessoas que desejam mudar sua composição corporal por meio da nutrição e da atividade física. Para a pós-graduação em Nutrição Clínica, minha proposta foi oferecer uma visão integrativa, enxergando o ser humano como sistêmico, com a Nutrição interagindo com todas as áreas da Medicina. Aquele que deseja ser um profissional completo em seus atendimentos, precisa se desafiar e tentar assimilar todo conteúdo oferecido pela Plenitude Educação. A própria maneira como direcionamos o conteúdo já é uma forma de o aluno se habituar a manter uma rotina responsável de estudos, o que poderá ser transposto para sua prática clínica. Imagine começar o dia atendendo uma gestante, depois um paciente diabético tipo II, um triatleta, e um senhor de 80 anos com diagnóstico de Alzheimer; no período da tarde, atender uma paciente com artrite reumatoide, um adolescente que pratica musculação e deseja ganhar massa muscular, e um adulto obeso, que na próxima consulta vai trazer a irmã dele, que está amamentando de forma exclusiva, e quer saber a forma correta de introduzir alimentos sólidos na dieta do bebê. Incrível, não é mesmo? Pois essa pode ser sua rotina de trabalho. Para dar conta de tantas particularidades, primeiro, você precisa ter uma excelente base de fisiologia e bioquímica. Na sequência, saber diferenciar as características de cada patologia e/ou modalidade esportiva que se relacionam com a nutrição, e ainda ter uma grande compreensão sobre os aspectos comportamentais de cada paciente. 52 Em se tratando de suplementação alimentar, vejo nas redes sociais discussões desnecessárias, geradas por estudantes e/ou profissionais que possuem conhecimento exclusivo em uma área específica. Dizer que o suplemento X não serve para nada ou então que o suplemento Y é ótimo, é um erro clássico. O suplemento X pode não servir para determinada modalidade esportiva, mas pode ter uma boa aplicabilidade em alguma patologia. Pode ser ótimo para melhora de performance, mas para determinado caso clínico, ele não se aplica. Para falar com propriedade sobre suplementação alimentar, o profissional deve compreender todos esses aspectos e, além disso, entender um pouco sobre o processo industrial, desde a matéria-prima até o produto final. Será que aquela pessoa que defende ou ataca a glutamina, sabe como ela é produzida ou qual é sua matéria- prima? E isso vale para todos os suplementos. Por isso, em nossos cursos, temos aulas sobre ingredientes e papel do nutricionista dentro da indústria de alimentos e de suplementos. A Nutrição é uma só. O paciente não pode sair de uma consulta apenas sabendo o que comer antes e depois do exercício ou sobre os alimentos proibidos ou permitidos para sua patologia específica. Ele deve aprender sobre alimentos e sua relação com uma saúde adequada. Isso envolve não só O QUE comer, também COMO COMER, ou seja, considerando todas as emoções e aspectos culturais que uma das ações mais primordiais da vida nos proporciona. A ausência desses cuidados nos últimos anos, inclusive por parte de profissionais, não tem ajudado a reduzir a prevalência de obesidade e os casos de distúrbios alimentares. Ser um profissional de saúde é muito mais do que se limitar apenas a uma orientação direta e imperativa, “faça essa dieta você vai emagrecer ou vai controlar seu diabetes”. É preciso enxergar o ser humano de forma sistêmica e auxiliá-lo a atingir seus objetivos, sejam eles quais forem, mas, em primeiro lugar, preservando sua saúde física e emocional. 53 54 1010Nutricionista e Redes Sociais Colaborador: João Pinheiro NUTRICIONISTA | CRN8 13789/P @joaopinheironutri Hoje o mundo vem se ajustando todos os dias. Novos recursos e maneiras de viver surgem em meio das necessidades. O atendimento online é a realidade do momento, e acredito que continue assim por um bom tempo. Porém, muitos profissionais ainda continuam resistentes ao novo formato de atendimento, esperando que o mundo se normalize para retomar à realidade anterior, mas, infelizmente, isso não vai acontecer tão cedo. Por esses motivos, quem não migrar o seu trabalho para as plataformas digitais irá perder espaço no mercado. 55 Aplicativos vêm sendo desenvolvidos todos os dias. Treinos e dietas à distância por preços acessíveis já estão sendo vendidos, e eu não vejo isso como errado. São apenas pessoas alçando as velas para a direção em que o vento sopra, e se você não fizer o mesmo, sinto muito. Se você ainda não começou a utilizar os recursos digitais como ferramenta de trabalho, é melhor começar a se mexer rapidamente. No cenário em que vivemos atualmente, os meios digitais se tornaram ferramentas indispensáveis para comunicação, trabalho e aproximação das pessoas em momento de distanciamento social. Explorar esses recursos, como o atendimento online, cursos/aulas EAD e ebooks, é uma maneira de estar se ajustando de acordo com as necessidades. Com isso, é muito
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