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Peroperatório Perguntas-chave O risco daquele procedimento no paciente está acima da média? Quais orientações posso dar para reduzir o risco? Quais exames complementares posso fazer para ter mais precisão no risco calculado? Devo adiar, contraindicar ou modificar a cirurgia? Que ações posso tomar para minimizar o risco? Anamnese e exame físico Uso de drogas recreativas Medicação utilizada Comorbidades Cirurgias prévias Avaliação anestésica (ASA) ASA I: Hígido. ASA II: Doença sistêmica leve, sem limitação funcional. ASA III: Doença sistêmica grave, com uma limitação funcional substancial, porém não incapacitante. ASA IV: Doença sistêmica grave que é uma constante ameaça a sua saúde. ASA V:Paciente moribundo, ou seja, não sendo esperado que sobreviva sem a cirurgia proposta. ASA VI: Paciente em morte encefálica, sendo operado para retirada de órgãos para doação. Se for emergência, colocar um “E” ao lado! Classificação de Mallampati I-II-III-IV Preditores de intubação difícil - Obesidade (pescoço curto) - Mallampati III ou IV - Distância mento-hioide < 5 cm ou < 3 polpas digitais - Microstomia (abertura bucal < 3 cm) Flexibilidade do pescoço reduzida (< 80º) Avaliação da capacidade funcional Recomendações AHA: Não realizar exames para avaliação cardiológica em assintomáticos e com alta capacidade funcional; SBC: Solicitação de exames pré-operatórios é uma prática clínica rotineira Mas não se relaciona à redução ou predição de complicações; Uso racional de exames e individualização conforme paciente e porte de cirurgia proposta; III Diretriz de Avaliação Cardiovascular Peroperatória Risco intrínseco ao procedimento Alto risco cardíaco (> 5%): Cirurgias vasculares arteriais de aorta e vasculares periféricas; Intermediário risco cardíaco (1-5%): Cirurgias intraperitoneais e intratorácicas; Baixo risco cardíaco (< 1%): Cirurgias de mama e catarata; Índices de avaliação cardiovascular peroperatória Goldman (1977) · Avaliação e estratificação de risco cardíaco para cirurgia não cardíaca; · Risco operatório maior na presença de B3, turgência jugular ou IAM recente; · Classes funcionais I-IV: A partir da classe III tem indicação de avaliação cardiológica; Índice de Lee ou Índice de Risco Cardiovascular Revisado: Preditores Cirurgia com risco elevado Doença cardíaca isquêmica História de IC História de AVC ou AIT prévios Creatinina pré-operatória > 2mg/dL Diabetes insulinodependente Classificação Risco baixo: I (nenhuma variável) e II (1) Risco intermediário: III (2) Risco alto: IV (> 3) Equivalente metabólico (METs) Avalia status funcional a partir de atividades diárias expressas em METs; Classificação Excelente: > 10 // Bom: 7-10 // Moderado: 4-6 Ruim = < 4 (ou desconhecido) Aprofundar a investigação com teste de esforço cardíaco induzido; Questionário Duke Activity Status Index; Exames complementares Cirurgias menores (ASA III ou IV) Creatinina e ECG Cirurgias intermediárias (ASA III ou IV) Hemograma, creatinina e ECG Cirurgias complexas (ASA I – IV) Hemograma, creatinina e ECG Espirometria: Ressecções pulmonares, doenças pulmonares prévias, tabagistas de longa data e idosos com dificuldade respiratória prévia; Radiografia de tórax: Doença cardiopulmonar prévia ou cirurgia de correção de aneurisma de aorta, cirurgias torácicas ou andar superior do abdome; ECG: VISA (Valvopatias graves, IC descompensada (NYHA 4), SCA e arritmia grave), cancelam ou adiam cirurgias eletivas; Hemograma: > 65 anos que passarão por cirurgias grandes ou jovens que passarão por cirurgias maiores em que há expectativa de perda importante de sangue; Beta-HCG: Todas as mulheres em idade fértil; Orientações pré-cirúrgicas Medicamentos Tabagismo: Cessar 4-8 semanas antes da cirurgia; Marevan (Varfarina): Fazer a transfusão de plasma fresco e iniciar vitamina K (se for uma cirurgia de emergência) ou suspender 5 dias antes e controlar INR (“Bridging anticoagulation”); Heparina NF: Parar 6h antes e retornar 12-24h depois; Heparina BPM: Parar 24h antes e retornar 48-72h depois; NOACs: Suspender 24-48h antes; Clopidogrel: Suspender 5 dias antes; AAS: Suspender 7 dias antes (baixo risco) ou manter (coronariopatas com stent ou endarterectomia carotídea recentes); Antidiabéticos orais: Suspender 24h antes e retornar após avaliação renal (Metformina) pelo risco de acidose lática, os demais podem ser suspensos no dia da cirurgia; Anti-hipertensivos: Não suspender (Hidroclorotiazida ou BB); AINES: Suspender 3 dias antes da cirurgia; Jejum pré-cirúrgico Jejum a partir de 2h antes da cirurgia; Líquidos claros 2h antes; Leite materno 4h antes; Leite de vaca, fórmula infantil ou refeições leves 6h antes; Comida frita ou gordurosa ou carne 8h antes; Período cirúrgico Classificação de cirurgias Limpa: Não penetra trato respiratório, urinário ou GI. Sem infecção, inflamação ou trauma; Limpa-contaminada: Pequena quantidade controlada/sem extravasamento de conteúdo em trato respiratório ou TGI; Contaminada: Feridas acidentais, recentes, com quebra de técnica estéril, com extravasamento em TR ou TGI. Feridas com inflamação aguda, não purulenta; Infectada: Inclui feridas antigas com tecido desvitalizado retido, e aquelas que envolvem infecção clínica existente ou vísceras perfuradas; ATB profilático Prevenir infecções de sítio cirúrgico Até 30 dias pós-operatório ou até 1 ano se houver colocação de próteses; Cefazolina 60min antes da incisão da pele; Cirurgias limpas não têm indicação (Atenção às CVL); Drenos Usar em feridas grandes ou profundas; Anestésicos Voláteis Associa-se a bloqueadores neuromusculares para conseguir relaxamento muscular em menores doses (Sevoflurano, Halotano, Óxido nitroso, Enflurano, Desflurano e Isoflurano); Venosos Hipnóticos (Tiopental, midazolam, etomidato, propofol e quetamina) e Opioides (São anestésicos, porém, dependendo da dose, podem ser sedativos/hipnóticos); Bloqueadores neuromusculares (BNM) Succinilcolina Hipertemia maligna (TTO: Dantrolene), Hipercalemia em queimados e Bradicardia em crianças; Anestésicos locais Podem ser usados para anestesia local, bloqueios locorregionais ou aplicados em soluções em espaços do canal medular; Pode-se adicionar adrenalina para aumentar a eficiência locorregional; Peridural (espaço epidural) e raquianestesia (espaço subaracnoide); Lidocaína 4-5mg/Kg (dose máxima); Lidocaína + Adrenalina (1:200.000) 7mg/kg (dose máxima); Complicações pós-operatórias TVP Escore de Caprini Muito baixo risco: Deambulação precoce Risco de sangrar alto: Métodos mecânicos Risco alto de TVP: Próteses de quadril e joelho, grande queimado, politrauma, trauma raquimedular ou grandes cirurgias oncológicas Febre Primeiras 48h Atelectasia, infecção por S. pyogenes ou C. perfringens crepitação à palpação em local da ferida e pus; Entre 3-5 dias Infecção Pneumonia, ITU ou infecções de sítio cirúrgico; Infecções do sítio cirúrgico Até 30 dias pós-operatório, em geral do 3º ao 6º dia; Até 1 ano, se colocação de próteses; Áreas interna e externa Superficiais, profundas e espaço orgânico; Agentes mais comuns Staphylococcus (aureus e epidermidis), Enterococo spp e E. coli; Tratamento Abertura da ferida com lavagem, desbridamento e drenagem de secreções. Se celulite, acometimento de músculo/fáscia ou quadro sistêmico: iniciar ATB; Peroperatório Peroperatório
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