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PRÉ, PER, PÓS OPERATÓRIO

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AULA 5 – PRÉ, PER E PÓS-OPERATÓRIO 
DANIELA FRANCO
A. PRÉ-OPERATÓRIO 
1. Conceito: Variação de tempo em que a cirurgia foi 
indicada até o seu inicio, na sala de cirurgia. A história e o 
exame físico devem ser os pontos mais importantes na 
avaliação pré-operatória desses indivíduos 
2. Objetivos: diminuir o risco perioperatório e se preparar 
para intercorrências possíveis. 
1. CLASSIFICAÇÃO 
a. Pré-operatório de emergência: Não há; toracotomia na 
sala de emergência 
b. Pré-operatório de urgência: Anamnese e EF; Solicitar 
exames para confirmar e descartar diagnósticos; Úlcera 
péptica perfurada, hérnia estrangulada 
c. Pré-operatório eletivo: namnese e EF; Exames 
complementares; Discutir o caso, encaminhar; Tumores 
benignos ou malignos, Varizes. 
2. PRINCÍPIOS GERAIS 
a. Preparo psicológico: confiança; Segurança ao paciente 
b. Anamnese e exame físico: Conhecimento da patologia; 
Alergias; Eventos hemorrágicos 
c. Exames laboratoriais e de imagem: 60% poderiam ser 
dispensados; judicialização da medicina; elevação dos custos 
do tratamento. 
 • R-X tórax: Procedimento intra-torácico; 60 ou 65 a.; 
História de doença cardiovascular; História de doença 
pulmonar; Tabagistas; História pregressa de doenças 
malignas. 
 • ECG: Mulheres maiores de 50 anos; Homens maiores de 
40 anos; Fator de risco para doença coronariana ( DM, HAS, 
tabaco, DLP); Obesidade mórbida; Digoxina; a presença de 
onda Q, podem aumentar de forma significativa o risco de 
complicações cardíacas no período pós-operatório 
 • URINA I: Sintomas de ITU; Pacientes submetidos a 
colocação de prótese. Pacientes com indicação de 
cateterismo vesical durante a operação e que façam parte 
de grupos de risco de bacteriúria assintomática, como 
idosos, diabéticos, história de infecção urinária de repetição, 
litíase urinária, bexiga neurogênica, malformação de vias 
urinárias, gravidez e síndrome de imunodeficiência 
adquirida (Aids). 
 • Hb/Ht: Menores de 6 meses; Mulheres; Homens maiores 
de 60 anos; Previsão de perda sanguínea; Assim, recomenda-
se a determinação do hematócrito ou da hemoglobina 
apenas para os pacientes cujas operações poderão resultar 
em perdas sangüíneas significativas. A anamnese do 
paciente com a história pregressa de anemia, neoplasias, 
insuficiência renal ou a presença no exame físico de palidez 
cutâneo-mucosa ou taquicardia deve induzir a solicitação da 
determinação do hematócrito, mesmo para pequenos 
procedimentos cüúrgicos. 
 • Bioquímicos: Maior 60 a.; DM Doença renal; Diuréticos; 
Digoxina; uso de diuréticos ou corticóides, nefropatias, 
hiperaldosteronismo secundário, cardio ou hepatopatias 
com síndrome edemigênica. 
 • TAP: História de sangramentos; Doença hepática; Uso de 
Anticoagulantes; história de sangramentos anormais, 
operações vasculares, oftalmológicas, neurológicasou 
comcirculaçãoextra-corpórea, hepatopatias e síndromes de 
malabsorção, neoplasias avançadas, esplenomegalia 
 • Beta HCG: Dúvida de gravidez 
d. Doenças associadas. Controladas antes da operação. 
e. Cigarro: Malefício a saúde; Abstenção do tabaco antes da 
operação; Aumento da secreção pulmonar, tosse, 
evisceração; 
f. Orientação do paciente e sua família: Relação médico-
paciente; Tarefas a serem feitas/cuidados 
g. Fichas e prontuários: Proteção ao paciente e ao médico; 
Informações sobre o estado de saúde; Preenchimento 
completo, legível e coerente; Evitar siglas; Datas e horários; 
Carimbos e assinaturas. 
h. Dieta e Jejum Dieta: determinada pela condição clinica do 
paciente; Dietas especiais para determinadas cirurgias; 
Jejum: evitar a aspiração pulmonar; 4H: cirurgias com local; 
8H: demais; 12H: cirurgias complexas. 
i. Sinais vitais 
j. Interação medicamentosa; Drogas que atuam no sistema 
vascular: 
Alfa-agonista e betabloqueadores: mantidos, Clonidina e 
Propranolol; 
IECA: geralmente, mantidos; 
Bloqueadores de Canais de Ca: mantidos, nifedipina; 
Diuréticos: hipocalemia, suspensos no dia da cirurgia, exceto 
em IRC; 
Antiarrítmicos: amiodarona suspenso, demais mantidos 
 ii. Antiinflamatórios não-esteróides: AINE: inibem a 
função plaquetária; suspensos 24 a 48H antes da cirurgia, 
exceto AAS com 7 dias 
 iii. Antiagregante plaquetário 
 iv. Anticoagulantes: Devem ser interrompidos, 3 dias 
antes. Usa heparina antes da cirurgia. 
 v. Corticoides 
 vi. Hipoglicemiantes: Dever ser suspensos, controle com 
glicosimetria capilar, pacientes insulinodependentes: SG 5% 
EV 
 vii. Hormônios tireoidianos 
 viii. Fitoterápicos 
 ix. Drogas que atuam no SNC: MAO deve ser suspenso 
 
RESUMO: Medicamentos no Pré-Operatório: 
• Aspirina: suspender no mínimo 7 dias antes da cirurgia 
• AINH: idealmente suspensos 48 horas antes da cirurgia 
• Anticoagulantes orais: suspender 5 dias antes, realizar 
TAP e INR ( relação normatizada internacional ) no pré-
op. Imediato 
• Anti-hipertensivos: serão mantidos até o dia da 
cirurgia, mesmo em pacientes com dieta zero 
• Hipoglicemiantes: suspender conforme meia-vida da 
droga (ex.: clorpropamida – 48h antes) 
• Hipertireoideos: deverão ser operados na condição 
de eutiroideos após preparo com propiltiouracil (100 
-900 mg/dia) + betabloqueador (propranolol) 
k. Ansiolíticos: Aumentam o liminar de sensação dolorosa; 
Tranquilizam o paciente; Droga: Diazepam 10 ou 5 MG 
OBS: 
Lavagem intestinal Cirurgias orificiais: 500 ml de Solução 
glicerinada 12%; Cirurgias sobre o tudo digestivo: 1000 ml. 
Preparo de cólon Dieta líquida sem resíduos (48 horas 
antes); 1500 ml de manitol a 10%; Hidratação venosa; 
Lavagem intestinal 
l. Banho: Todos os pacientes 
m. Tricotomia: Ideal: não fazer; Caso necessite: na sala de 
cirurgia; Tricótomo melhor que lâminas. 
n. Reserva de sangue, serviços e instrumentos: Avisar o 
banco de sangue; Colher tipagem sanguínea; 
Anatomopatológico; Radiologia; Laboratório; Materiais. 
o. Avaliação final e conclusiva 
 i. Risco cardiovascular: A anamnese e o ECG devem ser os 
pontos principais na identificação de doenças cardíacas 
relevantes, seu grau de severidade, estabilidade e 
tratamento prévio. Outros fatores que auxiliam na 
determinação do risco cardíaco incluem idade, co-
morbidades associadas, capacidade funcional e tipo de 
operação 
ii. Risco respiratório 
iii. Risco de insuficiência renal 
iv. Risco nutricional: pacientes desnutridos, emagrecidos, 
candidatos ao tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, 
com doenças consumptivas ou que afetem a capacidade de 
absorçãodo trato gastrintestinal, doentes com perdas por 
fístulas, vômitos, diarréias ou infecções. Perda ponderal 
igualou superior a 5%, nos últimos 30 dias, sugere uma 
intensa depleção protéica e baixa da imunidade, com 
aumento da morbidez per e pós-operatórias 
v. Risco infeccioso: regiões como genital e anal tem maior 
risco de infecção por causa da floro. Faz profilaxia com 
antibiótico. 
vi. Risco de trombose venosa profunda / tromboembolismo 
pulmonar. Pacientes com uso de anticoncepcional oral 
(suspender 2-4 semanas antes da cirurgia). Profilaxia é o uso 
da heparina. 
vii. Performance-status: escala de Karnofsky 
 viii. Risco anestésico: ASA Determinação do risco cirúrgico; 
Avaliação com cardiologistas, pneumologistas, 
anestesiologistas, etc; Classifica a condição física do 
paciente. 
3. PRINCÍPIOS ESPECIAIS 
 a. Diabetes Melito: DM: controle pré e pós-operatório; Os 
pacientes portadores de diabetes mellitus apresentam 
aumento no risco de infecções no período pós-operatório e, 
além disso, maior propensão para desenvolver doenças 
cardiovasculares e consequente aumento no risco de 
complicações cardíacas no pós-operatório. O objetivo do 
manuseio do paciente diabético durante a fase 
perioperatória é evitar severa hiperglicemia ou hipoglicemia. 
Não existe consenso sobre o nível ideal de glicose plasmáticadurante o procedimento cirúrgico (< 200 ou > 250 já 
demostra riscos) 
b. Obstrução intestinal: ejum; SNG; Controle hidro-
eletrolítico 
c. Coronariopatia 
d. Valvulopatia 
e. Termos de consentimento livre e esclarecido 
f. Protocolo de cirurgia segura 
g. Preparo da sala de cirurgia 
B. PERIOPERATÓRIO 
1. PROCEDIMENTO ANESTÉSICO E 
MONITORAMENTO 
a. Redução da ansiedade Uso de benzodiazepínicos; Físicas: 
HAS, arritmia, crise asmática; Emocionais: diminuição 
sofrimento, temores; 
b. Avaliação clínica Difícil mensuração do risco exato; 
Evidenciar: atopias, doenças coronarianas, pneumopatias, 
nefropatias e hepatopatias, além de afecções subclínicas. 
a. Seleção da técnica anestésica: Riscos envolvidos x 
segurança do paciente; Sitio da operação, a experiência do 
anestesista, condições clínicas do paciente, efeitos 
fisiológicos e farmacológicos dos anestésicos 
b. Acesso venoso: 
Periférico: cateter simples; Periférico: cateter calibroso; 
Central: cateter venoso central; Dissecção de veia 
c. Cateter de Swan-Ganz: Medir PVC, PAP, PCP, DC, Sat. 
Venosa de O2; Cirurgias de grande porte 
d. Cateterismo arterial: Monitorização da PA Obtenção de 
gasometrias; 
e. Eletrocardiografia: Atividade elétrica do coração; Em 
todos os pacientes. 
f. Oximetria de pulso: Análise da saturação de O2 do sangue 
g. Capnografia: Função pulmonar, determinar a 
concentração de CO2; 
h. Controle neuromuscular: Auxilio nas doses de relaxantes 
i. Temperatura corporal: Prevenção da hipotermia; riscos 
em idosos, crianças, politraumatizados, grandes queimados, 
TRM; 
 j. Gases sanguíneos: Pulmão e rim 
k. Cateterismo nasogástrico: Descompressão e aspiração de 
secreção do TGI 
 l. Cateterismo vesical: Cirurgias de grande porte, longa 
duração, risco de sangramentos, descompressão da bexiga 
para cirurgias pélvicas; dentro do CC, após a anestesia 
m. Reposição de sangue: Duração da anemia, estimativa do 
volume intravascular, extensão da cirurgia, doenças 
associadas 
2. PREPARO DO CIRURGIÃO E DO PACIENTE 
a. Lavagem das mãos 
b. Posicionamento na mesa cirúrgica 
c. Tricotomia 
d. Antissepsia do paciente 
3. Causas potenciais de instabilidade intraoperatória 
4. PERIOPERATÓRIO GERAL 
a. Vias de acesso: Incisões de fácil acesso ao órgão a ser 
operado; Fácil fechamento 
OBS: Proteção da ferida cirúrgica: Abertura adequada; 
Hemostasia rigorosa; Uso de afastadores sem macerar as 
bordas. 
b. Hemostasia rigorosa 
c. Exploração da cavidade: Exploração da cavidade: tempo 
cirúrgico 
d. Síntese: lavagem das bordas, uso de fios adequados, 
prevenção do espaço morto, curativo. Sutura mecânicas 
Grampeadores 
e. Achados inesperados 
f. Estomas: Demarcação prévia 
g. Revisão da ferida e da cavidade: Ausência de hemorragias 
ou corpos estranhos 
h. Fim da cirurgia 
Peroperatório especial 
a. Megaesôfago Megaesôfago: sonda de Faucher; 
b. Obstrução pilórica 
c. Icterícia 
d. Gravidez 
e. Obesidade 
f. Epidermólise bolhosa: formação de bolhas aos mínimos 
traumas. 
5. PERIOPERATÓRIO: ARMADILHAS 
a. Hérnia de Hiato e lesão esplênica 
b. Vias biliares e variações anatômicas 
c. Colectomias 
e lesão ureteral 
d. Fígado e vasos retro-hepáticos 
6. PERIOPERATÓRIO: DIVERSOS 
 a. Drenos: Coleções infectadas, amplas áreas de 
desbridamento, direcionar fístulas; 
b. Queimadura acidental 
c. Curativos: fechamento da parede: Respeito dos planos 
anatômicos 
d. Mobilização do paciente 
7. COMPLICAÇÕES DA ANESTESIA: 
a. Despertar intraoperatório b. Lesão de nervos periféricos 
c. Hipertermia maligna 
d. Perda visual perioperatória 
C. PÓS-OPERATÓRIO 
 1. Definição: Pacientes submetidos a procedimentos 
cirúrgicos sofrem alterações súbitas das funções metabólicas 
e fisiológicas normais, que variam em intensidade, de acordo 
com o tipo e, nos casos de trauma, também com a gravidade 
das lesões. Dor, jejum, perda sangüínea, redução da 
perfusão tissular por lesão extensa e distúrbios funcionais de 
órgãos vitais geram alterações orgânicas e humorais que 
visam restabelecer a homeostasia 
2. Classificação 
a. Pós-operatório imediato (POI): primeiras 24 horas. 
Preocupação com analgesia, detecção precoce e tratamento 
de alterações cardiovasculares, pulmonares e do balanço de 
fluidos. 
b. Pós-operatório mediato (PO) 
c. Pós-operatório tardio (POT) 
 
3. Resposta Endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico (não 
será discutido nesta etapa e sim em etapa futura) 
4. CUIDADOS NO POI 
a. Monitoramento de sinais vitais 
b. Monitoramento do balanço hídrico 
c. Sondas e drenos: As drenagens cavitárias podem ser 
profiláticas, para evitar o acúmulo de líquidos biológicos, 
após determinados tipos de operações, ou terapêuticas, 
para drenar coleções ou abscessos e prevenir o reacúmulo. 
No primeiro caso, deve-se optar por sistemas fechados de 
coleta, principalmente quando se prevê um período de 
drenagem mais prolongado. Em ambos os casos, os drenos 
devem ser inseridos por contra-incisão, e retirados o mais 
precocemente possível. 
 
5. CUIDADOS NO PO 
a. Dieta 
b. Administração de fluidos e eletrólitos: O soro fisiológico, 
deve ser reservado para situações de reposição volêmica em 
pacientes com hiponatremia, hipocloremia ou alcalose 
metabólica. Na ausência destas anormalidades, a solução 
mais fisiológica para recompor perdas gastrintestinais e 
déficits de líquido extra-celular é o ringer com lactato. O 
soro glicosado a 5% é uti1izado para reposição de água pura 
para as perdas insensíveis e para administração de algumas 
calorias da glicose, na tentativa de minimizar o déficit 
calórico determinado pelo hipermetabolismo do pós-
operatório (PO), apesar do bloqueio da insulina pelas 
catecolaminas e da tendência normal à hiperglicemia. A 
reposição hídrica e eletrolítica no PO imediato, portanto, 
deve visar as necessidades básicas diárias e corrigir possíveis 
 
c. Controle da dor: Dor forte é usado morfina (fentanil ou 
petidina) devem ser associados AINE e paracetamol. Dor 
moderada usa tramadol associado a paracetamol e AINE. 
analgesia adequada diminui o estresse, menos taquicardia e 
consumo de O2, diminui TVP; 
 
d. Controle de náuseas e vômitos: pacientes submetidos a 
anestesia geral e principalmente a procedimentos cirúrgicos 
sobre o trato digestivo alto e vias biliares, o vômito, além de 
desconfortável, aumenta a dor e pode colocar em risco as 
suturas da parede abdominal. Pode ser minimizado pelo uso 
de metocIopramida e, mais recentemente, nos casos mais 
acentuados, de ondansetron. 
 
e. Profilaxia da hemorragia digestiva por estresse 
 
f. Profilaxia da TVP e TEP: Em doentes de baixo risco 
recomendam-se meias elásticas e deambulação precoce. 
Nos casos de risco moderado ou alto está indicado o uso pré 
e pós-operatório de heparina profilática subcutânea. 
Pacientes de risco muito elevado podem requerer a 
introdução de filtros intracavais. 
 
g. Cuidados com a incisão: o curativo cirúrgico, realizado na 
sala de operações, deve ser mantido por 24-48 horas, desde 
que limpo e seco, quando então é retirado. A ferida pode 
ficar exposta a partir daí, sem a necessidade de curativos ou 
utilização de antissépticos ou pomadas, inócuos em uma 
ferida fechada e impermeável. Incisões deixadas abertas, 
para fechamento por segunda intenção ou para fechamento 
primário retardado, devem ser tratadas diariamente com 
limpeza com solução salina, desbridamento físico ou 
químico, se indicado, e oc\usão com curativos estéreis 
 
h. Mobilização e posicionamento do paciente no leito: No 
PO imediato de intervenções abdominais, recomenda-se o 
repouso no leito em posição de Fowler, ou de preferência, 
com os membros inferiores além de fletidos, um pouco 
elevados. Dessa forma, diminui-se a tensão da parede 
abdominal e se favorece a drenagem venosa dos membros 
inferiores. Caso a limitação ao leito seja prolongada, indica-se a mobilização ativa e passiva do paciente, importante na 
profilaxia da TVP, das úlceras de pressão. 
 
 i. Exames laboratoriais e de imagem 
 
6. EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO 
Normalmente o consumo de água por um indivíduo nonnal 
(60-80kg) é da ordem de 2.000-2.500mVdia, dos quais 
aproximadamente 1.500ml são ingeridos como líquidos e o 
restante extraído de alimentos sólidos e sua oxidação. Em 
pacientes sob jejum prolongado, outra fonte de líquido é a 
água produzida pelo catabolismo celular, que pode chegar a 
500mVdia. As perdas diárias de líquidos incluem 800-
1.500ml de urina, 250ml nas fezes e 600-900ml de 
perspiracão insensível, que aumentam com o 
hipennetabolismo, a hiperventilação e a febre. déficits intra-
operatórios. 
Outro importante íon de reposição é o potássio, que, por ser 
predominantemente intracelular, é liberado em grandes 
quantidades pelas lesões teciduais ocasionadas pelo trauma 
cirúrgico. Além disso, a tendência à retenção de água e 
sódio, verificada no pós-operatório imediato, reduz também 
a excreção de potássio, que tende, portanto, a se acumular 
no líquido extra-celular. 
7. RETIRADA DE DRENOS, SONDAS E CATETERES 
A retirada deve ser realizada o mais breve possível; a fim de 
evitar infecções 
8. COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO 
a. Febre pós-operatória: levação de 1,3ºC da temperatura 
basal no PO; 
Causas mais comuns: PROF FALOU QUE CAI ISSO NA PROVA 
• Atelectasias: 3 primeiros dias, estímulo tosse, respirações 
profundas, drenagem postural, sucção endotraqueal, 
espirometria de incentivo; 
• Infecção do sítio cirúrgico: 5 a 7 dias de PO; 
• ITU; 
• Infecções relacionadas a cateter venoso e TVP 
•Outras: abscessos intracavitários, colecistite calculosa, 
pancreatite aguda PO, isquemia mesentérica, sinusite, 
parotidite PO e febre por antibioticoterapia e meningite. 
b. Complicações mecânicas 
i. Hemorragia, hematoma, hemoperitônio 
ii. Deiscência de anastomose 
iii. Problemas com drenos 
iv. Acessos vasculares 
v. Corpos estranhos retidos 
c. Complicações sistêmicas 
i. Complicações respiratórias: a tromboembolia pulmonar 
são causa frequente de complicações respiratórias. 
Confirmação com cintigrama ou angiotomografia. 
ii. Complicações cardiocirculatórias: A causa mais comum 
de deterioração cardio-circulatória é a hipovolemia. Deve-se 
avaliar com especial atenção as perdas hidreletro-líticas e 
sangüíneas ocorridas durante o ato cirúrgico 
 iii. Complicações urinárias 
iv. Complicações renais 
v. Complicações do trato gastrointestinal: frequente 
náusea, vômitos, dor e distensão abdominal. Pode ter Ileus 
e obstrução. 
vi. Outras 
9. RETIRADA DE PONTO: 
Grau de tensão das bordas, estado nutricional, uso de 
corticoides, exposição a radio/quimioterapia e tipos de 
suturas. 
CASOS 
1. Você, cirurgião(ã), atende em seu consultório um 
paciente de 65 anos, portador de colecistopatia crônica 
calculosa diagnosticada após diversas idas a UPA com crises 
de cólica biliar. Tem antecedentes de HAS, DM e fez cirurgia 
de úlcera péptica há 15 anos; faz uso de captopril, 
hidroclorotiazida, ácido acetilsalicílico e metformina. É 
tabagista de 1 maço-dia/45 anos. Discuta com seu grupo: 
a. Como conduziria este paciente considerando uma 
cirurgia programada? 
Paciente em primeiro lugar deverá ser minuciosamente 
entrevistada e examinada, solicitação de exames 
complementares como Rx, ecg, hemograma, provas de 
função biliar, bioquímicos, teste de coagulação, 
interconsulta com cardiologista, pneumologista e 
anestesiologista em nível ambulatorial. Manteria os 
medicamentos e orientaria a suspensão do AAS 7 dias antes 
do procedimento, suspeição da metformina 24 h antes da 
cirurgia, suspensão do diurético somente na data da cirurgia, 
ansiolítico na noite da cirurgia, marcação da cirurgia pela 
manhã por se tratar de paciente diabética, interrupção do 
tabagismo 30 dias antes da cirurgia ou que o mesmo não 
parasse na véspera pelo fato de haver uma maior produção 
de secreção pulmonar. Manteria com Ibp ou bh2 no 
perioperatório, discutiria os riscos e benefícios após a 
completa avaliação e as complicações eventuais, dentre eles 
o risco de conversão para cirurgia aberta caso a opção fosse 
por laparoscopia,, assim como ambos assinando o termo de 
consentimento informado livre e esclarecido. 
b. Como faria a sua avaliação se a cirurgia fosse de 
emergência, durante um dos episódios de cólica biliar? 
Faria também uma antevista e exame físico detalhado, 
solicitarias os exames de sangue, Rx e ecg. Explicaria os riscos 
da falta de um preparo adequado, mas que tendo em vista a 
complicação da patologia está lhe causando com riscos de 
piora da condição clínica. Assinar o termo é questionável, 
mas deveria ser aplicado. 
2. Durante um plantão no internato, você é escalado para 
entrar em uma apendicectomia junto com o residente do 
primeiro ano de Cirurgia Geral. Iniciada a cirurgia em uma 
paciente do sexo feminino de 23 anos com incisão de 
McBurney. Após a incisão por planos, o apêndice não 
apresentava alterações dignas de Apendicite e vocês 
observam grande hemoperitônio. Assustados, pedem a 
presença dos residentes mais graduados e do preceptor no 
C.C.. Ao chegarem, ”entram em campo” e convertem a 
cirurgia para laparotomia mediana xifo-púbica. Ao 
inventário da cavidade, não pode ser determinado o local 
do sangramento, pois o mesmo era difuso. Apesar das 
medidas de tratamento a paciente evoluiu para óbito. 
a. Como deveria ter sido o pré-operatório? 
Deveria ter realizado uma anamnese e exame físico 
detalhado, em atenção especial à história obstétrica-
ginecológica, coleta de alguns exames como hemograma, 
urina, amilase e beta hcg. Discutir com a paciente e seus 
familiares sobre as HD e eventuais intercorrências na 
cirurgia. 
b. Do ponto de vista anestesiológico, quais pontos 
destacaria? 
Ansioliticos para diminuir a tensão pré-operatória, acessos 
venosos adequados e preparados para alguma 
intercorrência, checagem de todos os materiais para 
qualquer tipo de anestesia sendo que aqui provavelmente a 
paciente foi submetida a um bloqueio raqui e 
posteriormente foi convertido para anestesia geral pelo fato 
de manipulação de praticamente toda a cavidade 
abdominal, a manipulação de alças e o relaxamento 
adequado da paciente, a verificação de reserva de sangue e 
caso desse tempo a tipagem sanguínea, a sondagem vesical 
para controle da volemia e estado de hidratação, etc. 
c. Em relação à equipe cirúrgica, o que destacaria? 
Jamais os residentes e internos devem conduzir 
procedimentos, qualquer que sejam, sem a supervisão de 
um docente, preceptor ou responsável. 
d. Em relação à intervenção cirúrgica, que considerações 
faria? 
Além disso, devem estar atentos para achados inesperados 
e saber a conduta a ser tomada frente ao achado. Checar que 
na sala existem todos os materiais necessários frente a uma 
complicação, evento adverso, para não haver tumultos no 
CC 
e. Por fim, talvez o mais difícil, como abordaria a família? 
Em primeiro lugar, a família deve ter todo o respaldo e 
concordância com o procedimento antes do mesmo realizar-
se. Em vista de uma intercorrência intra operatória, algum 
membro da equipe poderia sair do campo operatório e 
explicar a família o que estava se passando, e ao final do ato 
com o desfecho negativo, todos os membros que estavam 
no procedimento, cirurgiões e anestesistas, devem falar e 
dar as notícias negativas e sempre tentar apoio com equipes 
de psicologistas e assistentes sociais. 
3. Você irá iniciar o seu estágio de cirurgia na enfermaria de 
clínica cirúrgica durante o internato. No primeiro dia você 
admite o Sr. José, paciente do quarto 435, em 1° pós 
operatório de uma gastrectomia subtotal por 
adenocarcinoma gástrico. Ao entrar no quarto observa que 
o paciente está com um tubo no nariz, uma sonda 
coletandourina, um tubo plástico e um curativo no 
abdome, além de acessos venosos. Na papeleta de 
enfermagem, encontra os seguintes parâmetros: PA 
110x70 mmHg, FC 115bpm, FR 20 irpm, T 38 °C. Discuta o 
pósoperatório deste paciente. 
Em primeiro lugar estamos frente a uma cirurgia de grande 
porte sendo, remtc e os distúrbios hidroeletrolíticos 
presentes de fato aqui, mas não iremos discutir aqui estes 
assuntos, pois termos outro local para discussão já que são 
assuntos de estrema relevância. Neste caso, o enfoque deve 
ser dado a dor, a febre e as sondas e drenos, o risco de tvp. 
4. Você recebe um paciente no ambulatório que realizou 
exérese de uma lesão no dorso e apresenta sutura com 
pontos simples em região lombar de 10 cm. Refere ter feito 
a retirada da lesão há 5 dias. É hora de retirar os pontos? O 
que deve ser avaliado para a retirada dos fios de sutura 
cutânea? 
Os fios de sutura devem ser mantidos apenas enquanto 
úteis, não sendo lógica a fixação de prazos para a retirada 
dos pontos. Como norma devem ser retirados o mais breve 
possível, logo que a cicatriz adquira resistência. Nas incisões 
cutâneas pequenas, com menos de 4cm de comprimento, os 
pontos são retirados entre o 4º e o 5º dia pósoperatório. Nas 
incisões mais extensas deve-se aguardar o 7º a 8º dia. A 
experiência do cirurgião, no entanto, servirá para decidir a 
época oportuna. Entre os elementos que devem pesar 
favoravelmente na avaliação preponderam: 
1 - aspecto da cicatriz seca, sem edema e nem congestão 
2 - local da ferida livre de tensões excessivas 
3 - direção da cicatriz obedecendo as linhas de força 
4 - ausência de condições que interferem na cicatrização 
5 - tipo de tecido e sua capacidade intrínseca de adquirir 
resistência tênsil com o processo de cicatrização 
6 - tensão a que o tecido será submetido 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS: 
1 - https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Ano1-
I.Pre-e-pos-operatorio.pdf 
 
2- http://www.fspog.com/fotos/editor2/cap_53.pdf 
 
https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Ano1-I.Pre-e-pos-operatorio.pdf
https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Ano1-I.Pre-e-pos-operatorio.pdf
http://www.fspog.com/fotos/editor2/cap_53.pdf

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