Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 5 – PRÉ, PER E PÓS-OPERATÓRIO DANIELA FRANCO A. PRÉ-OPERATÓRIO 1. Conceito: Variação de tempo em que a cirurgia foi indicada até o seu inicio, na sala de cirurgia. A história e o exame físico devem ser os pontos mais importantes na avaliação pré-operatória desses indivíduos 2. Objetivos: diminuir o risco perioperatório e se preparar para intercorrências possíveis. 1. CLASSIFICAÇÃO a. Pré-operatório de emergência: Não há; toracotomia na sala de emergência b. Pré-operatório de urgência: Anamnese e EF; Solicitar exames para confirmar e descartar diagnósticos; Úlcera péptica perfurada, hérnia estrangulada c. Pré-operatório eletivo: namnese e EF; Exames complementares; Discutir o caso, encaminhar; Tumores benignos ou malignos, Varizes. 2. PRINCÍPIOS GERAIS a. Preparo psicológico: confiança; Segurança ao paciente b. Anamnese e exame físico: Conhecimento da patologia; Alergias; Eventos hemorrágicos c. Exames laboratoriais e de imagem: 60% poderiam ser dispensados; judicialização da medicina; elevação dos custos do tratamento. • R-X tórax: Procedimento intra-torácico; 60 ou 65 a.; História de doença cardiovascular; História de doença pulmonar; Tabagistas; História pregressa de doenças malignas. • ECG: Mulheres maiores de 50 anos; Homens maiores de 40 anos; Fator de risco para doença coronariana ( DM, HAS, tabaco, DLP); Obesidade mórbida; Digoxina; a presença de onda Q, podem aumentar de forma significativa o risco de complicações cardíacas no período pós-operatório • URINA I: Sintomas de ITU; Pacientes submetidos a colocação de prótese. Pacientes com indicação de cateterismo vesical durante a operação e que façam parte de grupos de risco de bacteriúria assintomática, como idosos, diabéticos, história de infecção urinária de repetição, litíase urinária, bexiga neurogênica, malformação de vias urinárias, gravidez e síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids). • Hb/Ht: Menores de 6 meses; Mulheres; Homens maiores de 60 anos; Previsão de perda sanguínea; Assim, recomenda- se a determinação do hematócrito ou da hemoglobina apenas para os pacientes cujas operações poderão resultar em perdas sangüíneas significativas. A anamnese do paciente com a história pregressa de anemia, neoplasias, insuficiência renal ou a presença no exame físico de palidez cutâneo-mucosa ou taquicardia deve induzir a solicitação da determinação do hematócrito, mesmo para pequenos procedimentos cüúrgicos. • Bioquímicos: Maior 60 a.; DM Doença renal; Diuréticos; Digoxina; uso de diuréticos ou corticóides, nefropatias, hiperaldosteronismo secundário, cardio ou hepatopatias com síndrome edemigênica. • TAP: História de sangramentos; Doença hepática; Uso de Anticoagulantes; história de sangramentos anormais, operações vasculares, oftalmológicas, neurológicasou comcirculaçãoextra-corpórea, hepatopatias e síndromes de malabsorção, neoplasias avançadas, esplenomegalia • Beta HCG: Dúvida de gravidez d. Doenças associadas. Controladas antes da operação. e. Cigarro: Malefício a saúde; Abstenção do tabaco antes da operação; Aumento da secreção pulmonar, tosse, evisceração; f. Orientação do paciente e sua família: Relação médico- paciente; Tarefas a serem feitas/cuidados g. Fichas e prontuários: Proteção ao paciente e ao médico; Informações sobre o estado de saúde; Preenchimento completo, legível e coerente; Evitar siglas; Datas e horários; Carimbos e assinaturas. h. Dieta e Jejum Dieta: determinada pela condição clinica do paciente; Dietas especiais para determinadas cirurgias; Jejum: evitar a aspiração pulmonar; 4H: cirurgias com local; 8H: demais; 12H: cirurgias complexas. i. Sinais vitais j. Interação medicamentosa; Drogas que atuam no sistema vascular: Alfa-agonista e betabloqueadores: mantidos, Clonidina e Propranolol; IECA: geralmente, mantidos; Bloqueadores de Canais de Ca: mantidos, nifedipina; Diuréticos: hipocalemia, suspensos no dia da cirurgia, exceto em IRC; Antiarrítmicos: amiodarona suspenso, demais mantidos ii. Antiinflamatórios não-esteróides: AINE: inibem a função plaquetária; suspensos 24 a 48H antes da cirurgia, exceto AAS com 7 dias iii. Antiagregante plaquetário iv. Anticoagulantes: Devem ser interrompidos, 3 dias antes. Usa heparina antes da cirurgia. v. Corticoides vi. Hipoglicemiantes: Dever ser suspensos, controle com glicosimetria capilar, pacientes insulinodependentes: SG 5% EV vii. Hormônios tireoidianos viii. Fitoterápicos ix. Drogas que atuam no SNC: MAO deve ser suspenso RESUMO: Medicamentos no Pré-Operatório: • Aspirina: suspender no mínimo 7 dias antes da cirurgia • AINH: idealmente suspensos 48 horas antes da cirurgia • Anticoagulantes orais: suspender 5 dias antes, realizar TAP e INR ( relação normatizada internacional ) no pré- op. Imediato • Anti-hipertensivos: serão mantidos até o dia da cirurgia, mesmo em pacientes com dieta zero • Hipoglicemiantes: suspender conforme meia-vida da droga (ex.: clorpropamida – 48h antes) • Hipertireoideos: deverão ser operados na condição de eutiroideos após preparo com propiltiouracil (100 -900 mg/dia) + betabloqueador (propranolol) k. Ansiolíticos: Aumentam o liminar de sensação dolorosa; Tranquilizam o paciente; Droga: Diazepam 10 ou 5 MG OBS: Lavagem intestinal Cirurgias orificiais: 500 ml de Solução glicerinada 12%; Cirurgias sobre o tudo digestivo: 1000 ml. Preparo de cólon Dieta líquida sem resíduos (48 horas antes); 1500 ml de manitol a 10%; Hidratação venosa; Lavagem intestinal l. Banho: Todos os pacientes m. Tricotomia: Ideal: não fazer; Caso necessite: na sala de cirurgia; Tricótomo melhor que lâminas. n. Reserva de sangue, serviços e instrumentos: Avisar o banco de sangue; Colher tipagem sanguínea; Anatomopatológico; Radiologia; Laboratório; Materiais. o. Avaliação final e conclusiva i. Risco cardiovascular: A anamnese e o ECG devem ser os pontos principais na identificação de doenças cardíacas relevantes, seu grau de severidade, estabilidade e tratamento prévio. Outros fatores que auxiliam na determinação do risco cardíaco incluem idade, co- morbidades associadas, capacidade funcional e tipo de operação ii. Risco respiratório iii. Risco de insuficiência renal iv. Risco nutricional: pacientes desnutridos, emagrecidos, candidatos ao tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, com doenças consumptivas ou que afetem a capacidade de absorçãodo trato gastrintestinal, doentes com perdas por fístulas, vômitos, diarréias ou infecções. Perda ponderal igualou superior a 5%, nos últimos 30 dias, sugere uma intensa depleção protéica e baixa da imunidade, com aumento da morbidez per e pós-operatórias v. Risco infeccioso: regiões como genital e anal tem maior risco de infecção por causa da floro. Faz profilaxia com antibiótico. vi. Risco de trombose venosa profunda / tromboembolismo pulmonar. Pacientes com uso de anticoncepcional oral (suspender 2-4 semanas antes da cirurgia). Profilaxia é o uso da heparina. vii. Performance-status: escala de Karnofsky viii. Risco anestésico: ASA Determinação do risco cirúrgico; Avaliação com cardiologistas, pneumologistas, anestesiologistas, etc; Classifica a condição física do paciente. 3. PRINCÍPIOS ESPECIAIS a. Diabetes Melito: DM: controle pré e pós-operatório; Os pacientes portadores de diabetes mellitus apresentam aumento no risco de infecções no período pós-operatório e, além disso, maior propensão para desenvolver doenças cardiovasculares e consequente aumento no risco de complicações cardíacas no pós-operatório. O objetivo do manuseio do paciente diabético durante a fase perioperatória é evitar severa hiperglicemia ou hipoglicemia. Não existe consenso sobre o nível ideal de glicose plasmáticadurante o procedimento cirúrgico (< 200 ou > 250 já demostra riscos) b. Obstrução intestinal: ejum; SNG; Controle hidro- eletrolítico c. Coronariopatia d. Valvulopatia e. Termos de consentimento livre e esclarecido f. Protocolo de cirurgia segura g. Preparo da sala de cirurgia B. PERIOPERATÓRIO 1. PROCEDIMENTO ANESTÉSICO E MONITORAMENTO a. Redução da ansiedade Uso de benzodiazepínicos; Físicas: HAS, arritmia, crise asmática; Emocionais: diminuição sofrimento, temores; b. Avaliação clínica Difícil mensuração do risco exato; Evidenciar: atopias, doenças coronarianas, pneumopatias, nefropatias e hepatopatias, além de afecções subclínicas. a. Seleção da técnica anestésica: Riscos envolvidos x segurança do paciente; Sitio da operação, a experiência do anestesista, condições clínicas do paciente, efeitos fisiológicos e farmacológicos dos anestésicos b. Acesso venoso: Periférico: cateter simples; Periférico: cateter calibroso; Central: cateter venoso central; Dissecção de veia c. Cateter de Swan-Ganz: Medir PVC, PAP, PCP, DC, Sat. Venosa de O2; Cirurgias de grande porte d. Cateterismo arterial: Monitorização da PA Obtenção de gasometrias; e. Eletrocardiografia: Atividade elétrica do coração; Em todos os pacientes. f. Oximetria de pulso: Análise da saturação de O2 do sangue g. Capnografia: Função pulmonar, determinar a concentração de CO2; h. Controle neuromuscular: Auxilio nas doses de relaxantes i. Temperatura corporal: Prevenção da hipotermia; riscos em idosos, crianças, politraumatizados, grandes queimados, TRM; j. Gases sanguíneos: Pulmão e rim k. Cateterismo nasogástrico: Descompressão e aspiração de secreção do TGI l. Cateterismo vesical: Cirurgias de grande porte, longa duração, risco de sangramentos, descompressão da bexiga para cirurgias pélvicas; dentro do CC, após a anestesia m. Reposição de sangue: Duração da anemia, estimativa do volume intravascular, extensão da cirurgia, doenças associadas 2. PREPARO DO CIRURGIÃO E DO PACIENTE a. Lavagem das mãos b. Posicionamento na mesa cirúrgica c. Tricotomia d. Antissepsia do paciente 3. Causas potenciais de instabilidade intraoperatória 4. PERIOPERATÓRIO GERAL a. Vias de acesso: Incisões de fácil acesso ao órgão a ser operado; Fácil fechamento OBS: Proteção da ferida cirúrgica: Abertura adequada; Hemostasia rigorosa; Uso de afastadores sem macerar as bordas. b. Hemostasia rigorosa c. Exploração da cavidade: Exploração da cavidade: tempo cirúrgico d. Síntese: lavagem das bordas, uso de fios adequados, prevenção do espaço morto, curativo. Sutura mecânicas Grampeadores e. Achados inesperados f. Estomas: Demarcação prévia g. Revisão da ferida e da cavidade: Ausência de hemorragias ou corpos estranhos h. Fim da cirurgia Peroperatório especial a. Megaesôfago Megaesôfago: sonda de Faucher; b. Obstrução pilórica c. Icterícia d. Gravidez e. Obesidade f. Epidermólise bolhosa: formação de bolhas aos mínimos traumas. 5. PERIOPERATÓRIO: ARMADILHAS a. Hérnia de Hiato e lesão esplênica b. Vias biliares e variações anatômicas c. Colectomias e lesão ureteral d. Fígado e vasos retro-hepáticos 6. PERIOPERATÓRIO: DIVERSOS a. Drenos: Coleções infectadas, amplas áreas de desbridamento, direcionar fístulas; b. Queimadura acidental c. Curativos: fechamento da parede: Respeito dos planos anatômicos d. Mobilização do paciente 7. COMPLICAÇÕES DA ANESTESIA: a. Despertar intraoperatório b. Lesão de nervos periféricos c. Hipertermia maligna d. Perda visual perioperatória C. PÓS-OPERATÓRIO 1. Definição: Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos sofrem alterações súbitas das funções metabólicas e fisiológicas normais, que variam em intensidade, de acordo com o tipo e, nos casos de trauma, também com a gravidade das lesões. Dor, jejum, perda sangüínea, redução da perfusão tissular por lesão extensa e distúrbios funcionais de órgãos vitais geram alterações orgânicas e humorais que visam restabelecer a homeostasia 2. Classificação a. Pós-operatório imediato (POI): primeiras 24 horas. Preocupação com analgesia, detecção precoce e tratamento de alterações cardiovasculares, pulmonares e do balanço de fluidos. b. Pós-operatório mediato (PO) c. Pós-operatório tardio (POT) 3. Resposta Endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico (não será discutido nesta etapa e sim em etapa futura) 4. CUIDADOS NO POI a. Monitoramento de sinais vitais b. Monitoramento do balanço hídrico c. Sondas e drenos: As drenagens cavitárias podem ser profiláticas, para evitar o acúmulo de líquidos biológicos, após determinados tipos de operações, ou terapêuticas, para drenar coleções ou abscessos e prevenir o reacúmulo. No primeiro caso, deve-se optar por sistemas fechados de coleta, principalmente quando se prevê um período de drenagem mais prolongado. Em ambos os casos, os drenos devem ser inseridos por contra-incisão, e retirados o mais precocemente possível. 5. CUIDADOS NO PO a. Dieta b. Administração de fluidos e eletrólitos: O soro fisiológico, deve ser reservado para situações de reposição volêmica em pacientes com hiponatremia, hipocloremia ou alcalose metabólica. Na ausência destas anormalidades, a solução mais fisiológica para recompor perdas gastrintestinais e déficits de líquido extra-celular é o ringer com lactato. O soro glicosado a 5% é uti1izado para reposição de água pura para as perdas insensíveis e para administração de algumas calorias da glicose, na tentativa de minimizar o déficit calórico determinado pelo hipermetabolismo do pós- operatório (PO), apesar do bloqueio da insulina pelas catecolaminas e da tendência normal à hiperglicemia. A reposição hídrica e eletrolítica no PO imediato, portanto, deve visar as necessidades básicas diárias e corrigir possíveis c. Controle da dor: Dor forte é usado morfina (fentanil ou petidina) devem ser associados AINE e paracetamol. Dor moderada usa tramadol associado a paracetamol e AINE. analgesia adequada diminui o estresse, menos taquicardia e consumo de O2, diminui TVP; d. Controle de náuseas e vômitos: pacientes submetidos a anestesia geral e principalmente a procedimentos cirúrgicos sobre o trato digestivo alto e vias biliares, o vômito, além de desconfortável, aumenta a dor e pode colocar em risco as suturas da parede abdominal. Pode ser minimizado pelo uso de metocIopramida e, mais recentemente, nos casos mais acentuados, de ondansetron. e. Profilaxia da hemorragia digestiva por estresse f. Profilaxia da TVP e TEP: Em doentes de baixo risco recomendam-se meias elásticas e deambulação precoce. Nos casos de risco moderado ou alto está indicado o uso pré e pós-operatório de heparina profilática subcutânea. Pacientes de risco muito elevado podem requerer a introdução de filtros intracavais. g. Cuidados com a incisão: o curativo cirúrgico, realizado na sala de operações, deve ser mantido por 24-48 horas, desde que limpo e seco, quando então é retirado. A ferida pode ficar exposta a partir daí, sem a necessidade de curativos ou utilização de antissépticos ou pomadas, inócuos em uma ferida fechada e impermeável. Incisões deixadas abertas, para fechamento por segunda intenção ou para fechamento primário retardado, devem ser tratadas diariamente com limpeza com solução salina, desbridamento físico ou químico, se indicado, e oc\usão com curativos estéreis h. Mobilização e posicionamento do paciente no leito: No PO imediato de intervenções abdominais, recomenda-se o repouso no leito em posição de Fowler, ou de preferência, com os membros inferiores além de fletidos, um pouco elevados. Dessa forma, diminui-se a tensão da parede abdominal e se favorece a drenagem venosa dos membros inferiores. Caso a limitação ao leito seja prolongada, indica-se a mobilização ativa e passiva do paciente, importante na profilaxia da TVP, das úlceras de pressão. i. Exames laboratoriais e de imagem 6. EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO Normalmente o consumo de água por um indivíduo nonnal (60-80kg) é da ordem de 2.000-2.500mVdia, dos quais aproximadamente 1.500ml são ingeridos como líquidos e o restante extraído de alimentos sólidos e sua oxidação. Em pacientes sob jejum prolongado, outra fonte de líquido é a água produzida pelo catabolismo celular, que pode chegar a 500mVdia. As perdas diárias de líquidos incluem 800- 1.500ml de urina, 250ml nas fezes e 600-900ml de perspiracão insensível, que aumentam com o hipennetabolismo, a hiperventilação e a febre. déficits intra- operatórios. Outro importante íon de reposição é o potássio, que, por ser predominantemente intracelular, é liberado em grandes quantidades pelas lesões teciduais ocasionadas pelo trauma cirúrgico. Além disso, a tendência à retenção de água e sódio, verificada no pós-operatório imediato, reduz também a excreção de potássio, que tende, portanto, a se acumular no líquido extra-celular. 7. RETIRADA DE DRENOS, SONDAS E CATETERES A retirada deve ser realizada o mais breve possível; a fim de evitar infecções 8. COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO a. Febre pós-operatória: levação de 1,3ºC da temperatura basal no PO; Causas mais comuns: PROF FALOU QUE CAI ISSO NA PROVA • Atelectasias: 3 primeiros dias, estímulo tosse, respirações profundas, drenagem postural, sucção endotraqueal, espirometria de incentivo; • Infecção do sítio cirúrgico: 5 a 7 dias de PO; • ITU; • Infecções relacionadas a cateter venoso e TVP •Outras: abscessos intracavitários, colecistite calculosa, pancreatite aguda PO, isquemia mesentérica, sinusite, parotidite PO e febre por antibioticoterapia e meningite. b. Complicações mecânicas i. Hemorragia, hematoma, hemoperitônio ii. Deiscência de anastomose iii. Problemas com drenos iv. Acessos vasculares v. Corpos estranhos retidos c. Complicações sistêmicas i. Complicações respiratórias: a tromboembolia pulmonar são causa frequente de complicações respiratórias. Confirmação com cintigrama ou angiotomografia. ii. Complicações cardiocirculatórias: A causa mais comum de deterioração cardio-circulatória é a hipovolemia. Deve-se avaliar com especial atenção as perdas hidreletro-líticas e sangüíneas ocorridas durante o ato cirúrgico iii. Complicações urinárias iv. Complicações renais v. Complicações do trato gastrointestinal: frequente náusea, vômitos, dor e distensão abdominal. Pode ter Ileus e obstrução. vi. Outras 9. RETIRADA DE PONTO: Grau de tensão das bordas, estado nutricional, uso de corticoides, exposição a radio/quimioterapia e tipos de suturas. CASOS 1. Você, cirurgião(ã), atende em seu consultório um paciente de 65 anos, portador de colecistopatia crônica calculosa diagnosticada após diversas idas a UPA com crises de cólica biliar. Tem antecedentes de HAS, DM e fez cirurgia de úlcera péptica há 15 anos; faz uso de captopril, hidroclorotiazida, ácido acetilsalicílico e metformina. É tabagista de 1 maço-dia/45 anos. Discuta com seu grupo: a. Como conduziria este paciente considerando uma cirurgia programada? Paciente em primeiro lugar deverá ser minuciosamente entrevistada e examinada, solicitação de exames complementares como Rx, ecg, hemograma, provas de função biliar, bioquímicos, teste de coagulação, interconsulta com cardiologista, pneumologista e anestesiologista em nível ambulatorial. Manteria os medicamentos e orientaria a suspensão do AAS 7 dias antes do procedimento, suspeição da metformina 24 h antes da cirurgia, suspensão do diurético somente na data da cirurgia, ansiolítico na noite da cirurgia, marcação da cirurgia pela manhã por se tratar de paciente diabética, interrupção do tabagismo 30 dias antes da cirurgia ou que o mesmo não parasse na véspera pelo fato de haver uma maior produção de secreção pulmonar. Manteria com Ibp ou bh2 no perioperatório, discutiria os riscos e benefícios após a completa avaliação e as complicações eventuais, dentre eles o risco de conversão para cirurgia aberta caso a opção fosse por laparoscopia,, assim como ambos assinando o termo de consentimento informado livre e esclarecido. b. Como faria a sua avaliação se a cirurgia fosse de emergência, durante um dos episódios de cólica biliar? Faria também uma antevista e exame físico detalhado, solicitarias os exames de sangue, Rx e ecg. Explicaria os riscos da falta de um preparo adequado, mas que tendo em vista a complicação da patologia está lhe causando com riscos de piora da condição clínica. Assinar o termo é questionável, mas deveria ser aplicado. 2. Durante um plantão no internato, você é escalado para entrar em uma apendicectomia junto com o residente do primeiro ano de Cirurgia Geral. Iniciada a cirurgia em uma paciente do sexo feminino de 23 anos com incisão de McBurney. Após a incisão por planos, o apêndice não apresentava alterações dignas de Apendicite e vocês observam grande hemoperitônio. Assustados, pedem a presença dos residentes mais graduados e do preceptor no C.C.. Ao chegarem, ”entram em campo” e convertem a cirurgia para laparotomia mediana xifo-púbica. Ao inventário da cavidade, não pode ser determinado o local do sangramento, pois o mesmo era difuso. Apesar das medidas de tratamento a paciente evoluiu para óbito. a. Como deveria ter sido o pré-operatório? Deveria ter realizado uma anamnese e exame físico detalhado, em atenção especial à história obstétrica- ginecológica, coleta de alguns exames como hemograma, urina, amilase e beta hcg. Discutir com a paciente e seus familiares sobre as HD e eventuais intercorrências na cirurgia. b. Do ponto de vista anestesiológico, quais pontos destacaria? Ansioliticos para diminuir a tensão pré-operatória, acessos venosos adequados e preparados para alguma intercorrência, checagem de todos os materiais para qualquer tipo de anestesia sendo que aqui provavelmente a paciente foi submetida a um bloqueio raqui e posteriormente foi convertido para anestesia geral pelo fato de manipulação de praticamente toda a cavidade abdominal, a manipulação de alças e o relaxamento adequado da paciente, a verificação de reserva de sangue e caso desse tempo a tipagem sanguínea, a sondagem vesical para controle da volemia e estado de hidratação, etc. c. Em relação à equipe cirúrgica, o que destacaria? Jamais os residentes e internos devem conduzir procedimentos, qualquer que sejam, sem a supervisão de um docente, preceptor ou responsável. d. Em relação à intervenção cirúrgica, que considerações faria? Além disso, devem estar atentos para achados inesperados e saber a conduta a ser tomada frente ao achado. Checar que na sala existem todos os materiais necessários frente a uma complicação, evento adverso, para não haver tumultos no CC e. Por fim, talvez o mais difícil, como abordaria a família? Em primeiro lugar, a família deve ter todo o respaldo e concordância com o procedimento antes do mesmo realizar- se. Em vista de uma intercorrência intra operatória, algum membro da equipe poderia sair do campo operatório e explicar a família o que estava se passando, e ao final do ato com o desfecho negativo, todos os membros que estavam no procedimento, cirurgiões e anestesistas, devem falar e dar as notícias negativas e sempre tentar apoio com equipes de psicologistas e assistentes sociais. 3. Você irá iniciar o seu estágio de cirurgia na enfermaria de clínica cirúrgica durante o internato. No primeiro dia você admite o Sr. José, paciente do quarto 435, em 1° pós operatório de uma gastrectomia subtotal por adenocarcinoma gástrico. Ao entrar no quarto observa que o paciente está com um tubo no nariz, uma sonda coletandourina, um tubo plástico e um curativo no abdome, além de acessos venosos. Na papeleta de enfermagem, encontra os seguintes parâmetros: PA 110x70 mmHg, FC 115bpm, FR 20 irpm, T 38 °C. Discuta o pósoperatório deste paciente. Em primeiro lugar estamos frente a uma cirurgia de grande porte sendo, remtc e os distúrbios hidroeletrolíticos presentes de fato aqui, mas não iremos discutir aqui estes assuntos, pois termos outro local para discussão já que são assuntos de estrema relevância. Neste caso, o enfoque deve ser dado a dor, a febre e as sondas e drenos, o risco de tvp. 4. Você recebe um paciente no ambulatório que realizou exérese de uma lesão no dorso e apresenta sutura com pontos simples em região lombar de 10 cm. Refere ter feito a retirada da lesão há 5 dias. É hora de retirar os pontos? O que deve ser avaliado para a retirada dos fios de sutura cutânea? Os fios de sutura devem ser mantidos apenas enquanto úteis, não sendo lógica a fixação de prazos para a retirada dos pontos. Como norma devem ser retirados o mais breve possível, logo que a cicatriz adquira resistência. Nas incisões cutâneas pequenas, com menos de 4cm de comprimento, os pontos são retirados entre o 4º e o 5º dia pósoperatório. Nas incisões mais extensas deve-se aguardar o 7º a 8º dia. A experiência do cirurgião, no entanto, servirá para decidir a época oportuna. Entre os elementos que devem pesar favoravelmente na avaliação preponderam: 1 - aspecto da cicatriz seca, sem edema e nem congestão 2 - local da ferida livre de tensões excessivas 3 - direção da cicatriz obedecendo as linhas de força 4 - ausência de condições que interferem na cicatrização 5 - tipo de tecido e sua capacidade intrínseca de adquirir resistência tênsil com o processo de cicatrização 6 - tensão a que o tecido será submetido REFERENCIAS: 1 - https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Ano1- I.Pre-e-pos-operatorio.pdf 2- http://www.fspog.com/fotos/editor2/cap_53.pdf https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Ano1-I.Pre-e-pos-operatorio.pdf https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Ano1-I.Pre-e-pos-operatorio.pdf http://www.fspog.com/fotos/editor2/cap_53.pdf
Compartilhar