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Biologi� Molecular ↪ Transcrição em bactérias: É o primeiro passo essencial para o fluxo da informação genética 5’ → 3’ do RNA a RNA polimerase consegue colocar a primeira base → a fita molde (3’-->5’) é complementada pela do RNA (5’-->3’) e a codificadora (5’-->3’) é igual ao molde unidade de transcrição: posição +1 é a inicial, há uma região promotor e terminador - o RNA polimerase se liga ao promotor → uma unidade de transcrição em bactérias pode ter um ou mais genes (operon) → os genes podem estar em direções opostas no genoma, por isso as duas fitas do DNA são transcritas e qual delas é a codificadora vai depender da orientação do gene, a sequência codificadora é sempre representada de 5´para 3´ → RNA polimerases são formadas por várias subunidades → bactérias só têm uma RNA polimerase, eucariotos possuem pelo menos 3 → Etapas da transcrição: 1. início = RNA polimerase se liga a região promotora, fator σ liga-se as regiões -10 e -35 (rica em A-T) 2. iniciação = bolha, fator σ é liberado 3. elongação = 4. terminação = transcrita uma sequência no final do RNA sendo liberado do RNA polimerase → reconhecimento os sítios de início da transcrição: 𝛂 β’ ω = reconhece qualquer sequência do DNA Holoenzima (cerne + s = Es) = menor afinidade por sequências aleatórias e grande afinidade por sequências promotoras → -10 e -35 são regiões consenso = sequência ideal, baseada no nucleotídeo mais frequente em cada posição → fatores sigma: em E. Coli há 5 fatores sigmas que reconhecem diferentes cernes - σ70 = funções de manutenção, genes essenciais para a célula, síntese de parede, enzima da replicação, etc - alternativos = transcreve conjuntos menores, relacionados a uma mesma função → início da transcrição - transcrição abortiva abertura da bolha de transcrição, σ continua ligado, pequenos transcritos são liberados enquanto a RNA polimerase está no promotor → complexo fechado = fator σ 70 ligado ao cerne → complexo aberto = fitas de dna se abrem → complexo de elongação = desligamento do sigma libera canal de saída do RNA → Elongação = RNA polimerase pode fazer pausas ao longo do molde, mas não se desliga, Essas pausas são importantes para a regulação - há a possibilidade de pareamento errado, nisso, a polimerase pausar e voltar alguns nucleotídeos, clivando o segmento com o erro para a transcrição prosseguir com o nucleotídeo correto → Ribossomos se ligam ao mRNA nascentes e iniciam a tradução, assim a transcrição e a tradução são acopladas “simultâneas” - polirribossomos → Terminação da transcrição = dois mecanismo: - terminação intrínseca = transcrita a região do terminador formando um grampo sem uma sequência consenso. Desestabiliza a RNA polimerase a desligando e o transcrito é liberado - terminação dependente de Rho = sítio rut (sem consenso), anel da helicase se fecha e caminha no RNA até desmanchar as ligações de hidrogênio do híbrido DNA-RNA, desligando a RNA polimerase fatos básicos da transcrição: • Síntese 5’ à 3’ do RNA • Só uma das fitas é transcrita de cada vez – assimetria • Só partes/trechos do genoma são transcritos e há genes nas duas orientações no DNA • Produto não se mantém pareado com a fita molde • RNAP não necessita de um “primer” (iniciador) • Utiliza ribonucleotídeos (2´OH), uracila no lugar de timina Exercícios 1. Severo Ochoa ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 1959 por ter isolado uma enzima que chamou de RNA polimerase. A reação catalisada pela enzima de Ochoa era a seguinte: A enzima descoberta era mesmo a RNA polimerase? Justifique Não. A enzima descoberta era a polinucleotídeo fosforilase, que permite a síntese enzimática de RNA na ausência de molde 2. Entenda os termos: a. Fita codificadora = fita com o código genético a ser transcrito b. Fita-molde = fita que é transcrita para RNA c. RNA polimerase dependente de DNA (RNAP) = enzima que catalisa as reações de iniciação, elongamento e terminação relativas à síntese de moléculas de RNA, a qual utiliza como molde moléculas de DNA d. Promotor = região do DNA que inicia a transcrição de um determinado gene. e. Região -10 e Região -35 = são regiões consenso f. Sequência consenso = sequência ideal, baseada no nucleotídeo mais frequente em cada posição g. Unidade de transcrição = em eucariotos possui um único gene, em bactérias pode conter mais de um (operon) h. A montante = extremidade 5’ do DNA i. A jusante = extremidade 3’ do DNA j. Bolha de transcrição = região do DNA que está aberta k. Transcrito = molécula de RNAm transcrita a partir do DNA l. Transcriptoma = conjunto completo de transcritos (RNAs mensageiros, RNAs ribossômicos, RNAs transportadores e os microRNAs) m. Fator sigma = uma proteína móvel que se encontra nas bactérias, e sua função é ajudar ao reconhecimento do promotor para começar o processo de transcrição n. α-CTD da RNA polimerase de E. coli o. Acoplamento da transcrição com tradução = a transcrição e a tradução acontecem de maneira simultânea 3. O esquema abaixo representa um gene (YFG) bacteriano e a seta indica o início e o sentido da transcrição. a) Qual é a fita molde? Qual a fita não-molde? Qual a fita codificadora? Marque na figura. b) Circule a região onde você esperaria encontrar os elementos -10 e -35. Qual a função desses elementos? O fator σ se liga a essas regiões para dar início a transcrição c) Desenhe a molécula de RNA transcrita, com as extremidades 5´ e 3´ indicadas. 4. Durante o processo de transcrição, a RNA polimerase inicialmente reconhece sequências de DNA específicas do promotor com alta afinidade e depois escapa do promotor, mas mantém-se associada ao DNA que está sendo transcrito. Explique como essas etapas ocorrem em bactérias. O fator σ liga-se ao promotor para dar início à transcrição. Durante a abertura da bolha de transcrição, σ continua ligado, pequenos transcritos são liberados enquanto a RNA polimerase está no promotor, fazendo a transcrição abortiva. Depois, o fator σ desliga-se do promotor e permite a saída do RNA. 5. Um segmento de DNA tem a sequência GGATTCGTTACGA. a) Escreva a sequência de DNA complementar e as sequências de RNA que podem ser produzidas pela transcrição desse segmento em ambas as direções. Indique as extremidades 5´e 3´das moléculas. DNA: 5’ CCTAAGCAATGCT 3’ RNA: 5’ GGAUUCGUUACGA 3’ b) Se a sequência acima representa a fita codificadora do gene, qual das duas sequências que você escreveu corresponde ao mRNA? RNA: 5’ GGAUUCGUUACGA 3’ 6. As DNA-polimerases são capazes de edição e correção de erros, enquanto a capacidade de correção de erros das RNA-polimerases é mais limitada. Reflita sobre o impacto biológico dessa diferença, uma vez que um erro de uma única base na replicação ou na transcrição pode levar a um erro na proteína que será traduzida. 7. A rifampicina é um importante antibiótico usado para tratar a tuberculose e outras doenças micobacterianas. As rifamicinas não inibem a ligação da RNAP ao promotor e nem a formação da primeira ligação fosfodiéster, mas elas previnem o alongamento subsequente da cadeia de RNA, por bloquear mecanicamente a extensão do RNA transcrito. As rifampicinas inibem RNAP bacterianas, mas não inibem RNAP eucarióticas. Além disso, algumas linhagens de Mycobacterium tuberculosis, o agente causador da tuberculose, são resistentes à rifampicina. Como você pode explicar essas observações, sabendo que a rifamicina liga-se a uma cavidade na subunidade β da RNAP? ↪ Regulação da expressão gênica em bactérias Tem diferenciação celular → regulação transcricional = início e terminação → R. pós transcricional = estabilidade do mRNA e eficiência da tradução → pós traducional = atividade da proteína/enzima e estabilidade e degradação de proteína → expressão - constitutiva = gene ligado o tempo todo para expressar funções de manutenção (housekeeping) - regulada = gene é expressado se necessário, em resposta a um sinal (modulação) 1. sequência do promotor: mais próxima a sequência do promotor da sequência consenso, mais afinidade pelo fator sigma e será mais expresso= força do promotor 2. fatores sigma alternativos = 3. fatores regulatório = podem ser repressoras ou ativadoras que se ligam ao DNA - repressoras se ligam ao operador, impedindo a expressão - ativador de transcrição liga a uma região promotora do DNA, aumentando a atividade da RNA polimerase → Sigma 32 = choque térmico, genes ativados de proteínas chaperonas, que auxiliam o dobramento de proteínas, e proteases que degradam as proteínas´desnaturadas irreversivelmente pelo choque térmico → atividade de um fator σ pode ser controlado por um fator anti- σ, que sequestra quando não é necessário perto da membrana → fatores cis = mesmo lugar que os genes que elas regulam - promotor, onde se liga a RNA polimerase - operador, onde se ligam os repressores - sequências ativadoras (proteína ativadora se liga aumentando a atividade da DNA polimerase) - forma de dímeros com 2 domínios (D. ligação de DNA - DBD- e domínio regulatório - RD) → fator trans = proteínas que podem ser codificadas em outro lugar do genoma, são difusíveis (passeiam), e ligam-se ao elemento cis por ativadores ou repressores → Operons são conjuntos de genes transcritos como um mRNA, a partir do mesmo promotor: regulação coordenada - policistrônico = mRNA que carrega mais de um gene → modelo do operon lac = uso da lactose por E. coli - expressão da enzima β-gal que hidrolisa a lactose, cliva a lactose em β-galactose e glicose, faz um isômero alolactose. Apenas presente quando há lactase e não há glicose. Operon lac possui 3 genes, sendo a β- gal um deles lacI: gene regulatório (codifica um elemento trans) Não faz parte do operon - Expressão constitutiva ?????????????? rever aula Exercícios 8. Entenda os termos: a. Expressão constitutiva = quando os genes estão ativos, sendo expressos b. Expressão regulada = gene é expressado se necessário, em resposta a um sinal (modulação) c. Cistron = Segmento do DNA que codifica a sequência de aminoácidos de uma proteína. Corresponde a gene. d. Operon = unidade de transcrição que comporta mais de um gene e. Monocistrônico = unidade de transcrição que comporta apenas um gene f. Policistrônico = operon, comporta mais de um gene g. Unidade de transcrição = Elementos regulatórios cis e trans = Elementos trans – proteínas codificadas por outra molécula de DNA ou por genes distantes que precisam se locomover para chegar ao promotor que será regulado. Elementos cis – sequências presentes no promotor ou no enhancer do gene regulado h. Fator sigma = uma proteína móvel que se encontra nas bactérias, e sua função é ajudar ao reconhecimento do promotor para começar o processo de transcrição i. Promotor = região do DNA que possui uma sequência específica que inicia a transcrição de um determinado gene j. Operador = sequência de DNA procariota que se encontra entre os genes estruturais e o promotor. É responsável pelo controle da transcrição dos genes estruturais. k. Ativador = liga a uma região promotora do DNA, aumentando a atividade da RNA polimerase l. Repressor = se liga ao operador, impedindo a expressão m. Indutor = é um ativador (apenas de operons?) n. CAP ou CRP = Na célula bacteriana AMPc se liga a uma proteína de ligação ao AMPc chamada CAP ou CRP. O complexo APMc-CAP (mas não a proteína livre CAP), se liga a um sítio nos promotores de operons sensíveis à repressão catabólica. A ligação do complexo resulta em um promotor mais eficiente e assim em mais iniciações de transcrição daquele promotor o. Co-repressor = molécula que reprime a expressão de genes 9. O que são e quais as funções (gerais) dos fatores sigma alternativos? 10. Compare expressão gênica constitutiva e induzível em bactérias. Cite exemplos. A expressão gênica constitutiva é aquela que os genes com funções de manutenção, chamados de housekeeping, são expressos continuamente. Já a expressão induzível corresponde aos genes que estão inativos e apenas passam a ser expressos por algum ativação de uma molécula indutora. 11. Considerando as mutações abaixo, descreva seus prováveis efeitos na expressão gênica do operon lac: a. Deleção da sequência do operador O; b. Mutação no gene lacI, fazendo com que a proteína repressora não ligue lactose; c. Mutação no promotor, alterando a sequência da região – 10, de TATGTT para TATAAT; d. Mutação na sequência do sítio de ligação de CRP/CAP que interfira na sua interação 12. Explique as mudanças (ou não) de expressão do operon lac nas seguintes situações: a. Presença de altas concentrações de lactose e glicose; b. Presença de baixa concentração de glicose e alta concentração de lactose; c. Presença de alta concentração de glicose e baixa concentração de lactose. 13. Como CRP/CAP ativa a transcrição do operon lac? ↪ Transcrição em eucariotos bactérias x eucariotos: - mais complexa - sequência de promotores é diferente - existem vários fatores de iniciação diferentes do fator σ - processo de terminação é diferente - existe mais de uma RNA polimerase → eucariotos possui 3 RNA polimerases nucleares, mais complexas (mais subunidades), transcrevem genes diferentes ↪ RNA pol I está localizada no nucléolo e transcreve genes de rRNAs ↪ RNA pol II está fora do nucléolo no núcleo e transcreve genes codificadores de proteínas e miRNAs → proteínas ↪ RNA III está fora do nucléolo no núcleo e transcreve um gene de rRNA e genes de tRNAs → A RNA pol II não consegue reconhecer promotores, requer proteínas adicionais chamadas fatores de transcrição gerais ↪ TFIID (TBP + TAFs) → TATA box (-30) se liga a TBP, BRE é o reconhecimento do elemento TFIIB → TFIID é reconhecida pelo ponto inicial da transcrição → TATA box é o elemento mais fundamental do promotor eucariótico, TATAAAA, localizada em -30 e -40 1. TATA box é reconhecido pela TBP e associa TFIID 2. Associação aos TFIIA (estabiliza as associações) e TFIIB 3. RNA pol II é recrutada e TFIIF para o promotor 4. RNA polimerase II forma um complexo de pré-iniciação com fatores gerais de transcrição no promotor → orientação é dada pela forma que o TFIIB é associada → a cauda da RNA polimerase ajuda na associação e recrutamento dos fatores → recrutamento do TFIIE e TFIIH, que se ligam ao complexo ↪ TFIIH tem atividade de helicase, rompe as ligações de hidrogênio, abrindo o DNA. E tem atividade quinase, que promove o escape do promotor (adiciona grupos fosfato a serina e treonina, cauda perde afinidade pelos fatores de transcrição) → gasto de ATP → elongação = síntese de DNA → complexo mediador, se associa a RNA pol antes dessa se associar ao promotor = maquinaria de transcrição ↪ em procariotos, os ativadores funcionam recrutando a RNA polimerase para promotores fracos. subunidade c da RNA pol interage com o CAP, interação proteína-proteína ↪ o mediador, em eucariotos, serve de contato entre um ativador ao seu sítio regulatório e a RNA polimerase, fazendo interações com fatores de transcrição ↪ recrutamento de helicases para romper grampos e estruturas complexas para a RNA pol II passar ↪ por ter várias subunidades, pode interagir com vários ativadores → ativadores também recrutam cromatinas remodeladoras para remover nucleossomos dos caminho → na elongação, a RNA pol precisa lidar com os nucleossomos ↪ proteínas acopladas a maquinaria com atividade remodeladora permite que a RNA passe → complexo FACT, recrutado por TFIIS, remove o dímero H2A-H2B (histona do nucleossomo) e após a passagem da RNA pol, é recolocado → terminação = não é tão bem compreendido o sinal de poliadenilação leva a clivagem do mRNA sendo transcrito complexo de proteína na causa da RNA pol, após o sítio de poliadenilação sair, essas proteínas são transmitidas a esse sítio, ocorrendo a clivagem. Endonuclease é ativada e posicionada a clivar o transcrito após 30 bp da poliadenilação. - modelo do torpedo = RNA é modificado pela adição de CAP na extremidade, uma proteção. A outra extremidade desprotegida sofre atividade de exonuclease que degrada o transcrito, terminando a transcrição - modelo alostérico = a terminação acontece mesmosem a clivagem. O que causa a terminação é a transferência das proteínas da cauda para o transcrito, assumindo uma conformação menos processiva Exercícios: 1. O diagrama abaixo representa as duas fitas de DNA (linhacontínua) e uma cadeia nascente de RNA sendo transcrita (linha descontínua). a. Indique no diagrama qual das fitas de DNA representa a fita molde e qual a fita codificadora; b. marque nas fitas de DNAas extremidades 5’ e 3’; c. marque no RNA as extremidades 5’ e 3’ 2. Abaixo estão esquematizados os elementos importantes para a transcrição de um gene. Entretanto este processo varia consideravelmente entre procariotos e eucariotos. Considerando os elementos do esquema abaixo, responda: a. Quais são os elementos principais encontrados em promotores eucarióticos e com quais fatores eles interagem? Estes elementos são encontrados em todos os promotores eucarióticos? Explique. TATA box é o principal elemento e interage com os fatores TFIID, TFIIA, TFIIB, TFIIF ou TBP, BRE ? b. Descreva a sequência de eventos que levam à associação da RNA polimerase II com opromotor. Como isso difere do reconhecimento do promotor bacteriano? 1. TATA box é reconhecido pela TBP e associa TFIID 2. Associação aos TFIIA (estabiliza as associações) e TFIIB 3. RNA pol II é recrutada e TFIIF para o promotor 4. RNA polimerase II forma um complexo de pré-iniciação com fatores gerais de transcrição no promotor Nas bactérias, a RNA polimerase se liga a região promotora sem a necessidade de outras moléculas, tendo o fator σ ligando-se às regiões -10 e -35. c. A RNApolimerase II eucariótica passa por alterações importantes que permitem a transição de um complexo de pré-iniciação fechado para um complexo de iniciação aberto e para a transição para a fase de elongação. Quais são estas alterações e como elas atuam? Como estes processos diferem dos mesmos processos em bactérias? TFIIH tem atividade de helicase, rompe as ligações de hidrogênio, abrindo o DNA. E tem atividade quinase, que promove o escape do promotor (adiciona grupos fosfato a serina e treonina, cauda perde afinidade pelos fatores de transcrição). → complexo fechado = fator σ 70 ligado ao cerne → complexo aberto = fitas de dna se abrem → complexo de elongação = desligamento do sigma libera canal de saída do RNA d. Descreva os processos que levam à terminação da transcrição em eucariotos. modelo do torpedo = RNA é modificado pela adição de CAP na extremidade, uma proteção. A outra extremidade desprotegida sofre atividade de exonuclease que degrada o transcrito, terminando a transcrição modelo alostérico = a terminação acontece mesmo sem a clivagem. O que causa a terminação é a transferência das proteínas da cauda para o transcrito, assumindo uma conformação menos processiva 3. A RNA polimerase II é uma enzima fundamental para os eucariotos. a. Liste a classe de genes que ela transcreve. transcreve genes codificadores de proteínas e miRNAs b. Qual a importância da cauda CTD para a transcrição? a cauda da RNA polimerase ajuda na associação e recrutamento dos fatores 4. O que é o complexo mediador e qual a sua função na transcrição eucariótica? O mediador serve de contato entre um ativador ao seu sítio regulatório e a RNA polimerase, fazendo interações com fatores de transcrição, além do recrutamento de helicases para romper grampos e estruturas complexas para a RNA pol II passar. Além disso, por ter várias subunidades, pode interagir com vários ativadores 5. Em eucariotos, a transcrição ocorre no contexto da cromatina eucariótica, que precisa ter sua estrutura remodelada. Explique porque isto é necessário e como isto ocorre levando em consideração as diferentes fases da transcrição. É necessário remodelar a estrutura da cromatina devido ao tamanho da maquinaria de transcrição a ser passada por ali, assim, cromatinas remodeladoras são necessárias para remover nucleossomos do caminho. ↪ Processamento de RNA amadurecimento do RNA no núcleo para sair do núcleo 1. síntese do transcrito primário (pré-RNA), todos os éxons e íntrons 2. adição da CAP na estrutura 5’ do RNA (proteção para a extremidade) 3. remoção dos íntrons por splicing 4. extremidade 3’ sofre adição de uma cauda de poliadeninas (poliadenilação) acontece durante a transcrição e é mediado por complexos proteicos da cauda da RNA polimerase - a cauda c-terminal fosforilada recruta a maquinaria de processamento a medida que o íntron é processado, ele é removido → adição de CAP na extremidade 5’ do mRNA - adição de uma guanosina à base terminal do transcrito via ligação 5’-5’, é invertida, ligação resistente a exonucleases, protege o transcrito da degradação de exonucleases, auxilia na transferência para o citoplasma - síntese acontece à medida que o transcrito é feito → adição da cauda poli-A na extremidade 3’ do mRNA - confere estabilidade ao mRNA, auxilia na transferência para o citoplasma e é importante para a tradução - um sinal de poliadenilação faz com que os complexos da cauda da RNA pol migrem para o transcrito, encerrando a transcrição - poli-A polimerase adiciona na ausência de molde nucleotídeos de adenosina à extremidade 3’ dos mRNAS → splicing: remoção dos íntrons do transcrito primário - introns estão presentes em genes codificadores de proteínas de eucariotos superiores, também presentes em genes tRNA e rRNA - diversos de mecanismos de splicing - Splicing é um processo que requer grande precisão, pois se a junção de dois exons for errada por apenas um nucleotídeo a sequência codificadora terá o quadro de leitura alterado e terminação prematura mecanismo nuclear = é governado por sequências conservadas nas junções exon/intron (GU em 5’ e AG em 3’) e por um nucleotídeo (ponto de ramificação A) - os nucleotídeos mais conservados estão nos íntrons - a conservação nos éxons é limitada devido a necessidade de produzir aminoácidos específicos - O splicing ocorre através de duas reações de transesterificação resultando na formação de uma estrutura de laço = quebra e nova formação de uma ligação fosfodiéster 1º reação = O 2’OH do ponto de ramificação A ataca o grupo fosforila da G no sítio de splicing 5’, criando uma estrutura ramificada 2’,5’ entre o splicing G e o ponto de ramificação A, o íntron forma um laço 2º reação = O 3’OH do exon 5’ que “sobrou” ataca o grupo fosforila da G no sítio de splicing 3’ Esse processo é mediado por uma maquinaria = spliceossomo, composto por ribonucleoproteínas (snRNPs) ↪ U1, U2, U4, U5 e U6, proteínas associadas a um pequeno RNA nucleares ↪ proteínas com funções acessórias (fatores de splicing) ↪ atuam por pareamento de bases ou dois sRNA de snENPs ↪ U1 é complementar ao sítio de splicing 5’ ↪ U2 é complementar ao sítio de que flanqueia o ponto de ramificação causando a exposição do mesmo ↪ A precisão da maquinaria de splicing é atingida pela complementaridade de sequência entre os snRNAs e o pré-mRNA 1º etapa: U1 reconhece o sítio de splicing 5’ e o U2 reconhece o sítio de ramificação (prox ao 3’) 2º outros U se associam ao complexo, U4 pareia com U6, U5 se associa aos outros por interação proteína-proteína 3º passo: reorganização = U1 é deslocado para fora, U6 pareia com 5’ pq também é complementar. U4 é deslocado para U6 parear com U2 → spliceossomo ativo para realizar as reações de transesterificação esse processo requer gasto de ATP para as mudanças conformacionais o sítio catalítico não contém proteínas, apenas RNAs e um íons Mg2+ spliceossomo também interage com CTD da RNAPII, aumenta a especificidade do splicing com as extremidades “certas” → splicing alternativo: Processo em que um gene dá origem a mais de 1 RNA. Os diferentes RNAs gerados são chamados de isoformas. ↪ nem todos os pré-RNAs são processados para captura de éxons e muitos são processados de formas alternativas, gerando diferentes mRNAs maduros ↪ gene da troponina = isoforma com exons exclusivos ↪ importância = a localização da hexoquinase dependendo da isoforma é um mecanismo combinatório que aumenta a diversidade do genoma Exercícios:1. Em que consiste o terminal 5' cap do mRNA e qual o seu papel? Consiste na adição de uma guanosina à base terminal do transcrito via ligação 5’-5’, que é invertida. Essa ligação é resistente a exonucleases, protege o transcrito da degradação de exonucleases e auxilia na transferência para o citoplasma 2. Qual a característica do terminal 3' encontrado na maioria dos mRNAs de eucariotos? Como ele é formado e qual é o seu papel? Extremidade com OH ligado, permitindo a adição de uma cauda poliadenilada que confere estabilidade ao mRNA, auxilia na transferência para o citoplasma e é importante para a tradução 3. Genes de eucariotos são geralmente constituídos de introns e exons. Estas sequências são tanto transcritas como traduzidas? A remoção dos íntrons (splicing) tem que ser um processo extremamente preciso. Por quê? Ambas as sequências são transcritas, mas apenas os éxons são traduzidos. O splicing precisa ser um processo extremamente preciso, pois se a junção de dois exons for errada por apenas um nucleotídeo a sequência codificadora terá o quadro de leitura alterado e terminação prematura. 4. Explique como ocorre o processo de splicing. Que características na sequência do pré-mRNA transcrito definem introns e exons? Quais são as reações químicas que acontecem e como a maquinaria de splicing governa este processo? O splicing ocorre através de duas reações de transesterificação resultando na formação de uma estrutura de laço = quebra e nova formação de uma ligação fosfodiéster. Exons e introns são definidos por sequências conservadas nas junções exon/intron (GU em 5’ e AG em 3’) e por um nucleotídeo (ponto de ramificação A). 1º reação = O 2’OH do ponto de ramificação A ataca o grupo fosforila da G no sítio de splicing 5’, criando uma estrutura ramificada 2’,5’ entre o splicing G e o ponto de ramificação A, o íntron forma um laço. 2º reação = O 3’OH do exon 5’ que “sobrou” ataca o grupo fosforila da G no sítio de splicing 3’ 5. O processo de splicing do mRNA em eucariotos ocorre simultaneamente à transcrição. Como esta coordenação aumenta a especificidade de reconhecimento das extremidades corretas dos introns a serem removidos? É mediado por complexos proteicos da cauda da RNA polimerase, a cauda c-terminal fosforilada recruta a maquinaria de processamento. 6. O processamento do mRNA em eucariotos pode gerar transcritos alternativos que dão origem a proteínas diferentes. Explique (ou mostre com esquemas) como o processamento alternativo pode resultar em produtos proteicos diferentes em células ou condições diferentes. nem todos os pré-RNAs são processados para captura de éxons e muitos são processados de formas alternativas, gerando diferentes mRNAs maduros importância = a localização da hexoquinase dependendo da isoforma 7. O mRNA do gene relacionado ao mal de Alzheimer apresenta 2400 nucleotídeos quando isolado de neurônios, mas 2900 nucleotídeos quando isolado de células gliais. O DNA genômico isolado de ambos os tipos celulares apresenta uma sequência idêntica de nucleotídeos e em ambos os casos o tamanho do gene relacionado ao mal de Alzheimer ultrapassa em muito o tamanho dos mRNAs detectados nos dois tipos celulares. a. Explique a discrepância entre o tamanho do gene e dos mRNAs por ele codificados. b. Explique o mecanismo mais provável que leva a discrepância no tamanho dos mRNAs oriundos dos dois tipos celulares (neurônios e células gliais). 8. Em eucariotos superiores, o splicing alternativo é a regra e não a exceção. Comente a afirmativa acima, discorrendo sobre a vantagem evolutiva deste processo. O splicing alternativo é um mecanismo que gera variabilidade genética, possibilitando alterações que podem contribuir para o surgimento de características para melhor adaptação do ser ao ambiente, contribuindo para a evolução. ↪ Código genético Crick propôs que o código genético fosse lido em trincas ↪ códon = 3 bases = aminoácidos ↪ 64 códons são usados ↪ 61 códons especificam aminoácidos ↪ 3 são nonsense, de parada (AUG, UAA, UAG) → o código é degenerado = mais um códon codifica um aminoácido ↪ apenas a metionina (códon de início) e o triptofano são codificados por apenas um códon → a degeneração do código está relacionado a abundância dos aminoácidos em proteínas ↪ evolução para otimizar o uso ↪ mais abundante = mais códons codificadores → Se o código não fosse degenerado, então 44 dos 64 códons seriam stop códons e a maioria das mutações causaria catástrofes na síntese proteica = impediria a síntese ou pararia no meio da síntese proteínas → a degeneração acontece na terceira posição, a terceira posição não importa = mutações na 3’ não resulta em troca de aminoácido → mutações na primeira posição 5’, frequentemente não há troca de aminoácidos ou resultam em troca conservativa (aminoácido com propriedades químicas semelhantes) → o código genético é (quase) universal, permitindo o estudo da evolução, pois o código é o mesmo para todos os organismos, além de permitir o desenvolvimento da engenharia genética (manipular o código) → o código genético tem natureza conservativa, → a maioria das mutações em tRNAs que altera o códon por ele reconhecido são letais ↪ O código evoluiu cedo e se tornou tão complexo que sua evolução “congelou” porque qualquer mudança no código pode afetar a tradução de proteínas existentes → a exceção é encontrada nas mitocôndrias - mais de um códon codifica a metionina - tem 22 tRNAs em vez dos 32 necessários para decodificar o código universal de acordo com as regras de pareamento oscilante - 1 tRNA consegue decodificar 4 códons em mitocôndrias. → descoberta da polinucleotídeo fosforilase permite a síntese enzimática de RNA na ausência de molde = síntese de RNA sintéticos usados por Niremberg para identificar os aminoácidos codificados → a decodificação é realizada por moléculas adaptadoras, os tRNAs → tRNAs = tem estrutura tridimensional - braço aceptor = aminoácido é sempre adicionada a 3’ ACC, ligado covalentemente - braço do anticódon contém uma trinca complementar o códon → pareamento códon-anticódon: primeira base do códon (5’) vai parear com a terceira base do anticódon (3’ → no ser humano existem cerca de 50 tRNAs, um aminoácido pode ser transportado por mais de uma molécula de tRNA - A sequência de bases do anticódon do tRNA é complementar e antiparalela ao códon do mRNA - Uma vez que há 61 códons que especificam aminoácidos, alguns tRNAs irão reconhecer mais de um códon sinônimo - Alguns tRNAs tem uma base purínica não usual, inosina (desaminação da adenina), na posição 5’ do anticódon. Essa base tem propriedades de pareamento não usuais, pareia com C, A (purina-purina) e U - A hipótese da oscilação = e a extremidade 5’ do anticódon não está tão espacialmente confinada como os outros nucleotídeos e está livre para formar pontes de hidrogênio com bases diferentes na posição 3’ do códon, é mais flexível e pode oscilar no espaço. - Códons múltiplos que representam o mesmo aminoácido diferem mais frequentemente na terceira base do códon (Apoia a hipótese da oscilação) → As bases na terceira posição têm a menor influência no significado do códon → tem menor confinamento espacial, logo oscilam mais → Leis da leitura do códon: 1. Os códons são traduzidos na direção 5’ → 3’ do mRNA 2. Os códons não se sobrepõem (a leitura é consecutiva) ↪ limita as possibilidades de codificação ↪ se ocorrer uma mutação, 3 bases são afetadas ↪ não há espaços 3. As sequências codificadoras são traduzidas em uma fase fixa de leitura que é determinada pelo códon de início da tradução ↪ Um mesmo RNA pode ser lido em três “janelas” ou “fases” e cada fase gera uma proteína diferente, sendo apenas uma delas a correta ↪ a fase é definida na etapa de iniciação, pelo códon de início → fase de leitura aberta (ORF) = começa com AUG e continua em trincas até o códon de terminação sem ser interrompida por códons de terminação códons de parada aparecem frequentemente em quadros de leitura errada → Mutações “missense”: mutações nasquais a substituição de uma base causa a transformação de um códon em outro, com consequente troca do aminoácido naquela posição. Mutação de ponto, menos drástica → Mutações “nonsense”: mutações nas quais a substituição de uma base causa a transformação de um códon em um sinal de parada. → Mutações de alteração de fase (“frameshift”): mutações nas quais a inserção ou deleção de uma base altera a fase ou “janela” de leitura do mRNA → inserções e deleções na síntese proteica - inserção = perda de função - a inserção pode ser compensada por uma deleção, pq retorna ao quadro de leitura e prossegue a tradução = proteína funcional - com 3 inserções, a proteína é funcional, o quadro continua normal As mutações que alteram a fase de leitura mostram que o código genético é lido em trincas a partir de um ponto inicial fixo → Experimentos genéticos de Crick e Brenner em 1961 usando mutantes do gene rIIB do bacteriófago T4 Exercícios 1. tabela 2. O código genético é degenerado. Explique o que isto significa e quais as vantagens desta característica do código Isso significa que cada aminoácido pode ser codificado por mais de um códon. Se o código não fosse degenerado, então 44 dos 64 códons seriam stop códons e a maioria das mutações causaria catástrofes na síntese proteica = impediria a síntese ou pararia no meio da síntese proteínas. 3. O código genético é quase universal. Quais são as implicações disso e o que isto diz sobre a evolução do código? O código genético ser quase universal permitiu a manipulação dele, ou seja, o desenvolvimento da engenharia genética e o estudo da evolução dos seres vivos. Por outro lado, essa universalidade do código permite dizer que houve uma evolução rápida e prematura, e depois, um congelamento da evolução. 4. Assumindo que cada nucleotídeo na coluna da esquerda está na primeira posição de um anticódon, com qual(is) nucleotídeo(s) na coluna da direita ele vai parear durante uma interação códon-anticódon, se cada um dos nucleotídeos da direita estiver na terceira posição de um códon ? Qual a característica da estrutura dos tRNAs que permite pareamentos não usuais? (a) 4 (b) 3 (c) 2 ou 4 (d) 1, 4 ou 2 O pareamento não usual provém da menor confinamento espacial que o tRNA sofre, podendo oscilar no espaço. 6. De acordo com o princípio de oscilação (wobble) no pareamento de bases, qual o número mínimo de tRNAs necessário para decodificar os seis códons de leucina - UUA, UUG, CUU, CUC, CUA e CUG? Explique Dois tRNAs com a 3º posição sendo um U e um G 7. Considere a seguinte seqüência de DNA: 5’- TCATCTTTCAAGAGGACTTTAGACTAATGCGC AGATAATTATGAGAATATGCCTTCTGCATCCTG TGATACACTAGTGGATGACATCGAAGATATCGT GTCTCAGGAAGATTCAAAACCACAAGATAGGC ATTTTGTAAGAUAGAATACAACTAATGGAAACA TGAATAAAGAAGAATACATTT -3’ (a) Assumindo que esta seqüência corresponde à seqüência da fita codificadora do DNA e considerando a primeira base como o sítio de início da transcrição, analise as três fases de leitura possíveis e identifique a presença ou ausência de uma fase de leitura aberta em cada uma. Justifique a sua conclusão em cada caso fase 1: TCATCTTTCAAGAGGACTTTAGACTAATGCGC AGATAATTATGAGAATATGCCTTCTGCATCCTG TGATACACTAGTGGATGACATCGAAGATATCGT GTCTCAGGAAGATTCAAAACCACAAGATAGGC ATTTTGTAAGAUAG = não há fase leitura aberta devido ao códon de parada AUG fase 2: CATCTTTCAAGAGGACTTTAGACTAATGCGCA GATAATTATGAGAATATGCCTTCTGCATCCTGT GATACACTAGTGGATGACATCGAAGATATCGTG TCTCAGGAAGATTCAAAACCACAAGATAGGCA TTTTGTAAGAUAGAATACAACTAATGGAAACAT GAATAAAGAAGAATACATTT = há janela de leitura aberta devido a ausencia de códons de parada fase 3: ATCTTTCAAGAGGACTTTAGACTAATGCGCAG ATAATTATGAGAATATGCCTTCTGCATCCTGTG ATACACTAGTGGATGACATCGAAGATATCGTGT CTCAGGAAGATTCAAAACCACAAGATAGGCAT TTTGTAAGAUAGAATACAACTAATGGAAACATG AATAAAGAAGAATACATTT = há janela de leitura aberta devido a ausencia de códons de parada b) Com base na análise anterior, qual seria a sequência de aminoácidos do polipeptídeo produzido quando um mRNA transcrito deste gene for traduzido (consulte a tabela do código genético)? 8. A sequência parcial do mRNA de um determinado gene está indicada abaixo. Suponha que essa sequência codifique uma região do sítio ativo de uma enzima e a primeira trinca (ACA) está em fase com o quadro de leitura traduzido. 5'.....ACA.CAG.GAA.ACG.GCU.AUG.CGA.AGC.A UG.GAA.UGU.AAC.U....3' a) Indique a sequência de aminoácidos do peptídeo correspondente a esse mRNA parcial (consulte a tabela do código genético). Thr - Gln - Glu - Thr - Ala - Met - Arg - Ser - Met - Glu - Cys - Asn O gene sofreu uma série de mutações pontuais independentes, que originaram os mRNAs (b), (c), (d) e (e). Para cada um deles indique o tipo de mutação, a sequência de aminoácidos do peptídeo correspondente a esse mRNA parcial mutado e a possível consequência na função da enzima codificada pelo gene mutado (consulte a tabela de aminoácidos). b) 5'.....ACA.CAG.GAA.ACG.GCU.AUG.CGA.AGC.A UG.AAA.UGU.AAC.U....3' tipo de mutação: missense sequência: Thr - Gln - Glu - Thr - Ala - Met - Arg - Ser - Met - Lys - Cys - Asn consequência: troca de aminoácido por outro com propriedades diferentes, proteína não funcional ? c) 5'.....ACA.CAG.GAA.ACG.GCU.AUG.CGA.AGC.A UG.GAA.UGA.AAC.U....3' tipo de mutação: nonsense sequência: Thr - Gln - Glu - Thr - Ala - Met - Arg - Ser - Met - Glu - stop codon consequência: interrupção da síntese proteica d) 5'......ACA.CAG.GAA.ACG.GCU.AUG.CGA.AGC.A UG.GAA.AUG.UAA.CU....3' tipo de mutação: Frameshit e nonsense ? sequência: Thr - Gln - Glu - Thr - Ala - Met - Arg - Ser - Met - Glu - Met - stop codon consequência: e) 5'......ACA.CAG.GAA.ACG.GUU.AUG.CGA.AGC.A UG.GAA.UGU.AAC.U.....3’ tipo de mutação: missense sequência: Thr - Gln - Glu - Thr - Val - Met - Arg - Ser - Met - Glu - Cys - Asn consequência: proteína funcional devido aos aminoácidos com propriedades semelhantes ↪ Tradução → a formação de aminoacil-tRNA é catalizada pela enzima aminoacil tRNA sintetase, requer hidrólise de ATP ↪ a ligação acil possui alta energia e é a fonte e da energia usada para formação da ligação peptídica etapa 1: ativação do aminoácido, geração do aminoacil-AMP, acilação do aminoácido etapa 2: transferência do grupo aminoacil para a extremidade 3’ do tRNA, quebra da ligação de alta energia, liberando AMP → O ribossomo aceita qualquer tRNA carregado desde que o pareamento códon-anticódon esteja correto ↪ Se a alanil-tRNA sintetase carregar Valina no tRNA de Alanina, então Valina será incorporada na proteína em todos os pontos onde deveria haver uma Alanina. → A etapa de carregamento do tRNA é determinante na fidelidade da tradução → especificidade de acoplamento: atingida pela seleção dos tRNAs e aminoácidos pelas tRNA sintetases - Existem 20 aminoácidos. - Existem 20 aminoacil tRNA sintetases. - Cada sintetase é responsável por UM aminoácido. - Cada sintetase precisa reconhecer os tRNAs corretos Os inúmeros contatos entre a tRNA sintetase e o tRNA garantem a fidelidade na interação com aminoácidos, os sítios catalíticos possuem tamanhos específicos para os aminoácidos, além de filtros de propriedades ( ex: carga) e hidrólise dos aminoácidos errados → Aminoacil tRNA sintetases e tRNAs estão associados com várias classes de doenças → ribossomos = composto por duas subunidades, proteínas e rRNA - pequena = centro decodificador, pareamento códon-anticódon, 30S / 40 S em eucariotos - grande = centro de peptil transferase, formação da ligação peptídica, 50S - bactérias / 60S em eucariotos → Tradução: começa com a associação das subunidades pequena e grande no mRNA e termina com a dissociação do ribossomo e suas proteínas → ribossomos tem 3 sítios de ligação a tRNAs - A e P cobrem dois códons vizinhos - A = interage com aminoacil-tRNA - P = interage com peptidil-tRNA, ligado à cadeia peptídica que está sendo sintetizada - e = ocupado por aminoácidos desacilados → iniciação Todas as proteínas têm sua síntese iniciada com o aminoácido Metionina que tem como códon iniciador no mRNA – AUG ↪ Nas bactérias, o primeiro aminoácido é formilmetionina ↪Existem dois tRNAs para metionina: um tRNA especial usado na iniciação (tRNAi) e o tRNA normal para metionina (tRNAm) usado na elongação Em bactérias: - pareamento de bases entre o RBS e o RNA 16S da subunidade pequena - é reconhecido pela sequência shine-dalgarno = sequência polipurinica AGGAGG centrada cerca de 10 pb antes do códon de iniciação AUG no mRNA - a subunidade pequena pode ser associar em qualquer região, isso permite a formação operons Em eucariotos: - A extremidade 5′ CAP sinaliza o início da tradução, e o ribossomo percorre o mRNA até encontrar o AUG iniciador - o tRNA iniciador incorpora metionina no códon de início (e não fMet). - não existe pareamento com rRNA - tRNA iniciador se associa antes da subunidade pequena, que vai migrando até o códon de início, pareando o tRNA iniciador com AUG = sequência de Kozak = interage com o tRNAi - O fator de iniciação eIF4-G se liga à extremidade 5’ e 3’ do mRNA - cauda poli A = circularização → Aumenta a eficiência de recrutamento do ribossomo e facilita reiniciação → fatores em bactérias - IF3 se liga à subunidade pequena ribossomal na região que formará o sítio E e impede a associação com a subunidade grande ribossomal; - IF1 (bloqueia o sítio A), IF2 (recruta rRNAi) e GTP são recrutadas para a subunidade pequena; - IF1 se liga ao sítio A - IF2 se liga à IF1 e interage com fMettRNAiMet. - fMet-tRNAiMet pareia com o códon de início liberando IF3. - Recrutamento da subunidade grande = centro aumenta a afinidade por IF2, que hidrolisa GTP, liberando fosfato e IFI, liberando o sítio A → Elongação: O Fator de elongação EF-Tu ligado a GTP carrega o Aminoacil-tRNA para no sítio A Somente se houver um pareamento códon-anticódon correto, o GTP é hidrolisado e EF-Tu se dissocia do ribossomo deixando o tRNA carregado no sítio A. Logo, a energia de hidrólise do GTP é usada para garantir que o tRNA correto foi introduzido no sítio A - Formação da ligação peptídica pela “peptidil transferase” guiada pela alta energia da ligação acil entre o aminoácido e o tRNA formado durante o carregamento - aminoácidos são adicionados a carboxi terminal - A atividade de peptidil transferase é desempenhada integralmente pelo rRNA 23S - o ribossomo funciona como uma ribozima, que aproxima as extremidades 3’ dos tRNAs nos sítios P e A para catalisar a formação da ligação peptídica Após a formação da ligação peptídica, ocorre a translocação do ribossomo para o códon seguinte da mensagem: 1. formação de um estado híbrido (braços aceptores e de anticódon dos tRNAs em sítios ribossomais diferentes) e a acomodação deste estado pela rotação anti-horária da subunidade menor 2. catalisado por EF-G e envolve a hidrólise de uma molécula de GTP. A hidrólise de GTP tem 2 consequências: Destrava o ribossomo, tornando a translocação possível na subunidade menor. O EF-G assume conformação que promove a translocação do tRNA para o sítio P e junto com ele do mRNA, expondo um novo codon no sítio A 3. O deslocamento no centro decodificador faz a subunidade menor voltar ao estado clássico e EFG perde a afinidade pelo ribossomo. A translocação coloca a cadeia polipeptídica nascente de volta no sítio P, desloca o tRNA descarregado para o sítio E e cria um sítio A vazio. reinicia o ciclo de elongação → Terminação: em bactérias: - Ocorre quando o ribossomo é translocado para um códon de parada (UAG, UGA, ou UAA) - Quando o ribossomo é translocado para um códon de parada, nenhum tRNA carregado consegue ocupar o sítio A, pois não existem tRNAs que pareiem com estes códons - Fatores de terminação (RFs) reconhecem o códon de parada e catalisam a hidrólise da cadeia peptídica do peptidil tRNA - Fatores de terminação de classe I mimetizam tRNAs - Interação proteína-RNA no centro decodificador (anticódon peptídico) que reconhece códons de parada (RF1: UAG / RF2: UGA, UAA) - aminoácidos conservados GGQ no centro de peptidil transferasa causam a hidrólise de peptídeo - Fatores de terminação de classe II (RF3) hidrolisam GTP e liberam os fatores de terminação de classe 1 → Toxinas proteicas que inibem a tradução em eucariotos: - Toxina da difteria: inativa o fator eEF2 (ADP-ribosila histidina) - Ricina : inativa a subunidade 60S (depurina uma adenosina do rRNA 28S) → Custo energético: Exercícios: 1) Um mRNA de procariotos pode conter vários códons AUG. Como o ribossomo distingue os códons AUG que especificam a iniciação dos que especificam a metionina interna? O códon de iniciação é um formilmetionina 2) Quais os mecanismos de seleção do códon AUG que codifica metionina para a iniciação datradução em eucariotos? A extremidade 5′ CAP sinaliza o início da tradução, e o ribossomo percorre o mRNA até encontrar o AUG iniciador. O tRNAi pareia com a metionina do códon de início 3) O aminoácido metionina é codificado unicamente pelo códon AUG, entretanto existem 2 tRNAs diferentes que carregam metionina. Explique. Met-tRNAi reconhece o códon AUG de iniciação e o Met-tRNAm reconhece códons AUG internos no mRNA 4) Em um experimento verificou-se que Cys-tRNACys pode ser convertido a Ala-tRNACys e usado num sistema in vitro de síntese de proteínas. a) Se o Ala-tRNACys for marcado com 14C no aminoácido, a alanina marcada seria incorporada na proteína sintetizada no lugar de outros resíduos Ala? Explique. b) O que o experimento indica sobre a importância da precisão da reação da aminoacil-tRNA sintetase em relação ao processo global da síntese protéica? 5) O diagrama abaixo mostra dois tRNAs e um mRNA no sítio ativo do ribossomo durante a tradução. Trêsnucleotídeos da sequência de cada tRNA estão mostrados (a) Marque no diagrama as extremidades 5’ and 3’ de cada tRNA. (b) Na caixa ligada à extremidade de cada tRNA, coloque o nome do aminoácido que deveria estar lá. (c) Preencha osespaços no mRNA com os 6 nucleotídeos que deveriam estar lá. (d) Qual dos dois tRNAs está prestes a transferir o aminoácido ligado a ele para o outro tRNAe deixar o sítio ativo: o da esquerda ou da direita? (e) Após a partida do tRNA mencionado em (d), qual seria a sequência (até então) da proteína sendo sintetizada? Lembre-se de indicar o N- e o C- terminal da cadeia em formação
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