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FISIOLOGIA HUMANA Profa. Dra. Edmara Aparecida Baroni Universidade Estadual de Maringá SISTEMA NERVOSO MOTOR I. INTRODUÇÃO: O SNM é um dos sistemas de efluxo do sistema Nervoso e sua função é mobilizar a musculatura esquelética, gerando o componente motor do comportamento. Um movimento por si só não existe; o que existe é o comportamento, que se compõe de um cerne motor (contração da musculatura esquelética) e um componente vegetativo (secreção de uma glândula ou contração de um músculo liso). Durante um movimento, varias das funções vegetativas se intensificam para dar suporte para o melhor funcionamento da musculatura esquelética (são os chamados reajustes de suporte ou de sustentação). Por isso é impossível separar SNA de SNM. Quando vimos SNS, dissemos que era fácil saber onde ele se inicia (nos receptores sensoriais), e quase impossível saber onde ele termina. No caso do SNM, pode-se afirmar o contrário: é fácil dizer onde ele termina (nos músculos esqueléticos) e quase impossível saber onde ele começa; muitas áreas do SNC descritas como motoras são, na realidade, locais onde se organizam comportamentos situando-se, portanto, antes dos circuitos motores; a estimulação de algumas áreas consideradas sensoriais (SII) induz movimentos complexos. A via final comum dos sistemas motores são os motoneurônios. Os motoneurônios enviam impulsos diretamente às células musculares esqueléticas, determinando características locais de contração. Nos vertebrados os corpos celulares dos motoneurônios estão localizados no Tronco Encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo), onde constituem os núcleos motores, e no corno anterior da Medula Espinhal (ME). Os motoneurônios que inervam a musculatura das regiões da cabeça e cervical estão localizados no Tronco Encefálico (TC); os motoneurônios que inervam a musculatura esquelética das demais partes do corpo estão localizados na ME. Os motoneurônios representam os maiores neurônios do organismo: têm axônios calibrosos e mieleinizados, que, ao se aproximar da superfície da fibra muscular, perde sua bainha de mielina e se ramifica profusamente, cada ramo inervando uma fibra muscular. O conjunto de motoneurônio e fibras musculares por ele inervadas constitui uma unidade motora. Os músculos de ação grosseira têm unidades motoras grandes e os músculos de ação delicada têm unidades motoras pequenas. Princípio da Inervação Recíproca ou da Inibição Recíproca: Um movimento em princípio, requer a inibição dos músculos antagonistas a este movimento, ou seja, a excitação de um grupo de músculos quase sempre está associada à inibição de outro grupo. Por exemplo, quando um impulso incide sobre um músculo extensor de um membro, ele simultâneamente inibe os músculos flexores deste mesmo membro. Este é o fenômeno de inibição recíproca, e o mecanismo neuronal que causa esta inibição é chamada de inervação recíproca, onde os impulsos que incidem sobre motoneurônios agonistas, excitando-os, incidem também sobre motoneurônios antagonistas inibindo-os. Na realidade, todo o movimento precisa ser graduado, e a função do antagonista é impedir a ação demasiado intensa do agonista. II. CONTRAÇÃO MUSCULAR: 1. Estrutura da Fibra Muscular: Uma célula muscular isolada é denominada fibra muscular. Cada fibra muscular tem um diâmetro de 10 a 100 m e um comprimento de até 30 cm. O termo músculo se refere ao conjunto de fibras musculares unidas por tecido conjuntivo. Entre as fibras musculares existem capilares sanguíneos contendo glóbulos vermelhos. O aspecto mais expressivo das Fibras Musculares Esqueléticas, (FME), é a serie de bandas claras e escuras transversais, formando um padrão regular ao longo das fibras. Tanto as fibras ME como as fibras cardíacas apresentam estas faixas ou estrias, por isso são denominados de fibras musculares estriadas. As bandas são compostas de um numero variável de elementos cilíndricos, as miofribilas. As miofibrilas ocupam cera de 80% do volume celular e se estendem ao longo de todo o comprimento da fibra muscular. O número de miofribilas varia desde algumas centenas até vários milhares por fibra, dependendo do diâmetro desta. As miofribilas são compostas de miofilamentos menores: os miofilamentos finos, contendo a proteína contrátil actina (A) e os miofilamentos grossos, contendo a proteína contrátil Miosina (M). estes miofilamentos se intercalam ao longo do comprimento da fibra, arranjadas em um padrão repetitivo regular. Cada unidade deste padrão repetitivo é denominado Sarcômetro, que é a unidade funcional do sistema contrátil do ME. Os miofilamentos grossos estão localizados na região central do sarcômero (figura A), onde sua disposição ordenadamente paralela, dá lugar às bandas escuras ou bandas A. os miofilamentos finos estão localizados nas extremidades do sarcômero e fixados uns aos outros por fitas fibrosas curtas que interconectam os miofilamentos finos de dois sarcômeros adjacentes; estas fitas fibrosas formam uma linha escura denominada linha Z. duas linhas Z sucessivas definem os limites de um sarcômero. Os miofilamentos finos se estendem das linhas Z em direção ao centro do sarcômero, onde se interpenetram parcialmente com os filamentos grossos. Assim, as extremidades de dois carcômetros adjacentes formam a região mais clara do padrão extraído e representam a banda I. Esta banda contém aquela porção dos filamentos finos que não se interpenetram com os filamentos grossos e é dividida em dois pela linha Z. no centro da banda A existe uma banda adicional que aparece como uma faixa estreita e mais clara – é a zona H, onde só são encontrados miofilamentos grossos. Finalmente, no centro da zona H, aparece uma linha escura, a linha M, que corresponde a fibras curtas que unem os filamentos grossos, mantendo-os alinhados no sarcômero. Assim, nem os filamentos grossos, nem os finos estão flutuando livremente; Os primeiros estão conectados na linha M, e os segundos na linha Z. Uma secção transversal de varias miofibrilas na altura da banda A, onde os miofilamentos finos e grossos se interpenetram, mostra que cada miofilamento grosso é rodeado por um arranjo hexagonal de miofilamentos finos (fig. B), e cada miofilamento fino é rodeado por um arranjo triangular de miofilamentos grossos. Assim, na região da banda A, há o dobro de miofilamentos finos com relação aos grossos. Assim, na região da banda A, há o dobro de miofilamentos finos com relação aos grossos. 2. Mecanismo Molecular da Contração Muscular: Quando uma fibra muscular contrai, o comprimento do sarcômetro diminui devido ao deslizamento dos filamentos finos sobre os grossos. Conseqüentemente, durante a contração muscular, o comprimento das bandas I e da Zona H diminuem. O que produz este deslizamento dos filamentos? Para respondermos a esta pergunta, primeiro é necessário conhecer a estrutura dos miofilamentos: a. Miofilamentos de Actina: As moléculas de actina são globulares e estão ligadas em série, arranjadas em duas cadeias entrelaçadas helicoidalmente a fim de formar os filamentos finos. Cada molécula de actina tem um sítio de ligação específico para a miosina. b. Miofilamentos de Miosina: As moléculas de miosina são maiores e possuem uma cabeça globular (chamada de ponte cruzada), ligada a uma longa cauda. As caudas das moléculas de miosina se dispõem ao longo do eixo do filamento grosso, estendendo-se as cabeças para os lados, formando as chamadas pontes cruzadas. As moléculas de miosina, nas duas metades dos filamentos grossos, estão orientadas em direções opostas, de modo que asextremidades das caudas estão direcionadas para o centro do filamento, e as cabeças globulares se estendem em direção às duas extremidades. Na extremidade globular da miosina existe um sitio de ligação específico para a actina, e um sítio enzimático separado, que tem atividade ATPásica, ou seja, catalisa a degradação de ATP em ADP + Pi, liberando energia. Quando a molécula de miosina é ativada, a ponte cruzada se move num arco paralelo. Ao eixo longo do filamento grosso, à semelhança de um remo de barco. Se nesse momento a ponte cruzada estiver fixada ao filamento fixo, esse movimento desliza o filamento fino em direção ao centro da banda A. A próxima pergunta a ser feita é a seguinte: Como ocorre a ativação das pontes cruzadas? A degradação de uma molécula de ATP pela enzima ATPase libera energia química armazenada nas ligações altamente energéticas do ATP, e esta energia é transferida à miosina, movimentando a ponte cruzada. Um giro de uma ponte cruzada produz apenas um pequeno deslizamento de um filamento fino. Por isso, durante a contração muscular, cada ponte cruzada deve entrar em muitos ciclos, sendo que cada ciclo requer a fixação de uma ponte cruzada no filamento fino, movimento angular da ponte enquanto fixada, desligamento do filamento fino, refixação em nova ligação e repetição do ciclo. Entretanto, a ponte cruzada liga-se muito firmemente à actina, e este ele deve ser quebrado para que seja iniciado um novo ciclo. Assim, pela ligação (mas não pelo desdobramento) de uma molécula de ATP ao sítio enzimático ATPásico da molécula de miosina, a miosina se dissocia da actina. A ponte livre de miosina desdobra então seu ATP ligado, restaurando, dessa forma, o alto estado energético da miosina, que pode entrar então em outro ciclo de movimento. Assim, o ATP desempenha dois papeis importantes na contração muscular: 1. O desdobramento do ATP fornece energia para a movimentação da ponte cruzada; 2. A ligação do ATP rompe a ligação da miosina com a actina no final de cada ciclo da ponte cruzada. A importância do ATP em dissociar actina e miosina no final de um ciclo da ponte cruzada é ilustrado pelo fenômeno do rigor mortis (rigidez cadavérica), em que os músculos se tornam enrijecidos pouco tempo após a morte. O “rigor mortis” começa 3 a 4 horas após a morte e se completa após cerca de 12 horas, e então lentamente desaparece nas próximas 48 horas. O rigor mortis resulta da perda de ATP nas células musculares mortas. Na ausência de ATP, as pontes cruzadas de miosina podem se combinar com a actina, mas a ligação não é desfeita. 3. Proteínas Reguladoras: Já que uma fibra muscular contém todos os ingredientes necessários para a atividade da ponte cruzada – actina, miosina, ATP – porque os músculos não estão num estado contínuo de contração? A razão é que numa fibra muscular em repouso, relaxada, as pontes cruzadas são incapazes de se combinar com a actina. Esta inibição é devido a duas proteínas reguladoras, a tropomiosina e a triponina. A tropomiosina é uma molécula em forma de bastão e que estão dispostas de uma ponta a outra ao longo das cadeias de actina, de modo que praticamente cobrem os sítios de ligação para a miosina nas moléculas de actina, prevenindo desta forma, a união das pontes cruzadas com estes. Cada molécula da tropomiosina é mantida nesta posição de bloqueio por uma molécula de troponina, ligada ela própria tanto à tropomiosina quanto à actina. 4. Íons Cálcio: Tendo explicado o mecanismo que mantém a fibra muscular “desligada”, podemos perguntar agora como “ligar” a fibra muscular. Para que as pontes cruzadas possam se ligar à actina, as moléculas de tropomiosina devem ser afastadas de sua posição de bloqueio. Isto ocorre quando a concentração de cálcio no líquido intracelular aumenta; o cálcio provoca uma alteração conformacional na molécula de troponina, de modo a puxar a tropomiosina a ela ligada de um lado, descobrindo os sítios de ligação para a miosina nas moléculas de actina. Contrariamente, a remoção de cálcio da troponina reverte o processo, e a tropomiosina retorna à sua posição de bloqueio. Resumindo, a disponibilidade dos íons cálcio no líquido intracelular determina se uma fibra é acionada ou não. Desta forma, para que uma fibra muscular permaneça relaxada, a concentração intracelular de cálcio deve ser baixa; entretanto, este íon deve estar prontamente disponível para iniciar o processo contrátil. Os íons cálcio estão armazenados no retículo sarcoplasmático. O retículo sarcoplasmático é homólogo a retículo endoplasmático encontrado na maioria das células: Tem uma estrutura semelhante a uma luva que envolve completamente cada uma das miofibrilas; o retículo sarco-plasmatico (RS) não é contínuo, ao contrario, é todo segmentado ao longo do comprimento das miofibrilas, de forma que um segmento envolve completamente a banda A e outro, a banda I. Cada um destes segmentos de RS possui extremidades alargadas – são as vesículas laterais ou cisternas. As sisternas armazenam o cálcio a ser liberado após a excitação da membrana da fibra muscular. Entre as cisternas de dois segmentos de RS adjacentes, a membrana celular se invagina e atravessa completamente o RS no sentido transversal, formando o túbulo transverso ou túbulo “T”. O túbulo T separa completamente as vesículas laterais de dois segmentos adjacentes, sua parede é contínua com a membrana celular, e o seu lúmen é contínuo com o líquido extracelular. A membrana do túbulo t, tal como a plasmática é capaz de propagar potenciais de ação. Assim, um potencial de ação, uma vez iniciado na membrana plasmática é rapidamente conduzido sobre a superfície da fibra muscular e para o seu interior ao longo dos túbulos t. 5. Acoplamento Excitação-contração: A membrana da fibra muscular é excitável, e como a membrana da célula nervosa, é capaz de gerar e propagar potenciais de ação. O acoplamento excitação-contração se refere ao processo pelo qual um PA na membrana plasmática da fibra muscular deflagra uma seqüência de eventos que culmina com a contração muscular. Um PA numa fibra muscular esquelética dura de 1 a 2 ms e se completa antes que inicie qualquer atividade mecânica. O período que decorre desde o início do PA até o começo da atividade mecânica é conhecido como período latente; é durante este período que ocorrem os acontecimentos de acoplamento excitação- contração: despolarização dos túbulos t, liberação do cálcio pelas cisternas, ligação do cálcio com a troponina, remoção da tropomiosina de sua posição de bloqueio; assim, a atividade elétrica da membrana não atua diretamente sobre as proteínas contrateis, mas sim, desencadeia uma série de eventos que desencadeia a atividade contrátil. 6. Excitação da membrana – Junção Neuromuscular: Acabamos de ver que um potencial de ação numa fibra muscular esquelética é o sinal que conduz à atividade mecânica, através de eventos que fazem parte do acoplamento excitação-contração. Quais os mecanismos que levam ao início de PAs nas fibras musculares esqueléticas? Existem três maneiras através das quais uma fibra muscular pode ser estimulada: (1) estimulação por uma fibra nervosa; (2) estimulação por hormônio e agentes locais; (3) atividade elétrica espontânea. As fibras musculares lisas podem ser estimuladas por agentes químicos locais, e por hormônios, enquanto que as fibras cardíacas são dotadas de excitabilidade intrínseca; os músculos esqueléticos. Porém, só podem ser estimuladas por uma fibra nervosa. O axônio do motoneurônio, ao se aproximar da superfície da fibra muscular, perde sua bainha de mielina e seramifica profusamente, cada ramo inervando uma fibra muscular, descansando sobre a superfície da mesma. A região da membrana muscular localizada logo abaixo da porção terminal do axônio tem características especiais e é denominada Placa Motora. A totalidade da junção, incluindo o axônio terminal e a Placa Motora é denominada junção neuromuscular ou mioneural. As extremidades terminais do axônio motor contêm vesículas, semelhantes às vesículas sinápticas e contendo o mediador químico acetilcolina (Ach). Quando um impulso nervoso é gerado no motoneurônio, propaga-se através do axônio, até atingir a terminação sináptica, e a despolarização desta aumenta a permeabilidade da membrana ao cálcio, que se difunde para dentro do terminal, causando a fusão das vesículas sinápticas com a membrana sináptica, e versão do seu conteúdo na fenda sináptica. Uma vez na fenda, a Ach se difunde através dos líquidos extracelulares e se combina com proteínas receptoras localizadas na placa motora. Esta combinação aumenta a permeabilidade da membrana da fibra muscular ao sódio, conduzindo a uma despolarização da placa motora denominado de potencial da placa motora (PP). O PP é semelhante ao PEPS produzidos nas junções sinápticas, mas a magnitude do PP é maior, porque maiores quantidades de neurotransmissor são liberadas; como vimos, na junção sináptica, a atuação de um único botão excitatório era incapaz de despolarizar a membrana sub-sináptica o suficiente a ponto de levá-la a atingir o seu limiar; para tal, seria preciso que, no mínimo, dez botões estivessem ativos ao mesmo tempo. No caso da junção neuromuscular, um único PP é sempre de magnitude suficiente para disparar um PA. Uma segunda diferença entre as junções sinápticas e a junção neuromuscular deve ser observada. Em algumas sinapses, é possível se produzir um potencial inibitório pós-sináptico (PIPS), mas este potenciais inibitórios não são encontrados nas junções neuromusculares; todas estas junções são excitatórias. Assim, a única maneira de se inibir a atividade elétrica da membrana muscular é impedir o inicio dos potenciais de ação nos motoneurônios. Na placa motora, além dos sítios de ligação para Ach, existe a enzima acetilcolinesterase, que faz a degradação da Ach, tão logo esta se combine com o receptor. Há muitas formas de se mudar os acontecimentos na junção neuromuscular por drogas ou doenças. Por exemplo, o curare, veneno mortal utilizado nas pontas das flechas pelos índios sul-americanos, liga-se firmemente aos sítios receptores da acetilcolina, porém, não é degradado enzimaticamente pela acetilcolinesterase, nem, tampouco, despolariza a membrana da fibra muscular; uma vez que os músculos respiratórios dependem da transmissão neuromuscular para iniciar a sua contração, sobrevém a morte por asfixia. Alguns organofosforados, que são os ingredientes principais de alguns pesticidas, inibem a enzima acetilcolinesterase. Quando esta enzima é inibida, a Ach não é destruída, e sua ação prolongada mantém a placa motora despolarizada e, portanto, refratária a um segundo estímulo, e o resultado é paralisia muscular e morte por asfixia. A toxina butulínica, produzida pela bactéria Clostridium botolinun, bloqueia a liberação de Ach pelo terminal axônico, evitando a excitação da membrana muscular. MECÂNICA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR: Contração Isotônica: Quando o músculo contrai e levanta uma carga, diz- se que a contração é isotônica; Contração Isométrica: Quando o músculo contrai, desenvolve tensão, porém, não encurta, diz-se que a contração é isométrica. Abalo Muscular: É a resposta mecânica de um músculo a um único potencial de ação. Somação de Contrações: Uma vez que um PA muscular dura cerca de 1ms, enquanto que a resposta mecânica pode durar cerca de 100mseg ou mais, devido a remoção lenta de cálcio feita pela bomba de cálcio da membrana do túbulo t, é possível reexcitar a fibra muitas vezes, durante a atividade mecânica. Quando um primeiro estímulo é aplicado, o músculo responde com um único abalo. Entretanto, se um segundo estímulo é aplicado, antes que o músculo tenha relaxado completamente, a resposta mecânica é maior. Assim, quanto maior a freqüência de PAs em um motoneurônio, maior a intensidade da resposta mecânica na fibra muscular. O aumento na atividade mecânica a uma freqüência elevada de PAs é denominado de somação, até alcançar uma freqüência acima da qual a tensão não mais aumenta. Esta é a tensão máxima que um músculo pode desenvolver, e é denominada tétano. O tétano, num músculo que se contrai isotônonicamente é alcançado quando este músculo atinge um máximo encurtamento; no caso de um músculo que se contrai de forma isométrica, o tétano é atingido quando se desenvolve uma tensão máxima. O tempo durante o qual uma fibra pode ser mantida num estado de contração tetânica depende da capacidade do metabolismo muscular em fornecer ATP. Se a concentração de ATP no músculo diminui, a força de contração cai e eventualmente chega a zero. Esta queda de tensão muscular decorrente da queda de ATP é chamada de fadiga muscular.
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