Buscar

TRAB PETICAO INICIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU/PR 
 MARIA PAULA PONTUAL, viúva, diarista, portadora do RG nº 54320934-65-PE e CPF nº 234.912.876-09, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Dos Prazeres nº 34, Jardim das Dálias, CEP 85865-190 em Foz do Iguaçu/PR, por meio de suas advogadas que ao final subscreve, com escritório profissional na rua Olímpio Rafagnin nº 316, na cidade de Foz do Iguaçu, vem com fulcro nos artigos 186 e 927, Parágrafo único, e artigo 402 do Código Civil, requer a presente
	AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E DANO EMERGENTE C/C LUCROS CESSANTES CAUSADO EM ACIDENTE DE TRÂNSITO
 Contra CARLOS ALBERTO SORRISO, casado, empresário, portador do RG nº 304059669-0-RS e CPF nº 675.890.012-67, com endereço eletrônico sorriso2@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua das Orquídeas n 65, bairro Petrópolis, CEP 85846-180 em Foz do Iguaçu/PR. 
1- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
A requerente requer a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça (declaração de pobreza em anexo), nos termos da Lei 1.060/50 c/c art. 98 do Código de Processo Civil, haja vista que não possui condições de suportar as custas, honorários advocatícios e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família. 
2- DOS FATOS
Discorre a autora que no dia 10 de julho de 2019, por volta das 09h30min da manhã, seu marido que tinha nesta data 42 anos de idade, como de costume e sustento da família, saiu para trabalhar se dirigindo ao centro da cidade, conduzindo sua bicicleta cheia de produtos alimentícios que venderia naquele dia, num total de 300 reais. 
Quando estando na calçada da Rua Marechal Deodoro, próximo ao número 979, um automóvel GM Corsa Wind, ano 1999, cor prata, placa AGG-7545 de Foz do Iguaçu, de propriedade de Carlos Alberto Sorriso, por ele conduzido, ao fazer uma ultrapassagem em alta velocidade, caracterizando total imprudência do mesmo, que perdeu o controle do veículo e invadiu a calçada atropelando brutalmente o Sr. Jorge Pontual.
A vítima sofreu inúmeras lesões graves, sendo atendido por socorristas do SIATE e encaminhado para o Hospital Municipal onde imediatamente deu entrada ao centro cirúrgico as 10h05min, após os devidos procedimentos permaneceu internado em estado grave por 15 dias, não resistindo aos ferimentos e lesões graves que sofreu, a vítima entrou em estado de óbito no dia 25 de julho de 2019.
A autora relata que desde o dia do acidente está morando de favor na casa de parentes, pois a mesma afirma que além da dificuldade financeira, pois era o marido o provedor do lar, ela também não tem com quem deixar os filhos menores caso fosse trabalhar todos os dias, sendo eles, Carlos José Pontual de três anos de idade e Marcos Paulo Pontual de um ano e meio. Além do mais, com seu trabalho de diarista em que exercia de uma ou no máximo duas vezes na semana ela tinha uma mísera renda mensal de 500 reais no qual conseguia apenas auxiliar o marido com algumas despesas. 
3- DA FUNDAMENTACAO JURIDICA
	Da Responsabilidade Civil-Danos Materiais
Dada às características do acidente, restou claro que foi o Requerido quem deu causa ao dano, evidenciando sua falta de atenção e o excesso de velocidade em que transitava, no momento em que a vítima estava na calçada.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
	
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Assim sendo, resta incontestável o dever de reparação da Requerida pelos danos materiais causados em face do acidente. 
Conforme os fatos narrados corroborados pelas provas documentais (como o próprio Boletim de Ocorrência), o condutor do automóvel transitava em via pública, de maneira imprudente desrespeitando o limite de velocidade permito, o que contraria os seguintes artigos do Código de Transito Brasileiro: 
Art. 169- Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança:
Art. 28- O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.	
Art. 218- Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias (...) 
O homicídio culposo também está tipificado no CTB:
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:
 II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
Neste sentido, os requisitos da responsabilidade civil constantes no artigo supramencionado (art.186 CC) estão preenchidos, quais sejam: prática de ilícito - não observância dos dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro; existência do dano – cessou a vida do provedor da família de JORGE PONTUAL, desamparando seus dependentes; nexo de causalidade da conduta ilícita e o dano – devido a imprudência do requerido, consequentemente o óbito da vítima. 
Isto posto, resta clarividente a responsabilidade civil do Requerido quanto a reparação dos danos por ele causados, ressalta-se, culpa exclusiva do requerido.
Sendo assim, pelos documentos (Boletim de Ocorrência) angariados nos autos, inegável o direito da Requerente em ter a total reparação dos danos sofridos. 
De outro modo, os danos materiais causados pela conduta ilícita da requerida não se restringem apenas ao óbito da vítima, vão além.
Sendo assim, pontua-se todos os prejuízos causados a requerente, devido ao acidente ocasionado por culpa exclusiva do requerido.
· Em se tratando de dano emergente, o acidente ocasionou efetivo prejuízo no montante de novecentos reais, referente a bicicleta da vítima e seus produtos de venda daquele dia.
· Bem como, devido ao acidente, a vítima foi encaminhada para o hospital tendo que realizar uma cirurgia de emergência, devido à gravidade das lesões, entrando em óbito quinze dias após o fato ocorrido, sendo assim a família teve que arcar com as custas funerárias no valor de quatro mil e quinhentos reais. 
Portanto, os danos matérias causados a vítima não se referem apenas a bicicleta e aos produtos alimentícios de trabalho, inegável o direito da requerente em receber por todos os prejuízos que lhes foram causados, como as despesas funerárias no valor de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais). 
Desta forma, requer que seja condenado o requerido a pagar a título de danos materiais o valor de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) referente as despesas fúnebres; o valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) referente a bicicleta que houve perda total; o valor de R$ 300,00 (trezentos reais) dos produtos alimentícios. 
4- DOS DANOS MORAIS 
Aprioristicamente, incontestável a inobservância do Requerido ao Código de Trânsito Brasileiro, o que resultou no atropelamento e óbito da vítima, consequentes danos materiais e emergentes e danos morais sofridos pelos dependentes do mesmo. 
Conforme exposto no tópico anterior (Da responsabilidade Civil), o Requerido deu causa exclusiva ao acidente no momento que infringiu o CTB resultando no atropelamento e óbito da vítima. 
O nexo causal é o elemento referencial entre a conduta do agente e o ato danoso, sem a imprudência do condutor ao atingir a calçada em alta velocidade a vítima não teria sofrido danos nem mesmo perder o maior bem que é a vida, visto que o mesmo estava em área de devida segurança aos pedestres conforme apontam os laudos de perícia.Neste ínterim, a responsabilidade civil em reparar o dano material sofrido pelo requerente resta mais que evidente, sendo assim, demonstrar-se-á a responsabilidade do Requerido em reparar os danos morais sofridos por este.
Assim sendo, os danos morais são reconhecidos pela constituição Federal no art. 5º, inciso X, vejamos:
Art. 5º- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
O dano moral decorre, pois, o Requerido agiu imprudentemente ocorrendo o atropelamento do JORGE PONTUAL. 
Primeiramente, é dever do Requerido pagar todos os danos sofridos pelo acidente que ele causou, como danos materiais da bicicleta e dos produtos alimentícios da vítima, bem como, indenização referente a perda do marido, pai e provedor da família, resultando no desamparo de seus dependentes. 
Neste sentido, não se trata de mero aborrecimento ocasionado por acidente de trânsito, sendo certo que se o requerente se dignasse a prestar os auxílios devidos aos familiares, bem como, todos os prejuízos causados pela conduta ilícita do mesmo, a Requerente não precisaria se socorrer ao Poder Judiciário. 
De igual modo, os entendimentos dos Tribunais de Justiça são no sentido de que havendo a morte da vítima, a requerente e merecedora dos danos morais, vejamos:
4. 0005297-11.2016.8.16.0194 (Acórdão)
Relator: Desembargador Luiz Cezar Nicolau
Processo: 0005297-11.2016.8.16.0194
Órgão Julgador: 8ª Câmara Cível
Data Julgamento: 26/07/2018	
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL. PEDIDOS PARCIALMENTE PROCEDENTES. INSURGÊNCIA DAS PARTES. (A) ACIDENTE DE TRÂNSITO COM VÍTIMA FATAL. DERRAPAGEM DE MOTOCICLETA EM CURVA ACENTUADA. ÓBITO DA PASSAGEIRA. AUSÊNCIA DE FATORES EXTERNOS – ANIMAIS, VEÍCULOS OU OBJETOS NA PISTA – DETERMINANTES AO EVENTO DANOSO. PRESENÇA DE MÍNIMA QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA ARENOSA INAPTA A, POR SI SÓ, CAUSAR A QUEDA. CULPA EXCLUSIVA DO RÉU CARACTERIZADA. DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. (B) DANO MATERIAL. DESPESAS FUNERAL. LIMITAÇÃO AOS RECIBOS NOMINAIS AOS AUTORES. (C) PENSÃO CIVIL POR ATO ILÍCITO. VERBA INDEVIDA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE EFETIVA DEPENDÊNCIA FINANCEIRA DOS AUTORES PARA COM A VÍTIMA. (D) DANO MORAL CARACTERIZADO. ÓBITO DA FILHA. DANO IN RE IPSA. VALOR DA INDENIZAÇÃO. CRITÉRIO BIFÁSICO DE ARBITRAMENTO. MAJORAÇÃO DA VERBA AO PATAMAR DE CEM MIL REAIS, CONSIDERANDO-SE A MÉDIA DAS INDENIZAÇÕES DESTA CÂMARA E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO. RECURSO DO RÉU PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO DOS AUTORES PROVIDO.
Mais que comprovado as lesões graves sofridas pela vítima que veio resultar em óbito da mesma, sendo sua esposa e seus filhos ficaram desamparados, pois o mesmo era provedor da família. 
Desta feita, insta ressaltar os ensinamentos do ilustre doutrinador Sílvio Venosa, senão vejamos:
“O dano moral é o prejuízo que afeta o ânimo psíquico, moral e intelectual da vítima, "abrangendo também os direitos da personalidade, direito à imagem, ao nome, à privacidade...” 
Neste sentido, os requisitos para a configuração da responsabilidade civil em reparar os danos morais, previstos no art.186 do CC, estão preenchidos e evidentes no caso em testilho, veja-se:
Prática de ilícito - não observância dos dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro, resultando na morte da vítima; existência do dano – colisão e danos sofridos pela vítima, a perca total da bicicleta e produtos alimentícios que a vítima possuía para seu sustento do dia ; nexo de causalidade entre a conduta ilícita e o dano – devido a imprudência do requerido, houve o acidente em que causou danos matérias e o óbito da vítima, bem como o desamparo de seus dependentes. 
Deste modo, não restam dúvidas quanto ao direito da Requerente em ser indenizada, visto que, seu marido estava parado em via pública para pedestres, no momento em que o condutor desrespeitando as normas de conduta e em alta velocidade invadiu a via atropelando a vítima que consequentemente trouxe o a óbito. 
Sendo que colimou em uma colisão, da qual somente a vítima sofreu graves lesões (das quais levou o mesmo a óbito), sendo que sua mulher ficou responsável em pagar as custas funerárias, sem ao menos o requerido auxiliar a mesma costeando as despesas. 
_________________________
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil, 3ª Edição, São Paulo: Atlas, 2003.
Todavia, seus prejuízos não param por aí, o requerente não prestou qualquer auxilio, e além disso, a requerida ficou em situação de desamparo, pois a vítima JORGE PONTUAL era provedor do lar e com a sua morte, seus dependentes ficaram desamparados e por consequência, tiveram que morar de favor na casa de parentes. 
Portanto, evidente o direito subjetivo da requerente em receber os danos morais sofridos. 
Ressalta-se não são meros aborrecimentos do dia a dia, trata-se de um acidente que resultou em prejuízos a requerente, ocasionado por culpa exclusiva do requerido. 
Quanto ao valor, requer que seja o requerido condenado ao pagamento da indenização por danos morais no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) visto que se trata de meio efetivo a coibir o requerido de reincidir na conduta ilícita, atuando assim, o dano moral em caráter punitivo-pedagógico.
Ora, a imprudência, a não observância dos ditames legais do Código de Trânsito Brasileiro do Requerido, ocasionou na morte da vítima e no desamparo de seus dependentes (sendo dentre esses, sua mulher e seus filhos menores de idade).
Assim requer a condenação do requerido no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a título de danos morais.
5. DOS LUCROS CESSANTES 
Como já largamente exposto nos autos, a requerente ficou sem provimentos por doze meses, ao contar do dia do acinte até o momento, devido ao falecimento do seu esposo, e pois a mesma não pode trabalhar e alcançar o salário do marido, em razão de ter que cuidar dos filhos pequenos. Por este motivo é que se encontra o ensejo de pleitear os lucros que por causa do acidente cessaram, uma vez que a requerente deixou de perceber os proventos. Pela certeza e fundamento já explanados, ressaltando mais uma vez que as provas cabais advêm de oportuna fé pública e documento de vídeo devidamente regular com sua manutenção, é que requer o réu a devida indenização. Ressalta-se que o réu é pessoa abastada no sentido jurídico da palavra, e ainda sim se recusa até o presente momento em arcar com os prejuízos por ele causados. Quanto a isso, a lei é clara, pois assim disciplina o Código Civil (Lei 10.406/2002):
 Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
E a jurisprudência corrobora:
 APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CHOQUE ENTRE MOTOCICLETA E VEÍCULO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS (LUCROS CESSANTES E DANOS EMERGENTES) E DANOS MORAIS. RÉU REVEL. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. RECURSO DO AUTOR. DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. AUTOR VÍTIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO CAUSADO POR CULPA EXCLUSIVA DO RÉU, QUE CRUZOU VIA PREFERENCIAL SEM A DEVIDA CAUTELA. FRATURA NA PERNA. AFASTAMENTO DAS ATIVIDADES LABORAIS POR APROXIMADAMENTE SEIS MESES. INDENIZAÇÃO QUE DEVE SER COMPATÍVEL COM A EXTENSÃO DOS DANOS CAUSADOS. OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE, ALÉM DO CARÁTER INIBITÓRIO E PEDAGÓGICO DA REPRIMENDA. MAJORAÇÃO QUE SE IMPÕE. DANOS MATERIAIS. LUCROS CESSANTES. INCAPACIDADE TEMPORÁRIA COMPROVADA. RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO (AUXÍLIO-DOENÇA). POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. VERBAS DE NATUREZA DISTINTAS. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INDENIZAÇÃODEVIDA. EXEGESE DO ARTIGO 949 DO CÓDIGO CIVIL. SENTENÇA REFORMADA. REDISTRIBUIÇÃO DOS ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA, NA FORMA DO ARTIGO 86, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 0007106-58.2014.8.24.0008, de Blumenau, rel. Des. Rubens Schulz, j. 24-08-2017).
 Para comprovar os rendimentos da vítima, juntamos em anexo os comprovantes de seus ganhos dos últimos 12 (doze) meses. 
6- DA TUTELA PROVISORIA
Antecipada Requer em sede de tutela antecipada, ante a presença do (fumus boni iuris e periculum in mora), que o réu seja compelido a pagar verbas indenizatórias sobre as custas funerárias, pois em razão do ocorrido a mesma não tem condições de arcar com os alimentos dos filhos. Assim dispõe o art. 300 do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015):
 Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
 Uma vez que a requerente não tem nenhuma condições de arcar com os alimentos para sua família, é coerente que seja tal medida pleiteada em sede de tutela antecipada. Requer ainda o autor para que sejam arbitrados de forma compensatória, desde já o pagamento dos lucros cessantes, para que o autor possa pelo menos prover sua subsistência de forma digna.
7- DOS PEDIDOS
Ante o acima exposto, requer a Vossa Excelência que:
a) a concessão da medida de tutela antecipada, (inaudita altera pars), para que seja o réu intimado à pagar desde já, compensatoriamente os lucros cessantes no valor de R$ 25.200,00 (vinte e cinco mil e duzentos reais) referentes ao que a vítima recebia antes do acidente.
b) A concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, nos termos da lei 1.060/50 artigo 99 e seguintes; haja vista que a Requerente não possui condições de suportar às custas, honorários advocatícios e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família;
c) a citação do réu para que conteste o feito no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de se reputarem verdadeiros os fatos alegados na inicial, advindo em consequência os efeitos da revelia;
d) designação de audiência de conciliação, para que no ato possam as partes solucionar a lide antecipadamente e, caso inexitosa proposta a conciliação, seja designada audiência de instrução e julgamento;
e) protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, depoimentos de testemunhas, bem como novas provas, documentais e outras, que eventualmente venham a surgir;
f) Requer que o Requerido seja condenado ao pagamento da indenização pelos danos materiais no valor de R$ 5.400,00 (cinco mil e quatrocentos reais), sendo quatro mil e quinhentos referido ao funeral, trezentos reais referidos aos produtos alimentícios perdidos, o valor de seiscentos reais referido à bicicleta.
g) Seja o réu condenado a pagar a título de danos morais, haja vista que o acidente não ocasionou apenas mero aborrecimento, mas a morte do marido e provedor da família da requerente, no importe de, R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), com base na jurisprudência da pátria;
h) Finalmente A condenação do réu no pagamento dos pagamento das custas, despesas processuais nos termos da Lei e honorários sucumbenciais, visto que a Requerente teve que propor a demanda e teve gastos com advogado, devido ao acidente causado por culpa exclusiva do Requerido;
Dá-se à causa o valor de R$ 80.600,00 (oitenta mil e seiscentos reais)
Nestes termos pede deferimento
Foz do Iguaçu 13 de novembro de 2019
Rol de testemunhas
Marcos Antônio Pedroso
Mévio Tício de Alfa
Obs: endereços à serem informados em hora oportuna.
Advogadas 
Emily Pereira
Francieli Maria Neres da Silveira
Lucyana Rocha
Rosana Amorim Fragata

Outros materiais