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1 - Ação de indenização por danos emergentes e lucros cessantes - acidente de transito

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MM. JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU DO ESTADO DE SÃO PAULO
CAIPIRA HORTÁLIÇAS LTDA. – ME, pessoa jurídica de direito privado devidamente inscrita no CNPJ sob n.º, com sede à Rua, n.º, bairro, na cidade de Bauru/SP, CEP, por intermédio de seu advogado infra-assina, com escritório profissional à Rua, n.º, bairro, nesta comarca, onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente perante Vossa excelência propor à presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS EMERGENTES C/C LUCROS CESSANTES
Em face de VIAÇÃO METEORO LTDA., pessoa jurídica de direito privado devidamente inscrita no CNPJ sob n.º, com sede à Rua, n.º, bairro, na cidade de São Paulo-SP, CEP, pelos motivos de fatos e de direito a seguir exposto.
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Ademais, convém registrar, por necessário, que o Autor não possui condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais, honorários advocatícios e demais despesas aplicáveis a espécie, sem que haja prejuízo próprio ou de sua família, consoante a inclusa declaração de hipossuficiência.
Nesse desiderato, com esteio no artigo 5ª, inciso LXXIV, da Magna Carta c/c os artigos 98 e 99, ambos do Código de Processo Civil, fica assegurado ao hipossuficiente o acesso à justiça, bastando para tanto a afirmação de debilidade econômica.
Isto posto, necessário se faz, que sejam concedidos ao Requerente, de plano, os benefícios da Justiça Gratuita, haja vista que o mesmo não possui condições de arcar com as custas processuais e demais despesas aplicáveis a espécie.
II – Dos Fatos 
No dia 11 de fevereiro de 2017, o Sr. Barnabé retornava a Bauru-SP conduzindo a sua Pick-up Ford Ranger, placa GGG 1223, após mais um dia cansativo de trabalho, chovia e havia neblina.
Outrossim, na curva do km 447 da rodovia-BR 345, no município de Jaú/SP, o sr. Barnabé perdeu o controle do seu veículo, os pneus traseiros derraparam e o veículo rodopiou na sua pista, frisa-se que contudo o veículo Pick-up Ford Ranger não invadiu a pista contrária.
Ocorre que, vindo à direção contrária um onibus da Viação Meteoro LTDA., assustou-se quando visualizou a Pick-up rodopiando, pisou no frio bruscamente e invadiu a pista contrária, o motorista do onibus perdeu o controle do seu veículo e veio a colidir frontalmente com a Pick-up Ford Ranger. Em depoimento prestado a Policia Rodoviaria Federal, o motorista do onibus afirmou ter invadido a pista contrária.
Destarte, com a colisão o veículo do sr. Barnabé foi arremessada por cerca de 10 metros, vindo a bater no barranco da pista, com o impacto o veículo Pick-up Ford Ranger, ficou todo amassado, com danos no chassi, e por toda a lataria, a empresa Viação meteoro realizou três orçamentos com valores distintos, por outro lado, ficou apurado a perca total do veículo do sr. Barnabé.
Outrossim, o Autor com 51 anos de idade, tem como único meio de sustento o plantio e venda das hortaliças por meio da empresa Caipira hortaliças ltda - ME, sendo o único provedor financeiro da sua família, no acidente o sr. Barnabé feriu-se gravemente, com um corte na testa, fratura nas pernas e nos braços, teve que submeter-se a cirurgias nas pernas e braços, precisando de três meses para se recuperar, e teve que ausentar-se por igual periodo da sua atividade laboral, deixando de auferir faturamento liquido no valor de R$30.000,00 (trinta mil) reais conforme balanço mensal da empresa Caipira Hortaliças, acumulando prejuizo de R$10.000,00 (dez mil) reais, referente a locação da loja e seus fornecedores.
Diante dos fatos, tendo seu direito violado, não restou outra alternativa ao Autor senão buscar pela tutela jurisdicional do Estado.
III – DO DIREITO
De plano, insta consignar que, diante do nexo de causalidade entre o dano causado ao Autor e a conduto de impericia e imprudência do motorista surge o direito de indenizar.
Consoante preceitua o artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, in verbis:
“X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação.” (Destaque nosso)
Nesta mesma seara, dispõe os artigos 186 e 927, do Código Cívil Brasileiro:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
III.1 – Da Responsabilidade Civil e o dever de Indenizar
O Código de Transito Brasileiro não nós deixa duvidas quanto a segurança da circulação de veículos e pedetres pelas vias terrestres. O Artigo 28 caput, 29, inciso I, II, 34 caput, e 35 § único, do mencionado código disciplina como deverá ser a conduta do motorista, e como será a circulação de veículos pelas vias.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
 I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas;
 II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.
Não obstante, a ação de imperícia do motorista do onibus em não observar a forma segura de transitar sem causar dano ou levar riscos aos demais usuarios da via que também transitava por ela, fica inconteste que as normas contistas do Código de Transito Brasileiro foram violadas, desta forma, resta incontroverso que o Requerido agiu de forma imperito, acarretando por consequencia de suas ações diversos danos fisicos e prejuizos financeiros ao Requerente, devendo, portanto ser responsabilizado.
Desta feita, frisa-se que a responsabilidade advém do desrespeito ao direito alheio e as normas que regram a conduta e que decorre de uma lesão de direitos. 
Nessa vereda, oriundo da responsabilidade civil encontra-se o dever de reparar os danos causados a outrem, conforme previsto nos artigos 186 e 927, ambos do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
(...)
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Por sua vez, Maria Helena Diniz, aponta a existência de três elementos estruturais da responsabilidade civil ou pressupostos do dever de indenizar, a saber: “a) existência de uma ação, comissiva ou omissiva, qualificada juridicamente, isto é, que se apresenta como ato ilícito ou lícito, pois ao lado da culpa como fundamento da responsabilidade civil há o risco; b) ocorrência de um dano moral ou patrimonial causado à vítima; c) nexo de causalidade entre o dano e a ação, o que constitui o fato gerador da responsabilidade (DINIZ, Maria Helena. Curso..., 2005, p. 42).
Logo, no caso concreto é possívelverificar de forma inconteste o preenchimento de tais elementos diante dos fatos narrados, sobretudo diante da conduta antijurídica perpetrada pela parte Requerida, acarretando danos morais e materias, passiveis de reparação.
III.2 – Dos Danos emergentes
Não obstante, a parte Requerida lhe ocasiou prejuízos materiais decorrentes da diminuição do seu patrimônio onde seu automovel Pick-up Ford Ranger teve sua perca total, prejuízos para efetuar os pagamentos das despesas com o locador da sede da empresa, e honrar seus compromissos com fornecedores.
Nesta vereda, com aporte no artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, c/c artigos 186 e 927, ambos do Código Civil, imperiosa se faz a condenação da parte demandada a reparar o dano material causado ao Requerente, no importe de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais)
RECURSO INOMINADO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA DO MOTORISTA QUE INVADE A PISTA CONTRÁRIA. DANOS MATERIAIS. MENOR ORÇAMENTO. CULPA DO AUTOR, POR ALEGADO EXCESSO DE VELOCIDADE NÃO DEMONSTRADA, ATÉ MESMO PORQUE AMBOS OS ENVOLVIDOS DESENVOLVIAM VELOCIDADE SEMELHANTE. RECURSO DO AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO, PARA CONDENAR O RÉU AO RESSARCIMENTO DOS DANOS MATERIAIS COMPROVADOS. CONTRAPEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71007127087, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Ana Cláudia Cachapuz Silva Raabe, Julgado em 11/10/2017).
(TJ-RS - Recurso Cível: 71007127087 RS, Relator: Ana Cláudia Cachapuz Silva Raabe, Data de Julgamento: 11/10/2017, Segunda Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 16/10/2017)
III.3 – Dos lucros cessantes
Com efeito, o Artigo 402 do Código Civil Brasileiro, dispõe que, “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
Neste sentido, leciona Sergio Cavalieri Filho (2012) lucros cessantes: 
“é o resultado futuro de um fato que já ocorreu. O lucro cessante ocorre quando a vítima de um dano tem direito ao ressarcimento daquilo que deixou de lucrar enquanto se encontrava impossibilitada” (Grifo nosso)
Conforme comprovado nos balanços contabeis da empresa, o Requerente proprietaria da empresa Caipira hortaliças LTDA – ME, tinha um faturamente bruto mensal no valor de R$20.000,00 (vinte mil) reais, e o Faturamente liquido mensal no valor de R$10.000,00 (dez mil) reais, com o acidente provocado pelo Requerido, e com os Danos exprimidos pelo requerente, a empresa teve seu faturamento zero pelo periodo de 3 (três) meses.
Desta forma, no caso concreto fica demostrato de forma inconteste o direito do Autor pelos valores que deixou de liquidar por conta do prejuízo causado pelo Réu, devendo o Autor ser Reparado no valor de R$30.000,00 (trinta mil) reais.
IV – Dos Requerimentos
Ante ao exposto, pugna o Autor:
1. A concessão do benefício da Justiça Gratuidade, tendo em vista que o gasto com as despesas processuais virão em prejuizo do seu sustento;
2. Seja a parte Requerida citada nos termos do Art. 246, § 1º do CPC, para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia, confissão e demais cominações legais (CPC, art. 335 e art. 344);
3. Requerer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, juntada de documentos, perícias, depoimento pessoal dos representantes legais da ré e testemunhal;
4. Ao final, seja a presente ação julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, para condenar a parte Requerida a reparar os danos emergentes e lucros cessantes, nos termos dos artigos 6º, inciso IV, do Código de Defesa do Consumidor c/c artigos 186 e 927, ambos do Código Civil;
5. A condenação do Réu a restituição dos danos materiais sofridos pelo Autor no valor de R$40.000,00 (quarenta mil) reais;
6. A condenação do Réu na indenização pelo lucro cessante da empresa do Autor, corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros desde a data do acidente até a data do efetivo pagamento R$30.000,00 (trita mil) reais;
7. Seja a reclamada condenada ao pagamento de honorários advocatícios ao percentual de 20% do valor da causa;
Dá-se o valor da causa de R$70.000,00 (setenta mil) reais.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Bauru/SP 15 de setembro de 2020
Anderson Rosa de Carvalho
OAB N.º

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