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UNIFATECIE - Medidas e Avaliação

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Prévia do material em texto

Medidas e
Avaliação
Professora Ma. Claudiana Maria Siste Charal
Professora Ma. Greice Westphal
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design e
Diagramação
André Dudatt
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi-
tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem 
a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Cândido Bertier 
Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
dos sites Pixabay, Google, 
Freepik, Pinterest e 
Shutterstock.
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
C469m Charal, Claudiana Maria Siste 
 Medidas e avaliação / Claudiana Maria Siste Charal, Greice 
 Westphal. Paranavaí: EduFatecie, 2021. 
 132 p. : il. Color. 
1. Imunologia. 2. Imunização. 3. Biometria I. Westphal, 
 Greice. II .Centro Universitário UniFatecie. III. Núcleo de 
 Educação a Distância. IV. Título. 
 CDD : 23 ed. 616.079 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
AUTORAS
Claudiana Marcela Siste Charal
● Mestre em Promoção da Saúde no Envelhecimento Ativo (Unicesumar)
● Licenciatura Plena em Educação Física (CESUMAR)
● Especialista em Neuroaprendizagem (Unicesumar)
● Especialista em Tecnologias Aplicadas no Ensino A Distância (UniFCV)
● Especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais
e Inovação (Unicesumar)
● Tutora Pedagógica (UniFCV)
● Professora orientadora de trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação
(UniFCV)
● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE)
● Experiência no Ensino Superior (presencial e a distância) desde 2019
até os dias atuais.
● Experiência em gestão e empreendimento de academia de 2003 a 2015.
● Experiência em personal trainer de 2000 até os dias atuais.
● Experiência e atuação em ginástica coletiva, licenciada pela Les Mills
International/Body Systems Brasil em 9 modalidades.
Link para acesso ao currículo lattes: CV: http://lattes.cnpq.br/7940297809849482
Greice Westphal
● Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física
da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina (PEF- UEM/
UEL) na área de concentração em Desempenho Humano e Atividade Física com o orienta-
dor Prof. Dr. Nelson Nardo Junior;
● Doutoranda com período sanduíche na University of Ottawa no Ottawa Hospital
Research Institute (uOttawa) no grupo Health Active Living and Obesity Research Group 
(HALO) em Ottawa, Ontario, Canada com o orientador PhD. Jean-Philippe Chaput;
● Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
(Unimep) na área de concentração em Avaliação e Reabilitação Funcional;
● Especialista em Educação Física Escolar, Recreação, Fisiologia do Exercício e
Saúde (ASSESC);
● Graduada em Educação Física Licenciatura Plena (Univali);
● Pesquisadora do Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade (NEMO)
vinculado ao Departamento de Educação Física (DEF) e Hospital Universitário de Maringá 
(HUM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM);
● Experiência de atuação profissional na área de pesquisa científica, em específico
no tratamento multiprofissional da obesidade, na avaliação e medidas de pessoas com 
obesidade, em programas de tratamento multiprofissional e em Bioestatística e Estatística 
voltado à pesquisa e artigos científicos.
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/6272228329261736
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja bem-vindo(a) querido(a) aluno(a)!
Esta disciplina é dedicada a você, professor e professora em formação a fim de for-
necer instrumentos teóricos e práticos acerca do ensino de Medidas e Avaliação através de 
um conjunto essencial de conhecimentos teóricos e práticos sobre os principais conteúdos 
que cercam a disciplina.
Para isso, nosso aprendizado começa na Unidade I tratando dos Conceitos E 
Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação Em Educação Física, para tanto con-
ceituaremos através da literatura biometria, medidas e avaliação, iremos também definir e 
classificar aptidão física, testes, medidas e avaliações, além de diferenciá-las e apresentar 
as etapas básicas de avaliação.
Já na Unidade II nos dedicaremos a discutir sobre as Técnicas e Instrumentos de 
Biometria, Medidas e Avaliação. Assim, será fundamental conhecer os tipos de testes, os 
critérios para selecionar e validar os testes relacionados a aptidão física para que assim 
possamos construí-los, e com o intuito de abranger todo o conteúdo abordaremos também 
os seguintes temas: antropometria aplicada; objetivos e procedimentos para avaliação da 
aptidão física; métodos para avaliação dos níveis de atividade física; instrumentação para 
medidas e avaliação.
Será neste sentido que a Unidade III será abordada, com o objetivo de apresentar 
à você as Baterias de Testes sobre aptidão física, composição corporal, além de discorrer 
sobre antropometria, protocolos de testes e procedimentos estatísticos: análises e interpre-
tação dos resultados, programas e tendências.
Na unidade que fecha a disciplina, serão elencados os diferentes contextos em 
que a Biometria, Medidas e Avaliação são trabalhadas na área da Educação Física, para 
isto dissertar sobre avaliação em educação física escolar; desenvolvimento de propostas 
para avaliação em Educação Física escolar nos diferentes níveis de ensino; avaliação nas 
diversas modalidades desportivas e a organização de ações mediante resultados das ava-
liações em diferentes contextos.
Além disso, na apostila da disciplina Medidas e Avaliação o estudante irá perceber 
que ao longo das unidades aparecerão seções do tipo: “Saiba Mais”, “Reflita”, sugestões de 
livros e vídeos . Estas seções serão destacadas a fim de garantir o aprendizado necessário 
e desejado por você, aluno. 
Assim, esperamos que esta disciplina possa agregar em sua formação!
Bons estudos e divirta-se!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação 
em Educação Física
UNIDADE II ................................................................................................... 29
Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliações
UNIDADE III .................................................................................................. 59
Baterias de Testes
UNIDADE IV ................................................................................................ 102
Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
3
Plano de Estudo:
● Conceitos de biometria, medidas e avaliação;
● Definição e classificação da aptidão física;
● Definições e diferenciação de testes, medidas e avaliações;● Etapas básicas de avaliação;
● Modalidades de biometria, medidas e avaliação;
● Áreas de Avaliação em Educação Física. 
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar biometria, medidas e avaliação;
● Definir e classificar aptidão física;
● Definir e diferenciar testes, medidas e avaliações;
● Classificar as etapas básicas de avaliação;
● Apresentar as modalidades de biometria, medidas e avaliação;
● Identificar as áreas de Avaliação em Educação Física.
UNIDADE I
Conceitos e Princípios Básicos de 
Biometria, Medidas e Avaliação em 
Educação Física
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Greice Westphal
4UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
INTRODUÇÃO
Olá alunos(as), sejam bem vindos a primeira unidade da disciplina Medidas e Ava-
liação, espero que esta unidade te auxilie no aprendizado que teremos mais a frente em 
nossa disciplina.
Nesta unidade, iremos entender o significado de biometria, medida, avaliação, aptidão 
física e teste, dessa forma você conseguirá ter um norte sobre o conteúdo que virá adiante.
A fim de esclarecer o conteúdo a vocês, iremos diferenciar os conceitos de testes, 
medidas e avaliações, pois muitas vezes erroneamente, diversas pessoas acreditam ter 
significados semelhantes ou até mesmo iguais. Partindo desse assunto iremos apresentar 
as modalidades existentes em biometria, medidas e avaliação, assim como as áreas de 
avaliação em que a Educação Física é atuante.
Dessa forma, considerando a importância desses conteúdos como base para a 
disciplina, os mesmos são a base para que você possa se aprofundar nos conteúdos espe-
cíficos da disciplina Biometria, Medidas e Avaliação. 
Agora que você já sabe o que Modalidades de biometria, medidas e avaliação vai 
aprender nesta unidade, quero convidá - lo(a) para vir conosco nesse mundo específico da 
nossa profissão.Vamos lá?!
5UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
1. CONCEITOS DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO
Conceito de Biometria
Com o surgimento em 1901 na Inglaterra, a Biometria teve como função tornar-se 
a ciência que estuda quantitativamente os fenômenos considerados essenciais para a 
conservação da vida (SOUZA, 1980).
A palavra Biometria vem do grego e refere-se a Bio (Vida) e Metria (Medidas), ou 
seja, Medidas da Vida. (SOUZA, 1980)
Dessa maneira, a expressão Biometria remete à procedimentos de medida de 
diversos fenômenos biológicos. Esta ciência, portanto, refere-se às medidas corporais 
dos seres humanos, é denominada Biometria, ou seja, baseia-se em estudos referente às 
características físicas e o comportamento do indivíduo (GOMES; SILVA; VAZ, 2013).
Já na década de setenta, Gomes de Sá (1975) destacava esta definição como 
simplista, podendo levar a interpretações ambíguas. Preferia entender a Biometria como 
“a ciência que procura traduzir numericamente os fenômenos biológicos, estabelecendo 
relações entre os dados assim obtidos, com o fim de determinar as leis que os regem”. 
Esta é, sem dúvida, uma definição mais coerente, porém falta especificar os três níveis 
morfológico, fisiológico e psicológico, os quais estão subentendidos na expressão “fe-
nómenos biológicos” e que são os níveis em que será estudado o indivíduo (GOMES; 
SILVA; VAZ, 2013)..
6UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
No contexto da Educação Física, a biometria tem como objetivo determinar as 
condições físicas dos indivíduos, através de diversas medidas a fim de identificar o estado 
físico e mental para que se possa mensurar os atividade/exercícios físicos a serem 
prescritos, ou seja, a biometria objetiva-se em analisar as partes do corpo humano nas 
quais podem ser medidas (GOMES; SILVA; VAZ, 2013).
Silveira (1929), define biometria como conjunto de processos matemáticos empre-
gados em Biologia. Corroborando com o autor, Ramalho (1940) afirma que biometria é a 
ciência que tem como objetivo traduzir numericamente os fenômenos biológicos, 
estabelecendo relação entre os dados obtidos.
Para Albrizio (2007), a biometria é um campo de conhecimento caracterizado pela 
“medida dos seres vivos”, sendo que seu objetivo é o estudo quantitativo das alterações 
das características das plantas e animais, e, a partir destes, foi empregado através da 
medicina aos seres humanos.
É importante entender que os estudos biométricos não se limitavam apenas às 
medidas físicas, estes também abrangem as faculdades mentais e comportamentais dos 
indivíduos, pois a partir da identificação dessas características seria possível realizar a 
intervenção visando o aperfeiçoamento das espécies, raças, inclusive nos seres humanos 
(BULMER, 2003).
Assim, a biometria agrega de forma multifacetada, diversas áreas de 
conhecimento fundamentado em diferentes modelos de quantificação referente aos 
fenômenos corporais, como: 1 - medidas morfológicas, por meio de recursos 
antropométricos (avaliação do peso, da altura, das circunferências (pescoço, cintura, 
abdômen e quadril) de envergadura, postural, etc. (BLANCKAERT, 2001; SÁ et al., 
2008); 2- medidas fisiológicas, ocorre de acordo com a medição da pulsação, a 
capacidade respiratória, a força, a pressão arterial, composições químicas dos líquidos 
corporais (exemplo: urina e sangue) entre outras. (DASTON; GALISON, 2007); 3 - 
Biotipologia, no qual analisa variações psicológicas a fim de estabelecer uma 
classificação dos indivíduos (GOULD, 2003).
Para analisar as informações mensuradas nas medidas biométricas (corporais) 
dos indivíduos são utilizados procedimentos estatísticos. Assim, parâmetros estatísticos 
como a média e o desvio padrão são utilizados, além de medidas de comparação, como 
testes inferenciais que avaliam se há diferenças entre grupos de interesse ou entre 
momentos de análise, principalmente com a finalidade de avaliar os efeitos de programas 
de intervenção de diversas naturezas (GOMES; SILVA; VAZ, 2013).
7UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Nesta mesma linha, porém com limites mais bem definidos, a área de Medidas 
e Avaliação em Educação Física concentrou a maior parte das publicações e também o 
espaço como componente curricular dos cursos de formação na área. Assim, na atualidade 
são poucos os cursos que mantém ambas as disciplinas na formação inicial. Deste modo, 
mais ênfase será dada neste curso para esta disciplina, destacando, quando for o caso, 
aspectos históricos e conteúdos da Biometria.
8UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
2. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA
Assuntos relacionados à aptidão física são muito importantes para o profissional de 
Educação Física, uma vez que estão diretamente relacionados com a saúde e também com 
o desempenho esportivo. Por essa razão, são abordados praticamente em tempo integral
no campo da Educação Física, seja na área do treinamento física, na de crescimento e
desenvolvimento, na área de atividade física relacionada à saúde.
2.1 Conceito de Aptidão Física
Aptidão Física como palavras distintas têm significados diversos, como: Aptidão - 
qualidade do que está apto, capacidades naturais ou adquiridas, pode-se dizer também que 
é apenas capacidade, disposição ou até mesmo conjunto de requisitos necessários para 
exercer algo, enquanto a palavra Física, refere-se ao corpo, material, está relacionado às 
leis da natureza. Dessa forma, ao unificar ambas as palavras Aptidão Física, encontramos 
o significado de capacidade, habilidade, disposição material no qual conduz e indica que o
corpo do indivíduo está apto (MACHADO FILHO, 2012).
A aptidão física é definida por Guedes (1996) como um estado dinâmico de energia 
e vitalidade que permite às pessoas não apenas a realização das tarefas do dia-a-dia, 
como as ocupações ativasdas horas de lazer. Além disso, permite enfrentar emergên-
cias imprevistas sem fadiga excessiva. Aliado a essas características, destaca também 
a capacidade de evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, ao mesmo tempo em 
9UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
que possibilita o funcionamento da capacidade intelectual em seu nível máximo, aliado ao 
sentido de alegria de viver. A aptidão física estaria ainda associada a capacidade de realizar 
esforços físicos sem fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas 
condições orgânicas no meio ambiente em que vivem.
Outra maneira de definir aptidão física encontrada na literatura, é a aptidão física 
como a capacidade de endurance (duração), continuação, resistência ao estresse e 
persistência em atividades físicas em circunstâncias difíceis (PELLEGRINOTTI, 1998).
Na conferência sobre Exercício, Aptidão e Saúde realizado em Toronto, Canadá 
em 1988, foi apresentado um esquema sobre as relações complexas entre: atividade física 
habitual, a aptidão física/fisiológica e a saúde, e outros fatores influenciadores, como apre-
sentado na figura abaixo (Figura 1).
FIGURA 1. RELAÇÕES COMPLEXAS EXISTENTES ENTRE
 ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL, APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE 
Fonte: (BOUCHARD et al., 1990).
2.2 Classificação da Aptidão Física
A aptidão física, atualmente, pode ser classificada de acordo com diferentes con-
cepções apresentadas a seguir. Além dessas concepções, detalhes e especificidades sobre 
esse tópico serão apresentados a seguir, dentro dessa disciplina/curso: 
1- Aptidão física sob um ponto de vista geral: É a capacidade de realizar tarefas
comuns do dia a dia com vigor e vivacidade, sem fadiga excessiva e com plena energia 
para poder realizar as atividades de lazer e também para enfrentar emergências imprevistas 
(BÖHME, 2003).
2- Aptidão física relacionada à Saúde, referente às ações energéticas auxiliando
na realização das atividades cotidianas, no qual proporciona menor risco de doenças crôni-
10UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
co-degenerativas, também pode ser considerada como um bem-estar geral e não apenas 
como prevenção de doenças. Os componentes de mensuração e avaliação relacionados 
às atividades físicas habituais são a resistência cardiorrespiratória; aptidão musculoesque-
lética e a composição corporal (MACHADO FILHO, 2012).
3 - Aptidão Física relacionada às habilidades esportivas (agilidade, velocidade, 
equilíbrio postural e coordenação motora) ou de performance motora. Estas, reconheci-
damente com uma interferência de fatores genéticos, têm sua contribuição mais voltada 
para a realização de tarefas/atividades específicas, relacionadas ao desempenho esportivo 
(VERARDI et al., 2007; NAHAS, 2010; DARIDO E RANGEL, 2005).
4 - Aptidão física sob o ponto de vista médico: Neste ponto, de acordo com Reid 
& Thomson (1985) - a aptidão física compreende duas áreas: anatomia e fisiologia. No 
âmbito da anatomia compreende-se o sistema musculoesquelético (ossos, articulações e 
músculos), e a suas inter-relações com a postura e habilidades básicas de locomoção 
(andar, correr e saltar). Já no campo da fisiológica está relacionado ao funcionamento dos 
sistemas cardiorrespiratório e neuromuscular; aos aspectos antropométricos (percentual de 
gordura, composição corporal total e aspectos estéticos); a aptidão motora básica (nutrição 
e considerações fisiológicas (funcionamento dos órgãos dos sentidos, do sistema digestivo 
e dos órgãos internos e os aspectos endócrinos) (BÖHME, 2003).
11UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
3. DEFINIÇÕES E DIFERENCIAÇÃO DE TESTES, MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Caros(as) alunos(as), já definimos o que é medida e avaliação, porém vamos neste 
momento além de relembrar estes conceitos, entender o que são os testes e fazer uma 
comparação entre os três termos (testes, medidas e avaliações).
Sabemos que a Educação Física é um campo do conhecimento no qual utiliza-se o 
método de medidas e avaliação como instrumento com a finalidade de auxiliar, acompanhar, 
intervir, prescrever e orientar a prática das atividades físicas entre os indivíduos, para tanto 
é indispensável obter conhecimentos e habilidades cada vez mais específicas e sobre esse 
tópico (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006).
Por isso, é de suma importância compreender as diferenças dos significados entre 
os verbos: testar, medir e avaliar, além de classificar os escores obtidos. Com destaque 
aos objetivos de verificar a “normalidade” de acordo com padrões de distribuição de dados 
mediante recursos de estatística descritiva. Com isso, estabelecer as normas, padrões e/
ou critérios considerados adequados ou desejáveis.
12UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
3.1 CONCEITOS BÁSICOS: TESTAR, MEDIR E AVALIAR 
3.1.1 Testar 
Está relacionado ao desempenho do indivíduo diante a situações previamente 
organizadas e padronizadas. Um teste é uma situação na qual se solicita a alguém que 
demonstre certo aspecto de seus conhecimentos ou de sua capacidade. Para isso, normal-
mente, são utilizados instrumentos, procedimentos ou técnicas específicas para a obtenção 
da informação de interesse.
Através dos testes é possível determinar os valores numéricos das medidas, o 
mesmo pode ser realizado através de uma prova escrita, um teste físico, ou da observa-
ção da performance de um indivíduo. Exemplo: teste de Cooper - 12 minutos (resistência 
cardiorrespiratória), testes de sentar e alcançar (flexibilidade), entre outros (GUEDES, D.; 
GUEDES, J., 2006).
Existem duas áreas predominantes para a aplicação de testes: aquela que inclui os 
testes de campo e os testes desenvolvidos em ambientes laboratoriais, cada um com suas 
características como apresenta a figura abaixo (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006):
FIGURA 2. TIPOS DE TESTES E SUAS CARACTERÍSTICAS
Fonte: elaborada pelas autoras(2021).
13UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
3.1.2 Medir
O verbo medir remete ao ato de obter informações que possam ser descritas de ma-
neira quantitativa. Desse modo, é utilizado para coletar informações obtidas por intermédio 
de um teste, atribuindo-se a ela um valor numérico. Essas medidas devem ser precisas e 
objetivas. Com isso determina-se a quantidade daquilo que se pretende medir. Um exemplo 
disso é a medida da distância percorrida pelo avaliado durante a realização do teste de 
correr/andar de Cooper de 12 minutos (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
No campo da Educação Física, existem diversos tipos de medidas que podem ser divi-
didas em dois grupos, como apresentado na figura abaixo (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006):
FIGURA 3. TIPOS DE MEDIDAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Fonte: elaborada pelas autoras (2021).
3.1.3 Avaliar 
Tem a função de interpretar os dados (quantitativos e qualitativos) objetivando 
fornecer um “parecer ou julgamento” de valores de acordo com os referenciais pré-esta-
belecidos. Ela agrega um componente qualitativo do que se mediu. Com isso, possibilita a 
identificação de um grau de importância que pode estar contido naquele dado objetivo, a 
14UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
medida, mas para isso é necessário a comparação com um sistema de referência, seja ela 
para determinar o que é o normal, nas avaliações referenciadas por normas, ou o que é o 
ideal, nas avaliações referenciadas por critérios. Dessa maneira, na avaliação recorre-se a 
um processo interpretativo dos valores de um grupo ou do próprio sujeito, que nesse caso 
é considerada uma avaliação referenciada em si mesmo. A partir da avaliação é possível 
identificar qual e como será realizado o trabalho, o que é ou foi mais eficiente, além de clas-sificar os avaliados, analisando seu progresso, estabelecendo a efetividade do treinamento 
de acordo com os objetivos estabelecidos. Portanto, entende-se que a avaliação reflete 
em metas e objetivos através de comparações mediante um padrão referencial (GUEDES, 
D.; GUEDES, J., 2006). Podemos destacar também que este processo é fundamental na 
prática docente, pois ele fornece elementos essenciais para o desenvolvimento de uma 
ação qualificada, a qual nos permite uma reflexão contínua no que se refere à escolha de 
competências, objetivos, conteúdos e procedimentos (DARIDO E SOUZA JÚNIOR, 2007).
No âmbito da educação física, o ato de avaliar as condições físicas de um indivíduo 
é essencial, pois para a maioria dos indivíduos, talvez essa seja a única experiência de 
avaliação física que eles experimentem. Isso é lamentável, pois a cultura de se submeter 
a avaliações periódicas pode contribuir, em muito, para o conhecimento de si mesmo, a 
busca por objetivos realísticos e, em última análise, a valorização de valores que cada 
indivíduo possui, bem como da valiosa jornada para o aprimoramento das qualidades que 
possuímos. Além disso, pode-se considerar relevantes motivos da avaliação por possibili-
tar acompanhar a evolução das capacidades físicas diante um programa de intervenção, 
identificar problemas ou dificuldades pré-existentes que requeiram certos cuidados ou até 
mesmo a restrição de alguns tipos de exercícios, trabalhando com exercícios específicos e 
de forma segura. 
Desse modo, encontramos na literatura três tipos diferentes de avaliação, cada qual 
com sua peculiaridade. Assim, cabe ao profissional compreender cada um e estabelecer 
qual será o mais apropriado a ser utilizado com cada indivíduo, ou se ele utilizará todos 
os tipos sem escolher entre uma avaliação ou outra (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006). O 
quadro abaixo apresentará, de maneira clara e objetiva, os tipos e as descrições de cada 
um dos tipos de avaliação.
15UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
FIGURA 4. TIPOS E DESCRIÇÕES DAS AVALIAÇÕES
Fonte: elaborado pelas autoras (2021).
Como descrito no quadro acima, as avaliações têm diferentes propósitos e momen-
tos de aplicação. A avaliação diagnóstica normalmente é aplicada antes de se iniciar um 
programa de exercícios, também com a finalidade de procurar pontos ou características 
de destaque, positivos ou negativos. Com essa análise torna-se mais claro o caminho a 
percorrer durante o programa que se tem pela frente. As avaliações formativas e somativas, 
normalmente, são aplicadas no ambiente ensino-aprendizagem. Sendo que a avaliação 
formativa tem como característica facilitar a assimilação de conteúdos no decorrer do pro-
grama instrucional. Ao passo que a avaliação somativa, normalmente é aplicada ao final do 
período instrucional e pretende verificar o quanto se assimilou durante esse período. Nesse 
sentido, as avaliações formativas tendem a fornecer um feedback a alunos e professores 
sobre o progresso observado durante o processo, enquanto que a avaliação somativa visa 
analisar se determinado critério de aproveitamento foi atingido, a fim de que se possa for-
necer uma certificação ou título ao final de um período instrucional ou curso.
De forma, os termos: medida, avaliação, teste são aplicados em diferentes contex-
tos no campo da Educação Física, conforme ilustrado pela figura 5.
16UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
FIGURA 5. ESQUEMA GERAL ENVOLVENDO OS TESTES, MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM EF
Fonte: Morrow Jr., Jackson; Disch e Mood (2003).
Assim podemos afirmar que o profissional de Educação Física deve conhecer, de 
forma teórica e prática, uma série de procedimentos e situações nas quais serão necessários 
o planejamento e a aplicação de testes, medidas e avaliações para seu cliente/paciente/
aluno. Como pode-se depreender, a situação em que se esteja e o perfil do público que está
sendo atendido determinará, em grande medida, quais os procedimentos e rotinas mais
apropriados. O importante é compreender que situações distintas requerem organização e
padronização diferenciados, no entanto, o primordial do processo de medir, testar e avaliar
pode ser entendido conforme a figura 5.
Então alunos(as), agora podemos iniciar a aprendizagem específica sobre a avalia-
ção, você deve estar se perguntando, agora já sei a definição, a diferença entre avaliação, 
teste e medidas. Mas como realizo a avaliação propriamente dita?
Antes de tudo vale a pena ressaltar que a realização da avaliação física é impor-
tante para que o indivíduo que deseja iniciar uma atividade física a realize de forma segura 
e orientada, pois é a partir dela que o profissional de Educação Física poderá realizar a 
17UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
prescrição de exercícios físicos e desportivos de acordo com o tipo, a intensidade, 
frequência, a duração da sessão de treino. (CONFEF, 2021; GABER et al., 2011).
A partir da avaliação física também é possível que o profissional possa identificar 
indivíduos com sintomas e/ou fatores de risco para doenças cardiovasculares, 
metabólicas, pulmonares, do sistema locomotor que podem se agravar dependendo do 
tipo e intensida-de dos exercícios. Por isso, nestes casos, antes da realização da 
prescrição de exercícios deve-se solicitar que o avaliado procure um atendimento médico 
especializado, para que se identifique, de forma mais precisa, a extensão do problema e 
após todos os procedimentos necessários o profissional poderá prescrever os exercícios 
com segurança e respeitando as restrições existentes.
Pensando nisso, caro(a) aluno(a), como você selecionaria o(s) instrumento(s) 
para realizar tal avaliação? Será que o instrumento escolhido é ideal ou confiável? Neste 
momento surgem diversas dúvidas, portanto a fim de esclarecer estes questionamentos 
que podem surgir durante a realização da avaliação, iremos apresentar algumas etapas 
fundamentais para que você, como avaliador, possa direcionar as suas ações.
Vamos iniciar a avaliação?
Como ponto de partida o ideal é realizar a anamnese (questionário) com 
perguntas simples, porém de grande valor para o profissional, pois é neste momento que 
o avaliador conhecerá o histórico e hábitos do aluno/atleta/cliente (FONTOURA et al., 
2013).
Um questionário muito utilizado entre os profissionais de Educação Física 
atuantes em academias é o PAR-Q, este questionário foi desenvolvido pelo Ministério da 
Saúde do Canadá e revisado por um Comitê Consultivo Técnico indicado pela Sociedade 
Canadense de Fisiologia do Exercício e Fitness (FONTOURA et al., 2013). O PAR-Q tem 
7 questões, todas muito objetivas e tem como finalidade verificar a prontidão dos 
indivíduos para a prática de exercícios físicos. Caso as respostas das 7 perguntas sejam 
todas negativas, assegura-se que o avaliado está pronto para iniciar um programa de 
exercícios. Esse mesmo tipo de questionário é recomendado antes da realização de um 
teste de esforço. 
 Após realizar a anamnese, inicie a avaliação física, por meio das realização das prin-
cipais medidas antropométricas, de composição corporal e de aptidão física, de acordo 
com o perfil do avaliado e com os propósitos do programa de exercícios que se planeja 
realizar. Inicia-se, normalmente, pelas medidas ANTROPOMÉTRICAS:
18UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
● Medida da Massa Corporal: Para realizar a medida da massa corporal total,
chamada popularmente como “peso do indivíduo”, será utilizada uma balança
(digital ou mecânica).
● Altura: A altura, também denominada estatura, é medida através do equipa-
mento denominado estadiômetro.
● Índice de massa corporal (IMC): Esse índice antropométrico tem como parâ-
metros as medidas de massa corporal e estatura.● Circunferência ou Perimetro: Para realizar essa medida é utilizada uma fita
métrica antropométrica, estas fitas são específicas para essa finalidade, por não
serem feitas com material que possa sofrer alteração (extensão ou encurtamen-
to) com o passar do tempo.
● Diâmetro ósseo: é mensurado por meio do instrumento denominado paquíme-
tro ou antropômetro.
● Dobras cutâneas: o instrumento utilizado para verificar a espessura das dobras
cutâneas é o adipômetro, também chamado de compasso de dobras cutâneas,
espessímetro ou plicômetro.
Após realizar a avaliação antropométrica, se possível o ideal seria realizar a avalia-
ção de aptidão física, a fim de avaliar os níveis da capacidade funcional do aluno, como por 
exemplo: Capacidade aeróbica; Flexibilidade; Resistência; Equilíbrio; Agilidade; Potência; 
Coordenação; Velocidade.
Assim, o profissional estará com os dados suficientes para planejar e estruturar 
um programa de atividade física específico para o aluno/cliente/atleta de acordo com os 
objetivos, metas e limitações, garantindo a segurança e a eficácia do treinamento.
19UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
SAIBA MAIS
É importante considerar que para cada modalidade existe alguma particularidade rela-
cionada aos critérios de avaliação, como por exemplo, a qualidade do teste (refere à va-
lidade, reprodutibilidade e objetividade), aspectos práticos (referente à viabilidade - equi-
pamentos, as instalações, a equipe técnica, o tempo disponível, o número de avaliados 
e a economia do teste, que se relaciona aos recursos financeiros disponíveis), aspectos 
pedagógicos (relaciona-se à facilidade de entendimento e à motivação) e a utilização dos 
resultados (compreende a especificidade e a prescrição), aspectos práticos (evidencia a 
viabilidade, ou seja, está relacionada a parte de equipamentos, instalações, equipe técni-
ca, tempo de disponibilidade, número de avaliados (ROJAS E BARROS, 2003). 
Geralmente um “bom” teste possui três aspectos fundamentais referente a qualidade do 
mesmo, ou seja, para selecionar um teste mais eficaz você deve considerar a validade 
(validade face e/ou de lógica, de conteúdo, de construção, concorrente e preditiva), a re-
produtividade, que se divide em fidedignidade e objetividade, sendo a primeira sinônimo 
de erro intra-avaliador, ou seja a influência do avaliador sobre o fenômeno em avaliação, 
enquanto que a segunda, a objetividade, é sinônimo de erro inter-avaliadores, indicando 
o quanto de variação dos escores (resultados da medida) pode ser atribuído à influência
de diferentes avaliadores
(ROJAS E BARROS, 2003).
REFLITA 
A avaliação por norma se relaciona ao conceito de normalidade, oriundo da distribuição 
dos dados e uma determinada população. Utilizando-se recursos estatísticos, como as 
medidas de posição, também chamada de medidas de tendência central e de dispersão, 
consegue-se descrever um padrão de distribuição que é semelhante, em diferentes 
populações. A partir desse padrão, define-se parâmetros como a média, a mediana, o 
desvio padrão e a variância. Além desses, também são definidos os intervalos 
percentílicos que representam o posicionamento de referência a partir dos quais são 
assumidos pontos de corte que indicam uma condição de risco, para valores muito 
baixos, um intervalo reconhecido como normal, e estratos correspondentes a valores 
elevados. 
20UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Um exemplo desse tipo de classificação são as tabelas de peso para a idade, altura 
para a idade uti-lizadas para avaliar o crescimento de crianças. Esse tipo de recurso 
também é utilizado na classificação do IMC de crianças e adolescentes ou ideais 
(classifica os indivíduos em “normal” e “subnormal”). A avaliação referenciada por 
critério, por sua vez, baseia-se em valores associados a um menor risco à saúde, por 
exemplo na medida da pressão arterial, os pontos de corte indicativos de pré-
hipertensão e hipertensão são atualizados, periodicamente, conforme as evidências 
científicas associadas a estes valores. 
Fonte: Guedes, D.; Guedes, J. (2006)
21UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
5. MODALIDADES DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO
5.1 Modalidade de Biometria:
A Biometria tem sido utilizada na área de Educação Física com diversas finalidades. 
Entre as mais conhecidas estão a organização dos dados nas chamadas fichas biométricas. 
Essas fichas reúnem informações sobre o indivíduo que está sendo avaliado, normalmente 
reunindo parâmetros antropométricos, de crescimento e desenvolvimento, de composição 
corporal e, em alguns casos, dados posturográficos.
Os objetivos dessas medidas estão relacionados aos objetivos do programa de 
exercícios e/ou treinamento que se pretende realizar. A Biometria também é empregada em 
estudos biotipológicos, que determinam o tipo físico do avaliado, ou somatotipologia que 
determinam o somatópico e a sua relação com as modalidades esportivas de interesse. 
Para a aplicação dessas classificações são necessárias as medidas antropométricas, de 
composição corporal e diâmetros ósseos (WEIS e MULLER, 2021). 
5.2 Modalidade de Medida:
Quando estamos nos referindo ao avaliado podemos dizer que existem dois tipos 
de medidas: a medida formal que é a medida na qual o avaliado possui conhecimento de 
que está sendo medido; e a medida informal, quando o avaliado não possui conhecimentos 
prévios sobre o que será medido (FONTANA e RIEHL, 2008).
22UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Também encontramos as avaliações referente ao desempenho do indivíduo, são 
elas: normas de referência (relativo ao desempenho do indivíduo comparado ao resultado 
do mesmo grupo) e o critérios de referência (comparação dos resultados com um padrão 
construído em um determinado grupo - faixa etária, atletas, sexo) (FONTANA e RIEHL, 2008).
E, por fim, as avaliações podem ser classificadas como:
Diagnóstica: Esta avaliação é realizada no início do programa, para conhecer as 
condições do avaliado e elaborar o programa, treinamento ou plano de atividades. Refe-
re-se a uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo, grupo ou equipe, tendo como 
objetivo melhorar esses aspectos.
Formativa: Este tipo de avaliação auxilia na evolução dos alunos/indivíduos, per-
mitindo ajustes ao programa/treinamento. Indica ao profissional de Educação Física, se 
está havendo progresso no ensino/aprendizagem de determinada habilidade, mostrando se 
objetivos estão sendo atendidos adequadamente e no tempo certo.
Somativa: Esta avaliação é realizada ao final do programa ou treinamento, indican-
do os resultados obtidos. Demonstrando a evolução do aluno e o resultado final em relação 
a evolução dos objetivos propostos (FONTANA E RIEHL, 2008).
SAIBA MAIS
Avaliação formativa e somativa 
A avaliação ocorre em duas perspectivas: formativa e somativa. As avaliações formati-
vas são iniciais ou intermediárias, tais como a administração de um pré-teste e a sub-
sequente avaliação do resultado. A avaliação formativa deveria ocorrer por meio de 
processo de instrução, treinamento ou pesquisa. Medida, avaliação e feedback contí-
nuos são essenciais. Por exemplo, após uma cirurgia no ombro, o objetivo pode ser re-
cuperar a amplitude articular de movimento da articulação do ombro. Essas avaliações 
contínuas não precisam envolver testes formais; a simples sequência de observação e 
feedback entre o estudante ou o participante e o instrutor ou o líder costuma ser ade-
quada. As avaliações somativas são avaliações que normalmente ocorrem no final de 
um período de instrução ou de treino. Na qualidade de estudante, você está interessado 
na avaliação somativa – a nota – que receberá no final do semestre. A diferença entre 
avaliação formativa e somativa pode parecer meramentea diferença no momento da 
aplicação dos testes. No entanto, é o uso dos dados coletados que distingue a avaliação 
formativa e a somativa. Assim, em algumas situações, o mesmo dado pode ser usado 
para a avaliação formativa e para a somativa. 
Fonte: Morrow Jr., Jackson, Disch e Mood (2003).
23UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
6. ÁREAS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos abordar as áreas em que a Educação 
Física atua realizando avaliações físicas, dessa forma iremos enfatizar na área escolar, em 
academias de ginástica/musculação e em treinamento desportivo. 
6.1 Avaliação na Educação Física Escolar:
Podemos afirmar que as aulas de Educação Física são alguns dos momentos mais 
propícios para desenvolver habilidades motoras, por meio da prática desportiva entre as 
crianças e adolescentes. Porém, existem diversos fatores individuais que podem interferir 
nos objetivos da disciplina, como: i) desenvolvimento e maturação do aluno; ii) nível das 
habilidades e nível de expressão das aptidões; iii) interesses e motivação para a prática. 
Diante da necessidade e da importância das aulas de Educação Física, principal-
mente em relação aos efeitos positivos e benefícios advindos da prática regular de exer-
cícios e da melhoria nos níveis de aptidão física, muitos professores de Educação Física 
utilizam de indicadores como frequência cardíaca (FC) a fim de garantir e ensinar sobre tais 
conceitos em suas aulas (LOPES, 2013). 
Para auxiliar o professor a realizar as avaliações foi elaborado em 2015 um manual 
de testes e avaliação pelo PROESP-Br (Projeto Esporte Brasil), este manual tem como 
objetivo apoiar o professor de Educação Física na avaliação dos padrões de crescimento 
corporal, estado nutricional, aptidão física para a saúde e para o desempenho esportivo em 
crianças e adolescentes.
24UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Considerando a precariedade de algumas escolas brasileiras, o PROESP (2015) 
desenvolveu uma bateria de testes para o uso dos professores de Educação Física, inde-
pendentemente de suas condições de trabalho. Segue abaixo os testes indicados:
● Medidas de Crescimento Corporal - Massa corporal (peso); Estatura (altura) 
Envergadura.
● Testes de Aptidão Física relacionada à Saúde - Composição corporal (Índice 
de Massa Corporal (IMC)); Aptidão cardiorrespiratória (Teste da corrida/cami-
nhada dos 6 minutos); Flexibilidade (Teste de sentar e alcançar); Resistência 
muscular localizada (Nº de abdominais em 1 minuto – Sit-up).
● Testes de Aptidão Física relacionados ao Desempenho Esportivo - Força 
explosiva de membros superiores (Arremesso de medicineball (2 kg)); Força 
explosiva de membros inferiores (Salto horizontal (em distância)); Agilidade 
(Teste do quadrado (4 metros de lado)); Velocidade (Corrida de 20 metros); 
Aptidão cardiorrespiratória (Corrida de 6 minutos). 
6.2 Avaliação em Academias de ginástica e musculação:
A avaliação física em academias geralmente é realizada quando o aluno/cliente 
efetiva sua matrícula, ou seja inicia suas atividades naquele estabelecimento, ou após um 
período de tempo que pratica um treinamento sistematizado. A avaliação tem por objetivo, 
primeiramente, identificar as condições físicas do indivíduo, também é utilizada como forma 
de verificar e monitorar a qualidade do treinamento e a evolução do indivíduo perante o 
ciclo do treinamento prescrito, assim a avaliação se torna de extrema importância no âmbito 
da Educação Física no ramo das academias de ginástica/musculação. Portanto, partindo 
desses princípios, podemos entender que a avaliação física é importante pois, ao realizar 
a avaliação antes de iniciar as atividades físicas o indivíduo diminui as probabilidades de 
colocar sua saúde em risco, pois a mesma é capaz de revelar as condições físicas, as limi-
tações potenciais do aluno/cliente, eventuais alternativas e preferências que mostram-se 
adequadas, etc (COSTA, 2007).
Quando se trata de um aluno/cliente que já é praticante a avaliação se torna essen-
cial a fim de verificar a eficácia do programa de treinamento prescrito para o mesmo, assim 
é possível ser reformulado e/ou reorganizado de acordo com os objetivos estabelecidos a 
serem alcançados (CAZÓN E MELO, 2010).
25UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Dessa maneira, a avaliação beneficia o aluno/cliente com um treinamento perso-
nalizado, que considera as suas necessidades e potenciais, assim permitindo melhores 
resultados (CAZÓN E MELO, 2010).
6.3 Avaliação em treinamento desportivo:
O treinamento esportivo é determinante para o aprimoramento do desempenho fí-
sico. Dessa forma, a avaliação física tem aspecto crucial nesse cenário. Diferentemente da 
população em geral, os atletas lutam para superar os seus limites. E isso é um pré-requisito 
essencial para o sucesso no meio esportivo. Portanto, no campo do rendimento físico-es-
portivo, de forma geral e com especificidades de acordo com uma modalidade específica, é 
necessário analisar um conjunto de capacidades físicas e psicológicas para que se possa 
alcançar o potencial de desempenho pretendido (KISS & BÖHME, 2003).
Dessa forma, é necessário que a avaliação realizada englobe todas as variáveis 
indicadoras das capacidades mais relevantes na modalidade esportiva. De tal modo que se 
possa maximizar o desempenho e minimizar os riscos de lesões e de insucesso nas com-
petições. Para isso, geralmente é aconselhável utilizar condições que simulem a prática 
competitiva da modalidade em questão (CURRELL & JEUKENDRUP, 2008). 
Nesta área de atuação, em que pequenos detalhes podem fazer toda a 
diferença entre a conquista de recordes e títulos ou a desclassificação e perda de 
patrocínios, às avaliações físicas devem estar voltadas para a aplicação de testes 
regulares, de tal modo elaborados e válidos para a predição do desempenho esportivo 
que assegurem ao atleta e a equipe que a produtividade esperada tem todas as 
condições de ser alcançada. Para isso, os profissionais atuantes nesse setor devem 
estar continuamente se aperfeiçoando e se especializando, pois as margens para 
erro são muito reduzidas (CURRELL & JEUKENDRUP, 2008). 
Vale ressaltar que a partir da avaliação é possível trabalhar com o atleta treina-
mentos visando a relação entre carga de treino e os riscos de lesões. Assim, podemos 
compreender que a avaliação física tem um papel fundamental no que diz respeito ao 
treinamento esportivo, pois a mesma é capaz de potencializar o rendimento e fornecer 
um feedback ao atleta, também classifica os atletas devido a capacidade de alcançar o 
desempenho e rendimento desejado, além de auxiliar o profissional de Educação Física na 
indicação de exercícios, no planejamento das atividades, no controle do programa, escolha 
das melhores condições e contínuo aprimoramento do treinamento. 
26UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caros(as) alunos(as), chegamos ao fim da Unidade I , portanto espero que ao fim 
dessa unidade você possa ter aprendido e se encantado pela disciplina Medidas e Avaliações.
Para deixar registrado, vamos recapitular nosso conteúdo, dessa maneira anseio 
que a aprendizagem dessa unidade você possa levar por toda sua carreira acadêmica 
às medidas corporais dos seres humanos e ter como objetivo determinar as condições 
físicas dos indivíduos. Essas medidas estão relacionadas com os dados quantitativos, 
que se almeja medir, porém ela fornece informações que precisam ser avaliadas, já que 
a avaliação envolve a análise dos dados obtidos mediante a comparação com padrões 
de referência. Este processo vai possibilitar o uso de dados quantitativos e qualitativos, a 
fim de possibilitar os ajustes necessários emprogramas de treinamento com interesse em 
atingir os objetivos esperados.
A aptidão física está associada à capacidade de realizar tarefas físicas sem cansa-
ço excessivo. Pode-se dizer também que é apenas capacidade de viver, com disposição ou 
até mesmo um conjunto de requisitos necessários para se exercer alguma função.
E por fim também aprendemos que a Educação Física atua a fim de realizar ava-
liações físicas no âmbito escolar, no treinamento esportivo e em academias de ginástica/
musculação.
Assim, caro(a) estudante acreditamos que com o decorrer dos estudos, você estará 
cada vez mais motivado a aprender sobre os desafios da disciplina “Medidas e 
Avaliação’’. Portanto, nos encontramos nas próximas unidades.
Até mais!
27UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
LEITURA COMPLEMENTAR 
GUEDES, D. P. Procedimentos clínicos utilizados para análise da composição 
corporal. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 15, n. 1, p. 
113-129, 2013.
MONTEIRO, A. B; FERNANDES FILHO, J. Análise Da Composição Corporal: Uma 
Revisão De Métodos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 
4, n, 1, p. 80-92, ISSN 1415-8426, 2002.
OLIVEIRA, R. R.; SANTOS, M. G. Componentes da aptidão física relacionada à 
saúde. EFDeportes.com - Revista Digital - Año 17 - Nº 169 - Buenos Aires, junho de 2012.
28UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Fisiologia do exercício: Energia, nutrição e desempenho 
humano
Autor: Frank I. Katch, Victor L. Katch, William D. Mcardle
Editora: Guanabara Koogan
Sinopse: Como na publicação da primeira edição de Fisiologia do 
Exercício | Nutrição, Energia e Desempenho Humano, em 1981, 
esta oitava edição reflete a continuação do compromisso dos 
autores de integrar os conceitos e a ciência das diferentes disci-
plinas que contribuem para uma compreensão mais abrangente e 
a valorização da fisiologia do exercício na atualidade. Estruturada 
em duas partes, oito seções e 33 capítulos, esta obra foi revisada 
e atualizada para oferecer, de modo didático e objetivo, o melhor 
conteúdo sobre nutrição, transferência de energia e treinamento 
físico, e sua relação com o desempenho humano. Características 
especiais: Maior ênfase na correlação entre os conceitos teóricos 
e a prática Projeto gráfico elaborado especialmente para integrar 
texto e figuras de modo adequado para o estudo Mais de 500 fi-
guras que proporcionam melhor compreensão dos assuntos Foco 
nas contribuições de pesquisadores para o conhecimento sobre 
fisiologia do exercício, por meio de entrevistas com proeminentes 
estudiosos deste campo Recursos pedagógicos, incluindo Objeti-
vos do capítulo e Questões discursivas, que propõem perguntas 
para reflexão sobre conceitos complexos, e boxes PSC (Para seu 
conhecimento), que apresentam informações científicas atualiza-
das Atualizações que refletem os mais recentes achados da área, 
além de novas informações sobre nutrição esportiva, aptidão e 
treinamento, composição corporal e controle de peso, Exercício 
em diferentes ambientes, atividade física e saúde, e biologia mole-
cular Material suplementar online, incluindo questões de avaliação, 
referências bibliográficas e apêndices com informações adicionais.
FILME/VÍDEO 
Título: I am Bolt
Ano: 2016
Sinopse: Durante um ano, Usain Bolt foi acompanhado pela equi-
pe dos documentaristas Benjamin Turner e Gabe Turner, inclusive 
na Rio 2016, o que resultou em um filme de 1h47. O objetivo do 
ícone do atletismo com “I Am Bolt” é mostrar para os fãs que não 
é nada fácil chegar ao topo e ainda mais difícil se manter no local 
mais alto do pódio por tanto tempo.
29
Plano de Estudo:
● Tipos de testes;
● Critérios para seleção e validação de testes de aptidão física;
● Construção de testes;
● Antropometria Aplicada;
● Objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão física;
● Métodos para avaliação dos níveis de atividade física;
● Instrumentação para medidas e avaliação.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os tipos de testes;
● Conceituar e contextualizar os critérios para seleção e validação de testes;
● Conhecer a construção dos testes
● Estabelecer a importância da antropometria aplicada para a saúde;
● Estudar os objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão física;
● Compreender os métodos para avaliação dos níveis de atividade física;
● Conhecer os instrumentos para medidas e avaliação.
UNIDADE II
Técnicas e Instrumentos de Biometria, 
Medidas e Avaliações
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Greice Westphal
30UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 30UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja bem-vindo(a) à segunda unidade da nossa apostila de Medidas 
e Avaliação, “Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação”.
Você deve estar se perguntando, o que são essas técnicas e instrumentos para 
medidas e avaliação? Calma, nós vamos aprender juntos! Nesta unidade, iremos apresen-
tar como funcionam esses conceitos na prática e como devem ser aplicados nos diferentes 
públicos-alvo (criança, adolescente, adulto e idoso).
Vamos estudar a diferenciação dos tipos de testes com exemplos, os critérios 
utilizados para seleção e validação de testes de aptidão física, como é feito a construção 
dos testes, o que é, e para que serve a antropometria aplicada, quais são objetivos e 
procedimentos para a avaliação da aptidão física, os métodos para avaliação dos níveis de 
atividade física e para fechar essa unidade quais são os principais instrumentos utilizado na 
rotina dos profissionais no campo de medidas e avaliação em Educação Física.
Vamos aprender juntos sobre essas técnicas e instrumentos da área de Biometria, 
Medidas e Avaliação. Vamos lá?!
O teste, como dito anteriormente, na unidade I, é um método utilizado para veri-
ficar a qualidade, desempenho ou o comportamento do aluno/indivíduo, mediante a um 
procedimento padronizado para se obter uma informação ou resultado. Além disso, é um 
instrumento utilizado para avaliar as habilidades nos domínios cognitivo, psicomotor e afe-
tivo (FREITAS, 2004; GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
Os testes são, normalmente, classificados de acordo com o ambiente onde eles 
são aplicados, como de campo ou de laboratório, conforme está apresentado na figura 1, 
a seguir.
FIGURA 1. TIPOS DE TESTES E EXEMPLOS
Fonte: elaborada pelas autoras(2021).
Teste de campo
 Ex: Teste de corrida de 
 12 min; Teste de Sentar 
 e Levantar.
Testes de laboratório
 Ex: Teste ergométrico
.
31UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 31UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Os testes de campo têm como característica a fácil aplicação, equipamentos não 
tão sofisticados, de baixo custo. Por essas características, não necessitam, em muitos 
casos, que os avaliadores tenham um elevado grau de especialização. Além disso, eles 
geralmente são aplicados em grupos de pessoas/avaliados em um tempo de coleta de 
dados relativamente curto (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013).
Os testes de laboratório utilizam equipamentos elaborados/especializados, que 
normalmente apresentam custos elevados, necessitando um ambiente adequado, com cli-
matização, iluminação, segurança dos equipamentos e dos avaliados, e avaliadores espe-
cializados para manusear os aparelhos, que muitas vezes requerem um tempo de aplicação 
maior. Por essas razões, os testes de laboratório, na maioria das vezes, são utilizados na 
realização de pesquisas e estudos de pós-graduação (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013).
32UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 32UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
2.CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO E VALIDAÇÃO DE TESTES DE APTIDÃO FÍSICA
Neste tópico, abordaremos os critérios para seleção e validação de testes de apti-
dão física. Esses critérios são denominados critérios de autenticidade científica, definidos 
como: validade, fidedignidade, objetividade, padronização e viabilidade (FONSECA, 2012; 
TRITSCHLER, 2003). Esses critérios estão presentes no Quadro 1.
QUADRO 1. CRITÉRIOS DE AUTENTICIDADE CIENTÍFICA. 
Validade Veracidade de um teste
Fidedignidade ou Confiabilidade
Consistência de um teste 
(reprodutibilidade da medida ou 
resultado)
Objetividade
Exatidão do resultado do teste quando 
utilizado por mais de um avaliador.
Padronização
Uniformidade em todos 
os procedimentos.
Viabilidade Condição de aplicação com êxito.
Fonte: elaborada pelas autoras(2021).
Na sequência são apresentados os conceitos de cada critério de autenticidade 
científica de maneira detalhada (ROJAS; BARROS, 2003; TRITSCHLER, 2003).
Validade: refere-se à capacidade do teste medir o que realmente se propõe a fazer, 
com um menor índice de erro possível;
33UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 33UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Fidedignidade ou Confiabilidade: refere-se a medida da reprodutibilidade do 
teste, quando é aplicado repetidamente, nas mesmas pessoas, na mesma avaliação, 
fornecendo dados similares ou iguais, indica o grau de precisão com que determinada 
característica é analisada.
Objetividade: refere-se ao grau de concordância com o valor verdadeiro de um 
teste, quando mensurados por dois ou mais avaliadores, comparando os resultados obtidos 
com intervalo de tempo reduzido, ou no mesmo momento. Portanto, o teste deve apresentar 
resultados idênticos ou muito próximos para uma pessoa avaliada e reavaliada em seguida.
Padronização: O teste deve seguir os mesmos procedimentos, com instruções 
claras, para que qualquer avaliador possa compreendê-lo e aplicar corretamente, por meio 
de uma normatização.
Viabilidade: Refere-se a condições necessárias para a aplicação do teste como os 
custos, tempo despendido, riscos e benefícios da aplicação.
É importante destacar que os critérios tradicionais utilizados para seleção e va-
lidação de testes de aptidão física são: Validade, Fidedignidade e Objetividade (ROJAS; 
BARROS, 2003). 
FIGURA 2. CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA OS TESTES DE APTIDÃO FÍSICA
Fonte: Adaptado de (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013; ROJAS; BARROS, 2003).
Para um melhor entendimento sobre os níveis de validade, reprodutibilidade e obje-
tividade, Safrit (1981) sugere a tabela 1, abaixo, para determinar se um teste atinge níveis 
adequados em relação aos critérios de autenticidade científica, podendo ser considerado 
excelente, bom, regular ou fraco (SAFRIT, 1981).
VALIDADE
Medir corretamente, com o 
mínimo de erro possível
CONFIABILIDADE
Reproduzir dados consis-
tentes e estáveis
OBJETIVIDADE
Confiabilidade entre 
avaliadores durante a 
administração de um 
mesmo instrumento de 
medida. Utiliza-se o 
coeficiente de 
correlação de Pearson (r).
34UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 34UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
TABELA 1. NÍVEIS DE VALIDADE, REPRODUTIBILIDADE E OBJETIVIDADE
Nível Validade Reprodutibilidade Objetividade
Excelente 0,80-1,00 0,90-1,00 0,95-1,00
Bom 0,70-0,79 0,80-0,89 0,85-0,94
Regular 0,50-0,69 0,60-079 0,70-0,84
Fraco 0,00-049 0,00-0,59 0,00-0,69
Fonte: (SAFRIT, 1981).
35UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 35UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
3. CONSTRUÇÃO DE TESTES
Antes de pensar ou de assumir a tarefa de partir para a construção de um teste, 
o ideal é se certificar de que isso realmente é necessário. Em outras palavras, buscar na
literatura especializada evidências de que o teste em questão realmente não foi alvo do
trabalho de outros pesquisadores. Com isso em mente, o resultado desse trabalho tende a
ser bem mais promissor.
Para a construção de um teste é necessário levar em consideração alguns elemen-
tos importantes como a objetividade, a reprodutibilidade e a validade do teste, apresentado 
no tópico 2. Além disso, é importante ressaltar os tipos de validade de um teste, que é um 
conhecimento básico sobre medidas e avaliações, utilizando abordagens qualitativas ou 
quantitativas, somente quando um instrumento é válido é possível considerar as informa-
ções obtidas para a avaliação (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006).
Desta forma, para definir o grau de validade de um instrumento é importante desta-
car a sua finalidade, a interpretação e os escores, e principalmente a aplicação, em outras 
palavras, para quem será aplicado, o público-alvo, se é compatível com a idade, gênero e o 
ambiente a ser realizado o teste de maneira geral (FREITAS, 2004). No que se refere a cons-
trução de testes, há diferentes tipos de validade: 1 - validade de face ou lógica; 2 - validade de 
conteúdo; 3 - validade de constructo; 4 - validade concorrente e; 5 - validade preditiva.
Validade Face ou de Lógica: O instrumento parece medir o que se propõe a medir 
e os instrumentos de medida produzirão escores representativos de alguma característica 
36UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 36UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
ou comportamento, é necessário determinar até que ponto esses escores podem trazer 
informações sobre o que pretende avaliar (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006). Exemplo: 
Questionário de Qualidade de Vida.
Validade de Conteúdo: Refere-se ao grau em que o conteúdo de um instrumento 
reflete adequadamente o constructo que está sendo medido (KIMBERLIN; WINTERSTEIN, 
2008). Enfatizando, se o conteúdo está presente nas duas versões do teste, necessaria-
mente as medidas obtidas na versão curta deverão correlacionar-se com as da versão 
longa (ROJAS; BARROS, 2003). Exemplo: questionário de atividade física habitual (IPAQ).
Validade de Constructo: É a extensão em que um conjunto de variáveis representa 
realmente o construto a ser medido (HAIR JR, J.F.; BLACK, W.C.; BABIN, B.J; ANDERSON, 
2006; MARTINS, 2006). Comparação de escores obtidos entre dois grupos diferentes em 
relação ao atributo que se pretende avaliar (ROJAS; BARROS, 2003).
Validade Concorrente: Relação estatística entre os escores produzidos pelo ins-
trumento de medida e indicadores de mesma natureza. Investiga a concordância entre o 
desempenho de um teste e a condição corrente do que se pretende avaliar (GUEDES, D.; 
GUEDES, J., 2006). Pode ser verificada aplicando-se ambos, o teste-alvo e o ‘padrão-ouro’, 
ao mesmo tempo (SOUZA; ALEXANDRE; GUIRARDELLO, 2017).
Validade Preditiva: O teste pretende predizer, por meio de uma equação matemá-
tica, a condição futura do examinado quanto a algum critério específico. Neste caso, um 
teste tem validade preditiva se as medidas que ele permite obter são significativamente 
correlacionados com uma característica, comportamento ou desempenho apresentados no 
futuro (ROJAS; BARROS, 2003).
Portanto, alguns tipos de validade requerem a aplicação de testes estatísticos. 
Assim, primeiro analisam o coeficiente de correlação entre os escores obtidos pelos instru-
mentos de medida. Em seguida, verificam em uma tabela de referência, como a apresentada 
por Tritschler (2000), com os resultados do coeficiente de correlação para a interpretação 
da validação de instrumentos ou testes na área da Educação Física. 
TABELA 2. COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO REFERÊNCIA PARA
 INTERPRETAÇÃO DE VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTOS
Coeficiente de Correlação Validação do Instrumento
0,90-0,99 Excelente
0,80-0,89 Muito Boa
0,70-0,79 Aceitável
0,60-0,69 Questionável
Fonte: Adaptado de Tritschler (2000) apud Guedes, D. e Guedes, J. (2006).
37UNIDADEI Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 37UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
4. ANTROPOMETRIA APLICADA
A antropometria é o método mais utilizado para a avaliação do estado nutricional 
individual e coletivo, nos diferentes ciclos da vida, como a infância, adolescência, adultos 
jovens, meia idade e idosos. De uma forma geral, é a aplicação de medições para o estudo 
do tamanho, da forma, dimensões físicas, maturação, crescimento e a composição corpo-
ral, classificando os indivíduos em “graus” de nutrição e adequação. É um procedimento 
não invasivo, de baixo custo e ‘fácil’ operacionalização e padronização, apresentando boa 
precisão e acurácia (FERREIRA, 2015; FONTOURA; FORMENTIN; ABECH, 2008).
Para aprender melhor sobre este tópico, na Educação Física, os métodos mais uti-
lizado na antropometria aplicada são: massa corporal, estatura, comprimentos, diâmetros, 
perímetros, e dobras cutâneas (FONTOURA; FORMENTIN; ABECH, 2008; KISS, 2003). 
Por meio dessas medidas é possível estratificar graus de nutrição e risco relacionado à 
saúde. Também é possível obter informações que em combinação com os resultados de 
testes motores podem gerar um escore que serve de indicativo sobre o potencial que uma 
pessoa tem em relação ao desempenho esportivo em determinada modalidade.
O peso para a idade e a estatura para a idade são indicadores muito valiosos 
da condição de vida, e especificamente da nutrição das crianças. Eles são usados por 
pediatras para avaliar o estado de saúde e o crescimento adequado da fase de crescimento 
desde bebê a criança. O SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) é um sis-
tema de informações do Ministério da Saúde, para promover a informação contínua sobre 
38UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 38UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
condições nutricionais de diferentes grupos populacionais e os fatores que as influenciam. 
Para a classificação do estado nutricional são utilizados índices antropométricos. O índice é 
a combinação entre duas medidas antropométricas (ex. peso e altura) ou entre uma medida 
antropométrica e uma demográfica (ex. peso por idade, altura por idade). Para explorar este 
tópico, de forma mais concreta, vamos apresentar os índices preconizados pela Vigilância 
Nutricional e SISVAN para cada fase do curso da vida. (SISVAN, 2004)
O índice usado para medir a relação entre o peso e a idade das crianças é chama-
do de: Criança Peso/Idade (P/I). Este índice é classificado em percentis para avaliação do 
estado nutricional de crianças. 
Conceito: O peso por idade expressa a relação entre a massa corporal e a idade 
cronológica da criança. É o índice utilizado para a avaliação do estado nutricional, prin-
cipalmente para caracterização de baixo peso. Essa avaliação é muito adequada para o 
acompanhamento do crescimento infantil e reflete a situação global do indivíduo, porém, 
não diferencia o comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos crônicos. 
Método de cálculo: O peso da criança é aferido, de acordo com métodos preconi-
zados e é registrado em quilos. A idade da criança é calculada em meses. Os valores são 
identificados no gráfico de crescimento infantil, segundo o sexo. Este gráfico corresponde a 
curvas que refletem o crescimento de uma população de referência e constam os percentis 
de peso por idade, e devem ser observados os pontos de corte para interpretação.
Interpretação: São definidos quatro pontos de corte para o indicador de Peso 
por Idade (P/I) (percentis 0,1,3,10 e 97), permitindo a seguinte classificação o estado 
nutricional infantil:
● P/I abaixo do percentil 0,1: criança com peso muito baixo para a idade.
● P/I maior ou igual ao percentil 0,1 e menor que o percentil 3: criança com
peso baixo para a idade.
● P/I maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança em risco
nutricional.
● P/I maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
peso adequado para a idade (eutrófica).
● P/I maior ou igual ao percentil 97: criança com risco de sobrepeso.
Usos: Permite avaliação do estado nutricional de crianças e o acompanhamento
do crescimento infantil.
Limitações: A partir do indicador de peso por idade, não é possível diferenciar se 
o comprometimento nutricional é atual/agudo ou pregresso/crônico.
39UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 39UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
De forma semelhante é avaliado o índice peso/altura (P/A). Este índice dispensa a 
informação da idade; expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e altura. 
É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da criança, como para o excesso de peso.
Método de cálculo: A altura da criança, quer seja o comprimento no caso de crian-
ças menores de 2 anos de idade (medida aferida com o indivíduo deitado) ou a estatura 
para crianças de 2 anos ou mais (medida aferida com o indivíduo em pé) é registrada em 
centímetros. O peso da criança é registrado em quilos. Tanto as medidas de altura como de 
peso são avaliadas segundo métodos preconizados e em seguida tais valores são identifi-
cados em gráficos de peso por altura, segundo o sexo. Este gráfico corresponde a curvas 
que refletem a distribuição desse índice em uma população de referência, isto é, aquela 
que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em condições socioeconômicas, 
culturais e ambientais satisfatórias. Nesse gráfico, são apresentados os percentis do índice 
de peso por altura e a intersecção da medida de peso da criança com sua altura possibilitará 
a identificação da faixa de percentil que se encontra o indivíduo, devendo ser observados os 
pontos de corte para sua interpretação. O percentil de peso por altura em que se encontra 
a criança também pode ser identificado por meio de tabelas que apresentam diferentes 
valores de peso em função da altura e do sexo do indivíduo.
Interpretação: São definidos três pontos de corte para o indicador de Peso por 
Altura (P/A) (percentis 3, 10 e 97), permitindo a seguinte classificação:
● P/A abaixo do percentil 3: criança com baixo peso para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança com
risco de baixo peso para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
peso adequado para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 97: criança com risco de sobrepeso para sua
estatura.
Quanto ao índice P/A, existe a possibilidade de não ser identificado um parâmetro 
segundo a referência adotada. Isso ocorre quando há um peso muito baixo ou muito alto 
em relação a determinada altura, ou uma altura muito baixa ou muito alta em relação a 
determinado peso.
Limitações: Não oferece um diagnóstico preciso de sobrepeso e obesidade, 
apenas de excesso de peso de uma forma geral. A informação sobre a idade da criança 
não é considerada na avaliação desse índice. Dessa forma, existe a possibilidade de uma 
40UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 40UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
criança apresentar P/A adequado, mas não ter as medidas isoladas de peso e de estatura 
adequadas para sua idade.
Seguindo os mesmos procedimentos descritos em relação às medidas P/I e P/A, 
obtém-se também as medidas de Altura/Idade (A/I).
O indicador de Altura por idade (A/I) expressa o crescimento linear de crianças e 
corresponde ao dado que melhor representa o efeito cumulativo de situações adversas 
sobre o crescimento da criança. É considerado como o índice mais sensível para aferir a 
qualidade de vida da população infantil. Trata-se de um índice incluído, recentemente, na 
Caderneta de Saúdeda Criança.
Os métodos de cálculo e Interpretação são idênticos aos do índice P/A, sendo 
utilizados também os mesmos pontos de corte para o índice de Altura por idade (percentis 
3, 10 e 97), permitindo a seguinte classificação do crescimento infantil:
● A/I abaixo do percentil 3: criança com altura baixa para a idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança com
risco para altura baixa para a idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
altura adequada para sua idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 97: criança com altura elevada para sua idade.
Usos: Permite avaliar o crescimento linear de crianças. Permite a identificação de
efeitos adversos acumulados sobre o crescimento da criança.
Limitações: Não é possível determinar o estado nutricional global da criança a 
partir desse índice.
4.1 Estado Nutricional de Adolescentes
Índice: Índice de Massa Corporal (IMC) em percentis para avaliação do estado 
nutricional de adolescentes. O IMC é o indicador utilizado para avaliar a proporção entre 
o peso e a altura de adolescentes. As medidas de peso e altura do indivíduo devem ser
avaliadas segundo métodos preconizados e registradas, respectivamente, em quilos e em
metros. O IMC é calculado pela relação entre o peso dividido pelo quadrado da altura do
indivíduo, expresso pela fórmula abaixo:
IMC = Peso (kg)
 Altura (m)2
41UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 41UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Para adolescentes, isto é, indivíduos com idade maior ou igual a 10 anos e menor 
de 20 anos, a classificação do estado nutricional é realizada a partir da identificação do 
percentil de IMC por idade e sexo. O valor obtido de IMC e a idade do adolescente devem 
ser identificados no gráfico de IMC por idade, segundo o sexo do indivíduo. Este gráfico 
corresponde a curvas que refletem a distribuição desse indicador em uma população de 
referência, isto é, aquela que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em con-
dições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias. No gráfico, são apresentados 
os percentis do indicador de IMC por idade. A intersecção da medida de IMC do adolescen-
te com sua idade possibilitará a identificação do percentil de IMC por idade do indivíduo, 
devendo ser observados os pontos de corte para sua interpretação. O percentil de IMC por 
idade em que se encontra o adolescente também pode ser identificado por meio de tabelas 
que apresentam diferentes valores de IMC em função da idade e do sexo do indivíduo.
Interpretação: São definidos dois pontos de corte para o indicador de IMC por 
idade para adolescentes (percentis 5 e 85), permitindo a seguinte classificação:
● Percentil de IMC por idade abaixo de 5: adolescente com baixo peso.
● Percentil de IMC por idade maior ou igual a 5 e menor que 85: adolescente
com peso adequado (eutrófico).
● Percentil de IMC por idade maior ou igual a 85: adolescente com sobrepeso.
Limitações: Não permite a avaliação da composição corporal do indivíduo. Por
exemplo, caso seja identificado um alto valor de IMC, não é possível afirmar, com exatidão, 
que o indivíduo apresenta excesso de gordura corporal, tendo em vista que há casos em 
que tal valor pode ser atribuído ao excesso de massa muscular, como no caso de atletas e 
de pessoas que realizam o treino com pesos habitualmente.
4.2 Estado Nutricional em Adultos
Índice: A fórmula do índice para identificar o estado nutricional dos adolescentes é 
a mesma para adultos, o que muda é a interpretação dos resultados do IMC para avaliação 
do estado nutricional de adultos.
Para adultos (indivíduos com 20 anos ou mais e menores de 60 anos de idade) não 
são necessários cálculos adicionais para a interpretação do indicador de IMC. Portanto, 
o estado nutricional será determinado a partir do valor bruto de IMC. A classificação do
estado nutricional de adultos é realizada a partir do valor bruto de IMC. Nesse caso, são
definidos três pontos de corte para o indicador de IMC (valores de IMC de 18,5, 25,0 e
30,0), permitindo a seguinte classificação:
42UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 42UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
● Valores de IMC abaixo de 18,5: adulto com baixo peso.
● Valores de IMC maior ou igual a 18,5 e menor que 25,0: adulto com peso
adequado (eutrófico).
● Valores de IMC maior ou igual a 25,0 e menor que 30,0: adulto com sobrepeso.
● Valores de IMC maior ou igual a 30,0: adulto com obesidade.
As limitações do IMC para adultos são as mesmas descritas na classificação dos
adolescentes. Além disso, o IMC também é utilizado na avaliação do estado nutricional 
de idosos (indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos). A classificação do estado 
nutricional de idosos, assim como a de adultos, é realizada a partir do valor bruto de IMC. 
Porém, para esse estágio de vida são definidos dois pontos de corte distintos daqueles de 
adultos para o indicador de IMC (valores de IMC de 22,0 e 27,0), permitindo a seguinte 
classificação:
● Valores de IMC menor ou igual a 22,0: idoso com baixo peso.
● Valores de IMC maior que 22,0 e menor que 27,0: idoso com peso adequado
(eutrófico).
● Valores de IMC maior ou igual a 27,0: idoso com sobrepeso.
REFLITA 
Na antropometria aplicada, é necessário avaliar e classificar o seu aluno, por meio do 
IMC, corretamente. Com essas informações, é possível planejar um treino físico ade-
quado, sem correr o risco de lesionar ou sobrecarregar algum membro ou articulação 
do seu aluno. Por isso é tão importante levar em consideração essas informações, para 
que você tenha segurança e conhecimento para a prescrição do exercício físico! 
Fonte: elaborado pelas autoras (2021).
43UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 43UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
5. OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA
Desde a clássica publicação de Carl Caspersen, Kenneth Powell e Gregory Chris-
tenson, em 1985 na revista científica Public Health Report, a Educação Física e áreas 
afins passaram a dispor de uma terminologia apropriada para importantes componentes de 
estudo, como a atividade física, e exercício e a aptidão física (CASPERSEN, POWELL e 
CHRISTENSON, 1985).
Estes autores tiveram o cuidado de diferenciar conceitos que vinham sendo tratados 
de forma confusa e, muitas vezes, intercambiável e este fato representava uma barreira à 
melhor compreensão desses distintos fenômenos. Assim, estabeleceram: Atividade Física 
é todo movimento produzido pela musculatura esquelética que resulta em gasto energético. 
Sendo o exercício físico um subconjunto da atividade física. A diferença é que este é plane-
jado, estruturado e repetitivo, tendo como objetivo a melhoria ou a manutenção da aptidão 
física. Por sua vez, a aptidão física é um conjunto de atributos que são relacionados à saúde 
ou ao desempenho físico, sendo que o grau em que as pessoas possuem esses atributos 
pode ser medido com testes específicos (CASPERSEN, POWELL e CHRISTENSON, 1985).
Destaca-se, dessa forma, que desde a sua definição operacional a aptidão física 
assumiu dois grupos de atributos, sendo que entre os atributos relacionados à saúde 
incluíram-se a resistência cardiorrespiratória, a força/resistência muscular, a composição 
corporal e a flexibilidade. Ao passo que os atributos relacionados ao desempenho espor-
44UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 44UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
tivo foram a agilidade, o equilíbrio, a coordenação, a velocidade, a potência e o tempo de 
reação. Deste modo, torna-se claro que os objetivos relacionados a avaliação

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