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Carolina Heberle Eduarda Boschetti Delais Regina Werlang Letícia Paula Canei ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE – RELATO DE ATIVIDADE São Miguel do Oeste, agosto de 2022 UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE 1º CLIENTE ANAMNESE E EXAME FÍSICO: D. V. R., sexo feminino, 73 anos de idade, cor negra, brasileira, apresenta-se calma e comunicativa, viúva, aposentada, ensino fundamental incompleto (3ª série), reside no município de São Miguel do Oeste (SC), bairro São Luiz. Mora em casa própria em condições precárias, não possui rede de água e esgoto, reside junto uma filha portadora de déficit mental e ao lado de sua casa mora outra filha com sua família. Relata ser hipertensa e diabética, não segue a dieta recomendada, relata que no início deste ano teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral), após isso passou a ter a deambulação prejudicada, artralgia e disartria. Não sabe informar sobre antecedentes familiares. Nega cirurgias anteriores e não sabe informar sobre alergias alimentares e medicamentosas. Faz uso de Atenolol, Metformina, Glimepirida, Sinvastatina, Captopril, Furosemida, Hidroclorotiazida, Losartana e Omeprazol. Cliente apresenta-se calma e comunicativa. Ao realizar o exame físico, verificou- se que seu peso atual é de 65 kg e altura 1,58 m, seu índice de massa corporal (IMC) ficou em 26.0, estando em sobrepeso. Temperatura axial e saturação de oxigênio em sangue arterial (SPO2) não mensurados, frequência cardíaca 52 bpm, frequência respiratória 22 mrpm, pressão arterial 150/80 mmHg e Hemoglicoteste (HGT) pós prandial 206 mg/dl. Apresenta higiene corporal precária, acuidade auditiva diminuída. Face hidratada. Acuidade visual diminuída, mucosa ocular hipocorada e hidratadas, escleras ictéricas. Na cavidade oral ausência de dentição, faz uso de prótese dentária superior. Pescoço com presença de bócio centralizado. Tórax simétrico e com expansão pulmonar preservada, na ausculta pulmonar sem alterações, ausculta cardíaca apresenta bradicardia. Abdômen plano. Pulso radial regular, cheio e forte, tempo de preenchimento capilar normal. MMSS com mobilidade. Pele hidratada. MMII com mobilidade prejudicada e sinal de cacifo +++/++++. Alto risco de queda conforme escala de Downton. Não é aplicável a escala de avaliação cognitiva. CONTEXTUALIZAÇÃO: Acidente Vascular Cerebral (AVC): O acidente vascular cerebral é uma das doenças mais comuns, sabemos que a hipertensão arterial é um dos principais fatores para desenvolvimento da doença, outros muitos fatores contribuem para o surgimento sendo o sedentarismo, alimentação inadequada e outras comorbidades associadas, pode levar à lesões neurológicas sendo muitas vezes irreversíveis ou trazendo sequelas graves e até mesmo o óbito. Hipertensão: São considerados valores de pressão sistólica acima ou igual a 140 mmHg e diastólica acima ou igual a 90 mmHg. É um dos principais fatores de risco para complicações cardiovasculares, pois atua diretamente na parede das artérias, podendo produzir lesões. Deve se ter grande importância no tratamento anti hipertensivo, com finalidade da redução da morbidade e mortalidade por complicações cardiovasculares, principalmente na prevenção de acidentes vasculares, insuficiência cardíaca e renal. Diabete Mellitus: Doença crônica caracterizada pela ausência da produção de insulina ou pela incapacidade de produzir a quantidade suficiente para o consumo do nosso corpo. A diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas regulares para melhor controle da glicose no sangue, já a diabetes tipo 2 é mais comum em adultos, o tratamento é o mesmo da diabetes tipo 1, porém nem sempre é necessário o uso de insulina. MEDICAÇÕES DE USO CONTÍNUO: • Atenolol: Anti-hipertensivo da classe dos betabloqueadores, indicado para: controle da hipertensão arterial, controle da angina pectoris, controle de arritmias cardíacas, tratamento do infarto do miocárdio, intervenção precoce e tardia após infarto do miocárdio. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: bradicardia, extremidades frias, depressão e distúrbios gastrointestinais. https://consultaremedios.com.br/sistema-cardiovascular-circulacao/angina/c https://minutosaudavel.com.br/infarto/ • Metformina: Hipoglicemiante oral da classe das biguanidas, usado no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 1 e 2, prevenção da Diabetes Mellitus tipo 2 em pacientes com sobrepeso. É contraindicado em: qualquer tipo de acidose metabólica, pré-coma diabético, distúrbios capazes de provocar hipóxia tecidual, insuficiência renal grave, condições agudas com potencial para alterar a função renal, insuficiência hepática, intoxicação alcoólica aguda e alcoolismo. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: distúrbios no paladar, alterações gastrointestinais e hipoglicemia. • Glimepirida: Antidiabético de uso oral pertencente à classe das sulfonilureias. Indicado para o tratamento da Diabete Mellitus. É contraindicado durante a gravidez e lactação. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: hipoglicemia, distúrbios oculares, distúrbios gastrointestinais, trombocitopenia e alopecia. • Sinvastatina: Antilipêmico da classe dos inibidores da hidroximetilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase. Indicado para a redução dos níveis do colesterol ruim (LDL) e dos triglicerídeos no sangue e também para tratar doenças cardiovasculares. E ao mesmo tempo aumenta o bom colesterol (HDL). Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: distúrbios digestivos, fraqueza e dor de cabeça. • Captopril: Anti-hipertensivo e vasodilatador, pertence à classe do inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA), indicado na hipertensão Insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio e nefropatia diabética. É contraindicado na gravidez. É capaz de reduzir a pressão arterial impedindo a constrição dos vasos sanguíneos. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: tosse, hipotensão, erupções cutâneas, frequentemente com prurido, e algumas vezes com febre, artralgia e eosinofilia. • Furosemida: https://consultaremedios.com.br/sistema-nervoso-central/alcoolismo/c https://consultaremedios.com.br/dor-febre-e-contusao/c É um diurético de alça, indicado para o tratamento da pressão alta leve a moderada, ou do inchaço causado por distúrbios do coração, fígado, rins ou queimaduras. É contraindicado em casos de: insuficiência renal com anúria, pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática, hipopotassemia severa, hiponatremia severa, hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: hipotensão, poliúria e distúrbios eletrolíticos. • Hidroclorotiazida: É um diurético tiazídico, utilizado como anti-hipertensivo, se utilizado com outros fármacos pode ser utilizado no tratamento dos edemas associados com insuficiência cardíaca congestiva e cirrose hepática. É contraindicado em casos de: comprometimento grave da função renal, distúrbio hepático grave, icterícia e anúria. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: dor abdominal superior, hipotensão e fraqueza. • Losartana: É um anti-hipertensivo que pertence a classe dos bloqueadores de angiotensina II, também pode ser usado na insuficiência cardíaca que promove a dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando a circulação do sangue, o que diminui a pressão nas artérias e melhora o funcionamento do coração, reduzindo o risco de complicações, como infarto ou derrame. É contraindicadono caso de: insuficiência hepática grave, e no segundo e terceiro trimestre de gestação. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: fadiga, cansaço, tontura e vertigem. • Omeprazol: Medicamento inibidor da bomba de prótons, indicado no tratamento de distúrbios ácidos-pépticos, úlcera péptica gástrica ou duodenal, esofagite de refluxo, síndrome de Zollinger-Ellison, profilaxia de aspiração de conteúdo gástrico durante a anestesia geral em pacientes de risco. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: cefaléia e alterações gastrointestinais. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NANDA 2018 - 2020: 1. Risco de quedas (Pg.799) evidenciado por dificuldades na marcha. https://minutosaudavel.com.br/hiponatremia/ https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-hipotensao-pressao-baixa-sintomas-na-gravidez-e-mais/ https://minutosaudavel.com.br/desidratacao/ 2. Deambulação preudicada (Pg. 397) relacionada à equilíbrio prejudicado evidenciado por capacidade prejudicada de andar sobre superfícies irregulares. 3. Risco de glicemia instável (Pg. 314) evidenciado por controle ineficaz de medicamentos e falta de adesão ao plano de controle do diabetes. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM: Para risco de quedas: • Providenciar dispositivos auxiliares. • Orientar o paciente sobre o uso de bengala ou andador, conforme apropriado. • Monitorar o modo de andar, o equilíbrio e o nível de fadiga com a deambulação. • Ensinar ao paciente formas de cair para minimizar lesões. • Remover peças de mobiliário baixas (banquinhos e mesinhas) que constituem motivo de tropeço. • Evitar o acúmulo de objetos no assoalho. • Providenciar iluminação adequada para aumentar a visibilidade. Para deambulação prejudicada: • Orientar o paciente a usar calçados que facilitem a deambulação e evitem lesões. • Consultar fisioterapeuta sobre plano de deambulação, se necessário. • Oferecer recursos para programas de equilíbrio, exercícios ou educação sobre quedas. • Propiciar um ambiente seguro para a deambulação • Monitorar a resposta do paciente aos exercícios de equilíbrio. Para risco de glicemia instável: • Monitorar o aparecimento de sinais e sintomas de hiperglicemia: poliúria, polidipsia, polifagia, fraqueza, letargia, mal estar, embaçamento visual ou cefaleia. • Encorajar a ingestão oral de líquidos. • Orientar o paciente e as pessoas importantes sobre prevenção, reconhecimento e conduta na hiperglicemia. • Encorajar o automonitoramento dos níveis de glicose sanguínea. • Orientar o paciente e as pessoas importantes sobre tratamento do diabetes durante a doença, inclusive uso de insulina e/ou agentes orais, monitoramento da ingestão de líquidos, reposição de carboidratos e o momento de buscar ajuda profissional, conforme apropriado. 2º CLIENTE ANAMNESE E EXAME FÍSICO M.L.S, sexo feminino, 78 anos de idade, cor branca, brasileira, apresenta-se confusa, comunicativa, desorientada, aposentada, porém não tem acesso ao benefício, ensino fundamental incompleto (2ª série), reside no município de São Miguel do Oeste (SC), bairro São Luiz. Mora em casa própria em condições precárias, não possui rede de água e esgoto, reside junto de seu companheiro, e filho que possui acuidade visual diminuída, é etilista e tabagista. Refere cefaleia (região parietal e occipital), dores nos membros superiores devido ao seu trabalho como catadora de recicláveis, devido a isso e aos esquecimentos contínuos, afastou-se do trabalho, nega uso de medicações para analgesia, não sabe informar sobre patologias e nega cirurgias prévias. Não sabe informar sobre alergias medicamentosas, alimentares e sobre antecedentes familiares. Relata usar sertralina e clonazepam, porém está há seis meses sem fazer o uso dos mesmos. Durante visita domiciliar seu companheiro não compareceu para conversar, seu filho relata que sua mãe tem frequentes períodos de esquecimento e é desorientada em tempo e espaço. Ao realizar exame físico, verificou-se que seu peso atual é de 39,8 kg, altura 1,64 m e seu índice de massa corporal (IMC) ficou em 14,7, estando em baixo peso. Temperatura axial e saturação de oxigênio em sangue arterial (SPO2) não mensurados, frequência cardíaca 74 bpm, frequência respiratória de 19 mrpm, pressão arterial 110/90 mmHg e hemoglicoteste pós prandial 85 mg/dl. Apresenta higiene corporal precária, couro cabeludo preservado, acuidade visual e auditiva diminuída, face hipocorada, desnutrida, mucosa ocular hipocorada e hidratada. Na cavidade oral ausência de dentição e não faz uso de prótese dentária. Pescoço sem anormalidades evidenciadas. Tórax simétrico com expansão pulmonar preservada, na ausculta pulmonar sem anormalidades. Abdome plano. Pulso radial cheio e forte. Membros superiores com mobilidade preservada. Pele hidratada. Membros inferiores com boa mobilidade. Alto risco de queda conforme escala de Downton. Provável comprometimento cognitivo conforme escala de avaliação cognitiva. CONTEXTUALIZAÇÃO: Índice de massa corporal abaixo do ideal: Pessoas com índice de massa corporal menor do que 18,5 são consideradas como abaixo do peso, o cálculo é realizado por uma relação entre peso e altura. Os principais fatores associados ao baixo peso são a desnutrição, consumo excessivo de álcool ou drogas, tabagismo e problemas de saúde mental. Comprometimento Cognitivo Leve: O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) corresponde a uma provável transição para demência e seu diagnóstico pode promover uma intervenção precoce tanto medicamentosa quanto comportamental. A avaliação neuropsicológica desempenha um importante papel no diagnóstico diferencial entre o processo de envelhecimento cognitivo normal e patológico. É utilizado testes neuropsicológicos para validar o critério clínico de CCL, definido como comprometimento em uma ou mais funções cognitivas com a preservação das atividades funcionais. Este critério é fundamental para a identificação da ausência ou presença de CCL, bem como estabelecer os subtipos específicos com risco diferencial para progressão em síndromes demenciais. MEDICAÇÕES DE USO CONTÍNUO • Sertralina: A sertralina age inibindo seletivamente a recaptação da serotonina, aumentando sua disponibilidade no cérebro, que é um neurotransmissor conhecido como “hormônio da felicidade”. O cloridrato de sertralina é um medicamento indicado para o tratamento da depressão acompanhada por sintomas de ansiedade, do transtorno obsessivo compulsivo em adultos e crianças acima de 6 anos de idade, do transtorno do pânico, do transtorno do estresse pós-traumático, da fobia social ou transtorno de ansiedade social e da síndrome da tensão pré-menstrual e/ou transtorno disfórico pré-menstrual. • Clonazepam: Pertence à classe dos benzodiazepínicos, de ação ansiolítica e anticonvulsivante. Indicado para tranquilizar, sedar e relaxar a musculatura. Seus efeitos colaterais como sonolência podem levar a consequências mais graves, principalmente se usado de forma incorreta. Tem alto índice terapêutico e baixo índice de toxicidade, casos raros de overdose, esses que podem ser revertidos através do antagonista flumazenil. Mesmo sendo um fármaco relativamente seguro, não deve ser usado por prazo maior que o indicado pois pode levar a efeitos colaterais a longo prazo. Este medicamento causa dependência e tolerância, deve ser realizado a interrupção de forma gradual, evitando síndrome da abstinência que leva aos sintomas de psicoses, distúrbio comportamental, tremores, agitação, dispnéia, alucinações e entre outras. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NANDA 2018-2020 1 . Risco de quedas (Pg. 799) evidenciado por alteração na função cognitiva. 2 . Memória prejudicada (Pg. 498) relacionada à prejuízo cognitivo leve evidenciado por incapacidade persistente de recordar informações sobre fatos ou eventos e incapacidade persistente de recordarse uma ação foi efetuada. 3. Dentição prejudicada (Pg. 755) relacionada à desnutrição evidenciado por ausência de dentes. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM: Para risco de quedas: • Providenciar dispositivos auxiliares • Orientar o paciente sobre o uso de bengala ou andador, conforme apropriado. • Monitorar o modo de andar, o equilíbrio e o nível de fadiga com a deambulação. • Ensinar ao paciente formas de cair para minimizar lesões. • Remover peças de mobiliário baixas (banquinhos e mesinhas) que constituem motivo de tropeço. • Evitar o acúmulo de objetos no assoalho. • Providenciar iluminação adequada para aumentar a visibilidade. Para memória prejudicada: • Discutir com o paciente/família todos os problemas práticos vividos em relação à memória. • Implementar técnicas de memorização apropriadas, como imagem visual, recursos mnemônicos, jogos de memória, indicadores de memória, técnicas de associação, elaboração de listas, utilização de computador, ou etiquetas com nomes, ou ensaio de informações. • Dar oportunidade para uso da memória de eventos recentes, como questionar ao paciente sobre um passeio recente. • Encaminhar à terapia ocupacional, conforme apropriado. Para dentição prejudicada: • Monitorar as gengivas quanto a edema, aspecto esponjoso, retração gengival e sangramento. • Monitorar os níveis de albumina, proteína total, hemoglobina e hematócritos. • Monitorar o nível de energia, mal-estar, cansaço e fraqueza. • Oferecer alimentos e líquidos nutritivos, conforme apropriado. • Determinar se o paciente necessita ou não de dieta especial. 3º CLIENTE ANAMNESE E EXAME FÍSICO: L.B.Z, sexo feminino, 88 anos de idade, cor branca, brasileira, apresenta-se calma, comunicativa e orientada, viúva, aposentada, ensino fundamental incompleto (4ª série), reside no município de São Miguel do Oeste (SC), bairro São Luiz, mora em casa própria de alvenaria, possui rede e esgoro e água tratada, reside junto de sua filha e genro. Refere dor nos joelhos há mais de três meses, relata ser hipertensa. Refere ter realizado cirurgia de catarata, há muito tempo atrás. Não sabe informar sobre alergias medicamentosas, alimentares e sobre antecedentes familiares. Relata a perda de quatro familiares em período de três meses, filho por problemas cardíacos, filha e genro por acidente de trânsito e marido. Relata fazer o uso de losartana, espironolactona, hidroclorotiazida, sinvastatina, levotiroxina, atenolol e ácido acetilsalicílico. Ao exame físico verificou-se que seu peso atual é 61 kg, altura 1,48 m e seu índice de massa corporal (IMC) 27,8, estando em sobrepeso. Temperatura axilar 35° C, saturação de oxigênio em sangue arterial (SPO2) 96%, frequência cardíaca de 56 bpm, frequência respiratória 22 mrpm, pressão arterial 130/80 mmHg e hemoglicoteste pós prandial 99 mg/dl. Apresenta higiene corporal adequada, couro cabeludo preservado. Face corada, hidratada, mucosa ocular corada e hidratada, acuidade visual diminuída, faz uso de óculos. Cavidade oral com ausência de dentição, faz uso de prótese dentária, superior e inferior. Pescoço sem anormalidades evidenciadas. Tórax simétrico, com expansão pulmonar preservada, ausculta pulmonar limpa. Abdome globoso e flácido. Pulso radial cheio e forte. Membro superiores com mobilidade. Pele hidratada. Membros inferiores com mobilidade preservada. Baixo risco de queda conforme escala de Downton. Possível comprometimento cognitivo conforme escala de avaliação cognitiva. CONTEXTUALIZAÇÃO: Hipertensão: São considerados valores de pressão sistólica acima ou igual a 140 mmHg e diastólica acima ou igual a 90 mmHg. É um dos principais fatores de risco para complicações cardiovasculares, pois atua diretamente na parede das artérias, podendo produzir lesões. Deve se ter grande importância no tratamento anti hipertensivo, com finalidade da redução da morbidade e mortalidade por complicações cardiovasculares, principalmente na prevenção de acidentes vasculares, insuficiência cardíaca e renal. Índice de massa corporal acima do ideal: O sobrepeso e a obesidade são considerados como doenças crônicas que interagem com um conjunto de enfermidades. No corpo humano, o excesso de tecido adiposo tanto se associa, como potencializa o desenvolvimento de patologias cardiovasculares, osteomusculares e neoplásicas. Em indivíduos idosos, estudos demonstraram existir relação entre a obesidade, a demência e a capacidade cognitiva. MEDICAÇÕES DE USO CONTÍNUO: • Losartana É um anti-hipertensivo que pertence a classe dos bloqueadores de angiotensina II, também pode ser usado na insuficiência cardíaca que promove a dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando a circulação do sangue, o que diminui a pressão nas artérias e melhora o funcionamento do coração, reduzindo o risco de complicações, como infarto ou derrame. É contraindicado no caso de: insuficiência hepática grave, e no segundo e terceiro trimestre de gestação. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: fadiga, cansaço, tontura e vertigem • Espironolactona É um diurético e antihipertensivo que auxilia aumentando a eliminação de água através da urina, sendo indicado para o tratamento da hipertensão arterial, inchaço relacionado com problemas no funcionamento do coração ou doenças no fígado e rins, hipopotassemia ou no tratamento do hiperaldosteronismo. • Hidroclorotiazida É um diurético tiazídico, utilizado como anti-hipertensivo, se utilizado com outros fármacos pode ser utilizado no tratamento dos edemas associados com insuficiência cardíaca congestiva e cirrose hepática. É contraindicado em casos de: comprometimento grave da função renal, distúrbio hepático grave, icterícia e anúria. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: dor abdominal superior, hipotensão e fraqueza. • Sinvastatina Antilipêmico da classe dos inibidores da hidroximetilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase. Indicado para a redução dos níveis do colesterol ruim (LDL) e dos triglicerídeos no sangue e também para tratar doenças cardiovasculares. E ao mesmo tempo aumenta o bom colesterol (HDL). Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: distúrbios digestivos, fraqueza e dor de cabeça • Levotiroxina A levotiroxina sódica é a forma sintética do principal hormônio produzido pela glândula tireoide, chamado de tiroxina, também conhecido pela sigla T4. A levotiroxina é, portanto, um medicamento indicado para o tratamento do hipotireoidismo, que é a doença provocada pela deficiente produção de hormônios pela tireoide. • Atenolol Anti-hipertensivo da classe dos betabloqueadores, indicado para: controle da hipertensão arterial, controle da angina pectoris,controle de arritmias cardíacas,tratamento do infarto do miocárdio, intervenção precoce e tardia após infarto do miocárdio. Entre as principais reações adversas e efeitos colaterais, ressalta-se: bradicardia, extremidades frias, depressão e distúrbios gastrointestinais. • Ácido Acetilsalicílico É um remédio anti-inflamatório não esteroide, que serve para tratar a inflamação, aliviar a dor e baixar a febre em adultos ou crianças, além disso, em baixas doses, o ácido acetilsalicílico é usado em adultos como anticoagulante, sendo indicado para reduzir o risco de infarto agudo do miocárdio, prevenir o AVC, angina e tromboses. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NANDA 2018-2020 1. Dor crônica (Pg. 892) relacionada à aumento no índice de massa corporal evidenciado por idade > 50 anos. 2. Risco de quedas (Pg 799) evidenciado por idade ≥ 65 anos. 3. Risco de baixa autoestima crônica (Pg 523) evidenciado por enfrentamento ineficaz da perda. https://consultaremedios.com.br/sistema-cardiovascular-circulacao/angina/c https://minutosaudavel.com.br/infarto/ 4. Memória prejudicada (Pg 498) relacionada à prejuízo cognitivo leve evidenciadopor capacidade preservada de realizar atividades da vida diária de forma independente. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM: Para dor crônica: • Determinar o impacto da experiência da dor na qualidade de vida (p. ex., sono, apetite, atividade, cognição, humor, relacionamentos, desempenho profissional e responsabilidades dos papéis). • Investigar com o paciente os fatores que aliviam/pioram a dor. • Avaliar com o paciente e a equipe de cuidados de saúde a eficácia de medidas passadas utilizadas para controlar a dor. • Orientar sobre métodos farmacológicos de alívio da dor. • Ensinar o uso de técnicas não farmacológicas (p. ex., biofeedback, TENS, hipnose, relaxamento, imagem orientada, terapia com música, recreação, terapia ocupacional, jogo terapêutico, acupressão, aplicação de calor/frio e massagem) antes, durante e após as atividades dolorosas, quando possível; antes que a dor ocorra ou aumente, e juntamente com outras medidas de alívio da dor. Para risco de quedas: • Providenciar dispositivos auxiliares • Orientar o paciente sobre o uso de bengala ou andador, conforme apropriado. • Monitorar o modo de andar, o equilíbrio e o nível de fadiga com a deambulação. • Ensinar ao paciente formas de cair para minimizar lesões. • Remover peças de mobiliário baixas (banquinhos e mesinhas) que constituem motivo de tropeço. • Evitar o acúmulo de objetos no assoalho. • Providenciar iluminação adequada para aumentar a visibilidade. Para risco de baixa autoestima crônica: • Auxiliar o paciente a aceitar a dependência dos outros, conforme apropriado. • Proporcionar experiências que aumentem a autonomia do paciente, conforme apropriado. • Facilitar um ambiente e atividades que aumentem a autoestima. • Ajudar o paciente a identificar a importância da cultura, da religião, da raça, do gênero e da idade na autoestima. • Monitorar os níveis de autoestima ao longo do tempo, conforme apropriado. Para memória prejudicada: • Discutir com o paciente/família todos os problemas práticos vividos em relação à memória. • Implementar técnicas de memorização apropriadas, como imagem visual, recursos mnemônicos, jogos de memória, indicadores de memória, técnicas de associação, elaboração de listas, utilização de computador, ou etiquetas com nomes, ou ensaio de informações. • Dar oportunidade para uso da memória de eventos recentes, como questionar ao paciente sobre um passeio recente. • Encaminhar à terapia ocupacional, conforme apropriado. Contextualização: Risco de quedas em idosos: A população idosa está crescendo consideravelmente no Brasil e no mundo. E em consequência deste fato, há a incidência de quedas neste grupo etário; tal evento adverso ocorre por múltiplos fatores, estes podendo ser extrínsecos, intrínsecos e comportamentais. Diversos são os fatores de risco para queda no domicílio, sendo estes a polifarmácia, o histórico de quedas, o baixo desempenho cognitivo, visão prejudicada, diagnóstico de osteoporose, o medo de futuras quedas, a diminuição da força muscular, deficiência de vitamina D e cálcio, além dos fatores ambientais que devem analisar pisos escorregadios, bordas de tapetes levantados, iluminação e a presença de animais domésticos. Outros fatores importantes são os fatores comportamentais que são facilmente modificáveis, como o uso de sapatos inadequados, o uso de equipamentos para auxílio de mobilidade e o sedentarismo.(Oliveira et al. 2019) https://www.zotero.org/google-docs/?qBZ4BA Uma peça importante é a prevenção no sentido de minimizar problemas secundários que surgem decorrente de quedas, é possível diminuir a ocorrência com cuidados simples como: promoção da saúde e prevenção de quedas; revisão das medicações; modificações nos domicílios; promoção da segurança no domicílio; promoção da segurança fora do domicílio. Intervenções multidisciplinares podem auxiliar no processo de prevenção de quedas no âmbito populacional. ("Visão de Educação em saúde na prevenção de quedas em idosos / Educação em saúde na prevenção de quedas em idosos" s.d.) É de importância máxima o interesse dos profissionais de saúde, principalmente o enfermeiro, acerca de quedas em idosos, vislumbrando entender as causas, fatores de risco e principalmente os modos de como evitar a ocasião da queda, minimizando problemas de saúde sérios que possam vir a acometer os idosos. É importante evidenciar o papel do profissional enfermeiro que precisa estar atualizado sobre informações de como atuar diretamente na prevenção de quedas em idosos, visto que a população idosa cresce rapidamente e a necessidade é atender as demandas de saúde que o idoso necessita. (Rodrigues, Marçal, e de Paula 2018) A queda representa um risco alto para a saúde do idoso, mesmo não sendo uma consequência do envelhecimento, ela sinaliza que há uma fragilidade ou indício de alguma doença aguda presente. Além dos problemas médicos, as quedas apresentam custo social, econômico e psicológico enormes, aumentando a dependência e a institucionalização, sendo uma das principais causas de incapacitação e óbito. (Sofiatti et al. 2021) O principal papel do enfermeiro na prevenção de quedas é antecipar com ações e estratégias para minimizar ou até mesmo anular os riscos, levando sempre em conta as particularidades culturais e socioeconômicas de forma holística e humanizada. É função do enfermeiro, tanto na atenção básica quanto assistencial ou até mesmo em home care, avaliar o histórico no intuito de buscar maior riqueza de informações para elaborar estratégias de prevenção e consequentemente suas reincidências. Conhecer esses dados permitirá a confecção de um planejamento de forma mais eficaz e satisfatória, respeitando a autonomia da pessoa idosa e seu nível econômico, envolvendo a família (se for o caso) no processo do cuidar, promovendo a educação continuada desses familiares e/ou cuidadores como apoio fundamental a proteção à pessoa idosa. (Queiroz et al. 2020) https://www.zotero.org/google-docs/?7pRFfr https://www.zotero.org/google-docs/?7pRFfr https://www.zotero.org/google-docs/?7pRFfr https://www.zotero.org/google-docs/?Zu2XKs https://www.zotero.org/google-docs/?OqUssg REFERÊNCIAS: Oliveira, Stephany Layla Felix de, Thais de Jesus Francisco, Hugo Marques Santos, Aparecida Nascimento Cesar, e Patrícia Rodrigues de Lima. 2019. "Fatores de risco para quedas em idosos no domicilio: um olhar para a prevenção / Risk factors for falls in elderly homes: a look at prevention". Brazilian Journal of Health Review 2 (3): 1568–95. 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