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Caso clínico AVEH

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ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso Clínico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SALVADOR-BAHIA 
 2020 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjDsrvKvt_KAhVIiJAKHZqDCEEQjRwIBw&url=https://www.bahiana.edu.br/graduacao/secretarias/&psig=AFQjCNE0AHZhPGbLkqEutveI3t5RRuaAfQ&ust=1454722718979739
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO 
 
Relatório apresentado ao curso de graduação 
em enfermagem da Escola Bahiana de 
Medicina e Saúde Pública como requisito para 
avaliação de Saúde do Adulto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
2020 
 
 
SUMÁRIO: 
1. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO ........................................................... 3 
2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 6 
4. FISIOPATOLOGIA ............................................................................................... 7 
5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ........................................................................... 8 
6. FATORES DE RISCO ........................................................................................... 9 
7. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS x PROBLEMAS 
IDENTIFICADOS .................................................................................................... 10 
8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM ............................................................ 12 
9. CONHECIMENTO SOBRE MEDICAMENTOS E EXAMES 
COMPLEMENTARES ............................................................................................ 14 
10. PLANEJAMENTO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM ................... 16 
11. PLANO DE ALTA.............................................................................................. 20 
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 22 
13. ANEXO ................................................................................................................ 23 
14. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
P.S., 75 anos, feminino, casada, aposentada, foi admitida no serviço de emergência do 
hospital Roberto Santos às 9 horas acompanhada do filho e do esposo. 
ANAMNESE 
Queixa Principal: o esposo relata que a paciente acordou com queixa de cefaleia e vômito, 
rigidez de nuca e com dificuldade de fala. 
História da doença atual: acordou às 7 horas da manhã de hoje com estes sintomas. Foi 
deitar-se às 22 horas do dia anterior. Quando chegou à emergência ainda apresentava 
comprometimento do nível de consciência. 
História de Saúde pregressa: Há 25 anos tem o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica 
(HAS). Há 08 anos apresentou infarto agudo do miocárdio e tem história de aneurisma 
cerebral há 02 anos. 
Histórico familiar: causa de morte materna aos 60 anos foi IAM. 
Medicação de uso contínuo: captopril 75 mg ao dia (uso irregular), AAS 100 mg/dia e 
sinvastatina 40 mg. 
Histórico pessoal e social: sono tranquilo, pouco controle de sal na dieta. Eliminações 
urinárias e intestinais regulares, ex-tabagista (parou há 10 anos), nega-se etilismo. OBS: 
Quem responde à entrevista são os familiares. 
EXAME FÍSICO: Paciente comatosa, Glasgow 7, com evidência de apneia durante a 
respiração. Na chegada apresentava PA 194/110 mmHg, FC 100 bpm, FR 14 mpm, temp 
axilar 36oC, Sat O2 87%, glicemia capilar 95 mg/dL. Peso aproximado de 60 kg. Couro 
cabeludo íntegro. Paresia facial central, desvio do olhar conjugado para a esquerda. Sem 
desvio de comissura labial, disartria presente. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares 
uniformemente distribuídos, sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca com ritmo regular, 2T, 
bulhas normofonéticas, sem sopro. Abdome flácido, normotenso à palpação, RHA presentes. 
Hemiparesia à Direita. 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Tomografia computadorizada de crânio revelou sangramento encefálico em área do 
hemisfério esquerdo. 
Exames laboratoriais de chegada: Hematócrito 39%; Hemoglobina: 10 mg/dL; plaquetas: 
141.000/mm3 
 
4 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
 
O cérebro é totalmente responsável pela inteligência, personalidade, humor e pelas 
características que nos individualizam e levam os nossos semelhantes a reconhecerem-nos 
como humanos. A perda da função cerebral pode ser desumanizante, tornando-nos 
dependentes de outros (CAPLAN, 2009). 
Fisiologicamente o cérebro requer um suprimento constante de glicose e oxigênio que 
é suprido pelo sangue. Embora nosso cérebro corresponda entre 1% a 2% do peso corporal, 
ele recebe em média 15% do débito cardíaco em repouso e consome 20% do oxigênio 
utilizado pelo organismo (ABBAS, FAUSTO e KUMAR, 2010). 
É exatamente quando há uma interrupção ou uma redução drástica do suprimento 
sanguíneo para a região cerebral, privando as células de oxigênio e nutrientes, que o Acidente 
Vascular Encefálico (AVE) pode surgir (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
A epidemiologia mundial do Acidente Vascular Encefálico revela que este é a segunda 
causa de morte em todo o mundo. Nessa perspectiva, estima-se que em 2030 
aproximadamente, 7,8 milhões de pessoas morrerão devido à AVE (GIVON, et al, 2012). Por 
outro viés, entre os países da América Latina, o Brasil apresenta a quarta pior taxa de 
mortalidade causada por AVE, assim, representando a terceira principal causa de morte no 
país (BENSENOR, et al., 2015). 
O aparecimento dos primeiros sinais e sintomas do AVE pode demorar minutos ou 
horas, a depender do local, tipo e extensão da lesão, porém, devido a sua alta taxa de 
mortalidade, e sua capacidade de trazer sequelas emocionais, físicas, comunicativas e/ou 
funcionais, é essencial que os profissionais estejam capacitados para ofertar um cuidado 
rápido e preciso (BRASIL, 2013). 
Segundo as literaturas o Acidente Vascular Encefálico pode ser classificado em dois 
tipos: Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVE-I) e Acidente Vascular Encefálico 
Hemorrágico (AVE-H). 
 O Acidente Vascular Encefálico Isquêmico corresponde a, aproximadamente, 85% 
dos casos, onde o que se observa é uma oclusão vascular e hipoperfusão, sendo estes eventos 
gerados a partir de distúrbios vasculares cerebrais. Surge de origem trombótica em grandes 
artérias e pequenas artérias penetrantes, associada à aterosclerose (principal causa), e a outros 
eventos como a partir de êmbolos cardiogênicos, associados geralmente a arritmias, e a 
formação de trombos no ventrículo esquerdo ou em casos de valvopatia cardíaca. 
5 
 
Já o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, tema de estudo deste trabalho, 
corresponde a 15% dos casos, e são gerados a partir de um extravasamento de sague para o 
cérebro (intracerebral), ou para o espaço subaracnóideo. Devido a esse processo hemorrágico, 
podem existir complicações maiores como aumento da pressão intracraniana e edema cerebral 
(CHEEVER e HINKLE, 2015). 
Dessa forma, segundo os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de 
Saúde (DATASUS), os óbitos por residência na Categoria CID-10 das cinco regiões 
brasileiras, durante o período de 2016 a 2018 (ver Tabela 1 em anexo), demostram que a 
hemorragia subaracnóidea possui uma menor prevalência (25,8%) e a hemorragia 
intracerebral uma maior prevalência (74,2%). No entanto, a hemorragia subaracnóidea 
ocasiona uma maior taxa de mortalidade na regiãosudeste, com 27,2%, e a hemorragia 
intracerebral possui uma taxa de mortalidade de 77,7% dos casos na região norte do Brasil. 
(BRASIL, 2013). 
Os casos mais comuns de hemorragias intracranianas são gerados a partir da 
hipertensão arterial, sendo esta responsável por 50% das hemorragias clinicamente 
significativas e 15% das mortes entre indivíduos com hipertensão arterial crônica (ABBAS, 
FAUSTO e KUMAR, 2010). 
Ademais, as hemorragias formadas dentro do espaço subaracnóideo podem ser 
decorrentes da expansão de um hematoma traumático, de uma hemorragia intracerebral 
hipertensiva para o interior do sistema ventricular, malformações vasculares, de distúrbios 
hematológicos e tumores (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
O reconhecimento precoce acerca dos sinais e sintomas que caracterizam o tipo de 
Acidente Vascular Encefálico, associado aos seus respectivos fatores de riscos, levantamentos 
de problemas e identificação das necessidades humanas básicas afetas, culminam na 
elaboração de diagnósticos mais precisos e em intervenções mais efetivas, contribuindo 
significativamente no prognóstico do paciente afetado por esta patologia. 
Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo estudar o caso clínico de um 
cliente com Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico com base na sistematização da 
assistência de enfermagem (SAE). 
 
 
 
6 
 
3. METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem qualitativa, do tipo 
estudo de caso clínico utilizando-se dados de óbitos por Acidente vascular encefálico 
hemorrágico (AVEH) através de dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade 
(SIM) do SUS e avaliação de estudos com base de dados SCIELO, LILACS e biblioteca 
virtual online (ABBAS, FAUSTO e KUMAR, 2010) (CHEEVER e HINKLE, 2015) 
(DOCHETERMAN e BULECHEK, 2008) (NANDA, 2018). 
A busca em diversas bases de dados teve como finalidade ampliar o âmbito da 
pesquisa e minimizar possíveis vieses. 
O levantamento dos artigos foi realizado no mês de maio de 2020, selecionado três e 
excluindo um, devido ao ano de publicação ser 2007, a pesquisa possui uma limitação entre o 
período de 2016 a 2020. 
Para o processamento, gerenciamento e análise dos dados, foram utilizados os 
programas Microsoft Office Excel, realizou-se estatística descritiva com a produção de 
indicadores de saúde de taxa e de proporção. Para o cálculo de taxa foi utilizada a população 
residente (Projeção), segundo dados sociodemográficos do IBGE. 
Descritores: Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, fatores de risco, 
epidemiologia, manifestação clínica e enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4. FISIOPATOLOGIA 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é definido como o 
desenvolvimento rápido de sintomas/sinais clínicos de um distúrbio focal (ocasionalmente 
global) da(s) função(ões) cerebral(ais), com duração superior a 24 horas ou que conduzam 
à morte, sem outra causa aparente para além da vascular (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). 
A hemorragia subaracnóidea ocorre quando há extravasamento de sangue para o 
espaço subaracnóideo, geralmente por ruptura de aneurisma sacular intracraniano. 
Usualmente está associada à hipertensão arterial. O excesso de sangue causado pelo 
rompimento do aneurisma atua como uma massa que comprime o cérebro, interferindo com 
seu funcionamento (BRASILEIRO FILHO, 2016). 
Além disso, o sangramento de uma hemorragia subaracnóidea interrompe o 
suprimento de sangue vital a uma área do cérebro que normalmente é alimentada pelo vaso 
sanguíneo rompido. Causas menos comuns, mas de relevância no diagnóstico, são os 
sangramentos sobrepostos a neoplasias ou por ruptura de malformação de vasos. 
(REGULASUS, 2016) 
A hemorragia intraparenquimatosa geralmente envolve a ruptura espontânea de um 
pequeno vaso intraparenquimatoso; o pico de incidência é aos 60 anos de idade. 
A hipertensão é o fator predisponente em metade dos casos, sendo responsável por 15% das 
mortes entre pacientes com hipertensão crônica. Essa provoca enfraquecimento do vaso 
devido à arteriosclerose hialina, necrose vascular focal e formação de micro aneurismas 
(aneurismas de Charcot-Bouchard) (ABBAS, FAUSTO e KUMAR, 2010). O rompimento 
desses aneurismas provoca o AVE hemorrágico intraparenquimatoso hipertensivo. As lesões 
ocorrem no putâmen (50% a 60% dos casos), no tálamo, na ponte e, raramente, nos 
hemisférios cerebelares, assim ocasiona sangramento dentro do parênquima cerebral, 
provocando um edema/inchaço nas estruturas locais que levará à lesão neurológica 
(PONTES-NETO, FILHO, et al., 2009). 
 
 
 
 
 
8 
 
5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
As manifestações mais acometidas no Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico 
Subaracnóidea, o qual o paciente do caso clínico apresenta são: cefaleia súbita de forte 
intensidade. Dessa forma, nota-se que cerca de 80% dos pacientes relatam que essa é a pior 
cefaleia que já́ teve em sua vida, essa cefaleia intensa é provocada por ruptura de aneurismas. 
A cefaleia é o sintoma mais comum, podendo ser acompanhada de náusea, vômitos, sinais 
meníngeos (especialmente rigidez na nuca) e perda transitória ou duradoura da consciência 
(BERTOLUCCI, FERRAZ, et al., 2016). 
O rebaixamento do nível de consciência e déficit focais causados por lesão 
neurológica em decorrência do sangramento também podem estar presentes e estão associados 
a pior prognóstico dos pacientes. 
Ademais, o desvio da comissura labial ocorre para um lado do rosto, localização essa 
que mostra aonde pode ter sido acometida a ruptura do aneurisma, esse desvio da comissura 
labial é acompanhado por dislalia ou disartria. Os sinais focais são pouco prováveis, porque o 
sangramento ocorre no espaço subaracnóideo e não no parênquima cerebral. (DE SÁ, 
GRAVE e PÉRICO, 2014). A hemiparesia pode ser desenvolvida subitamente, atingindo os 
membros superiores e/ou inferiores, o rosto e corpo. O cliente percebe a astenia nos membros 
afetados junto com hipoestesia. Além disso, é comum os pacientes vítimas de AVEH ter 
dificuldade de deambular, pois ocorre a sensação de vertigem, dificuldade de ficar em posição 
ortostática e manter o andar normalmente. 
Diante disso, a cliente do caso clínico exposto apresenta cefaleia, vomito, rigidez na 
nuca e dificuldade de fala, comprometimento no nível de consciência, comatoso, apneia, PA 
194/110 mmHg, saturação de oxigênio em 87%, paralisia facial central, desvio do olhar 
conjugado para a esquerda, disartria presente e hemiparesia a direita. 
 
Tabela 2- Diferenciação entre o Acidente Vascular Hemorrágico Intraparenquimatosa e o 
Acidente Vascular Hemorrágico Subaracnóidea. 
HEMORRAGIA 
SUBARACNOIDEA 
HEMORRAGIA 
INTRAPARENQUIMATOSA 
Cefaleia súbita Déficit neurológico focal súbito 
Náuseas e vômitos Cefaleia, Náuseas, vômitos 
Tontura Redução do nível de consciência 
Sinais de irritação meníngea Níveis pressóricos muito elevados 
9 
 
6. FATORES DE RISCO 
 
Os fatores de risco podem ser modificáveis e não modificáveis. Os fatores de risco não 
modificáveis são aqueles que não podemos interferir como encontramos no caso clínico, a 
idade do paciente, que o AVEH acomete com mais frequência clientes acima dos 55 anos, 
logo, nota-se que quanto maior a idade, maior o risco de ocorrer o AVEH. Além disso, a etnia 
que é mais acometida são indivíduos da raça negra, na qual o sexo masculino tem maior risco 
do que o sexo feminino e o histórico familiar que também pode interferir nesta prevalência. 
Os fatores de risco modificáveis são aqueles que podem ser intercedidos como a 
mudança do estilo de vida ou tratando as doenças associadas como a hipertensão arterial que é 
o principal fator de risco, caso o paciente consiga reduzir 5mmHg da pressão arterial sistólica, 
assim, conseguem reduzir 25% o risco de ter AVEH. Com isso, metas pressóricas reduzidas, 
menor risco de AVEH (CHAVES, 2000). 
Um a cadaquatro pacientes com AVEH está associado à dislipidemia, a elevação do 
LDL. Quanto menores os níveis alcançados de LDL, maior o benefício. Por isso, a 
importância o paciente utilizar a sinvastatina 40mg regularmente para a diminuição do LDL. 
O sobrepeso e a obesidade aumentam os riscos do AVEH, podemos notar isso nos pacientes 
com IMC entre 25 e 50 kg/m², cada aumento de 5 kg/m² aumenta em 5% o risco de 
mortalidade. Ademais, a relação cintura-quadril é um preditor mais forte que o IMC, 
principalmente em mulheres. Para cada aumento de 0,01 na relação cintura-quadril, há um 
aumento de 5% no risco de doença cardiovascular. A Diabetes Mellitus (DM) aumenta em 
mais de 2 vezes o risco de AVEH, os cristais de açúcares lesionam os vasos sanguíneos e isso 
aumenta a taxa de mortalidade por AVEH nos clientes com DM é de cerca de 20%. 
O tabagismo contribui independentemente para a incidência de AVE com maior risco 
para hemorragia subaracnóide, seguido por infarto cerebral. Outrossim, os anticoncepcionais 
orais (ACOs) são fatores de risco para AVE hemorrágico, nas mulheres que fumam, que têm 
mais de 35 anos de idade ou que tenham história de hipertensão (CHAVES, 2000). 
 
 
 
 
 
10 
 
7. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS x PROBLEMAS 
IDENTIFICADOS 
 
O ser humano como agente de mudanças é também a causa de equilíbrios e 
desequilíbrios em seu dinamismo. Os desequilíbrios ocasionam necessidades que, quando não 
atendidas ou atendidas inadequadamente, trazem desconforto, e se este se prolonga é causa de 
patologia. As necessidades humanas básicas, definidas por Horta como estados de tensões 
resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos vitais, podem estar associadas a 
alterações em diversos aspectos do corpo humano, entre elas a mecânica corporal, regulação 
neurológica, nutrição, condição socioeconômica, o sono e repouso e a auto-realização 
(HORTA, 1979). 
As necessidades humanas são universais, ou seja, são comuns a todos os indivíduos, 
contudo varia de um para o outro, através da sua forma de se manifestar e da adequada 
maneira de satisfazê-las ou atendê-las. Dessa forma, diversos fatores interferem na 
manifestação como: individualidade, idade, sexo, cultura, escolaridade, fatores econômicos e 
ambiente físico (HORTA, 1979). 
Nessa perspectiva, diante do estudo de caso proposto foram levantadas as seguintes 
necessidades humanas básicas afetadas, relacionado com os problemas de enfermagem 
encontrados, evidenciados na tabela 3. 
 
Tabela 3- Relação dos problemas identificados e as Necessidades humanas básicas afetadas. 
PROBLEMAS IDENTIFICADOS NHB AFETADAS 
 Cefaleia Percepção dolorosa 
 Vômito Hidratação e regulação eletrolítica 
 Rigidez de nuca Mecânica corporal 
 Disartria Comunicação 
 Comprometimento do nível da 
consciência 
(comatosa com Glasgow 7) 
Regulação neurológica 
 Captopril 75mg ao dia (uso 
irregular) 
Terapêutica 
 Pouco controle de sal na dieta Nutrição 
 
11 
 
 Apneia durante a respiração 
 
Oxigenação e eliminação 
 PA 194/110 mmHg Regulação vascular 
 Saturação de O2 87% 
 
Oxigenação e eliminação 
 Plaquetas: 141.000/mm3 Regulação: crescimento vascular 
 Paresia facial central Mecânica corporal 
 
 Desvio do olhar conjugado para a 
esquerda 
Mecânica corporal 
 
 Hemiparesia à direita Locomoção, mecânica e atividade física 
 
 Hemoglobina 10mg/dL Regulação vascular e oxigenação 
 
 Sangramento encefálico em área do 
hemisfério esquerdo 
Regulação neurológica 
 
 
Legenda: Necessidade Psicossocial Necessidade Psicobiológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 
 
O diagnóstico de enfermagem é o julgamento clínico sobre respostas/ 
experiências atuais ou potenciais do indivíduo, família ou comunidade aos problemas de 
saúde/processos de vida. Um diagnóstico de enfermagem proporciona a base para a seleção 
das intervenções de enfermagem de forma a atingir resultados pelos quais o enfermeiro é 
responsável. 
Cada domínio é composto por classes e cada classe é composta por conceitos 
diagnósticos (BRAGA e CRUZ, 2003). 
Nesse contexto, a tabela 4 evidencia os diagnósticos de acordo com os problemas 
encontrados no caso clínico. 
 
Tabela 4 - Relação entre os diagnósticos, características definidoras e os fatores relacionados. 
 
DIAGNÓSTICOS 
CARACTERÍSTICAS 
DEFINIDORAS (SINAIS E 
SINTOMAS) 
FATORES RELACIONADOS 
(ETIOLOGIA) 
Mobilidade Física 
Prejudicada 
Dom. 4 Cl. 2 
Hemiparesia a direita e 
rigidez na nuca 
Relacionado a prejuízo neuromuscular 
Deambulação 
Prejudicado 
Dom. 4 Cl. 2 
Capacidade prejudicada de 
andar uma distância 
necessária 
Associado a alteração na função 
cognitiva e prejuízo neuromuscular 
Comunicação 
Verbal 
Prejudicada 
Dom. 5 Cl. 5 
Disartria e dificuldade em 
usar expressão facial 
Prejuízo no sistema nervoso central 
Padrão 
Respiratório 
Ineficaz 
Dom. 4 Cl. 4 
Evidenciado por apneia Associado a prejuízo neurológico 
Controle Ineficaz 
da Saúde 
 Dom. 1 Cl. 2 
Dificuldade com o regime 
prescrito 
Dificuldade de controlar um regime de 
tratamento complexo 
Dor aguda 
Dom. 12 Cl. 1 
Alteraçõ es nõ para metrõ 
fisiõlõ gicõ 
Agente biõlõ gicõ lesivõ (AVE-H) 
Risco de 
Desequilíbrio 
Eletrolítico 
Dom. 2 Cl. 5 
- Võ mitõ 
 
Risco de Pressão 
Arterial Instável 
Dom. 4 Cl. 4 
 
- 
 
Inconsistência com o regime 
medicamentoso e hipertensão 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Risco de Lesão por 
Pressão 
Dom. 11 Cl. 2 
 
- 
 
 
Redução na Mobilidade 
 
 
Risco de Síndrome 
do Desuso 
Dom. 4 Cl. 2 
 
- 
 
 
Alteração no nível de consciência, 
hemiparesia e Paralisia Facial Central 
 
Risco de 
Tromboembolismo 
Venoso 
 Dom. 11 Cl. 2 
 
- 
 
 
Associada a AVE 
 
Risco de 
Sangramento 
Dom. 11 Cl. 2 
 
- 
 
 
Associado ao Aneurisma 
 
Risco de Queda 
Dom. 11 Cl. 2 
- 
 
Redução na Mobilidade 
 
Risco de 
Integridade 
tissular 
prejudicada 
 Dom. 11 Cl. 2 
 
- 
 
Associado a circulação prejudicada, 
mobilidade prejudicada e trauma 
vascular 
 
 Risco de Infeção 
 Dom. 11 Cl. 1 
- 
 
Associado a hemoglobina diminuída 
 
14 
 
9. CONHECIMENTO SOBRE MEDICAMENTOS E EXAMES COMPLEMENTARES 
 
A hipertensão arterial e a dislipidemia são um dos fatores de risco mais importantes no 
estabelecimento e desenvolvimento de patologias cardíacas e/ou cerebrovasculares. Nessa 
perspectiva, ao analisarmos o caso clinico proposto, podemos observar que a cliente P.S. 
necessita do uso continuo de Captopril 75 mg e Sinvastatina 40 mg, afim de minimizar os 
efeitos gerados por essas patologias em seu organismo. Quanto ao mecanismo de ação desses 
fármacos podemos destacar os seguintes aspectos: 
O Captopril é um importante hipotensor arterial (inibidor da ECA), e vasodilatador 
coronariano. Em suas propriedades inibe a conversão da angiotensina I em angiotensina II, 
reduz a formação de angiotensina II, diminuindo a resistência arterial periférica. Para, além 
disso, reduz as retenções de sódio e água, diminuindo assim a pressão arterial (MARTINS , 
FONSECA e DOS SANTOS, 2019). 
Já a Sinvastatina é um importante inibidor seletivo e competitivo da 3-hidroxi-3-metil-
glutaril-coezima A (HMG-CoA) redutase, a enzima limitante responsável pela conversão da 
HMG-CoA a mevalonato, um percursor dos esteóis, inclusive o colesterol. Entre seus efeitos 
terapêuticos podemos mencionar; diminuição do LDL-colesterol e do colesterol total; ligeiro 
aumento do HDL-colesterol e redução do VLDL-colesterole dos triglicerídeos. A redução 
dos lipídios/ colesterol culminam para a diminuição do risco de Infarto Agudo do Miocárdio e 
as sequelas do Acidente Vascular Encefálico (MARTINS , FONSECA e DOS SANTOS, 
2019) favorecendo um melhor prognóstico para a paciente do caso clínico. 
Outro grande aspecto observado no caso proposto é a utilização de Ácido 
Acetilsalicílico 100 mg uma vez ao dia por parte da cliente P.S., para prevenir o usuário de 
possível Infarto Agudo do Miocárdio e do Acidente Vascular Encefálico. O mecanismo de 
ação antitrombótica do ácido acetilsalicílico é o resultado da inibição da cicloxigenase, que, 
ao nível das plaquetas, inibe a síntese da tromboxano A2, com a consequente diminuição da 
capacidade de agregação plaquetária (MARTINS , FONSECA e DOS SANTOS, 2019). 
No que se refere a análise dos exames complementares da cliente P.S., é possível 
perceber uma alteração hemorrágica significativa em hemisfério cerebral esquerdo, 
evidenciado pelo resultado da hiper densidade dos tecidos cerebrais sadios na tomografia 
computadorizada (TC). A TC pode ser realizada com ou sem contraste. Logo após a chegada 
do cliente no serviço de saúde entre o tempo de 25 minutos ou menos, o procedimento de TC 
sem contraste pode ser realizado, tornando-se imprescindível para o diagnóstico, pois permite 
15 
 
a diferenciação do AVE – isquêmico do AVE – hemorrágico (CHEEVER e HINKLE, 2015). 
No entanto, se a opção for de realizar uma TC com contraste aumenta a especificidade ao 
mostrar captação de contraste por infartos subagudos e permitindo a visualização das 
estruturas venosas, tornando o diagnóstico ainda mais preciso (BRAUNWALD, FAUCI, et 
al., 2016). 
Por outro viés, os exames laboratoriais dessa cliente apresentam a hemoglobina de 
10g/dl, assim, estando inferior ao valor de referência para mulher: 12 g/dl a 16 g/dl. Nessa 
perspectiva, esse resultado indica presença de anemia, podendo provocar uma alteração do 
transporte de oxigênio e redução de nutrientes para as células neurais (CHEEVER e HINKLE, 
2015). 
Para, além disso, a cliente apresenta concomitantemente plaquetopenia - 141.000/mm³, 
(valor de referência 150.000 a 450.000/mm³), que pode estar sendo causada pela utilização do 
Ácido Acetilsalicílico (AAS). Como já mencionado, este tipo de fármaco é responsável por 
reduzir a agregação plaquetária, afetando na função das plaquetas, consequentemente 
interferindo na cascata de coagulação, favorecendo assim, a hemorragia no AVE hemorrágico 
(MARTINS , FONSECA e DOS SANTOS, 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
10. PLANEJAMENTO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
 
O planejamento de metas e as intervenções de enfermagem que serão realizadas 
contemplam aspectos fisiológicos e psicossociais do ser humano, a partir dos diagnósticos 
específicos é possível traçar o planejamento das metas e implementar as intervenções de 
enfermagem com seus respectivos aprazamentos, visando o tratamento, prevenção e 
promoção da saúde (ver tabela 5). Logo, corresponde a qualquer tratamento baseado no 
julgamento e conhecimento clínico, que seja realizado por um enfermeiro para melhorar os 
resultados do cliente. Portanto, trata-se de uma ação autônoma executada com base científica 
e em benefício do cliente, relacionada a um diagnóstico específico, com vistas a atingir os 
melhores resultados possíveis (DOCHETERMAN e BULECHEK, 2008). 
Tabela 5 - Relação entre os diagnósticos de enfermagem, plano de metas, intervenções de 
enfermagem e aprazamentos. 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
PLANO DE 
METAS 
 
INTERVENÇÕES 
 
APRAZAMENTOS 
 
 
 
Mobilidade Física 
Prejudicada, 
Deambulação 
prejudicada e 
Risco de Síndrome 
do Desuso 
 
Dom. 4 Cl. 2 
 
 
 
Melhorar e 
assegurar a 
mobilidade do 
paciente. 
 Colocar os objetos (Ex.: 
escadinha, muleta e produtos 
de higiene pessoal) próximos a 
paciente; 
 
Instruir a paciente a exercitar-
se e a aumentar a força do lado 
sadio; 
 
Fornecer um ambiente seguro 
em que a paciente se sinta 
encorajada a participar das 
atividades. 
 
Nas 24horas; 
 
 
 
Uma vez e quando 
necessário; 
 
 
 
5 vezes por dia 
durante 10min. 
 
 
Controle Ineficaz 
da Saúde 
 
Dom. 1 Cl. 2 
 
 
Estimular e 
auxiliar o 
autocuidado. 
Ensinar o paciente/família 
formas de manter um diário 
alimentar; 
 
Encorajar a adesão aos regimes 
alimentares (p. ex., evitar 
alimentos ricos em gorduras e 
sódio), conforme apropriado. 
Durante as 
refeições; 
 
 
 
Nas 24horas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
Comunicação 
Verbal 
Prejudicada 
 
Dom. 5 Cl. 5 
 
 
Incentivar 
comunicação para 
que o paciente 
volte se comunicar 
de maneira 
adequada. 
Utilizar pranchetas ou 
linguagens de sinais e escrita 
caso a paciente não consiga 
falar, assim evitando frustações 
e desesperança quanto a 
disfagia; 
 
Encaminhar o paciente a um 
fonoaudiólogo, para atenda ou 
atue na melhoria das 
necessidades de comunicação; 
 
Pedir aos familiares para que 
conversem com a paciente, 
procurando evitar problemas 
de origem emocional, como 
medo e sensação de invalidez. 
 
Nas 24horas; 
 
 
 
 
 
Uma vez quando 
necessário; 
 
 
 
Uma vez quando 
necessário. 
Padrão 
Respiratório 
Ineficaz 
 
Dom. 4 Cl. 4 
Melhorar o nível 
de oxigênio do 
paciente. 
Manter SaO2>90%; 
 
Promover Oxigenioterapia. 
4 em 4 horas; 
 
Nas 24horas. 
 
 
 
Dor aguda 
 
Dom. 12 Cl. 1 
 
 
 
Cessar a dor do 
paciente 
Avaliar características, 
intensidade e local da dor; 
 
Fornecer informações ao 
paciente que possam ajudá-lo a 
ampliar sua tolerância de dor; 
 
Ofertar ambiente tranquilo e 
confortável. 
 
2 em 2horas; 
 
 
Quando necessário; 
 
 
 Nas 24 horas. 
Risco de 
Desequilíbrio 
Eletrolítico 
 
 Dom. 2 Cl. 5 
Prevenir o 
desequilíbrio 
hídrico e 
eletrolítico do 
paciente. 
Monitorar a condição hídrica e 
eletrolítica; 
 
Oferecer líquidos ricos em 
eletrólitos. 
6 em 6 horas; 
 
 
2 em 2 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
Risco de Pressão 
Arterial Instável 
Dom. 4 Cl. 4 
 
 
 
 
 
 
 
Prevenir a 
oscilação da 
pressão arterial. 
 
Explicar a paciente e seus 
familiares a importância do 
controle periódico da pressão 
sanguínea arterial. Bem como 
do uso correto dos 
medicamentos anti-
hipertensivos, na prevenção de 
um novo acidente vascular 
cerebral; 
 
Realizar o controle adequado 
da ingesta de sódio, 
observando a dieta prescrita 
 
 
Uma vez quando 
necessário; 
 
 
 
 
 
 
Durante as 
refeições; 
 
18 
 
para a paciente, procurando 
evitar variações nos níveis 
pressóricos; 
 
Respeitar os horários das 
medicações e estar atento a 
possíveis efeitos adversos. 
 
 
 
 
Nas 24horas. 
 
 
 
Risco de Lesão por 
Pressão e 
Integridade 
tissular 
prejudicada 
 
Dom. 11 Cl. 2 
 
 
 
 
 
Prevenir lesão 
tecidual. 
 
Ensinar a paciente e aos seus 
familiares a técnica correta do 
curativo e enfatizar a 
importância de manter a 
assepsia da área; 
 
Observar características da 
pele, pedir para a paciente e os 
familiares também realizarem 
esse cuidado tanto no hospital 
quanto no domicílio; 
 
Mudar o decúbito do paciente. 
 
Nas 24 horas e 
quando necessário; 
 
 
 
 
Nas 24horas; 
 
 
 
 
4 em 4 horas. 
 
 
 
 
 
Risco de 
Tromboembolismo 
Venoso 
 
Dom. 11 Cl. 2 
 
 
 
 
 
Prevenção de 
acidente vascular 
encefálico. 
 
Ensinar e supervisionar o 
paciente na realização de 
exercícios de dorsiflexão e 
flexão plantar, seguidorotação 
medial e lateral do pé; 
 
Posicionar o paciente em 
decúbito dorsal com membros 
inferiores elevados em ângulo 
de 30° ou níveis acima do 
coração; 
 
Ensinar ao paciente 
hospitalizado e familiares 
sobre os riscos de TEV. 
 
 
Na manhã, tarde e 
noite; 
 
 
 
 
Nas 24 horas; 
 
 
 
 
Uma vez e quando 
necessário. 
 
 
 
 
Risco de 
Sangramento e 
Infeção. 
 
Dom. 11 Cl. 2 
 
 
 
 
Prevenção 
 
Monitorar o paciente para 
sinais de inchaço ou secreção 
purulenta; 
 
Realizar controle de sinais 
vitais e curva térmica; 
 
Observar presença de manchas 
no corpo do paciente; 
 
Avaliar exames laboratoriais e 
atentar para possíveis 
alterações; 
 
 
Nas 24 horas; 
 
 
6 em 6 horas; 
 
 
Nas 24 horas; 
 
 
 
Quando necessário; 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Garantir o aporte hídrico e 
nutricional adequado ao 
paciente. 
 
Nas 24 horas. 
 
 
 
 
Risco de Queda 
Dom. 11 Cl. 2 
 
 
 
 
Evitar acidente. 
Manter grades elevadas; 
 
Providenciar iluminação 
noturna junto ao leito; 
 
Orientar o paciente a levantar-
se progressivamente (elevar a 
cabeceira 30°, sentar-se no 
leito com os pés apoiados no 
chão por 5 min.), antes de sair 
da cama. 
Nas 24horas; 
 
Durante a noite; 
 
 
Na manhã, tarde e 
noite. 
20 
 
11. PLANO DE ALTA 
 
A alta hospitalar é cercada na enfermagem de vários conceitos onde, entende-se por 
alta hospitalar a transferência de cuidados do cliente que se encontra no hospital para outros 
contextos, como o domicílio. A alta hospitalar tem por finalidade fazer uma transferência 
segura, sem dificuldades para os clientes e seus cuidadores além de diminuir as chances de 
reinternações e, em consequência, evitar custos desnecessários para o sistema de saúde 
(HUBER e MCCLELLAND, 2003). 
Para que a alta se estabeleça é necessário que se faça um planejamento junto com os 
profissionais que compõem a equipe de saúde, ou seja; a alta deve ser planejada pela equipe 
multiprofissional responsável pelo cuidado ao cliente e a sua implementação deve ter início 
logo após o estabelecimento da terapêutica (PERASON, et. al, 2004). 
O planejamento de alta começa com a internação do cliente. Essa atividade envolve a 
identificação das necessidades do cliente e a criação de um planejamento completo para 
atendê-las. A comunicação com o cliente e a família e a cooperação de ambos são essenciais. 
Apesar da especificidade da enfermagem no planejamento de alta, este é realizado de modo 
interdisciplinar, o que envolve outros profissionais da equipe de saúde e instituições 
vinculadas (PEARSON, et. al, 2004). 
O envolvimento interdisciplinar se torna necessário por conta das atividades de 
encaminhamentos, acompanhamentos e, principalmente, da efetividade das ações do cuidado 
em saúde do cliente que sai do hospital. A alta hospitalar é uma etapa importante da 
sistematização da assistência de enfermagem, pois, direciona o plano e a implementação das 
ações no decorrer do período entre a admissão e a alta hospitalar propriamente dita, com a 
finalidade de prever a continuidade do cuidado ao cliente no domicílio. O enfermeiro deve 
avaliar as habilidades do paciente quanto ao autocuidado e o interesse da família em ajudá-lo, 
visto que o plano de alta tem como finalidade tornar o paciente autossuficiente para seu 
cuidado no domicílio ou para ser cuidado pela família. Desse modo, o papel do enfermeiro no 
processo de alta é o de proporcionar assistência desde a internação, educando o paciente e a 
família (MIASSO e CASSIANI, 2005). 
Para dar continuidade aos cuidados com o paciente e evitar uma reincidência de um 
AVE- H a cliente P.S. e seus familiares devem atentar para os devidos cuidados: controlar a 
hipertrigliceridemia da cliente através da mudança do estilo de vida desenvolvendo a prática 
de exercícios físicos, mudando a rotina nutricional reduzindo o consumo de comidas 
21 
 
gordurosas, realizando exames de rotina para o acompanhamento dos níveis de LDL, HDL e 
triglicerídeos e continuar fazendo o uso regular da medicação a sinvastatina. 
Fazer o cadastro no programa Hiperdia para controlar e monitorar a hipertensão 
arterial sistêmica, realizar acompanhamento nutricional reduzindo o consumo de sódio e usar 
de forma contínua o medicamento captopril para maior e melhor controle da HAS. Além 
disso, realizar acompanhamento com o médico na Unidade de Saúde mais próxima a sua 
residência, mudar os hábitos alimentares substituindo alimentos processados e com alto teor 
de gordura por alimentos in natura ou minimamente processados, medidas essas são eficazes 
para diminuir o risco de rompimento do aneurisma e utilizar regularmente o medicamento 
AAS para evitar a formação de trombos no aneurisma. 
Portanto, visando à melhoria da comunicação verbal é indicado que a paciente junto 
com os familiares deve exercitar a linguagem e melhor a produção dos sons através de 
estratégias traçadas pelo enfermeiro. Ademais, realizar acompanhamento regular com um 
fonoaudiólogo em consonância com os familiares, fisioterapeuta e psicólogo para evitar 
problemas com interações sociais, baixo auto estima e depressões devido a frustações 
causadas pelos sintomas. Para melhorar a mobilidade física é indicado que a paciente dê 
continuidade às caminhadas com auxílio de muletas e acompanhado diariamente, se possível 
fazer acompanhamento com fisioterapeuta e educador físico para evitar riscos de quedas e 
traumatismos futuros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir deste presente estudo, foi possível identificar que a Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia organizada em cinco etapas que 
norteiam a prática assistencial da enfermagem, contribuindo para o fortalecimento do 
julgamento crítico. Além disso, é capaz de nortear a tomada de decisões em diversas situações 
vivenciadas pelo enfermeiro enquanto gerenciador da equipe de enfermagem, promovendo 
sua autonomia na profissão. 
Nessa perspectiva, ficou evidente o quão importe é o reconhecimento precoce dos 
sinais e sintomas do AVE-H, prevenção dos fatores de risco, atrelado ao atendimento rápido, 
eficaz e condizente com as reais necessidades afetadas. Outrossim, demostra que a prática de 
cuidado científico necessita de uma avaliação dos exames laboratoriais, conhecimento acerca 
da fisiopatologia, capacidade em disseminar a educação em saúde ao paciente e seus 
familiares/cuidadores, a fim de estabelecer a prática do conhecimento com um olhar mais 
ampliado e valorizando a integralidade do indivíduo. 
Dessa maneira, a utilização da SAE fortalece e promove uma assistência de 
enfermagem individualizada, contínua, sistematizada e de qualidade, para que assim, as 
sequelas do AVE-H sejam minimizadas ou até mesmo excluídas, garantindo 
consequentemente, uma maior qualidade de vida ao indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
13. ANEXO 
 
Tabela 1: Óbitos por residência referente à hemorragia subaracnóide e intracerebral por 
Categoria CID-10 das cinco regiões brasileiras, no período de 2016 a 2018. 
 
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 REGIÃO 
NORTE 
REGIÃO 
NORDESTE 
REGIÃO 
SUDESTE 
REGIÃO 
SUL 
REGIÃO 
CENTRO-OESTE 
TOTAL 
Categoria CID -10 N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) 
Hemorragia 
subaracnóidea 
22,3% 23,4% 27,2% 26,6% 27% 25,8% 
Hemorragia 
intracerebral 
77,7% 76,6% 72,8% 73,4% 73% 74,2% 
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 
24 
 
 
 
 
14. REFERÊNCIAS 
 
1. ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; KUMAR, V. Robbins & Cotran - Patologia - Bases 
Patológicas das Doenças, 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2010. 
2. BENSENOR, Isabela M. etal. Prevalence of stroke and associated disability in Brazil: 
National Health Survey-2013. Arquivos de neuro-psiquiatria, v. 73, n. 9, p. 746-
750, 2015. 
3. BERTOLUCCI, P. H. F. et al. Neurologia: Diagnóstico e tratamento. 2° ed. São 
Paulo: Manole, 2016. 
4. BRAGA, Cristiane Giffoni et al. A taxonomia II proposta pela north american nursing 
diagnosis association (NANDA). Revista latino-americana de enfermagem, v. 11, n. 2, 
p. 240-244, 2003. 
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com 
acidente vascular cerebral / Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 
6. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo Patologia. 9. ed. Rio de Janeiro, RJ: 
Guanabara Koogan, 2016. 
7. BRAUNWALD, Eugene; FAUCI, Anthony S.; HAUSER, Stephen L.; KASPER, 
Dennis L.; LONGO, Dan L.; JAMESON, J. Larry - Harrison Medicina Interna - 2 
Volumes – Editora Artmed, Porto Alegre, Ed.19 p. 3076, 2016. 
8. Caplan, Louis R. Caplan’s stroke: a clinical approach. 4 ed. Philadelphia: Elsevier, 
2009. 
9. Carvalho JJ, Alves MB, Viana GA, Viana GAAV, Machado CB, Santos BFC, et al et 
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hospital-based multicenter prospective study. Stroke 2011;42:3341-3346. DOI: 
10.1161/STROKEAHA.111.626523 
10. CHAVES, M. L. Acidente vascular encefálico: conceituação e fatores de risco. Rev 
Bras Hipertens, v. 7, n. 4, p. 372-82, 2000. 
11. CHEEVER, K. H.; HENKLE, J.L. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem 
Médico – Cirúrgica. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V.1 e 2, 2015. 
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12. DE SÁ, B. P.; GRAVE, M. TQ; PÉRICO, E. Perfil de pacientes internados por 
Acidente Vascular Cerebral em hospital do Vale do Taquari/RS. Revista 
Neurociências, v. 22, p. 381-387, 2014. 
13. Docheterman, J. M. & Bulechek, G. M. (2008). Classificação das Intervenções de 
Enfermagem (NIC). (4ª ed.). Porto Alegre: Artmed. 
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da Saúde do Espírito Santo, 2018. 
16. GIVON, Uri et al. Methodology of the global and regional burden of stroke 
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17. GOULART, Bárbara Niegia Garcia de et al. Caracterização de acidente vascular 
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18. HARZHEIM, E.; AGOSTINHO, M. R.; KATZ, N. Regula SUS: Resumo Clínico – 
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<https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_res
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19. HORTA, W. D. A. Processo de enfermagem. São Paulo: Editora Pedagógica, p.99, 
1979. 
20. HUBER, Diane L.; MCCLELLAND, Eleanor. Patient preferences and discharge 
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21. International, N. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e 
Classificação - 2018/2020. Grupo A, 2018. 9788582715048. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715048/. Acesso em: 05Jun 
2020; 
22. Lima CMG, Silva HPW, Souza PAS, Amaral TLM, Prado PR. Características 
epidemiológicas e clínicas dos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral. J 
Health Sci Int. 2015;33 (1): 45-9. 
23. MANTES, C. E. et al. Telecondutas: acidente vascular cerebral. Porto Alegre: 
Telessaúde RS-UFRGS, 2018. 
https://www.ufrgs.br/
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020
26 
 
24. Martins, Ari Carlos; Fonseca Almir L.; Dos Santos Marcio N. Administração de 
Medicamentos na Enfermagem. AME: dicionário de administração de 
medicamentos na enfermagem. São Paulo: Martinari, Ed. 11, p. 6; 96; 562, 2019. 
25. MIASSO, Adriana Inocenti; CASSIANI, Silvia Helena De Bortoli. Administração de 
medicamentos: orientação final de enfermagem para a alta hospitalar. Revista da 
Escola de Enfermagem da USP, v. 39, n. 2, p. 136-144, 2005. 
26. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC. Brasília: Ministério da Saúde, 
2013. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rotinas_para_atencao_avc.pdf>. 
Acesso em: 14 jun. 2020. 
27. Passos VMA, Ishitani LH, Franco GC, Abreu DMX, Marinho MF, França EB. 
Consistent declining trends in stroke mortality in Brazil: mission accomplished? Arq 
Neuropsiquiatr 2016. 
28. PEARSON, Pauline et al. The process of hospital discharge for medical patients: a 
model. Journal of advanced nursing, v. 46, n. 5, p. 496-505, 2004. 
29. PONTES-NETO, Octávio M. et al. Diretrizes para o manejo de pacientes com 
hemorragia intraparenquimatosa cerebral espontânea. Arquivos de Neuro-
Psiquiatria, v. 67, n. 3B, p. 940-950, 2009. 
30. RegulaSUS. Resumo clínico – AVC. UFRGS. Porto Alegre, 2016. Disponível 
emhttps://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurologia_res
umo_avc_TSRS.pdf, acesso em 14 de junho de 2020. 
 
	1. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO
	2. INTRODUÇÃO
	3. METODOLOGIA
	4. FISIOPATOLOGIA
	5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
	6. FATORES DE RISCO
	7. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS x PROBLEMAS IDENTIFICADOS
	8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
	9. CONHECIMENTO SOBRE MEDICAMENTOS E EXAMES COMPLEMENTARES
	10. PLANEJAMENTO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
	11. PLANO DE ALTA
	12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	13. ANEXO
	14. REFERÊNCIAS

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