Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA CURSO DE ENFERMAGEM Caso Clínico SALVADOR-BAHIA 2020 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjDsrvKvt_KAhVIiJAKHZqDCEEQjRwIBw&url=https://www.bahiana.edu.br/graduacao/secretarias/&psig=AFQjCNE0AHZhPGbLkqEutveI3t5RRuaAfQ&ust=1454722718979739 CASO CLÍNICO Relatório apresentado ao curso de graduação em enfermagem da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública como requisito para avaliação de Saúde do Adulto. SALVADOR 2020 SUMÁRIO: 1. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO ........................................................... 3 2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 3. METODOLOGIA ................................................................................................... 6 4. FISIOPATOLOGIA ............................................................................................... 7 5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ........................................................................... 8 6. FATORES DE RISCO ........................................................................................... 9 7. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS x PROBLEMAS IDENTIFICADOS .................................................................................................... 10 8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM ............................................................ 12 9. CONHECIMENTO SOBRE MEDICAMENTOS E EXAMES COMPLEMENTARES ............................................................................................ 14 10. PLANEJAMENTO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM ................... 16 11. PLANO DE ALTA.............................................................................................. 20 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 22 13. ANEXO ................................................................................................................ 23 14. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 24 3 1. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO DADOS DE IDENTIFICAÇÃO P.S., 75 anos, feminino, casada, aposentada, foi admitida no serviço de emergência do hospital Roberto Santos às 9 horas acompanhada do filho e do esposo. ANAMNESE Queixa Principal: o esposo relata que a paciente acordou com queixa de cefaleia e vômito, rigidez de nuca e com dificuldade de fala. História da doença atual: acordou às 7 horas da manhã de hoje com estes sintomas. Foi deitar-se às 22 horas do dia anterior. Quando chegou à emergência ainda apresentava comprometimento do nível de consciência. História de Saúde pregressa: Há 25 anos tem o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Há 08 anos apresentou infarto agudo do miocárdio e tem história de aneurisma cerebral há 02 anos. Histórico familiar: causa de morte materna aos 60 anos foi IAM. Medicação de uso contínuo: captopril 75 mg ao dia (uso irregular), AAS 100 mg/dia e sinvastatina 40 mg. Histórico pessoal e social: sono tranquilo, pouco controle de sal na dieta. Eliminações urinárias e intestinais regulares, ex-tabagista (parou há 10 anos), nega-se etilismo. OBS: Quem responde à entrevista são os familiares. EXAME FÍSICO: Paciente comatosa, Glasgow 7, com evidência de apneia durante a respiração. Na chegada apresentava PA 194/110 mmHg, FC 100 bpm, FR 14 mpm, temp axilar 36oC, Sat O2 87%, glicemia capilar 95 mg/dL. Peso aproximado de 60 kg. Couro cabeludo íntegro. Paresia facial central, desvio do olhar conjugado para a esquerda. Sem desvio de comissura labial, disartria presente. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares uniformemente distribuídos, sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca com ritmo regular, 2T, bulhas normofonéticas, sem sopro. Abdome flácido, normotenso à palpação, RHA presentes. Hemiparesia à Direita. EXAMES COMPLEMENTARES: Tomografia computadorizada de crânio revelou sangramento encefálico em área do hemisfério esquerdo. Exames laboratoriais de chegada: Hematócrito 39%; Hemoglobina: 10 mg/dL; plaquetas: 141.000/mm3 4 2. INTRODUÇÃO O cérebro é totalmente responsável pela inteligência, personalidade, humor e pelas características que nos individualizam e levam os nossos semelhantes a reconhecerem-nos como humanos. A perda da função cerebral pode ser desumanizante, tornando-nos dependentes de outros (CAPLAN, 2009). Fisiologicamente o cérebro requer um suprimento constante de glicose e oxigênio que é suprido pelo sangue. Embora nosso cérebro corresponda entre 1% a 2% do peso corporal, ele recebe em média 15% do débito cardíaco em repouso e consome 20% do oxigênio utilizado pelo organismo (ABBAS, FAUSTO e KUMAR, 2010). É exatamente quando há uma interrupção ou uma redução drástica do suprimento sanguíneo para a região cerebral, privando as células de oxigênio e nutrientes, que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode surgir (BRASILEIRO FILHO, 2016). A epidemiologia mundial do Acidente Vascular Encefálico revela que este é a segunda causa de morte em todo o mundo. Nessa perspectiva, estima-se que em 2030 aproximadamente, 7,8 milhões de pessoas morrerão devido à AVE (GIVON, et al, 2012). Por outro viés, entre os países da América Latina, o Brasil apresenta a quarta pior taxa de mortalidade causada por AVE, assim, representando a terceira principal causa de morte no país (BENSENOR, et al., 2015). O aparecimento dos primeiros sinais e sintomas do AVE pode demorar minutos ou horas, a depender do local, tipo e extensão da lesão, porém, devido a sua alta taxa de mortalidade, e sua capacidade de trazer sequelas emocionais, físicas, comunicativas e/ou funcionais, é essencial que os profissionais estejam capacitados para ofertar um cuidado rápido e preciso (BRASIL, 2013). Segundo as literaturas o Acidente Vascular Encefálico pode ser classificado em dois tipos: Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVE-I) e Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVE-H). O Acidente Vascular Encefálico Isquêmico corresponde a, aproximadamente, 85% dos casos, onde o que se observa é uma oclusão vascular e hipoperfusão, sendo estes eventos gerados a partir de distúrbios vasculares cerebrais. Surge de origem trombótica em grandes artérias e pequenas artérias penetrantes, associada à aterosclerose (principal causa), e a outros eventos como a partir de êmbolos cardiogênicos, associados geralmente a arritmias, e a formação de trombos no ventrículo esquerdo ou em casos de valvopatia cardíaca. 5 Já o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, tema de estudo deste trabalho, corresponde a 15% dos casos, e são gerados a partir de um extravasamento de sague para o cérebro (intracerebral), ou para o espaço subaracnóideo. Devido a esse processo hemorrágico, podem existir complicações maiores como aumento da pressão intracraniana e edema cerebral (CHEEVER e HINKLE, 2015). Dessa forma, segundo os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), os óbitos por residência na Categoria CID-10 das cinco regiões brasileiras, durante o período de 2016 a 2018 (ver Tabela 1 em anexo), demostram que a hemorragia subaracnóidea possui uma menor prevalência (25,8%) e a hemorragia intracerebral uma maior prevalência (74,2%). No entanto, a hemorragia subaracnóidea ocasiona uma maior taxa de mortalidade na regiãosudeste, com 27,2%, e a hemorragia intracerebral possui uma taxa de mortalidade de 77,7% dos casos na região norte do Brasil. (BRASIL, 2013). Os casos mais comuns de hemorragias intracranianas são gerados a partir da hipertensão arterial, sendo esta responsável por 50% das hemorragias clinicamente significativas e 15% das mortes entre indivíduos com hipertensão arterial crônica (ABBAS, FAUSTO e KUMAR, 2010). Ademais, as hemorragias formadas dentro do espaço subaracnóideo podem ser decorrentes da expansão de um hematoma traumático, de uma hemorragia intracerebral hipertensiva para o interior do sistema ventricular, malformações vasculares, de distúrbios hematológicos e tumores (BRASILEIRO FILHO, 2016). O reconhecimento precoce acerca dos sinais e sintomas que caracterizam o tipo de Acidente Vascular Encefálico, associado aos seus respectivos fatores de riscos, levantamentos de problemas e identificação das necessidades humanas básicas afetas, culminam na elaboração de diagnósticos mais precisos e em intervenções mais efetivas, contribuindo significativamente no prognóstico do paciente afetado por esta patologia. Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo estudar o caso clínico de um cliente com Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico com base na sistematização da assistência de enfermagem (SAE). 6 3. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso clínico utilizando-se dados de óbitos por Acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) através de dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do SUS e avaliação de estudos com base de dados SCIELO, LILACS e biblioteca virtual online (ABBAS, FAUSTO e KUMAR, 2010) (CHEEVER e HINKLE, 2015) (DOCHETERMAN e BULECHEK, 2008) (NANDA, 2018). A busca em diversas bases de dados teve como finalidade ampliar o âmbito da pesquisa e minimizar possíveis vieses. O levantamento dos artigos foi realizado no mês de maio de 2020, selecionado três e excluindo um, devido ao ano de publicação ser 2007, a pesquisa possui uma limitação entre o período de 2016 a 2020. Para o processamento, gerenciamento e análise dos dados, foram utilizados os programas Microsoft Office Excel, realizou-se estatística descritiva com a produção de indicadores de saúde de taxa e de proporção. Para o cálculo de taxa foi utilizada a população residente (Projeção), segundo dados sociodemográficos do IBGE. Descritores: Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, fatores de risco, epidemiologia, manifestação clínica e enfermagem. 7 4. FISIOPATOLOGIA Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é definido como o desenvolvimento rápido de sintomas/sinais clínicos de um distúrbio focal (ocasionalmente global) da(s) função(ões) cerebral(ais), com duração superior a 24 horas ou que conduzam à morte, sem outra causa aparente para além da vascular (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). A hemorragia subaracnóidea ocorre quando há extravasamento de sangue para o espaço subaracnóideo, geralmente por ruptura de aneurisma sacular intracraniano. Usualmente está associada à hipertensão arterial. O excesso de sangue causado pelo rompimento do aneurisma atua como uma massa que comprime o cérebro, interferindo com seu funcionamento (BRASILEIRO FILHO, 2016). Além disso, o sangramento de uma hemorragia subaracnóidea interrompe o suprimento de sangue vital a uma área do cérebro que normalmente é alimentada pelo vaso sanguíneo rompido. Causas menos comuns, mas de relevância no diagnóstico, são os sangramentos sobrepostos a neoplasias ou por ruptura de malformação de vasos. (REGULASUS, 2016) A hemorragia intraparenquimatosa geralmente envolve a ruptura espontânea de um pequeno vaso intraparenquimatoso; o pico de incidência é aos 60 anos de idade. A hipertensão é o fator predisponente em metade dos casos, sendo responsável por 15% das mortes entre pacientes com hipertensão crônica. Essa provoca enfraquecimento do vaso devido à arteriosclerose hialina, necrose vascular focal e formação de micro aneurismas (aneurismas de Charcot-Bouchard) (ABBAS, FAUSTO e KUMAR, 2010). O rompimento desses aneurismas provoca o AVE hemorrágico intraparenquimatoso hipertensivo. As lesões ocorrem no putâmen (50% a 60% dos casos), no tálamo, na ponte e, raramente, nos hemisférios cerebelares, assim ocasiona sangramento dentro do parênquima cerebral, provocando um edema/inchaço nas estruturas locais que levará à lesão neurológica (PONTES-NETO, FILHO, et al., 2009). 8 5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As manifestações mais acometidas no Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico Subaracnóidea, o qual o paciente do caso clínico apresenta são: cefaleia súbita de forte intensidade. Dessa forma, nota-se que cerca de 80% dos pacientes relatam que essa é a pior cefaleia que já́ teve em sua vida, essa cefaleia intensa é provocada por ruptura de aneurismas. A cefaleia é o sintoma mais comum, podendo ser acompanhada de náusea, vômitos, sinais meníngeos (especialmente rigidez na nuca) e perda transitória ou duradoura da consciência (BERTOLUCCI, FERRAZ, et al., 2016). O rebaixamento do nível de consciência e déficit focais causados por lesão neurológica em decorrência do sangramento também podem estar presentes e estão associados a pior prognóstico dos pacientes. Ademais, o desvio da comissura labial ocorre para um lado do rosto, localização essa que mostra aonde pode ter sido acometida a ruptura do aneurisma, esse desvio da comissura labial é acompanhado por dislalia ou disartria. Os sinais focais são pouco prováveis, porque o sangramento ocorre no espaço subaracnóideo e não no parênquima cerebral. (DE SÁ, GRAVE e PÉRICO, 2014). A hemiparesia pode ser desenvolvida subitamente, atingindo os membros superiores e/ou inferiores, o rosto e corpo. O cliente percebe a astenia nos membros afetados junto com hipoestesia. Além disso, é comum os pacientes vítimas de AVEH ter dificuldade de deambular, pois ocorre a sensação de vertigem, dificuldade de ficar em posição ortostática e manter o andar normalmente. Diante disso, a cliente do caso clínico exposto apresenta cefaleia, vomito, rigidez na nuca e dificuldade de fala, comprometimento no nível de consciência, comatoso, apneia, PA 194/110 mmHg, saturação de oxigênio em 87%, paralisia facial central, desvio do olhar conjugado para a esquerda, disartria presente e hemiparesia a direita. Tabela 2- Diferenciação entre o Acidente Vascular Hemorrágico Intraparenquimatosa e o Acidente Vascular Hemorrágico Subaracnóidea. HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA Cefaleia súbita Déficit neurológico focal súbito Náuseas e vômitos Cefaleia, Náuseas, vômitos Tontura Redução do nível de consciência Sinais de irritação meníngea Níveis pressóricos muito elevados 9 6. FATORES DE RISCO Os fatores de risco podem ser modificáveis e não modificáveis. Os fatores de risco não modificáveis são aqueles que não podemos interferir como encontramos no caso clínico, a idade do paciente, que o AVEH acomete com mais frequência clientes acima dos 55 anos, logo, nota-se que quanto maior a idade, maior o risco de ocorrer o AVEH. Além disso, a etnia que é mais acometida são indivíduos da raça negra, na qual o sexo masculino tem maior risco do que o sexo feminino e o histórico familiar que também pode interferir nesta prevalência. Os fatores de risco modificáveis são aqueles que podem ser intercedidos como a mudança do estilo de vida ou tratando as doenças associadas como a hipertensão arterial que é o principal fator de risco, caso o paciente consiga reduzir 5mmHg da pressão arterial sistólica, assim, conseguem reduzir 25% o risco de ter AVEH. Com isso, metas pressóricas reduzidas, menor risco de AVEH (CHAVES, 2000). Um a cadaquatro pacientes com AVEH está associado à dislipidemia, a elevação do LDL. Quanto menores os níveis alcançados de LDL, maior o benefício. Por isso, a importância o paciente utilizar a sinvastatina 40mg regularmente para a diminuição do LDL. O sobrepeso e a obesidade aumentam os riscos do AVEH, podemos notar isso nos pacientes com IMC entre 25 e 50 kg/m², cada aumento de 5 kg/m² aumenta em 5% o risco de mortalidade. Ademais, a relação cintura-quadril é um preditor mais forte que o IMC, principalmente em mulheres. Para cada aumento de 0,01 na relação cintura-quadril, há um aumento de 5% no risco de doença cardiovascular. A Diabetes Mellitus (DM) aumenta em mais de 2 vezes o risco de AVEH, os cristais de açúcares lesionam os vasos sanguíneos e isso aumenta a taxa de mortalidade por AVEH nos clientes com DM é de cerca de 20%. O tabagismo contribui independentemente para a incidência de AVE com maior risco para hemorragia subaracnóide, seguido por infarto cerebral. Outrossim, os anticoncepcionais orais (ACOs) são fatores de risco para AVE hemorrágico, nas mulheres que fumam, que têm mais de 35 anos de idade ou que tenham história de hipertensão (CHAVES, 2000). 10 7. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS x PROBLEMAS IDENTIFICADOS O ser humano como agente de mudanças é também a causa de equilíbrios e desequilíbrios em seu dinamismo. Os desequilíbrios ocasionam necessidades que, quando não atendidas ou atendidas inadequadamente, trazem desconforto, e se este se prolonga é causa de patologia. As necessidades humanas básicas, definidas por Horta como estados de tensões resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos vitais, podem estar associadas a alterações em diversos aspectos do corpo humano, entre elas a mecânica corporal, regulação neurológica, nutrição, condição socioeconômica, o sono e repouso e a auto-realização (HORTA, 1979). As necessidades humanas são universais, ou seja, são comuns a todos os indivíduos, contudo varia de um para o outro, através da sua forma de se manifestar e da adequada maneira de satisfazê-las ou atendê-las. Dessa forma, diversos fatores interferem na manifestação como: individualidade, idade, sexo, cultura, escolaridade, fatores econômicos e ambiente físico (HORTA, 1979). Nessa perspectiva, diante do estudo de caso proposto foram levantadas as seguintes necessidades humanas básicas afetadas, relacionado com os problemas de enfermagem encontrados, evidenciados na tabela 3. Tabela 3- Relação dos problemas identificados e as Necessidades humanas básicas afetadas. PROBLEMAS IDENTIFICADOS NHB AFETADAS Cefaleia Percepção dolorosa Vômito Hidratação e regulação eletrolítica Rigidez de nuca Mecânica corporal Disartria Comunicação Comprometimento do nível da consciência (comatosa com Glasgow 7) Regulação neurológica Captopril 75mg ao dia (uso irregular) Terapêutica Pouco controle de sal na dieta Nutrição 11 Apneia durante a respiração Oxigenação e eliminação PA 194/110 mmHg Regulação vascular Saturação de O2 87% Oxigenação e eliminação Plaquetas: 141.000/mm3 Regulação: crescimento vascular Paresia facial central Mecânica corporal Desvio do olhar conjugado para a esquerda Mecânica corporal Hemiparesia à direita Locomoção, mecânica e atividade física Hemoglobina 10mg/dL Regulação vascular e oxigenação Sangramento encefálico em área do hemisfério esquerdo Regulação neurológica Legenda: Necessidade Psicossocial Necessidade Psicobiológica 12 8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM O diagnóstico de enfermagem é o julgamento clínico sobre respostas/ experiências atuais ou potenciais do indivíduo, família ou comunidade aos problemas de saúde/processos de vida. Um diagnóstico de enfermagem proporciona a base para a seleção das intervenções de enfermagem de forma a atingir resultados pelos quais o enfermeiro é responsável. Cada domínio é composto por classes e cada classe é composta por conceitos diagnósticos (BRAGA e CRUZ, 2003). Nesse contexto, a tabela 4 evidencia os diagnósticos de acordo com os problemas encontrados no caso clínico. Tabela 4 - Relação entre os diagnósticos, características definidoras e os fatores relacionados. DIAGNÓSTICOS CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS (SINAIS E SINTOMAS) FATORES RELACIONADOS (ETIOLOGIA) Mobilidade Física Prejudicada Dom. 4 Cl. 2 Hemiparesia a direita e rigidez na nuca Relacionado a prejuízo neuromuscular Deambulação Prejudicado Dom. 4 Cl. 2 Capacidade prejudicada de andar uma distância necessária Associado a alteração na função cognitiva e prejuízo neuromuscular Comunicação Verbal Prejudicada Dom. 5 Cl. 5 Disartria e dificuldade em usar expressão facial Prejuízo no sistema nervoso central Padrão Respiratório Ineficaz Dom. 4 Cl. 4 Evidenciado por apneia Associado a prejuízo neurológico Controle Ineficaz da Saúde Dom. 1 Cl. 2 Dificuldade com o regime prescrito Dificuldade de controlar um regime de tratamento complexo Dor aguda Dom. 12 Cl. 1 Alteraçõ es nõ para metrõ fisiõlõ gicõ Agente biõlõ gicõ lesivõ (AVE-H) Risco de Desequilíbrio Eletrolítico Dom. 2 Cl. 5 - Võ mitõ Risco de Pressão Arterial Instável Dom. 4 Cl. 4 - Inconsistência com o regime medicamentoso e hipertensão 13 Risco de Lesão por Pressão Dom. 11 Cl. 2 - Redução na Mobilidade Risco de Síndrome do Desuso Dom. 4 Cl. 2 - Alteração no nível de consciência, hemiparesia e Paralisia Facial Central Risco de Tromboembolismo Venoso Dom. 11 Cl. 2 - Associada a AVE Risco de Sangramento Dom. 11 Cl. 2 - Associado ao Aneurisma Risco de Queda Dom. 11 Cl. 2 - Redução na Mobilidade Risco de Integridade tissular prejudicada Dom. 11 Cl. 2 - Associado a circulação prejudicada, mobilidade prejudicada e trauma vascular Risco de Infeção Dom. 11 Cl. 1 - Associado a hemoglobina diminuída 14 9. CONHECIMENTO SOBRE MEDICAMENTOS E EXAMES COMPLEMENTARES A hipertensão arterial e a dislipidemia são um dos fatores de risco mais importantes no estabelecimento e desenvolvimento de patologias cardíacas e/ou cerebrovasculares. Nessa perspectiva, ao analisarmos o caso clinico proposto, podemos observar que a cliente P.S. necessita do uso continuo de Captopril 75 mg e Sinvastatina 40 mg, afim de minimizar os efeitos gerados por essas patologias em seu organismo. Quanto ao mecanismo de ação desses fármacos podemos destacar os seguintes aspectos: O Captopril é um importante hipotensor arterial (inibidor da ECA), e vasodilatador coronariano. Em suas propriedades inibe a conversão da angiotensina I em angiotensina II, reduz a formação de angiotensina II, diminuindo a resistência arterial periférica. Para, além disso, reduz as retenções de sódio e água, diminuindo assim a pressão arterial (MARTINS , FONSECA e DOS SANTOS, 2019). Já a Sinvastatina é um importante inibidor seletivo e competitivo da 3-hidroxi-3-metil- glutaril-coezima A (HMG-CoA) redutase, a enzima limitante responsável pela conversão da HMG-CoA a mevalonato, um percursor dos esteóis, inclusive o colesterol. Entre seus efeitos terapêuticos podemos mencionar; diminuição do LDL-colesterol e do colesterol total; ligeiro aumento do HDL-colesterol e redução do VLDL-colesterole dos triglicerídeos. A redução dos lipídios/ colesterol culminam para a diminuição do risco de Infarto Agudo do Miocárdio e as sequelas do Acidente Vascular Encefálico (MARTINS , FONSECA e DOS SANTOS, 2019) favorecendo um melhor prognóstico para a paciente do caso clínico. Outro grande aspecto observado no caso proposto é a utilização de Ácido Acetilsalicílico 100 mg uma vez ao dia por parte da cliente P.S., para prevenir o usuário de possível Infarto Agudo do Miocárdio e do Acidente Vascular Encefálico. O mecanismo de ação antitrombótica do ácido acetilsalicílico é o resultado da inibição da cicloxigenase, que, ao nível das plaquetas, inibe a síntese da tromboxano A2, com a consequente diminuição da capacidade de agregação plaquetária (MARTINS , FONSECA e DOS SANTOS, 2019). No que se refere a análise dos exames complementares da cliente P.S., é possível perceber uma alteração hemorrágica significativa em hemisfério cerebral esquerdo, evidenciado pelo resultado da hiper densidade dos tecidos cerebrais sadios na tomografia computadorizada (TC). A TC pode ser realizada com ou sem contraste. Logo após a chegada do cliente no serviço de saúde entre o tempo de 25 minutos ou menos, o procedimento de TC sem contraste pode ser realizado, tornando-se imprescindível para o diagnóstico, pois permite 15 a diferenciação do AVE – isquêmico do AVE – hemorrágico (CHEEVER e HINKLE, 2015). No entanto, se a opção for de realizar uma TC com contraste aumenta a especificidade ao mostrar captação de contraste por infartos subagudos e permitindo a visualização das estruturas venosas, tornando o diagnóstico ainda mais preciso (BRAUNWALD, FAUCI, et al., 2016). Por outro viés, os exames laboratoriais dessa cliente apresentam a hemoglobina de 10g/dl, assim, estando inferior ao valor de referência para mulher: 12 g/dl a 16 g/dl. Nessa perspectiva, esse resultado indica presença de anemia, podendo provocar uma alteração do transporte de oxigênio e redução de nutrientes para as células neurais (CHEEVER e HINKLE, 2015). Para, além disso, a cliente apresenta concomitantemente plaquetopenia - 141.000/mm³, (valor de referência 150.000 a 450.000/mm³), que pode estar sendo causada pela utilização do Ácido Acetilsalicílico (AAS). Como já mencionado, este tipo de fármaco é responsável por reduzir a agregação plaquetária, afetando na função das plaquetas, consequentemente interferindo na cascata de coagulação, favorecendo assim, a hemorragia no AVE hemorrágico (MARTINS , FONSECA e DOS SANTOS, 2019). 16 10. PLANEJAMENTO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM O planejamento de metas e as intervenções de enfermagem que serão realizadas contemplam aspectos fisiológicos e psicossociais do ser humano, a partir dos diagnósticos específicos é possível traçar o planejamento das metas e implementar as intervenções de enfermagem com seus respectivos aprazamentos, visando o tratamento, prevenção e promoção da saúde (ver tabela 5). Logo, corresponde a qualquer tratamento baseado no julgamento e conhecimento clínico, que seja realizado por um enfermeiro para melhorar os resultados do cliente. Portanto, trata-se de uma ação autônoma executada com base científica e em benefício do cliente, relacionada a um diagnóstico específico, com vistas a atingir os melhores resultados possíveis (DOCHETERMAN e BULECHEK, 2008). Tabela 5 - Relação entre os diagnósticos de enfermagem, plano de metas, intervenções de enfermagem e aprazamentos. DIAGNÓSTICOS PLANO DE METAS INTERVENÇÕES APRAZAMENTOS Mobilidade Física Prejudicada, Deambulação prejudicada e Risco de Síndrome do Desuso Dom. 4 Cl. 2 Melhorar e assegurar a mobilidade do paciente. Colocar os objetos (Ex.: escadinha, muleta e produtos de higiene pessoal) próximos a paciente; Instruir a paciente a exercitar- se e a aumentar a força do lado sadio; Fornecer um ambiente seguro em que a paciente se sinta encorajada a participar das atividades. Nas 24horas; Uma vez e quando necessário; 5 vezes por dia durante 10min. Controle Ineficaz da Saúde Dom. 1 Cl. 2 Estimular e auxiliar o autocuidado. Ensinar o paciente/família formas de manter um diário alimentar; Encorajar a adesão aos regimes alimentares (p. ex., evitar alimentos ricos em gorduras e sódio), conforme apropriado. Durante as refeições; Nas 24horas; 17 Comunicação Verbal Prejudicada Dom. 5 Cl. 5 Incentivar comunicação para que o paciente volte se comunicar de maneira adequada. Utilizar pranchetas ou linguagens de sinais e escrita caso a paciente não consiga falar, assim evitando frustações e desesperança quanto a disfagia; Encaminhar o paciente a um fonoaudiólogo, para atenda ou atue na melhoria das necessidades de comunicação; Pedir aos familiares para que conversem com a paciente, procurando evitar problemas de origem emocional, como medo e sensação de invalidez. Nas 24horas; Uma vez quando necessário; Uma vez quando necessário. Padrão Respiratório Ineficaz Dom. 4 Cl. 4 Melhorar o nível de oxigênio do paciente. Manter SaO2>90%; Promover Oxigenioterapia. 4 em 4 horas; Nas 24horas. Dor aguda Dom. 12 Cl. 1 Cessar a dor do paciente Avaliar características, intensidade e local da dor; Fornecer informações ao paciente que possam ajudá-lo a ampliar sua tolerância de dor; Ofertar ambiente tranquilo e confortável. 2 em 2horas; Quando necessário; Nas 24 horas. Risco de Desequilíbrio Eletrolítico Dom. 2 Cl. 5 Prevenir o desequilíbrio hídrico e eletrolítico do paciente. Monitorar a condição hídrica e eletrolítica; Oferecer líquidos ricos em eletrólitos. 6 em 6 horas; 2 em 2 horas. Risco de Pressão Arterial Instável Dom. 4 Cl. 4 Prevenir a oscilação da pressão arterial. Explicar a paciente e seus familiares a importância do controle periódico da pressão sanguínea arterial. Bem como do uso correto dos medicamentos anti- hipertensivos, na prevenção de um novo acidente vascular cerebral; Realizar o controle adequado da ingesta de sódio, observando a dieta prescrita Uma vez quando necessário; Durante as refeições; 18 para a paciente, procurando evitar variações nos níveis pressóricos; Respeitar os horários das medicações e estar atento a possíveis efeitos adversos. Nas 24horas. Risco de Lesão por Pressão e Integridade tissular prejudicada Dom. 11 Cl. 2 Prevenir lesão tecidual. Ensinar a paciente e aos seus familiares a técnica correta do curativo e enfatizar a importância de manter a assepsia da área; Observar características da pele, pedir para a paciente e os familiares também realizarem esse cuidado tanto no hospital quanto no domicílio; Mudar o decúbito do paciente. Nas 24 horas e quando necessário; Nas 24horas; 4 em 4 horas. Risco de Tromboembolismo Venoso Dom. 11 Cl. 2 Prevenção de acidente vascular encefálico. Ensinar e supervisionar o paciente na realização de exercícios de dorsiflexão e flexão plantar, seguidorotação medial e lateral do pé; Posicionar o paciente em decúbito dorsal com membros inferiores elevados em ângulo de 30° ou níveis acima do coração; Ensinar ao paciente hospitalizado e familiares sobre os riscos de TEV. Na manhã, tarde e noite; Nas 24 horas; Uma vez e quando necessário. Risco de Sangramento e Infeção. Dom. 11 Cl. 2 Prevenção Monitorar o paciente para sinais de inchaço ou secreção purulenta; Realizar controle de sinais vitais e curva térmica; Observar presença de manchas no corpo do paciente; Avaliar exames laboratoriais e atentar para possíveis alterações; Nas 24 horas; 6 em 6 horas; Nas 24 horas; Quando necessário; 19 Garantir o aporte hídrico e nutricional adequado ao paciente. Nas 24 horas. Risco de Queda Dom. 11 Cl. 2 Evitar acidente. Manter grades elevadas; Providenciar iluminação noturna junto ao leito; Orientar o paciente a levantar- se progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 min.), antes de sair da cama. Nas 24horas; Durante a noite; Na manhã, tarde e noite. 20 11. PLANO DE ALTA A alta hospitalar é cercada na enfermagem de vários conceitos onde, entende-se por alta hospitalar a transferência de cuidados do cliente que se encontra no hospital para outros contextos, como o domicílio. A alta hospitalar tem por finalidade fazer uma transferência segura, sem dificuldades para os clientes e seus cuidadores além de diminuir as chances de reinternações e, em consequência, evitar custos desnecessários para o sistema de saúde (HUBER e MCCLELLAND, 2003). Para que a alta se estabeleça é necessário que se faça um planejamento junto com os profissionais que compõem a equipe de saúde, ou seja; a alta deve ser planejada pela equipe multiprofissional responsável pelo cuidado ao cliente e a sua implementação deve ter início logo após o estabelecimento da terapêutica (PERASON, et. al, 2004). O planejamento de alta começa com a internação do cliente. Essa atividade envolve a identificação das necessidades do cliente e a criação de um planejamento completo para atendê-las. A comunicação com o cliente e a família e a cooperação de ambos são essenciais. Apesar da especificidade da enfermagem no planejamento de alta, este é realizado de modo interdisciplinar, o que envolve outros profissionais da equipe de saúde e instituições vinculadas (PEARSON, et. al, 2004). O envolvimento interdisciplinar se torna necessário por conta das atividades de encaminhamentos, acompanhamentos e, principalmente, da efetividade das ações do cuidado em saúde do cliente que sai do hospital. A alta hospitalar é uma etapa importante da sistematização da assistência de enfermagem, pois, direciona o plano e a implementação das ações no decorrer do período entre a admissão e a alta hospitalar propriamente dita, com a finalidade de prever a continuidade do cuidado ao cliente no domicílio. O enfermeiro deve avaliar as habilidades do paciente quanto ao autocuidado e o interesse da família em ajudá-lo, visto que o plano de alta tem como finalidade tornar o paciente autossuficiente para seu cuidado no domicílio ou para ser cuidado pela família. Desse modo, o papel do enfermeiro no processo de alta é o de proporcionar assistência desde a internação, educando o paciente e a família (MIASSO e CASSIANI, 2005). Para dar continuidade aos cuidados com o paciente e evitar uma reincidência de um AVE- H a cliente P.S. e seus familiares devem atentar para os devidos cuidados: controlar a hipertrigliceridemia da cliente através da mudança do estilo de vida desenvolvendo a prática de exercícios físicos, mudando a rotina nutricional reduzindo o consumo de comidas 21 gordurosas, realizando exames de rotina para o acompanhamento dos níveis de LDL, HDL e triglicerídeos e continuar fazendo o uso regular da medicação a sinvastatina. Fazer o cadastro no programa Hiperdia para controlar e monitorar a hipertensão arterial sistêmica, realizar acompanhamento nutricional reduzindo o consumo de sódio e usar de forma contínua o medicamento captopril para maior e melhor controle da HAS. Além disso, realizar acompanhamento com o médico na Unidade de Saúde mais próxima a sua residência, mudar os hábitos alimentares substituindo alimentos processados e com alto teor de gordura por alimentos in natura ou minimamente processados, medidas essas são eficazes para diminuir o risco de rompimento do aneurisma e utilizar regularmente o medicamento AAS para evitar a formação de trombos no aneurisma. Portanto, visando à melhoria da comunicação verbal é indicado que a paciente junto com os familiares deve exercitar a linguagem e melhor a produção dos sons através de estratégias traçadas pelo enfermeiro. Ademais, realizar acompanhamento regular com um fonoaudiólogo em consonância com os familiares, fisioterapeuta e psicólogo para evitar problemas com interações sociais, baixo auto estima e depressões devido a frustações causadas pelos sintomas. Para melhorar a mobilidade física é indicado que a paciente dê continuidade às caminhadas com auxílio de muletas e acompanhado diariamente, se possível fazer acompanhamento com fisioterapeuta e educador físico para evitar riscos de quedas e traumatismos futuros. 22 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir deste presente estudo, foi possível identificar que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma metodologia organizada em cinco etapas que norteiam a prática assistencial da enfermagem, contribuindo para o fortalecimento do julgamento crítico. Além disso, é capaz de nortear a tomada de decisões em diversas situações vivenciadas pelo enfermeiro enquanto gerenciador da equipe de enfermagem, promovendo sua autonomia na profissão. Nessa perspectiva, ficou evidente o quão importe é o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas do AVE-H, prevenção dos fatores de risco, atrelado ao atendimento rápido, eficaz e condizente com as reais necessidades afetadas. Outrossim, demostra que a prática de cuidado científico necessita de uma avaliação dos exames laboratoriais, conhecimento acerca da fisiopatologia, capacidade em disseminar a educação em saúde ao paciente e seus familiares/cuidadores, a fim de estabelecer a prática do conhecimento com um olhar mais ampliado e valorizando a integralidade do indivíduo. Dessa maneira, a utilização da SAE fortalece e promove uma assistência de enfermagem individualizada, contínua, sistematizada e de qualidade, para que assim, as sequelas do AVE-H sejam minimizadas ou até mesmo excluídas, garantindo consequentemente, uma maior qualidade de vida ao indivíduo. 23 13. ANEXO Tabela 1: Óbitos por residência referente à hemorragia subaracnóide e intracerebral por Categoria CID-10 das cinco regiões brasileiras, no período de 2016 a 2018. Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. REGIÃO NORTE REGIÃO NORDESTE REGIÃO SUDESTE REGIÃO SUL REGIÃO CENTRO-OESTE TOTAL Categoria CID -10 N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Hemorragia subaracnóidea 22,3% 23,4% 27,2% 26,6% 27% 25,8% Hemorragia intracerebral 77,7% 76,6% 72,8% 73,4% 73% 74,2% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 24 14. REFERÊNCIAS 1. ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; KUMAR, V. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2010. 2. BENSENOR, Isabela M. etal. Prevalence of stroke and associated disability in Brazil: National Health Survey-2013. Arquivos de neuro-psiquiatria, v. 73, n. 9, p. 746- 750, 2015. 3. BERTOLUCCI, P. H. F. et al. Neurologia: Diagnóstico e tratamento. 2° ed. São Paulo: Manole, 2016. 4. BRAGA, Cristiane Giffoni et al. A taxonomia II proposta pela north american nursing diagnosis association (NANDA). Revista latino-americana de enfermagem, v. 11, n. 2, p. 240-244, 2003. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral / Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 6. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo Patologia. 9. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2016. 7. BRAUNWALD, Eugene; FAUCI, Anthony S.; HAUSER, Stephen L.; KASPER, Dennis L.; LONGO, Dan L.; JAMESON, J. Larry - Harrison Medicina Interna - 2 Volumes – Editora Artmed, Porto Alegre, Ed.19 p. 3076, 2016. 8. Caplan, Louis R. Caplan’s stroke: a clinical approach. 4 ed. Philadelphia: Elsevier, 2009. 9. Carvalho JJ, Alves MB, Viana GA, Viana GAAV, Machado CB, Santos BFC, et al et al. Stroke epidemiology, patterns of management, and outcomes in Fortaleza, Brazil: a hospital-based multicenter prospective study. Stroke 2011;42:3341-3346. DOI: 10.1161/STROKEAHA.111.626523 10. CHAVES, M. L. Acidente vascular encefálico: conceituação e fatores de risco. Rev Bras Hipertens, v. 7, n. 4, p. 372-82, 2000. 11. CHEEVER, K. H.; HENKLE, J.L. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico – Cirúrgica. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V.1 e 2, 2015. 25 12. DE SÁ, B. P.; GRAVE, M. TQ; PÉRICO, E. Perfil de pacientes internados por Acidente Vascular Cerebral em hospital do Vale do Taquari/RS. Revista Neurociências, v. 22, p. 381-387, 2014. 13. Docheterman, J. M. & Bulechek, G. M. (2008). Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). (4ª ed.). Porto Alegre: Artmed. 14. Fernandes JG. Stroke prevention and control in Brazil: missed opportunities. Arq Neuropsiquiatr. 2015;73(9):733-5. DOI: 10.1590/s0004-282X20150127. 15. Fiorot Júnior, J.A.; Barbosa, L.A.; Sfalsini, R.R.; et al. Abordagem aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral. Diretrizes clínicas. Espírito Santos: Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo, 2018. 16. GIVON, Uri et al. Methodology of the global and regional burden of stroke study. Neuroepidemiology, v. 38, n. 1, p. 30-40, 2012. 17. GOULART, Bárbara Niegia Garcia de et al. Caracterização de acidente vascular cerebral com enfoque em distúrbios da comunicação oral em pacientes de um hospital regional. Audiology-Communication Research, v. 21, 2016. 18. HARZHEIM, E.; AGOSTINHO, M. R.; KATZ, N. Regula SUS: Resumo Clínico – AVC. Porto Alegre: TelessaúdeRS/UFRGS,2016 Disponível em: <https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_res umo_avc_TSRS.pdf. Acesso 24 maio. 2020>. 19. HORTA, W. D. A. Processo de enfermagem. São Paulo: Editora Pedagógica, p.99, 1979. 20. HUBER, Diane L.; MCCLELLAND, Eleanor. Patient preferences and discharge planning transitions. Journal of Professional Nursing, v. 19, n. 4, p. 204-210, 2003. 21. International, N. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e Classificação - 2018/2020. Grupo A, 2018. 9788582715048. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715048/. Acesso em: 05Jun 2020; 22. Lima CMG, Silva HPW, Souza PAS, Amaral TLM, Prado PR. Características epidemiológicas e clínicas dos pacientes acometidos por acidente vascular cerebral. J Health Sci Int. 2015;33 (1): 45-9. 23. MANTES, C. E. et al. Telecondutas: acidente vascular cerebral. Porto Alegre: Telessaúde RS-UFRGS, 2018. https://www.ufrgs.br/ https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020 https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020 https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020 https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020 https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_avc_TSRS.pdf.%20Acesso%2024%20maio.%202020 26 24. Martins, Ari Carlos; Fonseca Almir L.; Dos Santos Marcio N. Administração de Medicamentos na Enfermagem. AME: dicionário de administração de medicamentos na enfermagem. São Paulo: Martinari, Ed. 11, p. 6; 96; 562, 2019. 25. MIASSO, Adriana Inocenti; CASSIANI, Silvia Helena De Bortoli. Administração de medicamentos: orientação final de enfermagem para a alta hospitalar. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 39, n. 2, p. 136-144, 2005. 26. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rotinas_para_atencao_avc.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2020. 27. Passos VMA, Ishitani LH, Franco GC, Abreu DMX, Marinho MF, França EB. Consistent declining trends in stroke mortality in Brazil: mission accomplished? Arq Neuropsiquiatr 2016. 28. PEARSON, Pauline et al. The process of hospital discharge for medical patients: a model. Journal of advanced nursing, v. 46, n. 5, p. 496-505, 2004. 29. PONTES-NETO, Octávio M. et al. Diretrizes para o manejo de pacientes com hemorragia intraparenquimatosa cerebral espontânea. Arquivos de Neuro- Psiquiatria, v. 67, n. 3B, p. 940-950, 2009. 30. RegulaSUS. Resumo clínico – AVC. UFRGS. Porto Alegre, 2016. Disponível emhttps://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurologia_res umo_avc_TSRS.pdf, acesso em 14 de junho de 2020. 1. APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO 2. INTRODUÇÃO 3. METODOLOGIA 4. FISIOPATOLOGIA 5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 6. FATORES DE RISCO 7. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS AFETADAS x PROBLEMAS IDENTIFICADOS 8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 9. CONHECIMENTO SOBRE MEDICAMENTOS E EXAMES COMPLEMENTARES 10. PLANEJAMENTO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 11. PLANO DE ALTA 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS 13. ANEXO 14. REFERÊNCIAS
Compartilhar