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Sersam- CAPS III

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FACULDADE PITÁGORAS
Curso de graduação em Psicologia
 
 
Ludimila Pessamilio Machado Guimarães 
Maria Alice Silva Resende
Patrícia Natália Mendonça Basílio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERSAM- Serviço De Referência Em Saúde Mental
Divinópolis - MG
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divinópolis, MG 
 
2021
Ludimila Pessamilio Machado Guimarães 
Maria Alice Silva Resende
Patrícia Natália Mendonça Basílio
SERSAM - Serviço De Referência Em Saúde Mental
Divinópolis - MG
Trabalho apresentado à Disciplina Estágio II, do programa de Graduação em Psicologia da Faculdade Pitágoras.
Orientador Prof. Mateus Lopes de Carvalho
Divinópolis, MG 
 
2021
INTRODUÇÃO
Um ciclo iniciou-se em 1940, com a necessidade e surgimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Adauto Botelho esteve à frente do Serviço Nacional de Doenças Mentais que perduraram por 13 anos, propiciando crescimento, autorizando o serviço a realizar convênios com os governos estaduais e federais para a construção de hospitais psiquiátricos e investimentos em projetos (PAULIN, 2004).
As denominações psiquiátricas que eram chamadas 'hospício', 'asilo', 'retiro' ou 'recolhimento', foram reconhecidas pelo Código Brasileiro de Saúde e recebeu a categoria 'hospital'. Assim os instrumentos avançados da psiquiatria foram introduzidos no país, como o choque cardiazólico, a psicocirurgia, a insulinoterapia e a eletroconvulsoterapia na tentativa de afirmar para o psiquiatra sua real função médica (AMARANTE, 1992). 
Com os avanços, começaram a surgir os primeiros sinais de redemocratização do Brasil no final da década de 1970 e início da década de 1980. Contudo, o país enfrentava uma recessão econômica, surgindo a necessidade de cortar despesas, fazendo com que os altos custos com pagamento dos manicômios particulares contribuíssem para motivar a reforma psiquiátrica brasileira (TEIXEIRA, 2008).
Assim a Reforma tramitou no Congresso Nacional por mais de 12 anos, e só em 2001 a Lei Federal 10.216 de Paulo Delgado é sancionada no país trazendo modificações importantes no texto normativo, mas, ainda não, instituía mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios (TEIXEIRA, 2008).
Somente em 31 de julho de 2003, o Presidente da República assina a Lei n. 10.708 instituindo o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais, egressos de internações. Lei conhecida como "Programa de Volta para a Casa", estabelecendo um novo patamar na história do processo de Reforma Psiquiátrica Brasileira (TEIXEIRA, 2008). 
Tem-se o redirecionamento do modelo assistencial em saúde mental, com a criação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico, isto é, uma rede de dispositivos para atender a população com transtornos mentais de forma aberta, comunitária e com atuação em seus territórios. Dentre esses serviços está o CAPS III, que é o objetivo de estudo desse trabalho (BRASIL, 2005).
O CAPS III atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Proporcionam serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD (BRASIL, 2005). 
Por reconhecer a pluralidade de arranjos familiares que revelam a insuficiência de certos parâmetros que definem a família (como consanguinidade, heterossexualidade, divisão da mesma casa, entre outros), partilhamos a ideia de família como um grupo afetivo, influenciado por uma diversidade de fatores e contextos e caracterizado por relações íntimas e intergeracionais. Nesse grupo, inicia-se a aprendizagem dos afetos, dos valores e das relações sociais (SEMIONATO, 2003).
Com base nisso, esse projeto pretende realizar uma proposta de intervenção no SERSAM Divinópolis com oficinas terapêuticas expressivas (expressão corporal, expressão musical e expressão plástica) voltadas para reflexões acerca das relações familiares.
OBJETIVOS
Objetivo geral: 
Apresentar um projeto de intervenção de criação de oficinas terapêuticas expressivas
utilizando da música, do desenho, da expressão corporal, da imaginação, da produção de
colagens, da arte e do artesanato para dar oportunidades aos pacientes acolhidos pelo
SERSAM, localizado na cidade de Divinópolis em Minas Gerais de refletirem sobre seu lugar
no grupo familiar e sobre o seu papel na construção de novas relações.
Objetivos específicos: 
1. Desenvolver oficinas terapêuticas expressivas, corporal, verbal, levando a imaginação, reflexão, produção com os (pacientes) da saúde mental. 
2. Mostrar a importância dos processos familiares na rede intersetorial em saúde mental
3. Estimular a autonomia, o protagonismo social e a reflexão crítica desse grupo.
4. Fazer com que os pacientes desejem participar das relações familiares mais ativamente e tenham mais responsabilidades.
4. Fortalecer vínculos com os familiares dos pacientes da saúde mental.
Metodologia
METODOLogia
Como prática de intervenção psicossocial, as oficinas permitirá trabalhar diversas temáticas com os usuários e família. Ao longo dos encontros, depois de cada oficina será discutido com cada usuário o significado de família, suas características positivas e negativas e o papel dos usuários nessas relações. Fomentando uma reflexão sobre essas relações e atentando para a sua importância e para a forma como cada um poderia contribuir para a boa qualidade delas, tendo sempre como norte o estímulo ao protagonismo e à autonomia dos usuários.
As atividades aqui relatadas serão desenvolvidas com um grupo de usuários de saúde mental no CAPS III, SERSAM. O grupo se reunirá semanalmente, por um período de cinco meses, em um espaço da instituição, contando com a participação de seis a dez usuários de ambos os sexos. Será realizado com os residentes que vivem na instituição e com aqueles que vivem nos lares com seus familiares – pais, irmãos, cônjuges e/ou filhos. Além dos usuários (pacientes) os familiares também irão fazer parte das oficinas propostas.
Na oficina será utilizado como instrumento um material personalizado para cada paciente contendo um caderno para anotações, caneta, lápis, borracha, um kit com lápis de cor, papel A4, cola, revistas, jornais, etc. Terá uma pasta contendo poesias reflexivas com um olhar mais voltado para família, e um aparelho de som para tocar as músicas.
RESULTADOS ESPERADOS
Por meio das intervenções realizadas no SERSAM Divinópolis, esperamos contribuir para o aumento das discussões sobre a importância dos processos familiares em pacientes de saúde mental. 
Com ajuda das oficinas, pretendemos estimular a autonomia dos pacientes, o protagonismo social e a reflexão crítica do grupo. Ainda, esperamos que as oficinas realizadas sobre o tema “família” contribuam para que os usuários façam reflexões, desejem participar das relações familiares mais ativamente e tenham mais responsabilidades. E com isso, comece um processo de reflexão sobre as relações familiares e o papel dos pacientes de saúde mental nesses relacionamentos.
Dito isso, esperamos que essa experiência, com o tempo, melhore as relações familiares dos pacientes do SERSAM e que os mesmos possam abandonar as tradicionais posições de vítimas e de culpados.
Referências
Amarante, Paulo 1992 'A trajetória do pensamento critico em saúde mental no Brasil: planejamento na desconstrução do aparato manicomial'. Em M. E. X. Kalil (org.). Saúde mental e cidadania no contexto dos sistemas locais de saúde. São Paulo/Salvador, Hucitec, pp. 103-19.
PAULIN, L. F. e TURATO, E. R.: ‘Antecedentes da reforma psiquiátrica no Brasil: as contradições dos anos 1970’. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, vol. 11(2): 241-58, maio-ago. 2004.
MÔNICA TEIXEIRA, Manoel Tosta Berlinck Ana Cecília Magtaz Mônica Teixeira. A Reforma PsiquiátricaBrasileira: perspectivas e problemas. A Reforma Psiquiátrica Brasileira: perspectivas e problemas, [s. l.], ano 2008, v. 11, ed. 01, p. 08, março/2008 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.
MIRANDA, Richardson Machado. Reflexão Teórica. HISTORIA DA SAÚDE MENTAL DE DIVINÓPOLIS-MG, Divinópolis - MG, ano 2013, v. 1, n. 1, ed. 1, p. 09, 1 set. 2013.2001. p. 167-176.
DA GAMA, Carlos Alberto Pegolo. A implantação da rede de atenção psicossocial na Região Ampliada de Saúde Oeste de Minas Gerais-BR, Divinópolis - MG, ano 2019, v. 1, ed. 1, p. 12, 16 jul. 2019.
https://www.divinopolis.mg.gov.br/portal/noticias/0/3/4346/prefeitura-amplia-e-humaniza-assistencia--as-pessoas-com-sofrimento-mental
1 Brasil. Ministério da Saúde. Saúde Mental em Dados – 12 [Internet]. Inf Eletrônico. 2015;10(12):48. Available from: www.saude.gov.br/bvs/saudemental.
BRASIL. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Comissão Organizadora da III CNSM. Relatório Final da III Conferência Nacional de Saúde Mental. Brasília, 11 a 15 de dezembro de 2001. Brasília: Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, 2202, 213 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS. Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília : Ministério da Saúde, 2004.
SIMIONATO, M.A.W.; OLIVEIRA, R.G.O. Funções e transformações da família ao longo da história. In: Encontro Paranaense de Psicopedagogia, 1, 2003. I Encontro Paranaense de Psicopedagogia, Anais... CD ROM, ABPppr., nov., 2003.

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