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Introducao a Psicologia da Sexualidade 01_074437

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P S I C O L O G I A DA S E X U A L I DA D E
Profa Waleska Barros
C O N T E Ú D O
1. Histórico
2. Conceitos
3. Evolução ou Revolução?
2
I N T RO D U Ç Ã O
A sexualidade é uma parte essencial 
do ser humano, seu mau 
funcionamento não permite o 
desenvolvimento de uma vida plena 
nem bem-estar. O estudo e a 
intervenção nos aspectos sexuais do 
indivíduo, sem dúvida, é um trabalho 
necessário na abordagem da saúde 
pública. 
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A sexualidade é um conceito que está baseado na atração sexual e na afetividade 
compartilhada entre as pessoas.
É muito comum pensar em sexualidade e logo remeter ao sexo. Todavia, ela pode 
estar relacionada com outras maneiras pela busca do prazer e também com os 
sentimentos compartilhados. Note que o termo “sexo” refere-se ou aos órgãos 
genitais ou ao ato sexual.
A sexualidade é muito relativa e pessoal, visto que o que pode ser considerado 
prazeroso para alguns, pode não ser para outros. Além disso, ela se desenvolve de 
acordo com as experiências de cada pessoa.
S E G U N D O A O R G A N I Z A Ç Ã O 
M U N D I A L DA S A Ú D E ( O M S ) :
5
• “A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma 
necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser 
separado de outros aspectos da vida. Sexualidade não é sinônimo de 
coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. 
Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o 
amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos 
movimentos das pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A 
sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, 
portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano 
fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito 
humano básico.”
A sexologia é a disciplina que
estuda a sexualidade humana de
forma integral, a partir dos seus
aspectos biológicos, genéticos,
sociais, psicológicos e culturais.
A intenção desta ciência é
intervir terapeuticamente nos
problemas sexuais dos pacientes e
assim levá-los a desfrutar do ato
sexual de uma forma saudável.
As disfunções sexuais têm
ocorrido com maior frequência
desde o século passado e estão se
tornando cada vez mais comuns,
especialmente nos homens. A
sexologia está desempenhando
um papel muito importante neste
sentido.
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• A sexologia é uma disciplina relativamente nova; não foi 
estabelecida como profissão até o final do século XIX. O termo 
“sexologia” foi introduzido por Elizabeth Osgood. No entanto, foi 
no século XX quando evoluiu a passos largos. Nos anos 40 e 50, os 
aspectos biológicos, psicológicos e sociais da sexualidade masculina 
e feminina foram explorados. Mais tarde, nos anos 70, se começa a 
abordagem das disfunções sexuais.
• Agora, a sexologia funciona como uma profissão autônoma, 
embora com influências da medicina e da psicologia.
7
S E X U A L I D A D E : U M A 
C O N S T R U Ç Ã O 
H I S T Ó R I C A
No documento Tecendo a sexualidade entre 
avós, mães e filhas : um estudo exploratório 
sobre as mulheres no distrito de Antônio 
Pereira, Ouro Preto/MG. (páginas 30-33)
• A Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2002, referencia a sexualidade 
ao processo de construção das relações sociais, experimentada por meio de 
pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, condutas e práticas. Essa 
abrangência também ganhou sentido no seguimento dos movimentos feministas 
dos séculos XIX e XX, que colocavam, sob júdice, o determinismo biológico 
que utilizava a ideia de sexo associada exclusivamente à reprodução. Nesse 
contexto, a polêmica sobre a relação entre biologia, que tem como base a 
representação da espécie em macho e fêmea, contrapõe-se às representações das 
funções sociais atribuídas ao homem e à mulher em nossa cultura. A sexualidade 
das mulheres do distrito de Antônio Pereira estudadas nesta dissertação está 
inserida em um domínio onde uma geração busca autonomia em relação à outra 
e em relação à sua família.
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A história da sexualidade vista como construção e produção social aponta para importantes 
mudanças no comportamento sexual e no significado que lhe atribuímos. Nessa 
perspectiva, cada sociedade em cada momento histórico caracteriza as práticas sexuais de 
maneiras diferentes, levando em consideração o contexto em que está inserida. Por isso não 
se pode abordar aspectos relativos à sexualidade sem situá-la no tempo e no espaço. É 
imprescindível essa contextualização.
Ao adotarmos a perspectiva Foucaultiana da sexualidade, buscamos compreender a 
constituição discursiva de sexualidade do sujeito, como um projeto de produção dos desejos 
e objetos, considerando que a sua dimensão humana não é natural e nem universal em sua 
forma de expressão. A sexualidade, enquanto produto de construção social, resulta da 
interação do mundo interno e externo, da subjetividade e da organização social. Sendo algo 
a mais do que simplesmente o corpo biológico, a fisiologia e a morfologia do corpo 
proporcionam as condições prévias para a sexualidade humana, mas não governam as 
formas de expressão e as experiências da sexualidade.
• O conceito de sexualidade aqui descrito traz, como referência, crenças, 
comportamentos e relações socialmente produzidas em Antônio 
Pereira e historicamente modeladas, que se relacionam com o que 
Foucault (2010) denominou de “corpo e seus prazeres”. O corpo, na 
obra do autor, aparece como um composto de forças que se encontra 
em constante embate, se apresentando como um campo sobre o qual 
se operam diferentes dispositivos.
• Por dispositivos, entende-se:
• ... um conjunto decididamente heterogêneo que engloba discursos, 
instituições, organizações arquitetônicas, decisões regulamentares, leis, 
medidas administrativas, enunciados científicos, proposições filosóficas, 
morais, filantrópicas [...], o dispositivo é a rede que se pode estabelecer 
entre estes elementos (FOUCAULT, 2007, p. 244).
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• Dessa forma, o conceito de sexualidade, em Foucault (2007), diz respeito a uma 
construção social, a uma formação discursiva com dispositivos que o regulam, 
sendo estabelecido por discursos sobre sexo que irão legitimar suas práticas.
• Ao longo da história, a atividade sexual sempre foi objeto de preocupação moral e, 
como tal, submetida aos dispositivos de controle das práticas e dos 
comportamentos sexuais. Como esses dispositivos são construídos com base nos 
valores e ideologias predominantes na sociedade, eles assumem formas diferentes à 
medida que a sociedade muda. Dessa forma, baseado no pensamento de Foucault, é 
possível supor, que é a sociedade e a cultura que designam se determinadas práticas 
sexuais são apropriadas ou não, se são morais, imorais, saudáveis ou patológicas. 
Para este autor, a história da concepção de corpo e da sexualidade é a história dos 
sistemas de valores fundamentais em cada sociedade. Isso significa, então, que, nas 
relações de poder, os papeis delegados aos homens e às mulheres são caracterizados 
pelas variantes individuais e sociais envolvidas no comportamento sociocultural e 
pela instauração das regras e normas institucionais. E, nesse campo, a sexualidade.
12
M I C H E L F O U C A U LT ; 
P O I T I E R S , 1 5 D E 
O U T U B R O D E 1 9 2 6 –
P A R I S , 2 5 D E J U N H O D E 
1 9 8 4 )
Foi um importante filósofo 
francês. É amplamente conhecido 
pelas suas críticas às instituições 
sociais, especialmente à 
psiquiatria, à medicina, às prisões, 
e por suas ideias e da evolução 
da história da sexualidade, as suas 
teorias gerais relativas à energia e 
à complexa relação entre poder e 
conhecimento, e poder e 
governamentalidade.13
• Os seus trabalhos mais famosos são: História da Loucura, O Nascimento da Clínica, A 
Arqueologia do Saber, Vigiar e Punir e A História da Sexualidade . Além desses livros, 
são publicadas hoje em dia transcrições de seus cursos realizados no Colige de France 
e inúmeras entrevistas, que auxiliam na introdução ao pensamento deste autor. 
Autoproclamado homossexual, morreu vítima de SIDA em 1984.
• Michel Foucault procurou, na grande maioria das suas obras, abordar problemas
concretos como a insanidade (a prisão, a clínica…), num contexto muito específico
geograficamente e historicamente (na França, na Europa ou no Ocidente, no século
XVIII, ou na Grécia antiga, etc.). No entanto, as suas observações ajudam a identificar
os conceitos superiores a esses limites no tempo e no espaço. Estuda a transferência,
por exemplo, das técnicas de punição penal no final do século XVIII, sugerindo o
surgimento de uma nova forma de subjetividade constituída pelo governo Biopoder.
• No segundo semestre de 1970, ele estava tão interessado no que parecia uma nova
forma de exercício do poder (de vida), ele chamou de “Biopoder”: “O homem há
milênios, permaneceu o que era para Aristóteles: um animal vivo, e mais capaz de
existência política, o homem moderno é um animal cuja política coloca sua vida para
estar vivo está em questão”.
14
• ... é um dos elementos dotados de maior instrumentalidade utilizável no maior 
número de manobras, podendo servir de ponto de apoio, de articulação às mais 
variadas estratégias (FOUCAULT, 2007, p. 98).
• Neste campo teórico, Butler (2003) corrobora com Foucault, ao afirmar que a 
sexualidade apresenta caráter discursivo, e que as normas que regulam o sexo dos 
sujeitos precisam de repetição e reiteração para que se materializem nos corpos. Com 
isso, a autora atenta para a importância de um significado que não apenas nomeia 
corpos e sexos, mas constrói, produz, faz corpos e sujeitos.
• Para ele:
• A sexualidade humana não é um dado da natureza. Construída socialmente pelo 
contexto cultural em que está inscrita, essa sexualidade extrai sua importância política 
daquilo que contribui, em retorno, para estruturar as relações culturais das quais 
depende, na medida em que “incorpora”, e representa. [...] A sexualidade é uma esfera 
específica, mas não autônoma do comportamento humano, que compreende atos, 
relacionamentos e significados [...]. A sexualidade não se explica pela própria 
sexualidade, nem pela biologia. A sociologia da sexualidade é um trabalho infinito de 
contextualização social e cultural que visa estabelecer relações múltiplas, e, por vezes, 
desconhecidas, dos fenômenos sexuais com os processos sociais, o que se pode chamar 
de construção social da sexualidade (BOZON, 2004, p. 14).
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• Buscando uma conexão com as múltiplas relações que envolvem os 
fenômenos sexuais e os processos sociais, na visão de Bozon (2004), 
os desejos e relações sexuais vão se estabelecendo por meio de 
improvisações que dependem dos cenários culturais. De acordo 
com seu pensamento, as condutas sexuais são produzidas a partir de 
experiências vividas, cujos saberes intervêm na produção de novas 
normas e condutas sexuais. Esse autor ainda afirma que os saberes e 
as práticas sexuais não possuem significados isoladamente. É preciso 
dar significado a eles, mas, para isso, deve-se conhecer o contexto 
sociocultural em que esses saberes e práticas se configuraram, se 
instituíram e se instauraram, a partir de regras que passam pelos 
campos individual e social, num processo contínuo de 
transformação. E, em Antonio Pereira, no processo em busca de um 
saber que dê significado à sexualidade, o elo de transformação está 
representado aqui, principalmente, pela 2ª geração das mulheres.
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N E S S E C O N T E X T O , A S M U L H E R E S M A R C A M M U D A N Ç A S Q U E , 
D E C O D I F I C A D A S P E L A S I N F O R M A Ç Õ E S C U L T U R A I S , P R O P I C I A M A 
C O N S T R U Ç Ã O D E U M A I D E N T I D A D E D E G Ê N E R O . A H I S T Ó R I A D A 
M U L H E R B R A S I L E I R A I N D I C A Q U E A S M U D A N Ç A S Q U E T Ê M 
A C O N T E C I D O E S T Ã O V O L T A D A S , P R I N C I P A L M E N T E , P A R A O S 
C A M P O S R E L A C I O N A D O S A O T R A B A L H O , À M A T E R N I D A D E E À 
S E X U A L I D A D E . A S S I M , O Q U E S E P E R C E B E É Q U E H Á U M A 
C O N S T I T U I Ç Ã O D I F E R E N T E A O I N T E R P R E T A R E D A R S I G N I F I C A D O 
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Pré História
(… até 4000, 3000, 2000 
a.C. – conforme a região 
do planeta)
Idade Antiga
(da invenção da escrita, por volta 
de (4000, 3000, 2000 a.C. –
conforme a região do planeta, 
até a queda do Império 
Romano do Ocidente –
476 d.C. - séc. V)
Idade Média
época medieval (período da história 
da Europa entre os séculos V e XV.)
Idade Moderna
(Séc. XVI – Séc. XVIII)
Idade 
Contemporânea
(Séc. XIX …)
A S E X UA L I DA D E N A P R É H I S T Ó R I A
19
•Idade da Pedra
• Paleolítico
• Mesolítico
• Neolítico (10 000 a.c até 5 000 a.c) *
• Idade dos Metais (5 000a.c até 3 000 a.c) *
• Idade do Cobre
• Idade do Bronze
• Idade do Ferro
• É comum acreditar que na Pré-
história, a sexualidade era usada 
apenas para saciar desejos e 
reprodução, e mesmo assim, por 
muito tempo os povos achavam 
que a gravidez era um presente dos 
Deuses. Cultuavam-se imagens 
femininas de Deuses até virem a 
perceber que era através do sêmen 
masculino que se dava a 
fecundação. Isto é, a partir da 
penetração na mulher.
20
Vênus de Willendorf
• No entanto, os homens da Pré-História já distinguiam sexo de 
reprodução, usavam cosméticos naturais para incrementar a paquera, 
faz iam sexo em posições bem diferentes do papai-e-mamãe e usavam 
até mesmo métodos anticoncepcionais. Pelo menos é isso que indicam 
os estudos feitos por arqueólogos baseados em objetos como estátuas e 
pinturas rupestres. Só não dá para ter certeza porque a Pré-História 
é caracterizada justamente pela inexistência de documentos escritos. 
" Chegar à verdade acerca da Pré-História é quase impossível. A arte 
pré-histórica, grande parte da qual tem conteúdo sexual explícito, 
obviamente revela coisas sobre as quais as pessoas pensavam, mas 
não pode refletir por completo o que realmente faz iam" , afirma o 
arqueólogo Timothy Taylor no livro A Pré-História do Sexo.
21
• POSIÇÕES:
• Nada de papai-e-mamãe na Pré-História. Uma imagem pré-histórica mostra a mulher sentada
com as pernas levantadas para facilitar a penetração do homem. A relação com penetração por trás
também aparece com frequência, assim como imagens de sexo oral
• CASAMENTO:
• No Paleolítico, a Idade da Pedra Lascada, os machos dominantes ficavam com várias mulheres,
seguindo o comportamento de animais polígamos, como bisão e veado. Já no Neolítico, a Idade
da Pedra Polida, a monogamia passa a ser predominante. Nessa época, os homens passaram a
domesticar animais. Observando o estilo de vida dos bichos e o papel do macho na procriação, os
homens passaram à monogamia.
• Dados na história também indicam que a noção de propriedade no sexo só surgiu com o
desenvolvimento da agricultura, quando homens começaram a se preocupar em deixar terra e
animais para seus filhos biológicos. Antes disso, o sexo não tinha muitas regras as mulheres eram
programadas para ter múltiplos parceiros. Isso porque tinham uma habilidade natural de ter
múltiplos orgasmos, mas também os vários parceiros aumentavam a chance de produzir
descendentes. Ao invés de teoria popular de que os homens agrediam mulheres com pedaços de
pau para forçá-las ao sexo, é provável que eles ficavam esperando a sua vez depoder fazer sexo,
enquanto as mulheres faziam rodízio de parceiros.
22
M A S T U RB A Ç Ã O E “ P O RN O G RA F I A ” ?
23
• Não faltam exemplos da prática do sexo solitário na Pré-
História: há de estátuas a bastões fálicos talhados em 
madeira ou em pedra. Mesmo a 30 mil anos atrás, os 
primeiros seres humanos já usavam suas habilidades para 
confeccionar brinquedos sexuais. A ciência não pode 
dizer com total certeza que os objetos fálicos 
encontrados em sítios arqueológicos eram utilizados para 
masturbação, mas o arqueólogo Timothy Taylor defende 
que considerando "tamanho, forma e - em alguns casos -
o simbolismo explícito, seria ingênuo fugir da 
interpretação mais óbvia e direta".
• Existe muito debate entre historiadores sobre as 
chamadas estatuetas de Vênus e seu propósito. Alguns 
apontam que as imagens eram utilizadas para rituais 
espirituais, mas existe uma corrente que defende que as 
estátuas tinham uma função pornográfica. As correntes 
que defendem as imagens como uma espécie de 
pornografia primitiva defendem que as estatuas de busto 
avantajado era uma expressão de luxúria animal.
O S E X O NA A NT I G UI D A D E
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• Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir 
e havia até deuses do sexo! Os documentos da Idade Antiga, que vai de 4000 
a.C. ao século 5 d.C. de acordo com a datação convencional, mostram 
curiosidades sobre a vida sexual de povos como gregos, romanos e egípcios. 
• Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para 
desincentivar o celibato: a solteirice e a falta de filhos eram punidos, e as 
pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios. Foi também na Idade Antiga 
que os conhecimentos científicos sobre o rala-e-rola começaram a se 
aprimorar com Hipócrates, considerado o pai da medicina. Os romanos 
também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas doenças venéreas, 
como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século 2. Mesmo assim, 
algumas crendices sexuais bizarras permaneciam. Na Grécia, por exemplo, 
acreditava-se que o contato com uma mulher menstruada faria o vinho novo 
ficar azedo e faria as árvores não dar mais frutos. 
• Prostituição e homossexualidade eram comuns, mas havia leis severas para 
punir abusos.
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Arte erótica encontrada em 
Pompeia, Roma
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• Os povos da Antiguidade eram consideravelmente permissivos em relação ao sexo —
principalmente os helênicos. Ainda hoje existem preconceitos e tabus ligados à prática sexual, 
no entanto, isso parecia ser menos presente nas sociedades antigas.
• Documentos desse período, que data desde 4000 a.C. ao século 5 d.C., revelam alguns fatos 
curiosos sobre as pessoas que viviam nessa época e como elas se relacionavam umas com as 
outras, ainda mais de forma íntima. As evidências também são importantes para mostrar como as 
sociedades grega, romana e egípcia lidavam com essas questões.
• Em Roma, o sexo era tão incentivado que existiam leis que puniam tanto o celibato quanto 
pessoas que não tivessem filhos. Os casais com mais herdeiros, porém, eram privilegiados 
perante as autoridades romanas. Eles também chegaram a estudar mais afundo o corpo humano, 
tendo noção de algumas infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a gonorreia, analisada 
pelo médico e filósofo romano Cláudio Galeno no século 2.
• A prostituição também era regulamentada na região. As mulheres pagavam impostos, tinham a 
profissão registrada e quase sempre eram encontradas em baixo de arcos arquitetônicos nas 
cidades. Uma curiosidade é que a palavra “fornicação” vem da expressão em latim “ fornice”, 
que designava arco.
• Em relação à legislação, Roma tinha penas de morte para casos de adultério, somente se 
cometido pela esposa, incesto e ainda sexo entre uma mulher livre e um escravo. Em outro caso, 
quem fizesse sexo anal teria suas propriedades apreendidas.
27
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/coluna-mr-terci-sexo-religiosamente-incorreto.phtml
O sexo era retratado em inúmeras pinturas, mosaicos e 
objetos comuns como lamparinas e até mesmo em 
moedas. Alguns historiadores acreditam que essas moedas, 
que mostravam uma posição sexual em uma face e um 
número na outra, eram fichas de bordel, e os números 
seriam responsáveis por hierarquizar as maneiras com que 
se realizava a ação.
Na Grécia, a relação com o sexo não era muito diferente. 
Nos dois lugares, a monogamia era quase que a regra 
entre os casais, por isso mesmo que os greco-romanos 
descobriram a necessidade do divórcio, o que passou a ser 
estabelecido nas leis oficiais. Outra característica em 
comum entre os dois lugares era a normalidade com que 
se tratava a masturbação, sendo considerada natural entre 
todas as pessoas.
Ainda em território grego, a homossexualidade era 
comum. Existiam lendas sobre a origem da sexualidade, 
especificamente no que diz respeito à relação entre 
homens adultos e jovens. Acreditava-se que Orfeu, poeta 
e músico da mitologia grega, apaixonou-se por um 
adolescente depois da morte de sua mulher. Uma lenda 
ainda trazia o romance entre Tamíris e Jacinto para falar 
sobre a homossexualidade.
28
• CASAMENTO: Os gregos e romanos eram monogâmicos – no império de Diocleciano, em 
Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os greco-romanos descobriram que o amor não 
é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma arcaica, as mulheres adúlteras podiam 
ser condenadas à morte – isso só mudou após uma lei do imperador Augusto, que trocou a pena 
para o exílio. 
• POSIÇÕES: Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objetos de uso 
cotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e, na 
outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com 
penetração tinham números maiores, indicando que poderiam ser mais valorizadas. 
• MASTURBAÇÃO: Nada de condenar o sexo solitário: na Grécia e na Roma antigas, a 
masturbação era vista como natural. No Egito, a masturbação era até parte do mito da criação. 
Um dos ditos conhecidos afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa 
Tefnut através do sêmen de sua masturbação! 
• A mitologia grega é carregada de teor sexual. A sexualidade de deuses e heróis antigos é, 
frequentemente, tema de muitas das histórias narradas nos mitos da Grécia. Em alguns 
momentos, ela pode ser tratada de maneira quase progressista quando, por exemplo, a 
masturbação é vista como natural; mas também pode ser conflituosa, com os estupros cometidos 
por Zeus, o maior dos deuses. Os comportamentos arrogantes e autoritários podem ser 
observados nos inúmeros estupros cometidos por ele. Leda, filha do rei etólico Testius, Danae, 
uma princesa de Argos e Ganímedes, príncipe de Troia, foram algumas das vítimas do poderoso 
e dominador deus.
29
• HOMOSSEXUALIDADE: Casais de homem com homem e mulher com mulher 
eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pederastia, a 
relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da 
mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, 
Eurídice, morreu.
• Esse tipo de relacionamento — entre um homem adulto e um jovem — levava o 
nome de pederastia. Na verdade, também poderia ser classificada como pedofilia, visto 
a diferença de idade entre os dois.
• Em um dos rituais praticados pelos cretenses, um homem da aristocracia da região 
realizaria um “sequestro ritualístico”. Com o consentimento do pai do garoto, ele 
seria levado para o deserto, onde passaria muito tempo com seu “filetor” (“amigo”), 
aprendendo a caçar, entre outras habilidades, e também realizando festas com outros 
amigos do aristocrata. Ficaria subentendido que o sexo entre os dois fazia parte do 
ritual.
• A partir dessasnarrativas, é possível dizer que muito do pensamento sexista da sociedade 
daquele período ficava explícito na forma com que Zeus afirmava domínio sobre mulheres, em 
poucas vezes fazendo-o com homens.
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A partir dessas narrativas, é possível dizer que muito do pensamento sexista da 
sociedade daquele período ficava explícito na forma com que Zeus afirmava 
domínio sobre mulheres, em poucas vezes fazendo-o com homens.
A prostituição também era regulamentada na região. Tanto mulheres quanto 
homens tinham sua atividade legalizada e eram obrigados a pagar uma taxa 
mensal fixa, — ainda podendo ser chamados de impostos —, ao Estado grego.
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O S E X O N A I DA D E M É D I A
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O dogma religioso do catolicismo ensinava às pessoas que elas não deveriam sentir desejo, 
pois estariam cometendo o pecado da luxúria. Na Idade Média, acreditava-se então que os 
humanos não deveriam ter prazer no sexo, as mulheres não deveriam menstruar e os homens 
não deveriam ejacular.
Assim, muitas pessoas medievais acreditavam que era muito louvável ser virgem até morrer 
— mas ser virgem, em sua ideia, não era apenas não fazer sexo ou masturbar-se, mas também 
não ter nenhum pensamento sexual. Isso, claro, era bem raro de acontecer.
Para ilustrar isto, o livro traz o relato de um monge que afirmou ter sido provocado pelo 
demônio a esfregar seus genitais até ejacular. Mesmo sem nunca ter feito sexo, ele foi 
considerado por um bispo como não sendo mais virgem.
Dentro desta mesma linha, havia um livro de medicina feminina que recomendava remédios 
para recuperar a virgindade — com poções feitas de clara de ovo, flores e ervas. Mulheres 
que quisessem fingir ser virgens poderiam colocar uma sanguessuga na vagina: assim, o 
homem que fizesse sexo com ela veria o sangue e se convenceria. 
C O M O A V I R G I N D A D E 
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A L G U M A S P E S S O A S 
A C R E D I T A V A M Q U E A 
A P A R Ê N C I A D E U M A 
M U L H E R P O D E R I A 
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P O R I S S O , A S J O V E N S 
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• Toda a gente pecava, mas ninguém o admitia porque se temia o poder da Igreja. As 
mulheres eram constantemente reprimidas e vigiadas para evitar a desonra da 
família – pelo menos de forma descarada. Qualquer enredo amoroso e sexual tinha 
como figura central o homem: ela era sempre uma desviadora, até no momento do 
orgasmo. Que a Idade Média era muito diferente da era moderna, isso a História 
está sempre a mostrar. Mas o que não concebemos agora, costumava ser a norma há 
mais de seis séculos.
• 1. Lua de mel antes do casamento. O casal começava a morar na mesma casa ainda 
antes da cerimónia. Não por amor, mas para garantir 
que ela se tornava devota ao homem desde cedo.
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2. Na Europa medieval, a maioria das 
pessoas pobres dormia sobre palha e 
feno, mas os ricos começavam a 
desenvolver o que ficou conhecido 
como a "grande cama". Cama para 
toda a gente. As camas eram enormes, 
para que lá pudessem caber pais, 
filhos, irmãos e, por vezes, até 
convidados. Quem tinha mais riqueza 
e poder, mantinha seus criados 
íntimos numa caminha à parte ou 
num quarto vizinho.
Embora parecessem muito sólidas, 
"elas eram projetadas para serem 
desmontadas e levadas para o 
próximo castelo", diz o especialista, 
que explica que os ricos carregavam 
suas belas camas com eles quando íam
para suas casas de campo.
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3. Quarto para mulheres. 
Elas tinham de ficar 
confinadas a um quarto, a 
partir do qual eram 
vigiadas. Ficavam sempre 
ocupadas em um quarto 
para não pensarem demais. 
O homem tinha acesso ao 
quarto sempre que 
precisava... relaxar.
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• 4. Sexo, mas em segredo. Toda a gente 
sabia que acontecia, mas tinha de ficar no 
segredo dos deuses. Acontecia nos 
porões, nos celeiros e nos jardins. Se o 
patriarca soubesse a desonra chegava à 
família. 
• As práticas sexuais rolavam soltas no 
meio dessa desordem vigiada em família. 
Mas tinha que ser com discrição, porque 
a honra do senhor da casa, ou seja, do 
patriarca da família, tinha que ser 
preservada. 
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5 . S E Q U E S T RO S
Também tinham romances 
proibidos. Como os casamentos 
eram arranjados por interesse, 
algumas mulheres até 
incentivavam os “peguetes” a 
raptá-las. Outras mulheres 
também compactuavam com 
seus raptos para fugirem da 
violência dos maridos. Era o 
normal. Os casamentos 
aconteciam por interesse, por 
isso tudo era possível em nome 
do amor
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6. A mulherada tinha que 
manter os cabelos longos, 
porque era um verdadeiro 
fetiche masculino. Mas ao 
menos que fossem prostitutas, 
deveriam mantê-los trançados e 
cobertos, reservando seu poder 
erótico apenas para os maridos. 
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7. Posição sexual. O sexo servia, 
acima de tudo para procriação. 
Uma posição sexual diferente 
da clássica era um sinal de 
busca por prazer, algo mal visto 
pela sociedade. Variar posição 
sexual não era aceito, porque 
indicavam a busca pelo prazer e 
satisfação física e não em 
detrimento a procriação. A 
igreja só aceitava o papai-
mamãe.
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8. Sexo entre familiares. Dentro 
das famílias mais poderosas, o 
incesto era bastante normal. Era 
uma forma de manter a 
linhagem.
Entre as famílias mais 
tradicionais e poderosas, o 
incesto (sexo com pais e 
irmãos) era uma prática quase 
corriqueira. Para evitar que a 
linhagem sanguínea fosse 
modificada, os “poderosos” 
optavam pela procriação entre 
familiares.
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9. O orgasmo não era 
considerado um prazer racional. 
Era considerado um furor, algo 
que poderia fazer as pessoas 
buscá-lo leviana e viciosamente. 
E como sempre, os homens 
culpavam as mulheres por seus 
impulsos. Eles não se despiam 
totalmente nem para fazer sexo. 
O orgasmo era visto como um 
vício e as mulheres eram 
sempre culpadas da sua 
existência.
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10. O adultério também era 
comum nas famílias nobres. A 
poligamia não só era praticada 
como era admitida. As casas 
abrigavam irmãs, sogras, tias, 
primas e outros parentes. Nesse 
cenário, não só rolava incesto 
como também adultério e, entre 
os que não se preocupavam tanto 
com a moralidade, poligamia.
Toda a gente sabia que acontecia 
e ninguém se importava. O 
adultério era normal e a 
poligamia também. As traições 
podiam até acontecer com 
familiares da mulher.
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🕌AS ROUPAS ÍNTIMAS DA IDADE MÉDIA: Como eram 
as roupas de baixo dos medievais? -YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=rH1ooUiZ1rg
O S E X O N A I DA D E
M O D E R N A
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L I B E R D A D E S E X U A L A U M E N T O U , M A S L E I S 
P A R A P U N I R T R A I Ç Ã O F I C A R A M B I Z A R R A S
• Os costumes medievais recatados continuaram na Idade Moderna, mas a
Reforma Protestante ajudou a tornar alguns deles menos rígidos. O divórcio,
por exemplo, que era proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja
Anglicana. Para quem não se lembra das aulas de história, a Idade Moderna
vai de 1453 a 1789, data da Revolução Francesa. Nesse período, a Europa viu
o monopólio da Igreja Católica cair, mas as igrejas protestantes que surgiram
na Alemanha, Inglaterra e Holanda continuaram bem rigorosas no que se
refere às práticas sexuais. O que mudou foram os padrões de beleza –
mulheres com cinturas fina e seios fartos passarama ser as mais desejadas.
Tanto é que, no século 16, surgiu o espartilho, peça de roupa que projetava o
peito da mulherada para cima e afinava suas cinturas. Que aperto!
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PA Q U E R A
A paquera às moças solteiras tinha até 
data para acontecer. Nas noites de 30 
de abril, árvores parecidas com 
pinheiros, chamada maio, eram 
plantadas diante das casas das moças 
casadoiras. As plantas tinham 
significado: as plantas espinhosas eram 
dedicadas às garotas orgulhosas e o 
sabugueiro, que exala mau odor, era 
uma forma de debochar das 
pobrezinhas
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A M O R
Na Idade Moderna, começaram a ser 
mais comuns os casamentos por amor, 
e não apenas por interesse. O hábito 
de trocar cartas entre os apaixonados 
tornou-se comum. Muitas vezes, as 
cartas tinham códigos secretos e 
ininteligíveis – o rei Henrique IV, 
que governou a Inglaterra de 1399 a 
1413, usava, por exemplo, o $ em seus 
textos quando queria esconder algo
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C A S A M E N T O
De 1545 a 1563, o Concilio de Trento 
tornou a Igreja a responsável pelo 
casamento – antes, os casamentos eram 
só civis, e aconteciam em casa mesmo. 
A partir daí, passaram a acontecer 
diante de um membro da igreja. Com a 
Reforma Protestante, houve novidades 
nesse segmento: o rei Henrique VIII, da 
Inglaterra, rompeu com a igreja 
Católica e fundou a Anglicana em 1534 
apenas para poder se divorciar e se casar 
com outra mulher. E os anabatistas, 
outra denominação protestante surgida 
na época, defendiam a poligamia 
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P O S I Ç Õ E S
• No século 16, o pintor italiano Giulio Romano pintou uma série de 16 desenhos para 
um livro de sonetos obscenos de Pietro Arentino, retratando várias posições sexuais. Em 
um dos quadros, um , um homem de joelhos segura uma mulher, que está na diagonal e 
com uma das pernas sobre seu pescoço! A série acabou confiscada pela igreja em 1524
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H O M O S S E X U A L I DA D E
• Mesmo com a pena de morte por enforcamento, os 
homossexuais não deixavam de sair do armário. No 
século 18, começaram a surgir vário bordéis 
masculinos na Inglaterra, as “molly houses” (“molly” 
era a palavra em inglês para “efeminado”). Mas eles 
funcionavam na surdina. Em 1726, Margaret Clap, 
dona de um deles, foi descoberta e condenada a dois 
anos de prisão.
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Milo Manara
P RO S T I T U I Ç Ã O
As prostitutas eram chamadas de 
cortesãs e seus quartos eram cheios de 
pentes, caixas de pó e frascos de 
perfume. Havia dois tipos de cortesãs. 
Algumas atendiam em casa 
(geralmente, depois da morte do 
chefe de família, quando ficavam sem 
dinheiro para o sustento) e tinham 
uma agente, a alcoviteira, que buscava 
clientes nas ruas. Havia ainda as que 
trabalhavam em bordéis, tabelados 
pelo estado.
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