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Introdução à Epidemiologia

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MEDB22 - Epidemiologia I 1
🦠
MEDB22 - Epidemiologia I
Aspectos gerais 
Conceitos básicos de epidemiologia
Estudo do que afeta a população. Objeto: qualquer dano ou agravo à saúde 
estudado em termos de população. 
Os agravos à saúde não acontecem ao acaso na população, e a sua destribuição 
desigual é produto de fatores que se distribuem também desigualmente na 
população. O conhecimento desses fatores permite a aplicação de medidas 
preventivas e curativas, com aumento da eficácia das intervenções. 
Estudos descritivos: descrição de dados colhidos na população. Mortalidade e 
morbidade, e suas variações. 
Estudos analíticos: investigação da associação entre dois eventos. 
Estudos experimentais: produção de situação artificial, de intervenção. Eficácia de 
vacinas, medicamentos, cirurgias, condutas, exames, programas de saúde, etc. 
Possibilidade de melhor neutralizar as variáveis extrínsecas. Questões éticas. 
Etiologia das doenças é dificilmente pesquisada de maneira experimental 
(impossível fazer com que pessoas jovens não se exercitem por anos, enquanto 
outras se exercitam).
Estudos não experimentais: de observação. 
Importante: selecionar corretamente a população para estudo. Aferir os eventos 
corretamente. Adequade expressão dos resultados. Controle das variáveis 
confundidoras. 
Representatividade da amostra.
História:
John Graunt: análise da mortalidade por sexo e região em Londres, 1662. 
Primeira utilização de coeficientes. 
Epidemias europeias do século XIX. Rev industrial → saída do campo para a 
cidade. Positivismo. Epidemias de cólera, febre tifóide, febre amarela. 
MEDB22 - Epidemiologia I 2
Necessidade do aprimoramento da legislação sanitária. Disputa teoria dos 
miasmas X teoria dos germes. 
Pierre Louis, francês. Introdução do método clínico e estatístico na investigação 
de doenças. Análise da sangria nos pacientes internados por pneumonia 
(benefício x malefício). Figura ideal do clínico que usa a epidemiologia (prática 
da “epidemiologia clínica”) 
Louis Villermé: investigação da pobreza, condições de trabalho, repercussões 
sobre a saúde. 
William Farr: classificação de doenças, descrição das leis das epidemias, 
produção de informações sistemáticas → ações de planejamento e controle.
John Snow: busca da origem da epidemia de cólera em Londres em 1854. Água 
poluída → doença. Traçou princípios de prevenção e controle válidos até hoje. 
Epidemiololgia de campo: coleta planejada na comunidade, visitas, entrevistas, 
etc.
Louis Pasteur: bases bacteriológicas para o estudo das doenças infecciosas. 
Ignaz Semmelweis: percebeu alta mortalidade em mulheres cujos partos tinham 
sido feitos por estudantes que previamente dissecavam cadáveres sem lavar as 
mãos. Propôs desinfeccção → diminuição da taxa de mortalidade. Não foi 
aceito. 
Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Adolfo Lutz, Emílio Ribas. 
Preocupação com saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes 
etiológicos. 
Modernização das bases de dados: coleta sistemática de dados → estatísticas 
vitais (nascimentos e óbitos). 
Epidemiologia nutricional: prevenção do escorbuto, bériberi, pelagra.
Século XX: aumento das doenças crônico-degenerativas como prevalentes. 
Epidemiologia passa a pesquisar determinação das condições de saúde da 
população, busca de fatores antecedentes, busca de relações de causa e efeito 
(rotular fatores como agentes ou fatores de risco), avaliação da utilidade e 
segurança de intervenções. 
Estudos de coorte prospectivos, seguindo centenas-milhares de pessoas por 
anos-décadas. Análise estatística para esclarecimento do papel de fatores de 
risco nas doenças crônicas não transmissíveis. 
MEDB22 - Epidemiologia I 3
Estudos de caso-controle: retrospectivos, paciente cmo ponto de partida. Ex: 
investigação sobre o papel do hábito de fumar na etiologia do câncer de 
pulmão. 
Rigor metodológico: tentativa de imprimir imparcialidade na verificação dos 
eventos. Sofisticação analítica estatítica. 
Epidemiologia clínica: prática clínica é dependente de informações epidemiológicas. 
Maior rigor científico à prática da medicina. 
Epidemiologia social: estudo da determinação social da doença. Considera a visão 
clássica da epidemiologia como reducionista. Alta prevalência de doençs evitáveis e 
dificuldade de acesso aos serviços de saúde. 
Usos da epidemiologia
Descrição das condições de saúde da população. Pode ser de uma única condição, 
grupo de condições ou diagnóstico geral de magnitude dos principais agravos que 
incidem na população.
Abrangência populacional: verificar se a amostra realmente é representativa
Seleção de indicadores que retratem cada situação.
Investigação de fatores determinantes
Avaliação do impacto das ações.
Nível coletivo: decisões tomadas pelos planejadores de saúde, novas intervenções, 
reorientações, etc.
Nível individual: fundamentação científica para decisões e condutas. 
Epidemiologia descritiva: organização dos dados, frequências em subgrupos como 
sexo, etc. Sistematização para descrição do evento. “Como” os eventos variam na 
população. Direcionamento de ações saneadoras. Explicações de relações para 
explicar “por que” as frequências variam→ hipóteses causais. 
Investigação etiológica: descobrir a origem e causa dos agravos. 
Fase da magia: fatores etiológicos seriam ação de deuses, demônios, 
sobrenatural, etc. 
MEDB22 - Epidemiologia I 4
Fase dos fatores físicos e miasmas: emanações nocivas do solo pela 
decomposição de lixo e sujeitas, responsáveis pelos danos à saúde. 
Fase microbiológica, dos germes ou do contágio
Fase da causalidade múltipla: mais atual. Germes não explicam integralmente. 
Incorporação do social ou psicossocial. 
Volta-se às anteriores com frequência: persistência de crenças e práticas 
obsoletas, ou associação de uma só causa a um efeito (abordagem unicausal)
Etapas da investigação etiológica:
Acumulação de informações tanto sobre exposição ao fator de risco quanto 
sobre o efeito. Dados apontam relação?
Determinação se a relação é de causa e efeito ou coincidência. Formulação de 
hipótese. Delineamentos de estudos. 
Determinação de risco: grau de probabilidade da ocorrência de um evento dado 
um (ou vários) fatores. Probabilidade de o dano vir a ocorrer, no futuro imediato ou 
remoto, dado um fator de risco isolado, ou para vários simultaneamente. Em 
populações, formam subgrupos. 
Risco absoluto: taxa de incidência. Quantos casos novos da doença 
apareceram no grupo, em um dado período. 
Risco relativo: quantas vezes o risco é maior em um grupo, quando 
comparado a outro
Risco atribuível à exposição: indica a diferença de incidências entre os dois 
grupos. 
Quantificação de prognósticos: se o doente é portador de uma dada característica, 
terá ou não maior probabilidade de apresentar determinada complicação ou menor 
tempo de sobrevida. 
Fator de prognóstico: fatores que estão associados a uma mudança no 
prognóstico. 
Generalização dos resultados: estatísticas sobre os eventos podem ser 
interpretadas como valores probabilísticos e usados no manejo individual de cada 
paciente para decisão de conduta. 
MEDB22 - Epidemiologia I 5
Eficácia: avaliação do impacto de ação em condições ideais de observação (ex: 
laboratórios). 
Efetividade: avaliação do impacto em condições normais de observação (vida real)
Eficiência: avaliação que leva em consideração o impacto em relação aos recursos 
(financeiros, humanos, materiais), etc. Comparação de tecnologias. Custo-benefício. 
Saúde e doença 
Miasmas e teoria miasmática: origem das doenças pela má qualidade do ar. 
Emanações da decomposição de animais e plantas. Substâncias de cheiro forte 
para “limpar o ar”. 
Padrões de progressão: 
a) evolução aguda rapidamente fatal (ex: radiação)
b) evolução aguda, clinicamente evidente, rápida recuperação (ex: resfriado)
c) evolução sem alcançar limiar clínico: indivíduo não saberia, exceto se for 
submetido a exames laboratoriais (ou seja, tomar cuidado com exame demais pra 
não tratar coisasque nem viriam a ser percebidas, gerando iatrogenia)
d) evolução crônica, progressão para êxito letal (ex. problemas cardiovasculares 
degenerativos)
e) evoluções crônicas, com períodos assintomáticos e exacerbações clínicas (ex: 
problemas psiquiátricos)
MEDB22 - Epidemiologia I 6
História natural: investigações clínicas longitudinais que produzem informações 
sobre a evolução de um evento. Curso clínico. 
Medidas preventivas:
Inespecíficas: promoção geral de bem estar
Específicas: técnicas próprias para lidar com cada dano ou agravo
MEDB22 - Epidemiologia I 7
Prevenção primária: manutenção da saúde. Ex: educação para a saúde, 
saneamento. 
Prevenção secundária: já na progressão na doença, tanto em fase clínica 
quanto subclínica. Prevenção da evolução. Não necessariamente curativo, 
apenas preventido de um risco em potencial. Ex.: aspirina em pacientes com 
infarto, para previnir um segundo infarto. Prevenção de reincidências, 
complicações, sequelas e óbitos. 
Prevenção terciária: fase estacionária. Melhorar as sequelas ou atenuar 
invalidez. Promoção do ajustamento do paciente a condições irremediáveis. 
Reabilitação. 
Críticas: ênfase em aspectos estritamente biológicos da doença, sem aprofundar a 
análise das condições sociais e estruturais da sociedade, que determinam muitos 
dos riscos de adoecer e morrer. 
Modelo sistêmico. Procura da 
explicação do dano à saúde. Quanto 
mais no centro estiver concentrada a 
busca de determinantes, maior é o 
reducionismo da explicação do evento 
a aspectos biológicos (visão biomética 
ou técnica). Quanto mais distante, mais 
incorpora aspectos sociais (visão 
coletiva, holística ou social). 
MEDB22 - Epidemiologia I 8
Etiologia social da doença
Epidemiologia social: processo saúde-doença como resultante dos diferentes 
modos de vida das pessoas em sociedade. 
Vertente que centraliza as investigações nos processos sociais, econômicos 
e políticos. Classe social. Sócio-político. Doença como consequência da 
estrutura social e sobre ela devem ser concentradas as pressões para 
mudança. Muitos seguidores na América Latina. 
Vertente que centraliza fatores comportamentais (estresse, hábitos, 
personalidade, etc). Responsabilidade individual: pessoas como 
responsáveis pela própria saúde, devem buscar informações sobre fatores 
de risco e voluntariamente controlá-los. Países do primeiro mundo (eca). 
Indicadores de saúde 
Conhecimento da situação → comparações individuais e populacionais → subsídio 
da ação racional → caráter prognóstico (presumir o que é provável de suceder no 
futuro e constatar mudanças que realmente acontecem com o passar do tempo). 
Indicador: Representação ou medida de um único aspecto (ex: mortalidade)
Índice: Representação de situações multidimensionais. Pode incorporar diferentes 
indicadores. 
(As vezes usam os dois como sinônimos e chamam tudo de “indicador de saúde”). 
Alto grau de validade do indicador: adequação do indicador em relação à 
delimitação do problema. Consegue discriminar um evento de outros, e detecta 
mudanças com o passar do tempo. 
Critérios para seleção e avaliação de indicadores de saúde: validade, 
reprodutibilidade, representatividade (cobertura), obediência a preceitos éticos, 
oportunidade, simplicidade, facilidade de obtenção e custo compatível. 
Expressão dos resultados: 
Frequência absoluta: número absoluto. Frequência absoluta é usada para o 
planejamento de insumos e recursos humanos. 
Frequência relativa: um número absoluto em relação a outro número absoluto. 
Frequência relativa é usada para análises de tendências e para comparações. 
MEDB22 - Epidemiologia I 9
Coeficiente ou taxa: evento/população. Informa o risco de ocorrência.
Proporção: ex. óbitos por causa/total de casos
Razão: evento em relação a outro evento. Ex. razão entre o número de 
óbitos por turbeculose e o número de óbitos por febre amarela. 
→ Razão e proporção NÃO expressam risco. São índices. 
Coeficiente (taxa)
Todo coeficiente (taxa) é expresso por uma fração. 
MEDB22 - Epidemiologia I 10
Coeficientes são calculados especificando-se o tempo a que se referem. 
Estatísticas vitais: normalmente 1 ano.
Vigilância epidemiológica: 1 ou algumas semanas.
📌 O ÚNICO jeito de medir RISCO é com coeficiente: número de casos / 
população em risco. 
O resto é índice e NÃO mede risco nem probabilidade. 
Lembre que risco = probabilidade = evento / universo. 
Índice: multidimensional ou expressão de evento sobre frequência relativa que NÃO 
medem risco, apenas relações. 2 possibilidades:
Casos incluídos no numerador também estão no denominador: distribuição 
proporcional de casos. Ex: óbitos por faixa etária. (Ex: se 74% dos óbitos 
acontecem em indivíduos 50+, a condição de saúde da população é boa - mais 
pessoas velhas estão morrendo, do que novas - mas NÃO podemos dizer que o 
risco de morrer estando acima de 50 anos é 74%).
Casos incluídos no numerador NÃO são colocados no denominador: ratio. 
Relação entre duas doenças, razão de masculinidade, índice de massa 
corporal. Ratio é a razão entre duas frequências absolutas de naturezas 
diferentes. 
MEDB22 - Epidemiologia I 11
Mortalidade
Morte é objetivamente definida, ao contrário da doença. Registro de óbitos → base 
de dados. 
Fontes dos dados: 
AIH (autorização de internação hospitalar) SIH (sistema de informação 
hospitalar). Contém o desfecho do caso 
FIN (ficha de notificação individual) SINAM
Boletins de ocorrência (causas externas)
Notícias veiculadas pela mídia (causas externas)
Censos, PNAD, SIDRA (sistema de informação de dados demográficos 
DNV: SINASC
DO (declaração de óbitos): SIM
Documento padrão para coleta de dados sobre mortalidade. 
Subsídio às estatísticas vitais e situação de saúde. 
Necessida DO para gerar certidão de óbito para sepultamento. 
DO verde: epidemiológico, só informa que achou falecido não identificável. 
Não entra no SINAM. 
Por mais que seja o mais confiável, também acontece subnotificação. 
Problemas: sub registro, definição de causa básica, óbito sem assistência 
médica, problema com outros dados (os campos que não são de 
preenchimento obrigatório tendem a não ser preenchidos) 
Limitações: 
Expressam gravidade, mas óbito é o último acontecimento. História incompleta 
da doença e fatores determinantes. 
Danos que raramente levam a óbito não estão representados 
Óbitos incidem pouca parcela da população 
Mudanças em curto prazo são de pouca amplitude (apenas verificação em 
longo prazo)
Coeficiente de mortalidade geral: 
MEDB22 - Epidemiologia I 12
Usa o número total de óbitos sobre toda a população exposta (pessoas daquele 
local naquele período de tempo). 
Potência normalmente (100.000). 
Pode ser padronizado por faixa etária para fins de comparação. 
Coeficiente de mortalidade por causas: 
Obrigatoriamente (100.000). 
Número de óbitos por causa específica em determinado local e período. 
Probabilidade de morrer por uma causa específica em determinado local e período 
(Risco).
Coeficiente de natimortalidade
Expressa o risco de óbito fetal a cada 1000 nascimentos. Óbito fetal é considerado 
a partir de 22 semanas (inclui óbito intrauterino). Obrigatório preencher DO. 
População exposta nesse caso são todos os nascidos (mortos e vivos). 
Coeficiente de mortalidade perinatal
⁍
105
CMC = ∗
pop exposta
bitos causa especificaó
105
105
MEDB22 - Epidemiologia I 13
Risco de óbito entre 22 semanas e 7 dias de nascido. 
Coeficiente de mortalidade infantil
Crianças que nasceram vivas e morreram até 364 dias depois. 
Risco de uma criança nascida viva morrer em seu primeiro ano de vida. 
Indicador extremamente sensível às condições socioambientais. 
Meta da OMS: <20 mortes a cada 1000 nascidos vivos. 
Mortes principalmente por infecção por agentes etiológicos, devido ao sistema 
imune em formação. 
Empregado para medir o nível de saúde de uma população e o desenvolvimento 
social de uma região. 
Coeficiente de mortalidade pré escolar 
Morte entre 1-4 anos.Nível de saúde, estado nutricional e desenvolvimento social. 
MEDB22 - Epidemiologia I 14
Razão de mortalidade materna 
É razão, então não representa risco. 
Óbitos entre gestantes, parturientes e puérperas (até 42 dias) a cada 100.000 
nascidos vivos. Não é confiável, porque não conta natimortos, mas conta as 
gestantes. 
Índices são mais fáceis de usar, porque só precisam de uma fonte. É sempre 
percentual (x100)
Índice de mortalidade proporcional
Proporção de óbitos por determinada causa dentre o total de óbitos 
Índice de mortalidade infantil proporcional 
Proporção de óbitos infantis dentre o total de óbitos. Se essa proporção for muito 
alta, é muito ruim, porque indica que quem mais morre é a criança (não deveria). 
É simples e não precisa do número de nascidos vivos. 
Alta correlação com condições sociais. Indicador de situação sanitária. 
MEDB22 - Epidemiologia I 15
Índice de Swaroop-Uemura 
Mortalidade proporcional de 50+ anos dentre o total de óbitos. Avalia condições de 
assistência à saúde. 
Curva de Nelson-Moraes
Estimativa de mortalidade por grupos etários distintos, gera um gráfrico. Padrão de 
mortalidade. 
Faixas etárias: menores de 1 ano, 1-4 anos, 5-19 anos, 20-49 anos, 50+ anos. 
Índice de Letalidade
Bom indicador para verificar a gravidade da doença. 
Poder de provocar a morte dado um agravo. 
Óbitos/casos *100 
MEDB22 - Epidemiologia I 16
Morbidade
Morbidade é o conjunto de indivíduos doente em uma população, local e período de 
tempo determinados. 
Mais sensíveis para mudanças de curto prazo.
Prevalência: número total de casos em um local e período 
Prevalência lápsica: não subtrai curas e óbitos. É tudo o que aconteceu, 
independente do agravo. Geralmente 100.000. 
Prevalência instantânea: período de tempo extremamente curto. Quem está ou 
estava doente naquele momento. Frequência da doença, menos óbitos e curas, 
sobre número de expostos. 100.000
Incidência: casos novos em um grupo e período. Ideia de intensidade com que 
acontecem os casos novos em uma população e tempo delimitados.
Coeficiente de incidência cumulativa: Número de casos novos e a população 
exposta. Crescimento ou velocidade com que o agravo se expande na população.
Coeficiente de ataque: investigação de surtos. Número de casos acima do 
esperado em uma pequena localização específica. Grupo bem definido de pessoas, 
período pequeno de dias, área restrita. 
CPL = ∗
pop exposta
total de casos
10n
MEDB22 - Epidemiologia I 17
Coeficiente de ataque secundário: Casos novos entre comunicantes do caso 
índice. Mede a probabilidade de ocorrência do agravo entre aqueles que se 
comunicaram com o caso índice. 
Densidade de incidência: taxa média da incidência pela soma dos períodos 
individuais de exposição. PT: pessoa tempo. Número de pessoas x tempo de 
exposição. Usado para igualar o tempo. 
📌 Prevalência = incidência * tempo de doenças. 
 
Prevalência são todos os casos. 
Incidência são apenas os casos novos.
MEDB22 - Epidemiologia I 18
Epidemiologia descritiva
Quem? Quando? Onde?
Variáveis relativas às pessoas 
Variáveis relativas ao lugar
Aponta os riscos que o indivíduo está sujeito por viver em certas regiões ou por 
visitá-las. Hipóteses sobre determinantes sócio-ambientais. Acompanhamento da 
disseminação dos agravos à saúde. Definição de prioridades de intervenção. 
MEDB22 - Epidemiologia I 19
Geográficas naturais (clima, fauna, flora)
Populacionais (imigração, emigração, país, região, município, área, microárea)
Sociais (cultura, apoio social)
Variáveis relativa ao tempo 
Especifica frequências das doenças evoluindo ao longo do tempo. Conhecimento da 
evolução temporal da doença e seu impacto na saúde da população ao longo do 
tempo. 
Nível endêmico: ocorrência dentro dos limites esperados para aquele tempo. 
Cíclicas: > 1 ano. 
Sazonais: menor ou igual a um ano. Períodos específicos do ano. Depende 
de radiação solar, temperatura, umidade do ar, precipitações, poluição, 
feriados, férias, etc.
Nível epidêmico: alteração espacial e cronologicamente delimitada. Elevação 
progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de 
incidência, ultrapassando o limiar pré-estabelecido. 
MEDB22 - Epidemiologia I 20
Surto: espaço extremamente delimitado (creche, quartel, escola, bairro, etc.
Pandemia: larga distribuição espacial. Vários países ao mesmo tempo. 
Epidemia explosiva de fonte comum
Epidemia progressiva de múltiplas fontes
Diagrama de controle: 
Calcular a incidência média mensal para cada mês em separado, por 
dez anos
Calcular o desvio padrão para cada incidência média mensal 
Calcular o limite superior (m + 1,96 * dp) e inferior (m-1,96*dp) 
mensal para estabelecer o intervalo de variação (limites endêmicos).
Canal endêmico 
Casos esporádicos
Inexistente
MEDB22 - Epidemiologia I 21
Tendência histórica: análise das mudanças ocorridas na frequência do agravo à 
saúde por um longo período de tempo (anos, décadas, séculos) e na população ao 
longo desse período. Permite definir o comportamento da doença. 
Limitação: disponibilidade de dados. 
Estabelecimento de etiologias: mudanças ocorridas ao longo do tempo
Variações de tecnologias de diagnóstico, saneamento básico, condições 
socioeconômicas, etc. 
https://www.youtube.com/watch?v=_RDtRmb8G4Y
https://www.youtube.com/watch?v=_RDtRmb8G4Y

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