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Sistema Nervoso Autônomo 1 💫 Sistema Nervoso Autônomo Segmento periférico e motor. Via motora do sistema nervoso visceral. Localizado perifericamente. Emite impulsos para os órgãos efetores, desencadeando atividade motora ou secretora. Diferenças entre sistema nervoso somático e autônomo. Sistema nervoso somático: via de relação com o meio externo. Controla a musculatura estriada esquelética. Uma única etapa de inervação. Neurônio motor vai diretamente ao músculo. Terminações nervosas em formato de bulbo pré sináptico (botão). Ações voluntárias e involuntárias. Sistema nervoso autônomo: glândula, músculo liso, músculo cardíaco. Duas etapas de inervação: fibra pré ganglionar (sai do SNC e faz sinapse em um gânglio periférico) e um neurônio pós ganglionar, que inerva a musculatura lisa. Terminações nervosas: várias dilatações (varicosidades) no axônio. Ações involuntárias. Pode sofrer influência do sistema nervoso somático. Divisão em simpático e parassimpático Parassimpático: Repouso e digestão. Fibras colinérgicas. Liberam acetilcolina. Receptor ganglionar é colinérgico-nicotínico. Receptor no órgão efetivo é colinérgico-muscarínico. Neurônios se originam das extremidades do neuroeixo. Neurônio pré ganglionar longo e pós ganglionar curto. Nervo vago: Sistema Nervoso Autônomo 2 Extensa inervação. Fibras saem “vagueando”, inervando várias vísceras. Nervo pneumogástrico. Nervo misto que se origina no bulbo. Sensitivo e motor parassimpático Pertence ao X par craniano que se origina no sulco lateral do bulbo. Inerva faringe, véu do paladar, laringe, tranqueia, brônquios, pulmões, coração, grandes vasos, esôfago, estômago e parte do intestino. Síndrome vasovagal: perda transitória de consciência, desmaio, diminuição da pressão arterial e batimentos cardíacos por ação do nervo vago. Fraqueza, transpiração, palidez, calor, náusea, tontura, borramento visual, dor de cabeça, palpitações. Desencadeado por ambientes fechados ou aglomerados, jejum, horas em pé, ansiedade. Não há tratamento específico além de medicações para aumentar a pressão arterial e ampla hidratação. Diagnóstico diferencial: epilepsia, neuropatias autonômicas, doença cerebrovascular, desordens cardíacas ou endócrinas. Simpático: Fight or flight. Neurônios que se originam do segmento toraco-lombar, parte mediana do neuroeixo Neurônio pré ganglionar curto e pós ganglionar longo. Neurônio pré ganglionar libera acetilcolina (como no parassimpático). Receptor ganglionar é colinérgico-nicotínico. Neurônio pós ganglionar libera noradrenalina. Receptor no órgão efetor é alfa 1 ou 2, beta 1, 2 ou 3. De um modo geral, o simpático é um inibidor de secreções. Alguns órgãos efetores recebem inervação única ou exclusiva do simpático: Músculos piloeretores (ereção dos pêlos, arrepio) Glândulas sudoríparas Cápsula do baço Células justaglomerulares Sistema Nervoso Autônomo 3 Glândula pineal Arteríolas glomerulares Artérias e arteríolas da pele e mucosa Músculo estriado esquelético e cardíaco A maioria das veias Medula adrenal: recebe inervação apenas de neurônios pré ganglionares (os pós ganglionares transformaram-se evolutivamente em células cromafins, produtoras de adrenalina e noradrenalina) 📖 Outros órgãos recebem inervação dupla, sendo elas: Complementares: glândulas salivares. Os dois são estimulantes. Simpático estimula a secreção de saliva espessa, viscosa e em pequena quantidade. Parassimpático estimula a secreção de saliva aquosa e abundante. Antagonistas: a maioria dos efetores. Coração: simpático aumenta a atividade cardíaca, e o parassimpático reduz. Funções gerais do SNA Coordenação e regulação das funções viscerais para manter a homeostase. Ajustes fisiológicos, reflexos involuntários de dois tipos: Ajuste antecipativo: desencadeia reflexos antes do problema ocorrer. Medo: simpático prepara o indivíduo. Ajuste corretivo: após surgir o problema, desencadeia reflexos para reduzir os efeitos do problema. Exemplo: alta carga de exercícios forçados → hipoxemia → estimula reflexos do simpático → vasoconstrição periférica, glicogenólise, aumento da atividade cardíaca. Distúrbios neurovegetativos causam problemas sérios, como a diarréia por aumento do peristaltismo, descarga de acetilcolina pelo nervo vaso. Sistema Nervoso Autônomo 4 Autonomia do SNA Autonomia na maioria dos efetores. Reflexos de acordo com a necessidade funcional, independente da vontade do indivíduo. Não há autonomia total em todos os órgãos (ex. pulmão. Mantém, mas posso interferir com o sistema voluntário; bexiga). Modo de controle do SNA nos seus efetores Controle reflexo: Envolve o recebimento de informações provenientes de cada órgão. Programação e execução de uma resposta apropriada. Ex: ativação do parassimpático durante uma refeição Controle central: Envolve a ativação do SNA por regiões corticais ou subcorticais, muitas vezes voluntariamente. Excitação com um simples pensamento. Lembrança de uma emoção causar taquicardia, sudorese, salivação, etc, sem nenhuma ativação sensorial. Ações do simpático e parassimpático nos seus efetores Sistema Nervoso Autônomo 5 Sistema Nervoso Autônomo 6 Parassimpático: impulsos colinérgicos. Simpático: impulsos noradrenérgicos. Músculo da íris: Dupla inervação antagonista. Simpático: Contração das fibras radiais (relaxamento das circulares). Midríase (dilatação da pupila). Noradrenalina, receptores 1. Parassimpático: Contração fibras circulares. Miose (contração da pupila). Acetilcolina. Receptores colinérgico-muscarínicos (M). Reflexo fotomotor direto. Arco reflexo. Glândula lacrimal e nasal Simpático: vasoconstrição e secreção discreta. Noradrenalina, receptores 1. Parassimpático: vasodilatação e secreção copiosa. Acetilcolina, receptores colinérgico-muscarínicos M3. Choro. Músculo ciliar e cristalino Focalização para longe e para perto (deformação do cristalino). Adequação da visão. Simpático: Acomodação visual para longe. Noradrenenalina. Receptores 2. Relaxamento do músculo ciliar, contração dos ligamentos suspensórios, cristalino aplainado, raios de luz ficam divergentes, diminui poder de refração da luz. Parassimpático: Acomodação visual para perto. Acetilcolina. Receptores M2. Contração do músculo ciliar, relaxamento dos ligamentos suspensórios. Cristalino fica mais curvo, arredondado, esférico. Os raios de luz ficam mais convergentes, porque aumenta o poder de refração. α α β Sistema Nervoso Autônomo 7 📖 Acomodação para longe: cristalino relaxado. Acomodação para perto: cristalino torna-se mais curvo para manter o foco. Aumento do poder de refração do olho. Glândulas salivares Inervação dupla, complementar ou sinergista. Ambas são estimulantes, só varia o tipo. Simpático: Secreção viscosa com muco e discreta, devido à vasoconstrição pela noradrenalina (receptores 1). Secreção de amilase (receptores 2). Parassimpático: secreção fluida e aquosa. Acetilcolina. Receptores M3. Hiperestimulação do parassimpático causa cialorreia, salivação abundante (afta, febre aftosa, feridas na boca). Glândula pineal Inervação única/exclusiva do simpático. Aumento da síntese e secreção de melatonina. Receptores 2. Tubo gastrointestinal α β β Sistema Nervoso Autônomo 8 Simpático: diminuição do tônus e motilidade (noradrenalina no receptor 2). Contração do esfíncter (noradrenalina no receptor 1). Inibição de secreção (noradrenalina no receptor 2). Parassimpático: aumento da secreção (acetilcolina no receptor M1). Aumento do tônus e motilidade gastrointestinal (acetilcolina no receptor M2). Relaxamento do esfíncter (acetilcolina no receptor M2). Sistema em prol da digestão: motilidade e secreção. Descarga vagal de acetilcolina (emoção) ativa o peristaltismo, diarreia aquosa com cólica (diarreia emocional). Inervação das alças intestinais: plexo entérico comandado pelo SNA. Intrincado de neurônios. Esfíncter externo é controlado pelo sistema nervososomático. Esfíncter interno é controlado pelo SNA. Metabolismo dos lipídeos e carboidratos Simpático: glicogenólise muscular e hepática (aumento da glicemia). Noradrenalina no receptor 1. Gliconeogênese (noradrenalina no receptor 2), jejum prolongado, manter a glicemia. Estresse constante gera aumento da glicemia → superestimulação das células beta do pâncreas → lesão nessas células → diminui produção de insulina → diabetes insulinodependentes. Lipólise (noradrenalina no receptor 1 e 3). 📖 Glicogenólise: degradação do glicogênio hepático e muscular, formando glicose na falta de glicose na corrente sanguínea. Gliconeogênese: produção de glicose a partir de outras moléculas, que não sejam açúcares/carboidratos. Ex.: lactato, glicerol e aminoácidos. Parassimpático: ação muito discreta. Lipogênese, glicogênese discretas. Glândulas sudoríparas: Simpático: inerva maioria das glândulas sudoríparas. Receptor colinérgico- muscarínico (que é o receptor do parassimpático). Neurônio pós ganglionar do simpático aqui libera acetilcolina. Do ponto de vista anatômico, a sudorese é simpática. β α α α β α β Sistema Nervoso Autônomo 9 Do ponto de vista do neurotransmissor, a sudorese é parassimpática. 🔥 Boa sorte. Vesícula biliar e ductos biliares Simpático: relaxamento (noradrenalina nos receptores 2). Contração do esfíncter (noradrenalina nos receptores 1). Parassimpático: contração da vesícula biliar e relaxamento do esfíncter interno (acetilcolina no receptor M2). Pâncreas Simpático: diminuição da secreção dos ácinos. Inibidor da secreção enzimática pancreática. Parassimpático: aumento da secreção dos ácinos. Estimulador da secreção enzimática pancreática. Pulmão: Simpático: Músculo brônquico: relaxamento e broncodilatação. Noradrenalina nos receptores 2. Permite a entrada de mais ar durante o exercício. Melhora a ventilação pulmonar. Glândulas brônquicas: Diminuição da secreção. Noradrenalina nos receptores 1. Parassimpático: Músculo brônquico: Contração e broncoconstrição. Acetilcolina nos receptores M2. Glândulas brônquicas: Aumento da secreção. Acetilcolina nos receptores M. Fluidificação da secreção para eliminação. Sistema cardiovascular β α β α Sistema Nervoso Autônomo 10 Sistema complexo que possui um sistema excitocondutor próprio. Dupla inervação antagonista. Simpático: estimulador da atividade cardíaca. Nó sinoatrial: aumento da frequência cardíaca. Noradrenalina em receptores 2. Átrios: aumento da contratilidade e velocidade de condução. Noradrenalina em receptores 1. Nó atrioventricular e sistema de condução: aumento da contractilidade e velocidade de condução. Noradrenalina em receptores 1. 💊 Utilização de betabloqueadores para diminuir a atividade cardíaca (bloqueia o estímulo do simpático). Parassimpático: inibidor da atividade cardíaca. Nó sinoatrial: diminuição da frequência cardíaca. Acetilcolina nos receptores M2. Átrios: diminuição da contratilidade. Acetilcolina nos receptores M2. Nó atrioventricular e sistema de condução: diminuição da velocidade de condução. Pode levar a um bloqueio atrioventricular por hiperpolarização do nódulo. Parada cardíaca em diástole (coração cheio de sangue no ventrículo). Acetilcolina nos receptores M2. Uma superestimulação do parassimpático pode provocar parada cardíaca. 💊 Atropina: bloqueia os receptores colinérgicos-muscarínicos. Antagonista do parassimpático. Aumento da atividade cardíaca. 📖 Simpático inerva o sistema excitocondutor e a musculatura. Parassimpático inerva o sistema excitocondutor. β β β Sistema Nervoso Autônomo 11 Artérias coronárias Inervação exclusiva simpática. Vasodilatação: noradrenalina nos receptores 2. Aumento de fluxo e oxigenação. Vasoconstrição: noradrenalina nos receptores 1. Durante o repouso. Vasos sanguíneos Simpático: dilatação de arteríolas. Músculo esqueléticos, pulmonares, viscerais, abdominais e renais. Noradrenalina em receptores 2 e 1. Arteríolas da pele, mucosa, cérebro, glândulas salivares. Noradrenalina em receptores 1. Veias sistêmicas. Noradrenalina em receptores 1 e 2. Parassimpático: dilatação arteríola músculo esquelético ocasionalmente. Rins: células justaglomerulares Simpáticos: noradrenalina se liga ao receptor 1 nas células justaglomerulares → Ativação da produção de renina → vai para o fígado → transforma o angiotensinogênio em angiotensina I → vai para os capilares do pulmão → ECA: enzima conversora de angiotensina → conversão da angiotensina I em angiotensina II Promoção da vasoconstrição Aumento da reabsorção de NaCl e H2O Aumento da síntese de aldosterona 💊 Losartana potássica: bloqueador do receptor AT1, da angiotensina II: bloqueia a ação da angiotensina II. Vasodilatação e diminuição da reabsorção de NaCl e H2O → diminuição da pressão arterial β α β α α α β β Sistema Nervoso Autônomo 12 Bexiga Controle voluntário do esfíncter externo. Controle pelo SNA do esfíncter interno. Centro do esvaziamento da bexiga: medula sacral. Lesão: retenção urinária. Centro de enchimento da bexiga: medula lombar Simpático: Detrusor: relaxamento. Noradrenalina em receptores 2 Trígono e esfíncter: contração. Noradrenalina em receptores 1 Ação: auxilia o enchimento da bexiga Parassimpático: Detrusor: contração. Acetilcolina em receptores M2 Trígono e esfíncter: relaxamento. Ação: auxilia o esvaziamento da bexiga. Ureter Simpático: aumento da motilidade e tônus. Noradrenalina em receptores 1 Parassimpático: aumento ainda é duvidoso, não se sabe ainda qual é a ação exata. Pênis e clitóris Simpático: ejaculação. Noradrenalina em receptores 1 Parassimpático: acetilcolina e óxido nítrico. Secreção de muco e ereção β α α α
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