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Bruna Silveira Antunes @_medbruna MED UIT XXVIII Professora Juliana Barros Aula 1 - 09/08/22 • função do coração ♥ = é uma bomba que por meio da contração, gera pressão para bombear o sangue para todo corpo → fluxo de sangue vai sempre da maior pressão para menor (se pressão estiver igual ou maior, fluxo para) • 1º sistema a ser formado no embrião (6 semanas de gestação já é possível observar coração no ultrassom) • funções do sistema cardiovascular: o transporte (principal função) ▪ distribuição de sangue para os tecidos, fornecendo nutrientes e removendo resíduos metabólicos ▪ troca de nutrientes, resíduos e líquidos ocorre nos capilares o homeostase ▪ corpo é modulado pelo sistema nervoso e endócrino (quem carrega hormônios é o sistema cardiovascular) ▪ regulação da temperatura corporal ▪ ajustes homeostáticos em casos de hemorragia, esforço e mudança de postura o defesa ▪ células do sistema inflamatório e imune também são carregadas pelo sistema cardiovascular o volume de líquido corporal (é um dos parâmetros da homeostase) ▪ mantém pressão arterial, perfusão dos tecidos, controle hidroeletrolítico • circulação pulmonar ou pequena circulação ① átrio direito recebe sangue desoxigenado do corpo (retorno venoso = pressão na veia cava é maior do que no AD) ② valva tricúspide (valva atrioventricular direita) ③ ventrículo direito se enche de sangue e contrai ④ valva pulmonar ⑤ artéria pulmonar ⑥ pulmões (CO2 passa para alvéolo e O2 passa para sangue = por diferença de pressão parcial) ⑦ veias pulmonares (sangue retorna ao átrio esquerdo) • circulação sistêmica ou grande circulação ① átrio esquerdo recebe sangue oxigenado pelas veias pulmonares ② valva mitral (valva atrioventricular esquerda = estado de Minas) ③ ventrículo esquerdo ④ valva aórtica ⑤ aorta = volume de sangue ejetado pelo coração por unidade de tempo (geralmente é usado minuto, intensidade com que o sangue é bombeado de um ventrículo DC = DS x F débito cardíaco = débito sistólico (quantidade de sangue ejetado em cada ciclo, cada vez que ele bate) x frequência cardíaca (quantas vezes que ele bate por minuto) exemplo: DC = 70mL x 70 → 4900mL → aumentar débito sistólico = aumentar a força de contração retorno venoso = velocidade com que o sangue é devolvido para os átrios, retorno de sangue ao coração • em situações de homeostase, retorno venoso para o átrio direito é igual ao débito cardíaco que sai do ventrículo esquerdo • em situações em que há pressão contra retorno venoso, há acúmulos nas veias • artérias recebem volume de sangue sob alta pressão = volume estressado • paredes espessas, tecido elástico muito desenvolvido, músculo liso e tecido conjuntivo • arteríolas são o maior ponto de resistência ao fluxo sanguíneo = diminuem o fluxo sanguíneo, porque em seguida vêm os capilares, onde ocorrem as trocas gasosas • diâmetro é bem menor que as artérias, porque são os menores ramos das artérias • tem músculos liso e são inervadas pelo SNA simpático (maioria tem receptor adrenérgico α1) → faz vasoconstrição o sangue é deslocado para onde está precisando: no coração e no cérebro NÃO tem alfa-1 / músculos esqueléticos tem receptor β2 que é vasodilatador + ácido lático também é vasodilatador = por isso dá certo, esses órgãos não são atingidos por não terem receptor α1 ou por terem poucos o para ser possível ter contração e relaxamento, precisa ter tônus de contração basal, SEMPRE ter um pouco de estimulação simpática local onde resistência pode ser variada • capilares são formados só por 1 camada de tecido endotelial, circundada por lâmina basal local onde ocorrem as trocas • substâncias lipossolúveis atravessam por dissolução as membranas das células e por difusão / substância hidrossolúveis atravessam os espaços entre as células endoteliais ou por poros • perfusão seletiva = determinada pelo grau de dilatação ou constrição das arteríolas e esfíncteres pré-capilares, ou seja, em sempre os capilares são perfundidos com sangue • veias tem músculo liso, células endoteliais e tecido conjuntivo e menos tecido elástico que as artérias o consegue distender bem, mas são menos rígidas (quanto mais tecido elástico, mais rígido ele fica) o são mais complacentes = capacidade de alterar o volume dado o valor da pressão o capacitância = capacidade de armazenar sangue (aproximadamente 60% do volume de sangue) • volume não estressado de sangue = recebem sangue com baixa pressão • inervadas por fibras nervosas simpáticas com receptores α1 adrenérgicos = contração (reduz capacitância ↓) ❌ NÃO tem inervação parassimpática nos vasos sanguíneos • refere-se aos princípios que governam o fluxo de sangue pelo sistema cardiovascular {fluxo, pressão, resistência, complacência} • quando coração está relaxando, ele está recebendo o sangue de volta • durante sístole artéria aumenta diâmetro e durante diástole ela diminui velocidade do fluxo sanguíneo é a intensidade do deslocamento de sangue por unidade de tempo V = Q/A A = área de secção transversa = πr2 Q = fluxo sanguíneo (ml/s) → volume por unidade de tempo relação inversa entre a velocidade e a área do vaso: capilares = menor velocidade ↓ (o que favorece as trocas) aorta = maior velocidade ↑ relação entre fluxo sanguíneo, pressão e resistência a direção do fluxo sanguíneo é determinada pelo gradiente de pressão e sempre é da maior para a menor pressão Q = ∆P/R Q = fluxo (ml/min) ∆P = diferença de pressão entre as duas extremidades do vaso (entrada/saída) R = resistência • os vasos sanguíneos e o próprio sangue exercem resistência ao fluxo fluxo sanguíneo é inversamente proporcional à resistência: aumento da resistência (vasoconstrição), diminui o fluxo redução da resistência (vasodilatação), aumenta o fluxo • principal mecanismo para mudar o fluxo sanguíneo é alterar a resistência dos vasos sanguíneos resistência periférica total (RPT) = resistência de toda vasculatura sistêmica (RVS): substitui Q pelo débito cardíaco e ∆P pela diferença de pressão entre aorta e veia cava resistência em um único órgão = substitui Q pelo fluxo daquele órgão e ∆P pela diferença de pressão entre artéria e veia do órgão determina a resistência de um vaso ao fluxo sanguíneo R = 8nL/πr4 R = resistência n = viscosidade do sangue L = comprimento do vaso resistência ao fluxo é inversamente proporcional ao raio: quanto maior o diâmetro do vaso, menor a resistência quanto menor o diâmetro do vaso, maior a resistência • em geral o fluxo dentro dos vasos sanguíneos é linear ou alinhado da corrente • perfil parabólico da velocidade = maior velocidade no centro do vaso e mais baixa próximo às paredes dos vasos (a camada de sangue perto da parede do vaso se adere à parede do vaso e não se move) velocidade do fluxo na parede do vaso = zero velocidade do fluxo no centro = máxima • quando tem irregularidades nos vasos sanguíneas, (em uma anemia, na presença de trombos, nas valvas, quando a viscosidade está alterada = o fluxo se torna turbulento o é necessária mais energia (pressão) para conduzir o fluxo sanguíneo turbulento o acompanhado por vibrações audíveis chamadas sopros (ruídos ou bulhas) → ❌ não é possível auscultar fluxo linear • número de Reynolds é usado para prever se o fluxo é laminar ou turbulento, leva em conta o diâmetro do vaso, velocidade do fluxo e viscosidade do sangue o anemia → diminuição do hematócrito (massa de hemácias) → diminui viscosidade do sangue → aumenta número de Reynolds o trombos → estreitam o diâmetro do vaso → aumenta a velocidade → aumenta número de Reynolds • veias tem alta capacitância (capacidade de armazenar sangue) porque são muito complacentes (distensibilidade boa) • quanto do volume eu consigo alterar, dada a mesma situação de pressão complacênciaou capacitância do vaso sanguíneo descreve o volume de sangue que o vaso pode conter sob determinada pressão C = V/P C = complacência | V = volume | P = pressão • veias mantém grandes volumes de sangue sob baixa pressão = complacência alta ↑ o alterações na complacência das veias (exemplo: venoconstrição), causam redistribuição do sangue • artérias contém baixo volume sob alta pressão = complacência baixa ↓ o a complacência das artérias (menor que a das veias) ajuda a amortecer a alta pressão do sangue o com a idade, há maior chance de rompimento, por perda de tecido elástico (colágeno) efeito do envelhecimento sobre complacência das artérias: • paredes ficam mais rígidas, menos elásticas e menos complacentes o com a diminuição da complacência, a pressão arterial começa a aumentar para tentar equiparar ao volume de uma artéria jovem • pressões sanguíneas NÃO são iguais em todo sistema cardiovascular porque o fluxo precisa de uma força motriz (diferença de pressão) para fluir • VE consegue mandar maior força (pressão na aorta = 100) • VD manda com menos força (menor pressão) o não tem trajeto para perder cinética/pressão • pressão de pulso é praticamente ausente nas arteríolas e completamente ausente nos capilares, vênulas e veias ❓ por quê? complacência dos vasos torna a pulsação lenta (quanto mais complacente, mais volume pode ser colocado sem aumentar a pressão) + resistência dos vasos pressão diastólica = PA mais baixa medida, durante relaxamento ventricular pressão sistólica = PA mais alta medida, pressão na artéria após o sangue ser ejetado do VE incisura dicrótica = pequena redução na curva de PA, quando valva aórtica se fecha e se forma um pequeno fluxo retrógrado da aorta pressão de pulso = diferença entre pressão sistólica e diastólica, é a alteração na PA que ocorre quando o volume sistólico é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta pressão arterial média = pressão diastólica + 1/3 da pressão de pulso ❓ por que é 1/3? coração fica mais tempo em diástole do em sístole → pressão arterial média fica mais perto da pressão diastólica • pressão diastólica alta = coração não está relaxando direito, enche pouco de sangue • depósitos de placas nas paredes arteriais diminuem o volume das artérias, elas ficam mais rígidas e menos complacentes = coração precisa fazer mais força para ejetar o sangue → aumento da pressão sistólica, pressão de pulso e pressão média • estreitamento da valva aórtica = coração não consegue bombear tanto sangue para aorta → volume sistólico é reduzido (menos sangue entra na aorta a cada batimento) = pressão sistólica, de pulso e média são reduzidas o aferição da pressão = a pressão medida vai estar mais baixa ▪ pressão arterial = força com que o sangue bate na parede dos vasos (se tem menos sangue, vai bater com menos pressão / se tem mais sangue, vai bater com mais pressão) • quando valva aórtica é incompetente • sangue que foi ejetado para aorta flui para trás = fluxo retrógrado ❓por que isso ocorre? VE está relaxado (sob baixa pressão) + valva aórtica incompetente não pode impedi-lo • coração consegue espontaneamente gerar atividade elétrica para despolarizar as células = automatismo cardíaco o por isso é possível realizar transplantes • átrios devem ser ativados e contraídos primeiro e os ventrículos devem contrair do ápice até a base • modular coração SEM terminação nervosa somente por meio da medula da adrenal – SNA simpático (acelera o coração) o parassimpático só por meio de terminações nervosas (freia o coração) • geração dos potenciais de ação = despolarização das células (torna o interior mais positivo) • períodos refratários = mecanismo de proteção para coração poder relaxar e encher de sangue (impede que um potencial de ação comece um atrás do outro) • 2 tipos de células excitáveis: células contráteis células musculares especializadas em contração todas as células que formam a parede do miocárdio células musculares especializadas em geração e condução de sinal células condutoras células do nodo SA, vias internodais, nodo AV, feixe de His, fibras de Purkinje o potencial de ação tem que se originar no nodo SA o impulsos nodais SA devem ter frequência de 60 a 100x/min o ativação do miocárdio tem que acontecer na sequência correta e com momento e atrasos corretos fora do ritmo normal = arritmia nodo sinoatrial é o marcapasso, potencial de ação se inicia e se propaga para os tratos intermodais (→ átrios) e também para o nodo atrioventricular, (a velocidade de condução fica lenta para dar tempo dos ventrículos se encherem), vai para fascículo atrioventricular (feixe de Hiss), depois para os ramos direito e esquerdo, vai para os ramos subendocárdicos = fibras de Purkinje (velocidade é muito veloz a partir do fascículo) • tecido de anel fibroso separando átrios e ventrículos faz isolamento do sinal (não permite que o sinal passe do átrio para ventrículo, assim o coração contrai de baixo para cima, primeiro contrai a base dos ventrículos e depois o ápice) conceitos aplicados aos potenciais de ação cardíacos são os mesmos aplicados ao potencial de ação no nervo e nos músculos esqueléticos e liso: • potencial de membrana é determinado pelas condutâncias relativas (permeabilidade) aos íons e pelos gradientes de concentração • potencial de membrana em repouso é determinado principalmente pelos íons K+, porque a condutância é alta • papel da Na2+K+ ATPase (bomba de sódio e potássio) é manter os gradientes de concentração (manda 2 Na para fora e 1 K para dentro) • variações do potencial de membrana: influxo (movimento de cargas positivas para dentro da célula) e efluxo (movimento de saída para fora da célula) → (1) alteração do gradiente eletroquímico para um íon permanente (íon irá fluir para dentro ou fora da célula para reestabelecer o equilíbrio, esse fluxo de corrente irá alterar o potencial de membrana) / (2) → variação da condutância de um íon (exemplo: durante a fase ascendente do PA ventricular, a condutância ao Na+ aumenta, fazendo com ele flua para dentro da célula) • predomínio de K+ dentro e Na2+ fora → canais de vazamento de K+ (para fora) em maior número do que os de Na2+ fase 0 – fase ascendente ou de despolarização começa com despolarização rápida = deflexão ascendente → causada por aumento transitório da condutância ao Na+ → corrente de influxo de Na+ → despolarização → canais se fecham fase 1 – repolarização inicial breve período de repolarização = comportas de inativação dos canais de Na+ se fecham + corrente de efluxo de K+ (porque o meio intracelular é mais concentrado e tem alta condutância ao potássio) fase 2 – platô entrada de Ca2+ (corrente lenta de influxo) = saída de K+ corrente de efluxo→ estabilização da voltagem = potencial de membrana despolarizado relativamente estável obs: nas fibras atriais o platô é mais curto que nas ventriculares / entrada de cálcio inicia a liberação de mais cálcio = cálcio disparador, importante para o acoplamento excitação- contração no músculo cardíaco fase 3 – repolarização final continua saída de K+ = aumento na corrente de efluxo, porque aumenta a condutância ao K+ e tem diminuição da corrente de influxo do Ca2+, porque diminui a condutância (membrana volta ao nível de repouso de -85 mV) fase 4 – repouso ou diástole elétrica célula negativa (Na+ entrando e muito K+ saindo) • nosso SA é o marcapasso normal do coração • diferenças das fibras atriais, ventriculares e ramos subendocárdicos: o nodo SA tem automaticidade = consegue geral espontaneamente (sem estímulo neural) potenciais de ação o potencial de membrana em repouso instável = potencial marcapasso o NÃO tem platô sustentado fase 0 – fase ascendente despolarização ou deflexão ascendente não é tão rápidaou tão acentuada e não é por causa de Na = acontece por causa de um aumento da condutância ao Ca2+ e a corrente de influxo de cálcio fase 3 – repolarização aumento da condutância ao potássio = efluxo de K+ fase 4 – despolarização espontânea ou potencial do marcapasso fase mais longa do potencial de ação do nodo SA, sendo responsável pela automaticidade (valor mais negativo do potencial de membrana = potencial diastólico máximo) → lenta despolarização, produzida pela abertura dos canais de Na+ e por uma corrente estranha de influxo de Na+ (IF) CORRENTE IF é ativada pela REPOLARIZAÇÃO (ativada por NEGATIVIDADE) – por isso é chamada de estranha, porque as outras correntes de Na+ são por despolarização ❗isso garante que cada potencial de ação no nodo SA seja seguido por outro potencial de ação velocidade de despolarização da fase 4 define a frequência cardíaca:♥ se velocidade de despolarização aumentar ↑, limiar é atingido mais rapidamente, nodo SA vai disparar mais potenciais por unidade de tempo = frequência cardíaca aumenta ↑ se velocidade de despolarização diminuir ↓, limiar é atingido mais lentamente, nodo SA dispara menos potenciais por unidade de tempo = frequência cardíaca diminui ↓ • quem pode assumir a função do nodo AS: nodo AV, feixe de His, fibras de Purkinje (mas são suprimidos por estimulação) • marcapasso com a velocidade mais rápida de despolarização da fase 4, controla a frequência cardíaca o nodo SA é de curta duração = potencial de ação e períodos refratários são mais curtos (células se recuperam mais rápido) • quando a frequência de disparo do nodo SA diminui ou para completamente (por estimulação vagal, destruição, remoção ou supressão por fármacos), ou frequência intrínseca de disparo de um dos latentes passa a ser mais rápida que o nodo SA, ou se houver bloqueio nas vias de condução devido a doença = marcapassos latentes podem assumir função o coração irá bater em frequência mais lenta se for controlado por um marcapasso latente, porque fase de potencial marcapasso é mais longa frequência de disparo intrínseca: nodo SA (75-80 bpm) nodo AV (45-60 bpm) feixe de His (15-45 bpm) fibras de Purkinje (15-20 bpm) exemplo: quando um marcapasso latente assume papel de marcapasso ectópico, átrios não contraem, mas 75% do sangue desce espontaneamente para os ventrículos sem depender da sístole atrial • não é a mesma em todo miocárdio • depende da intensidade da corrente de influxo e das propriedades de cabo das fibras miocárdicas no nodo AV as fibras são estreitas, quanto menor o diâmetro, maior a resistência / tem poucas junções comunicantes = baixa velocidade → serve para dar tempo de encher o ventrículo antes dele contrair = RETARDO DO NODO AV condução rápida nos ramos subendocárdicos → serve para que os ventrículos possam ser ativados rapidamente e em sequência uniforme para ejeção eficiente do sangue excitabilidade = capacidade das células miocárdicas de gerais potenciais de ação, quantidade de corrente necessária para levar a célula miocárdica até seu potencial limiar excitabilidade varia ao longo do potencial de ação e essas mudanças são refletidas nos períodos refratários • período refratário = mecanismo de proteção (impede que a célula seja despolarizada a todo momento) comportas de ativação abrem quando atinge o limiar de despolarização, comportas de inativação dos canais de Na+ também fecham com a despolarização, só que mais lentamente do que as comportas de ativação abrem • período refratário absoluto = não consegue abrir as comportas de ativação, independentemente do tamanho do estímulo, célula é incapaz de gerar um segundo estímulo, porque meio ao redor está muito positivo • período refratário relativo = durante esse período, mais canais de Na+ se recuperam e é possível gerar um segundo potencial, mas é preciso um estímulo maior que o normal e terá uma fase de platô encurtada (porque célula começa a se repolarizar e o meio fica mais negativo) • período supranormal = ocorre após o período refratário relativo, célula fica mais excitável que o normal, ou seja, é preciso menos corrente de influxo para despolarizar a célula até o limiar ação receptor adrenérgico mecanismo frequência cardíaca ↑ β1 ↑ IF velocidade de condução ↑ ICa contratilidade músculo liso vascular (cutâneo, renal e esplâncnico) constrição α1 aumenta resistência periférica músculo liso vascular (músculo esquelético) dilatação β2 reação de luta e fuga constrição α1 - ação receptor muscarínico mecanismo frequência cardíaca ↓ M2 ↓ IF ↓ ICa ↑ IK velocidade de condução contratilidade (nos átrios apenas) músculo liso vascular (cutâneo, renal e esplâncnico) dilatação (libera EDRF) M3 simpático libera Ach (exceção) NÃO tem parassimpático em vasos músculo liso vascular (músculo esquelético EDRF = fator relaxante derivado do endotélio = efeitos do SNA sobre a frequência cardíaca • SIMPÁTICO = aumenta FC ↑ = efeitos cronotrópicos positivos ➕ o norepinefrina ativa receptores β1, que provocam o aumento de IF, o que aumenta a velocidade despolarização da fase 4 (potencial marcapasso) / aumenta também ICa, que faz com que o potencial limiar seja menor → nodo SA é despolarizado até o limiar com maior frequência, então ele dispara mais potenciais de ação por unidade de tempo = taquicardia • PARASSIMPÁTICO = diminui FC ↓ = efeitos cronotrópicos negativos ➖ o acetilcolina ativa os receptores muscarínicos (M2), que desencadeiam redução de IF e aumentam a condutância ao K+, assim, o efluxo de K+ hiperpolariza a célula e a diminuição na ICa aumenta o limiar → nodo SA é despolarizado até o limiar com menos frequência e dispara menos potenciais de ação por unidade de tempo = bradicardia = efeitos do SNA sobre a velocidade de condução do sinal • agem sobre o nodo atrioventricular (principalmente) • SIMPÁTICO = aumenta velocidade com que os potenciais de ação são conduzidos dos átrios para os ventrículos = efeitos dromotrópicos positivos ➕ o aumento de ICa, que é responsável pela fase ascendente do potencial de ação = aumento da corrente de influxo • PARASSIMPÁTICO = diminui velocidade de condução = efeitos dromotrópicos negativos ➖ o redução de ICa e aumento de IK (aumento da corrente de influxo) Aula 2 – 16/08/2022 • miocárdio é composto por: músculo atrial, músculo ventricular e fibras musculares especializadas em excitação e condução • músculo cardíaco é um músculo estriado o tem sarcômeros = que são formados por filamentos espessos (miosina) + filamentos finos (actina, tropomiosina, troponina) ▪ miosina tem nas cabeças globulares, sítios de ligação com actina e ATPase ▪ actina polimerizada tem forma retorcida e tem um sítio de ligação com miosina (que fica tampado) ▪ tropomiosina fica entre os sulcos dos filamentos torcidos de actina e tampa o sítio de ligação da miosina ▪ troponina é uma proteína globular formada por 3 subunidades, uma delas se liga ao Ca2+ e ocorre uma alteração conformacional que remove a inibição da tropomiosina • modelo dos filamentos deslizantes = quando se formam e logo depois se desfazem, as pontes cruzadas (ligação entre actina e miosina), os filamentos finos e espessos deslizam uns sobre os outros → esse ciclo produz tensão na fibra muscular • túbulos transversos (T) = sarcolema sofre invaginações formando túbulos T, permite que potencial de ação entre para dentro da célula e chegue mais perto do reticulo sarcoplasmático → Ca2+ sai para fora e se liga no troponina C • transforma o potencial de ação em tensão a grandeza da tensão desenvolvida pelas células miocárdicas é proporcional à concentração de Ca2+ (quanto mais cálcio, com mais força coração vai bater = contração + sustentada) • potencial de ação se inicia no sarcolemae se dissemina para interior da célula pelos túbulos T → potencial de ação cardíaco, na fase 2 (platô) tem uma corrente de influxo de cálcio pelos canais de Ca2+ do tipo L voltagem- dependentes (receptores de di-hidropiridina) que ficam nos túbulos T = CÁLCIO DISPARADOR • cálcio disparador/desencadeador/gatilho induz liberação de mais cálcio no retículo sarcoplasmático através dos canais ligante-dependentes de Ca2+ (receptores rianodina) que ficam na membrana do RS = LIBERAÇÃO DE CÁLCIO INDUZIDA POR CÁLCIO 2 fatores determinam a quantidade de Ca2+ liberada do retículo = quantidade de cálcio armazenada no RS + a amplitude da corrente de influxo que entrou durante o platô • concentração intracelular de Ca2+ fica ainda mais alta e o cálcio se liga à troponina C, que desloca a tropomiosina e a ligação entre actina e miosina ocorre = pontes cruzadas (se formam e rompem) → filamentos deslizam uns sobre os outros e geram tensão o ciclo das pontes cruzadas continua até a concentração de Ca2+ intracelular for alta suficiente para ocupar os locais de ligação de cálcio na troponina C • para coração bater mais forte é preciso aumentar a concentração de cálcio (exemplo: simpático e fármacos para insuficiência cardíaca) • Ca2+ volta contra gradiente de concentração, utiliza transporte ativo primário (gasto de ATP) = bomba de Ca2+ ou Ca2+ATPase = SERCA (no retículo sarcoplasmático recebe esse nome) → volta cálcio para dentro do retículo sarcoplasmático , para músculo poder relaxar • para cálcio disparador sair da célula (que entrou durante platô) = transporte ativo secundário (não gasta ATP) → contra transporte sódio-cálcio (utiliza a energia do Na+ entrando para Ca2+ sair) ou pela Ca2+ATPase • 1 molécula de calsequestrina se liga à 4 moléculas de cálcio = deixa de ser ionizado e não exerce poder de concentração → armazenamento receptor β1 (no coração só tem esse tipo adrenérgico) ♥ coração tem que ① bater com mais força e mais rápido e fazer ② relaxamento mais rápido ① catecolamina (norepinefrina ou epinefrina) se liga ao receptor de membrana β1 → ativa cascata de sinalização acoplada à proteína GS à adenil ciclase → converte ATP em AMPc → ativa PKA (proteína cinase A) → fosforiza canais de Ca2+ sarcolêmicos (são ativados) que são inseridos na membrana, fazendo com que mais cálcio disparador entre = mais cálcio no meio intracelular → consequentemente, mais cálcio do retículo é liberado no meio intracelular ② PKA → fosforiza fosfolambano (proteína que regula Ca2+ ATPase do RS → ativa atividade da SERCA (guarda cálcio mais rápido = relaxamento mais rápido) e aumenta a quantidade de cálcio armazenado para liberação em batimentos posteriores PKA aumenta o metabolismo celular = os processos demandam energia e assim aumentam processos de degradação e obtenção de energia (glicólise, lipólise e ciclo de Krebs) conjunto de células que se fundem, perdendo parte de sua membrana, e formando uma única massa citoplasmática multinucleada • discos intercalares = junções GAP (sinal consegue passar rápido e tem integração celular, por isso chama sincício) • sincício atrial e ventricular = separados por tecido fibroso de sustentação que rodeias as válvulas (único local que permite comunicação elétrica = nodo AV) = capacidade intrínseca das células miocárdicas de desenvolverem força • efeitos inotrópicos positivos ➕ aumenta ↑ força de contração = SIMPÁTICO (sobre o miocárdio) = maior tensão, maior velocidade de desenvolvimento de tensão, relaxamento mais rápido → 2 proteínas são fosforiladas (canais de Ca2+ + fosfolambano) • efeitos inotrópicos negativos ➖ diminui ↓ força de contração (PARASSIMPÁTICO não inerva músculo ventricular = só tem ação nos átrios → mecanismo de proteção) Acetilcolina diminui corrente de cálcio e aumento efluxo de K (PA acaba mais rápido) melhor forma de diminuir força de contração = inibindo o simpático • contração é correlacionada diretamente com a quantidade de Ca2+ liberada pelo RS efeito da frequência cardíaca sobre a contratilidade: • quando aumenta a FC, ocorrem mais potenciais de ação por unidade de tempo e aumento na quantidade total de Ca2+ disparador que entra durante platô se for estimulação simpática ou por catecolaminas = aumento da amplitude da corrente de influxo de cálcio • como tem mais influxo de cálcio, RS acumula mais cálcio para liberação seguinte = aumento do armazenamento se for estimulação simpática, tem fosforilação do fosfolambano que aumenta ainda mais o processo de captação efeito de escada positivo ou escada de Bowdicth: • aumento da FC aumenta gradualmente também a força, até chegar no valor máximo (de armazenamento de Ca2+) o quando frequência está muito alta, não dá tempo de todo cálcio ser devolvido ao retículo sarcoplasmático, por isso o coração bate com mais força (porque tem mais cálcio acumulado) o mais PA → mais Ca2+ disparador → mais Ca2+ acumulado pelo RS (primeiro batimento após o aumento da FC não aumenta tensão, porque ainda não deu tempo de acumular cálcio extra) potenciação pós-extrassistólica: • quando tem uma sístole anômala extra (em vermelho), ela é mais fraca porque foi gerada por um marcapasso latente e o músculo ainda estava em processo de relaxamento quando sinal contrátil chegou • próximo batimento (em verde) é mais forte, porque tem mais cálcio que o normal (junta com cálcio da contração anterior – quantidade inesperada de cálcio que entrou na célula durante extrassístole fica acumulada no RS) • classe de fármacos que atuam como agentes inotrópicos positivos • utilização = para insuficiência cardíaca congestiva (condição caracterizada pela contratilidade diminuída do músculo ventricular) • inibem a bomba de sódio e potássio ⛔ (Na+ deixa de sair e concentração intracelular aumenta) → consequentemente, contra transporte de sódio e cálcio não funciona (porque o trocador de Ca2+/Na+ depende do gradiente eletroquímico de Na+ como fonte de energia) → menos Ca2+ saem para o meio extracelular = concentração elevada de cálcio intracelular é proporcional ao aumento da força de contração cardíaca • são os eventos cardíacos que ocorrem do início de cada batimento cardíaco até o início do próximo (tum tá) consiste em 2 grandes períodos: período de relaxamento = DIÁSTOLE ♥ enche de sangue período de contração = SÍSTOLE ♥ ejeta sangue • dividido em 7 fases: sístole atrial contração atrial – valva mitral está aberta e ventrículo esquerdo está se enchendo de sangue - pressão e volume aumentam pouco porque a sístole atrial manda pouco sangue contração ventricular isovolumétrica ventrículos são ativados eletricamente e contraem - pressão aumenta muito e o volume se mantém porque as valvas aórtica e mitral estão fechadas (no coração direito, a valva tricúspide se fecha) e o coração começa a fazer força para ejetar – BARULHO DA VALVA MITRAL SE FECHANDO (1ª bulha cardíaca) ejeção ventricular rápida ventrículo continua a contrair e pressão ventricular atinge seu valor máximo - valva aórtica se abre, devido à pressão ventricular ficar maior do que a aórtica - começa a ejeção de sangue para aorta – volume ventricular é reduzido e pressão aórtica aumenta – começa o enchimento atrial pela circulação pulmonar e é o fim da contração ventricular ejeção ventricular reduzida sangue continua em direção à aorta, mas não com a mesma velocidade e intensidade (porque os ventrículos não estão mais contraindo) – os ventrículos começam a se repolarizar relaxamento ventricular isovolumétrico quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão aórtica, VALVA AÓRTICA FECHA (2ª bulha cardíaca) - ventrículo esquerdo está totalmente relaxado e repolarizado - todas as valvas estão fechadas, por isso o volume ventricular é constante incisura dicrótica = quando a valva aórticase fecha, a curva da pressão aórtica apresenta uma irregularidade enchimento ventricular rápido pressão ventricular cai para seu nível mais baixo e a VALVA MITRAL SE ABRE – ventrículo está relaxado e começa a se encher de sangue (volume aumenta, mas a pressão permanece baixa, porque ventrículo está relaxado) – pressão na aorta diminui à medida em que o sangue vai da aorta para a árvore arterial, para as veias e depois retorna ao coração enchimento ventricular reduzido também chamado de diástase, é a fase mais longa do ciclo – fase final do enchimento ventricular alterações do ritmo cardíaco alteram o tempo disponível para a diástase e, consequentemente o enchimento ventricular e volume diastólico final sístole atrial átrios contraem fase final do enchimento ventricular - contração ventricular isovolumétrica ventrículos contraem pressão ventricular aumenta volume ventricular é constante (todas as valvas fechadas) valva mitral fecha ejeção ventricular rápida ventrículos contraem pressão ventricular aumenta e atinge o máximo ventrículos ejetam sangue para as artérias volume ventricular diminui pressão aórtica aumenta e atinge o máximo valva aórtica abre ejeção ventricular reduzida ventrículos ejetam sangue para as artérias (velocidade mais lenta) volume ventricular atinge o mínimo pressão aórtica começa a cair à medida que o sangue sai para as artérias - relaxamento ventricular isovolumétrico ventrículos relaxados pressão ventricular é reduzida volume ventricular é constante valva aórtica fecha enchimento ventricular rápido ventrículos relaxados ventrículos enchem passivamente com sangue dos átrios volume ventricular aumenta pressão ventricular baixa e constante valva mitral abre enchimento ventricular reduzido ventrículos relaxados fase final do enchimento ventricular - • DÉBITO SISTÓLICO ou VOLUME SISTÓLICO = volume de sangue ejetado pelo ventrículo em cada batimento (em média 70 mL) o inversamente proporcional à pós-carga (pressão na aorta) DS = VOLUME DIASTÓLICO FINAL (volume no ventrículo antes da ejeção) - VOLUME SISTÓLICO FINAL (volume restante no ventrículo depois da ejeção) • FRAÇÃO DE EJEÇÃO = fração do volume diastólico final que é ejetada no débito sistólico (0,60 ou 60%) → medida da EFICIÊNCIA do ventrículo em ejetar sangue = INDICADOR DE CONTRATILIDADE fração de ejeção = volume sistólico volume diastólico final • VOLUME DIASTÓLICO FINAL = volume de sangue ao final da diástole (cerca de 110 a 120 mL), sangue no ventrículo antes da ejeção → RETORNO VENOSO = PRÉ-CARGA • VOLUME SISTÓLICO FINAL = volume que sobrou no ventrículo após a sístole, que não chegou a ser expulso na ejeção ↑ débito sistólico (porque aumenta a força de contração) ↑ volume diastólico final (porque aumenta vasodilatação das veias) ↑ fração de ejeção ↓ volume sistólico final (ejeta mais, precisa de mais sangue) FASE I: PERÍODO DE ENCHIMENTO pressão ventricular cai para inferior à pressão atrial esquerda e a valva mitral se abre → ventrículo se enche de sangue (passivamente – AE / ativamente – contração atrial do próximo ciclo) → volume sistólico final → músculo ventricular está relaxado e a pressão só aumenta à medida em que o coração se enche de sangue FASE 2: CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA final da diástole → volume diastólico final (ventrículo esquerdo preenchido com sangue) → pressão baixa = músculo cardíaco está relaxado → contração ventricular inicia e pressão aumenta → volume continua constante porque todas as válvulas estão fechadas FASE III: EJEÇÃO VENTRICULAR pressão ventricular esquerda fica maior que a pressão aórtica e isso faz com que a valva aórtica se abra → sangue é ejetado rapidamente e volume ventricular vai diminuindo → pressão continua elevada porque ventrículo ainda está contraindo → volume restante no ventrículo = volume sistólico final / largura da alça pressão-volume = sangue ejetado ou volume sistólico FASE IV: RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO sístole termina → ventrículo relaxa → pressão ventricular diminui além da pressão aórtica e a valva aórtica se fecha → volume é constante (volume sistólico final = o que sobrou) porque todas as valvas estão fechadas aumento de pré-carga (volume diastólico final) = maior retorno venoso → posteriormente, terá um aumento no volume sistólico de acordo com a relação de Frank-Starling aumento de pós-carga = necessário fazer mais força, porque pressão na aorta está aumentada (faz mais força e ejeta menos) → débito sistólico diminui (menos sangue é ejetado) e volume sistólico final aumenta (mais sangue fica no ventrículo) contratilidade aumentada = débito sistólico e fração de ejeção aumentam (consegue mandar mais sangue que o normal) e diminui o volume sistólico final (volume sanguíneo que sobra no ventrículo) • Otto Frank e Ernest Starling (fisiologistas) propriedade intrínseca = volume ejetado pelo ventrículo, na sístole, era determinado pelo volume diastólico final (quanto mais sangue recebe, mais sangue ejeta) ou seja, volume de sangue ejetado pelo ventrículo depende do volume presente no ventrículo ao final da diástole, que por sua vez, depende do volume que retorna ao coração ou RETORNO VENOSO ❓por que isso é possível: quanto mais sangue o coração recebe, mais distendido ele fica e assim mais ele consegue encurtar os sarcômeros (aumenta força de contração) + tem canais de cálcio mecano-dependentes sensíveis à distensão (quanto mais cálcio, maior a força de contração) • trabalho = força x distância • trabalho sistólico = VOLUME SISTÓLICO (distância) x PRESSÃO DA AORTA (força) trabalho do ventrículo esquerdo = área compreendida pela alça pressão-volume (área do gráfico) • trabalho-minuto ou força → trabalho por unidade de tempo = DÉBITO CARDÍACO (trabalho de volume = trabalho externo) x PRESSÃO NA AORTA (trabalho de pressão = trabalho interno) • trabalho de pressão > trabalho de volume • maior consumo de O2 para trabalho de pressão (trabalho interno), quando trabalho de pressão aumenta, o consumo de oxigênio também aumenta exemplos: na estenose aórtica, consumo de O2 aumenta, porque o ventrículo esquerdo tem que desenvolver pressões altas para bombear o sangue pela valva aórtica estenosada (débito cardíaco é reduzido, nesse caso) • ventrículo esquerdo tem muito mais trabalho de pressão do que o direito, porque o débito cardíaco é igual em ambos os lados, mas a pressão média da aorta é maior do que a da artéria pulmonar = mecanismo compensatório (parede do ventrículo esquerdo é mais espessa) lei de Laplace afirma que quanto maior a espessura da parede da esfera, maior será a pressão que pode ser desenvolvida Pressão = 2 x espessura x tensão raio exemplo: na hipertensão sistêmica, o ventrículo esquerdo tem que realizar mais trabalho de pressão que o normal, e devido à elevação da pressão aórtica, a parede ventricular esquerda se hipertrofia (fica mais espessa) como compensação pelo aumento da carga de trabalho na hipertensão pulmonar, quem irá se hipertrofiar é o ventrículo direito • medida do débito cardíaco a partir da utilização de O2 pelo corpo débito cardíaco = consumo de oxigênio pelo corpo todo teor O2 veia pulmonar - O2 artéria pulmonar • teor de O2 do sangue venoso pulmonar pode ser coletado pela artéria periférica e o teor de O2 do sangue arterial pulmonar pode ser coletado da artéria pulmonar ou do ventrículo direito • princípio de Fick pode ser aplicado para medir o fluxo sanguíneo de órgãos isolados exemplo: fluxo sanguíneo renal pode ser medido dividindo o consumo de O2 dos rins, pela diferença no teor de oxigênio do sangue renal arterial e venoso Aula 3 – 23/08/22 • pressão é a força percebida nas artérias, feita pelo fluxo sanguíneo Pa = DC x RPT (resistência periférica total) → tudoque modula grau de estiramento dos vasos, volume de sangue, grau de contração do coração, frequência cardíaca, também modula a pressão arterial • parâmetro de homeostase = avalia a atividade do coração, da arvore vascular, volume de água, controle eletrolítico (e consequentemente a concentração de hormônios) por que manter a pressão é importante? porque ela diz respeito à perfusão dos tecidos (não pode ser alta, porque pode romper vasos / e não pode ser baixa, porque pode faltar) → nível aproximado da pressão arterial média = 100 mmHg mecanismos neurais → curto prazo (barorreflexo) mecanismos locais → curto prazo (metabólitos vasoativos) mecanismos humorais ou hormonal → médio a longo prazo • mecanismos barorreceptores são reflexos neuromediados rápidos que tentam manter a pressão arterial constante por meio do simpático e parassimpático • barorreceptores são mecanorreceptores que captam mudanças no estiramento das artérias o quando pressão está alta = grau de estiramento aumenta↑ o quando pressão está baixa = grau de estiramento diminui ↓ localizados no ARCO AÓRTICO (via nervo vago – NC X) e no SEIO CAROTÍDEO (via nervo glossofaríngeo – NC IX) • informações vão para os centros vasomotores cardiovasculares no tronco encefálico, na formação reticular do bulbo e da ponte • no núcleo do trato solitário (fica no bulbo), as informações aferentes sobre a pressão arterial do NC IX e NC X são comparadas RESPOSTAS EFERENTES: PARASSIMPÁTICA através do nervo vago no nodo SA para diminuir FC SIMPÁTICA • efeito sobre nodo SA para aumentar FC • efeito sobre músculo cardíaco para aumentar contratilidade e volume sistólico • efeito sobre as arteríolas de vasoconstrição e aumentar RPT • efeito sobre as veias de venoconstrição e diminuir volume não estressado e aumentar retorno venoso) • set point ou valor fixo = onde está a informação da frequência de disparo de potenciais de ação quando a pressão está normal hipertensão arterial crônica → diminuição da sensibilidade dos barorreceptores a aumentos de pressão arterial ou aumento do ponto fixo da pressão arterial no tronco encefálico • os barorreceptores têm um padrão de descarga quando a pressão arterial está normal → aumento/diminuição da pressão arterial altera o padrão de descarga (ou o número de disparos potencial de ação das fibras) FAIXA DE DETECÇÃO • barorreceptores carotídeos detectam uma faixa maior de pressão = são mais sensíveis (detectam queda de pressão abaixo de 100, além de detectar aumento) • barorreceptores aórticos detectam pressão de 100 a 200 mmHg (são sensíveis principalmente ao aumento) ① aumento da Pa é detectado pelos barorreceptores → aumento da frequência de disparo dos nervos IX e X ② fibras dos nervos fazem sinapse no núcleo do trato solitário no bulbo e as informações são comparadas com o ponto fixo (nesse caso o valor está acima do set point) ③ núcleo do trato solitário utiliza os centros cardiovasculares para aumentar o fluxo parassimpático para o coração e uma diminuição no fluxo simpático para o coração e vasos ④ aumento do parassimpático pelo vago para nodo SA e reduz a frequência cardíaca / diminuição do simpático no nodo SA também diminui a FC / diminuição do simpático reduz a contratilidade e o débito cardíaco / diminuição do simpático provoca vasodilatação arteriolar, o que diminui a RPT / redução da constrição das veias, o que aumenta a complacência e aumenta o volume não estressado ⑤ atividade dos barorreceptores e dos centros cardiovasculares retornam ao nível tônico basal ① perda de sangue diminui a Pa porque reduz o volume de sangue estressado ② redução do estiramento nos barorreceptores e diminuição da frequência de disparo do nervo do seio carotídeo ③ informações vão para núcleo do trato solitário do bulbo, que reduz atividade parassimpática no coração e aumento da atividade simpática para o coração e os vasos ④ frequência cardíaca e contratilidade aumentam = aumento do débito cardíaco / aumento da constrição das arteríolas = aumento da RPT/ aumento da constrição das veias = diminui volume não estressado e aumenta retorno venoso (que aumenta o débito cardíaco) EXPERIMENTO: • demostra a importância da regulação de curto prazo da pressão arterial • quando o animal do experimento foi desnervado, a pressão teve muitas variações • redução do suprimento sanguíneo para o SNC produz a resposta isquêmica central (RIC) = resposta dos neurônios do próprio centro vasomotor • imita o reflexo barorreceptor, mas é muito mais potente, pode elevar a Pa acima de 200 mmHg e interromper o fluxo sanguíneo para todos os tecidos, exceto o coração, pulmões e cérebro • é estimulada pela isquemia cerebral (quimiorreceptores do bulbo são sensíveis ao CO2 e a pH) pressão sistólica abaixo de 60 mmHg inicia a resposta • fluxo sanguíneo nos tecidos periféricos é grandemente reduzido, pela estimulação simpática que faz vasoconstrição arteriolar e aumento da RPT = fluxo é redirecionado para cérebro • função = mantém o fluxo cerebral quando a Pa atinge níveis criticamente baixos reação de Cushing → aumento da pressão intracraniana (tumores ou ferimentos na cabeça), comprime artérias cerebrais, o que diminui a perfusão que logo é percebida pelos quimiorreceptores bulbares que aumentam a RPT e a Pa • regulação hormonal a longo prazo • envolvida com o volume sanguíneo = modulação da resistência periférica total (vasodilatação e vasoconstrição) e do débito cardíaco vasoconstritores: angiotensina II, vasopressina (ADH – antidiurético), endotelinas, catecolaminas vasodilatadores: ANP (peptídeo natriurético atrial), cininas, óxido nítrico, prostaciclinas • diminuição da Pa diminui a pressão da perfusão renal, percebida pelos mecanorreceptores nas arteríolas aferentes do rim → células justaglomerulares secretam enzima renina na corrente sanguínea (estimulação simpática e agonista do β1 também aumentam a secreção de renina) → renina quebra/catalisa angiotensinogênio (produzido no fígado) em angiotensina I → angio I é convertida em angiotensina II quando corrente sanguínea passa pelos pulmões e rins, pela enzima conversora de angiotensina (ECA) • angio II ativa receptores tipo 1 de angiotensina II acoplados à proteína G (receptores AT1) Sars-Cov-2 tem filia pela enzima ECA (predomínio do pulmão) • quando a pressão aumenta ↑ = células justaglomerulares diminuem a secreção basal de renina (↑ aumentar Pa) • estimula córtex da adrenal a liberar hormônio aldosterona → atua sobre as células principais do túbulo renal distal e ducto coletor, aumentando o número de canais de sódio e, consequentemente, reabsorção de Na+ (aumenta volume do líquido extracelular e, consequentemente, o sanguíneo também) o aldosterona é um hormônio esteroide e todo hormônio lipídico tem receptor dentro do núcleo da célula = estimula DNA a produzir e expressar proteínas específicas (no caso, são canais de Na+) • atua sobre o hipotálamo, aumentando a sede e a ingestão de água (apetite para o sal também) + estimula secreção pela hipófise do hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina que também é vasopressor (receptores V1 no músculo liso vascular) e ativa canais de aquaporina nos ductos coletores (receptores V2) • ação direta sobre o rim, facilita trocador de Na+ H+ na membrana das células do túbulo proximal e aumenta a reabsorção de Na+ (além de fazer vasoconstrição da arteríola renal) • aumenta resistência periférica total (RPT), porque faz vasoconstrição das arteríolas • aumenta a hipertrofia cardíaca e vascular (aumenta a proliferação celular) = remodelamento das estruturas • facilitação adrenérgica (facilita a ação do simpático, com aumento da liberação de neurotransmissores e diminuição da recaptação / liberação de catecolaminas da medula da adrenal)• podem agir como: inibidores ECA, antagonistas do receptor Angio II, inibidor renina, bloqueadores adrenérgicos: propranolol • fármacos que inibem AT1 = inibe a ação da angiotensina II = diminuem Pa • PNA é secretado pelos átrios, em resposta ao aumento da pressão atrial, faz vasodilatação (diminuição da RPT) Nos rins, essa vasodilatação (diminui a produção de renina) leva ao aumento da excreção de Na+ e água, diminuindo o volume sanguíneo. Aula 4 – 30/08/22 • o termo microcirculação refere-se às funções dos menores vasos sanguíneos, os capilares e os vasos linfáticos vizinhos • capilares tem só 1 camada de células endoteliais, com fissuras entre as células saiu do vaso para interstício = filtração foi do interstício para vaso = absorção • arteríolas são o maior ponto de resistência ao fluxo → por causa do calibre e da quantidade de músculo liso capaz de ser modulado pelo simpático o pressão de 80/30 mmHg o das arteríolas saem o leito capilar o tem esfíncter pré-capilar = músculo liso circular nas metarteríolas (transição entre arteríola e capilar) = interruptores → têm receptores adrenérgicos α1 e respondem metabólitos locais (quanto mais metabolismo ↑ maior necessidade de sangue ↑ dilatação / diminuição do metabolismo ↓ menor necessidade de sangue ↓ vasoconstrição basal) o na maior parte do corpo, o receptor das arteríolas é α1 (vasoconstrição) – afinidade por noradrenalina o durante atividade física, tem liberação de adrenalina pela medula da adrenal, que tem maior afinidade por β2, receptores das arteríolas do músculo esquelético • toda troca na microcirculação entre o tecido e os capilares são feitas por difusão simples (por diferença de concentração e de pressão parcial → vai da maior para menor) se for lipossolúvel atravessa no meio das células endoteliais (pela membrana plasmática) se for hidrossolúvel, atravessa pelas fendas aquosas entre as células = área de superfície para a difusão é bem menor • osmose → água se movimenta do meio menos concentrado para mais concentrado = tende a ficar onde tem mais substâncias • proteínas geralmente não atravessam e são retidas no leito vascular (isso é uma vantagem pois a água que saiu volta por osmose) equação de Starling Jv = Kf [(Pc - Pi) – (πc – πi)] Jv - movimento do líquido ml/min Kf - condutância hidráulica ml/min x mmHg = permeabilidade à água da parede capilar (quanto maior pressão, maior condutância, exemplo: mangueira com uma rachadura, se torneira for pouco aberta, sairá menos água pela abertura, se for aberta totalmente, sairá mais água) → varia de acordo com o tipo de capilar e aumenta nas lesões capilares Pc - pressão hidrostática capilar mmHg = força que favorece a filtração para fora do capilar (quanto de água tem dentro do capilar) determinada pela pressão arterial e venosa (mais afetada pela venosa) → mais alta na extremidade arteriolar do capilar e mais baixa na extremidade venosa, devido à filtração do líquido Pi - pressão hidrostática intersticial mmHg = força de oposição à filtração (água no interstício) → normalmente é quase zero ou negativa πc - pressão oncótica capilar mmHg = força de oposição à filtração, determinada pela concentração de proteínas dentro do capilar (aumentos na [proteína], reduzem filtração e diminuição da [proteína] aumentam filtração) πi - pressão oncótica intersticial mmHg = força que favorece filtração, determinada pela concentração de proteínas no interstício (normalmente tem pouca perda de proteínas dos capilares, por isso essa pressão é baixa) no início as forças favorecem a filtração e logo depois, como consequência da filtração, favorecem a absorção! • nos capilares, o movimento do líquido é impulsionado pela soma das pressões hidrostática e osmótica • vasos linfáticos são responsáveis pelo retorno do líquido intersticial e das proteínas ao compartimento vascular • localização: não tem em cartilagens e no SNC (no sistema nervoso central, os capilares são contínuos, quase não há filtração) / se encontram no líquido intersticial, próximos dos capilares vasculares • os capilares linfáticos têm valva com aberturas unidirecionais, que possibilitam que o líquido intersticial e proteínas entrem, mas não saiam dos capilares • se fundem em vasos linfáticos maiores e, por fim, no maior vaso linfático, o ducto torácico, que leva a linfa para as veias de grande porte (fluxo linfático volta para o ducto pela contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos e pela compressão dos vasos linfáticos pela atividade do músculo esquelético circundante) se forma quando volume intersticial (devido à filtração capilar) excede a capacidade dos linfáticos de retorná- lo à circulação • filtração aumentada • drenagem linfática comprometida (linfonodos são removidos ou irradiados, infecção parasitária nos linfonodos – filaríase – ou falta de atividade muscular por longo período) sinal de Cacifo = ou sinal de Godet é um sinal clínico avaliado por meio da pressão digital sobre a pele, por pelo menos 5 segundos, a fim de se evidenciar edema. É considerado positivo se a depressão formada não se desfizer imediatamente após a descompressão constrição venosa/pressão venosa = dificulta passagem, sangue fica mais tempo nos capilares (mais filtração), sangue não consegue voltar bem insuficiência cardíaca = volume sistólico final, aumenta, volta menos sangue do retorno venoso, acúmulo nos capilares (mais filtração) porque beber muita água desincha? o que retém água no corpo é sódio, então quando eu bebo muita água, perco mais sódio e mais água na urina! Então, sódio não vai aumentar a osmolaridade tanto assim. • dependem da resistência vascular e das demandas metabólicas • o fluxo sanguíneo para os pulmões é igual ao débito cardíaco = é o único órgão que recebe todo o débito cardíaco • quando um vaso que chega em um tecido em hipóxia, ele dilata para favorecer a correção da pressão parcial de O2 o controle local (mecanismo intrínseco) – em muitos tecidos é o mais importante o controle neural ou hormonal (mecanismo extrínseco) • alvo: é nas arteríolas que o controle acontece • AUTORREGULAÇÃO o manutenção da pressão sanguínea constante para um órgão o quando arteríola dilata muito, tem uma contração reflexa = fluxo para o órgão se mantém constante, independente da pressão sanguínea do organismo o quando ela se distende muito, vários canais de cálcio mecanorreceptores se abrem, quando mais cálcio, maior a contração hipótese miogênica = quando músculo liso vascular é estirado, ele se contrai lei de Laplace para um cilindro Tensão = Pressão x Raio (se a pressão aumenta e o raio diminui, a tensão – fluxo sanguíneo – pode permanecer constante) • HIPEREMIA ATIVA o fluxo sanguíneo para um órgão é proporcional à sua atividade metabólica o se aumenta a atividade metabólica, a necessidade de sangue é maior, e os metabólitos fazem o vaso dilatar para aumentar o fluxo sanguíneo que chega hipótese metabólica = como resultado da atividade metabólica, os tecidos produzem vários metabólitos vasodilatadores (exemplo: CO2, H+, lactato, adenosina) • HIPEREMIA REATIVA o órgão ficou sem sangue por um tempo, e então os metabólitos se acumularam, quando o fluxo retorna os metabolitos dilatam o vaso = acontece em resposta, como reação ao período de oclusão arterial o quanto maior o período de oclusão, maior o déficit de O2 e maior o aumento subsequente do fluxo sanguíneo acima dos níveis pré-oclusão por que infarto em jovens é mais perigoso do que em idosos? Durante ciclo cardíaco normal, alguns pontos sofrem hipóxia. Esses locais produzem VEGF (fator estimulante de crescimento endotelial vascular), que faz angiogênese, produção de vasos a partir de pré-existentes. No idoso, tem muito mais irrigação colateral, por causa do tempo de ação da VEGF. No jovem,ainda não deu tempo de formar tanta circulação colateral, então há maior chance de hipóxia e necrose. • envolve inervação simpática do músculo liso vascular vasos coronários, pulmonares e cerebrais têm pouca inervação simpática = mecanismo de proteção o receptores α1 = vasoconstrição (ativação basal, pequena), afinidade por noradrenalina o receptores β2 = vasodilatação (ativação maior – medula da adrenal) receptores β2 tem mais afinidade pela adrenalina, liberada pela medula da adrenal • substâncias vasoativas: angiotensina II, vasopressina (ADH) = vasoconstrição bradicinina, histamina = dilatação das arteríolas e constrição de vênulas óxido nítrico = vasodilatação prostaglandinas = maioria faz vasodilatação ANP (peptídico natriurético atrial) = vasodilatação circulação coronária • metabólitos locais: hipóxia e adenosina (causam vasodilatação) • compressão mecânica dos vasos sanguíneos durante sístole → breve período de oclusão → hiperemia reativa circulação cerebral • CO2 provoca vasodilatação das arteríolas cerebrais para ajudar na remoção do excesso de CO2 • muitas substâncias vasoativas circulantes não afetam a circulação cerebral porque o tamanho impede de passar pela barreira hematoencefálica circulação pulmonar • hipóxia provoca vasoconstrição → desvio do sangue para longe das áreas mal ventiladas, onde fluxo seria desperdiçado e vai para áreas bem ventiladas (maior concentração de O2) onde ocorrem as trocas gasosas circulação renal • autorregulada independente da inervação simpática (exemplo: rim transplantado) → propriedades miogênicas das arteríolas renais + feedback tubuloglomerular circulação do músculo esquelético • repouso → inervação simpática o receptores α1 vasoconstritores (afinidade por norepinefrina) o receptores β2 vasodilatadores (afinidade por epinefrina, liberada pela medula da adrenal) • esforço → metabólitos locais o vasodilatadores = lactato, adenosina e K+ • compressão mecânica dos vasos = causa curtos períodos de oclusão → hiperemia reativa • córtex motor cerebral = mecanorreceptores musculares desencadeiam os reflexos quando o esforço é previsto ou iniciado → eferências produz aumento do fluxo simpático e diminuição do parassimpático • aumento da FC e da contratilidade (receptores β1) = aumento do volume sistólico → aumento do débito cardíaco (DS x FC) → assegura que mais O2 e nutrientes sejam levados aos músculos esqueléticos sob esforço • como débito cardíaco aumenta, retorno venoso também: por causa da contração do músculo esquelético ao redor das veias, fazendo compressão + ativação do simpático produz venoconstrição = AUMENTO DO RETORNO VENOSO TORNA POSSÍVEL O AUMENTO DO DÉBITO CARDÍACO • vasoconstrição arteriolar seletiva = sangue é redistribuído para o músculo esquelético sob esforço e para coração, e mantido no cérebro o músculo esquelético = vasodilatação pelos metabólitos locais (lactato, K+ e adenosina) → REDUÇÃO DA RPT o circulação coronária = não tem vasoconstrição, fluxo aumenta pra atender a demanda do miocárdio o circulação cerebral = não tem vasoconstrição o pele = inibição seletiva da vasoconstrição cutânea simpática → vasodilatação e dissipação de calor através da pele • aumento da pressão arterial sistólica e da pressão de pulso por causa do aumento do volume sistólico, mas a pressão diastólica permanece a mesma ou pode até diminuir, por causa da diminuição da RPT diminuição da resistência periférica total (RPT↓) compensa o aumento do débito cardíaco, fazendo com que a pressão arterial aumente durante atividade física, mas não tanto • perda de volume de sangue = queda de pressão abrupta → corpo tende a manter a pressão e a perfusão normais, por isso inicia respostas cardiovasculares compensatórias • diminuição do volume sanguíneo total produz diminuição do retorno venoso = diminuição do débito cardíaco • REFLEXO BARORRECEPTOR o barorreceptores do seio carotídeo detectam a redução da PA e bulbo induz aumento do simpático e diminuição do parassimpático o aumento da FC e aumento da contratilidade o aumento da RTP (contração arteriolar em muitos leitos vasculares, exceto cerebral e coronariano) o constrição das veias = diminui volume não estressado, aumentando o estressado e aumenta retorno venoso • SISTEMA RENINA-ANGIO-ALDOSTERONA o perfusão renal diminui em função da redução da PA e estimula a secreção de renina pelas células justaglomerulares o angio 2 faz vasoconstrição arteriolar (aumento da RPT) + estimula secreção de aldosterona (que causa aumento da reabsorção de Na+ pelos rins e, consequentemente, aumento do LEC) = aumento do volume estressado + aumento do volume sanguíneo • CAPILARES o vasoconstrição arteriolar causa diminuição da pressão hidrostática capilar, o que favorece a absorção • HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO o ADH (vasopressina) é secretado em resposta à diminuição de volume sanguíneo, mediado por receptores de volume dos átrios o aumenta a reabsorção de água pelos ductos coletores renais (fosforila canais de aquaporina) + vasoconstrição arteriolar • quando pessoa levanta, sangue se acumula nas veias das extremidades inferiores (por causa da alta capacitância delas), assim, o retorno venoso diminui e o débito cardíaco também = redução da pressão arterial média • acúmulo venoso = aumento da pressão hidrostática capilar nas veias da perna → aumento da filtração, resultando em perda de volume intravascular • REFLEXO BARORRECEPTOR o barorreceptores do seio carotídeo detectam diminuição da PA e centro vasomotor promove aumento do simpático e diminuição do parassimpático ▪ aumento de FC e contratilidade ▪ constrição das arteríolas (aumento da RPT) e constrição das veias (diminuição do volume não estressado e aumento do retorno venoso) Bruna Silveira Antunes @_medbruna MED UIT XXVIII Professora Juliana Barros Aula 5 – 13/09/22 • principal sistema que adoece → sistema respiratório é o sistema que tem a maior área de contato com o meio externo (área de contato entre todos os alvéolos e capilares e o meio externo = 70 a 100m2) • função primordial = trocas gasosas (por diferença de pressão parcial dos gases = concentração) lei geral dos gases: P.V = n.r.t lei de Boyle: P1.V1 = P2.V2 (sobre uma mesma temperatura) • quando inspiro, volume aumenta e pressão cai (pressão atmosférica é maior que pressão interna, então gás entra por diferença de pressão) • quando expiro, volume diminui e pressão aumenta (pressão atmosférica é menor, gás sai) é um movimento mecânico! • outras funções: ajuste da temperatura, equilíbrio ácido- básico (NaCO3 e H+), produção de ECA (enzima conversora de angiotensina) o bicarbonato é o principal tampão do sangue • vias aéreas nasofaríngeas o nariz, boca, orofaringe • vias aéreas laringotraqueais o laringe, epiglote, traqueia • árvore traqueobrônquica • traqueia, brônquios e bronquíolos • é um sistema de tubos ramificados (traqueia → brônquios → bronquíolos condutores → bronquíolos terminais → bronquíolos respiratórios → ductos alveolares → sacos alveolares) o para manter o ar estéril (ramificações impedem chegada de patógenos nos alvéolos, para evitar degeneração alveolar e passagem pelo capilar) pulmão recebe todo débito cardíaco, se passa pelo alvéolo e chega nos capilares sanguíneos a chance de dar uma sepse é muito grande! • estruturalmente o superior o inferior • funcionalmente o vias aéreas de condução (até bronquíolos terminais) ▪ aquecem o ar (lei geral dos gases - é necessário ter a mesma temperatura), umidificam o ar para não lesar os alvéolos, condução do ar e retenção de patógenos o tecidos respiratórios:cartilagem = impede fechamento do músculo liso bronquíolo fecha porque não tem cartilagem! pessoas responde em excesso algum agente (frio, pólen, poeira, etc) = bronquíolo contrai (aumenta resistência ao fluxo de ar) → pessoa usa bombinha com agonista adrenérgico (bronquíolo tem receptor β2 – bronquiodilatação) parede do bronquíolo está inflamada (fica mais espessa e produz muita secreção = diminui o diâmetro) → processos inflamatórios • camadas: mucosa, submucosa e adventícia • epitélio pseudoestratificado pavimentoso ciliar com células caliciformes • pulmões o função respiratória o produção e substâncias de substâncias vasoativas o reservatório para sangue (tem muitos capilares) – parte do sangue fica armazenado nas veias e outra parte nos capilares pulmonares (processo de filtragem se torna mais lento) • anatomia o pulmão acompanha movimento da caixa torácica por causa da pleura (pressão negativa no espaço pleural, entre pleura visceral e parietal, formando um vácuo) • lóbulo respiratório = menor unidade funcional do pulmão o formado por: 1 ramo de bronquíolo terminal, 1 arteríola, capilares pulmonares, 1 vênula o onde acontecem as trocas gasosas (a partir de bronquíolos respiratórios) o sacos alveolares são formados por 2 tipos de células: ▪ pneumócitos do tipo 1 = células que formam a parede alveolar ▪ pneumócitos do tipo 2 = produção de surfactante (impede que alvéolo colabe) • 300 milhões de alvéolos (superfície de contato imensa) – cada alvéolo é envolto por muitos capilares • membrana respiratória = o que o gás tem que atravessar parede do alvéolo (pneumócitos do tipo 1) + septo de interstício (muito fino) + parede do capilar (endotélio) • macrófagos alveolares ou de poeira = entrega antígeno na via ciliar mais próxima (via ciliar leva para via respiratória superior, para tosse ou deglutição) • pleura visceral envolve o pulmão • pleura parietal envolve a caixa torácica por dentro • entre divisões da pleura = espaço ou cavidade pleural (espaço virtual) o pressão intrapleural é sempre negativa em estado fisiológico (fato dela ser negativa indica que o sistema pulmão e caixa torácica está aberto e funcionam juntos) = vácuo (pulmão e caixa torácica estão “colados” por esse vácuo) pulmão tem tendência a retrair (se fechar) e caixa torácica tem tendência a se expandir – presença de 2 forças iguais e opostas forma essa pressão negativa o líquido pleural é mandado para cavidade, mas também é drenado, o movimento de drenagem também contribui para formação da pressão negativa – líquido evita atrito durante deslizamento e movimento quando tem abertura nesse sistema (perfuração mecânica ou inflamação pleural) = pneumotórax impede funcionamento do sistema pulmão e caixa torácica • é o débito cardíaco do coração direito (100% do débito cardíaco) • circulação brônquica nutre o tecido pulmonar ≠ circulação pulmonar é a que faz trocas gasosas regulação • resistência das arteríolas • vasoconstrição hipóxica = sangue é desviado para alvéolos que estão mais bem ventilados circulação brônquica • se originam da aorta e das artérias intercostais • sangue desoxigenado da circulação brônquica vai para veias pulmonares que chegam no coração esquerdo (se junta com a circulação pulmonar) – mistura um pouco de sangue desoxigenado com sangue oxigenado shunt ou desvio → é fisiológico • pode sofrer angiogênese = se houver obstrução, podem ser formados novos vasos a partir de pré-existentes CIRCULAÇÂO PULMONAR NÃO FAZ REGENERAÇÃO! • fibras do sistema nervoso autônomo inervam as vias aéreas (quando tem cartilagem, ação nervosa não é tão intensa, mas nos bronquíolos sim) o parassimpático – acetilcolina faz broncoconstrição o simpático – adrenalina faz broncodilatação o não-adrenérgico não-colinérgico (NANC) – via do sistema nervoso direcionado para trato respiratório que não tem acetilcolina e nem adrenalina como neurotransmissores (em pacientes asmáticos falta uma divisão desse sistema) ▪ iNANC (inibitório) = inibição da broncoconstrição e favorecimento da broncodilatação (peptídeos VIP e óxido nítrico) – maioria dos pacientes asmáticos não tem essa via inibitória ▪ eNANC (excitatório) = taquixininas (mais conhecida é a substância P), estimula a broncoconstrição músculos respiratórios tem inervação somática, conseguimos controlar o parâmetro de ventilação (mas não o grau de dilatação das vias) • participação do SNA: o regulação do tônus muscular dos brônquios e bronquíolos o secreção de glândulas submucosas o fluxo sanguíneo (arteríolas são inervadas por NANC e pelo simpático) o liberação de mediadores inflamatórios • ar estéril após 5 ou 6 gerações de vias aéreas (ramificações) • padrão de fluxo alveolar interfere na facilitação a limpeza do ar = fluxo normal é laminar e sem obstrução, quando o fluxo se torna turbulento, quando tem muita secreção a limpeza é dificultada o repouso nas doenças respiratórias = para não aumentar a ventilação e não levar patógenos para trato respiratório inferior • aparelho mucociliar (zona condutora) o muco umedece o ar, calor dissipa com menos facilidade, impurezas grudam no muco o movimento dos cílios é padronizado = quando tem presença de algum agente, movimento ciliar é intensificado • macrófagos alveolares (está na zona respiratória) o fagocitam agente e entregam na via ciliar mais próxima para eliminação o produção e liberação de mediadores inflamatórios (ajudar a eliminar um microrganismo e irritar mucosa para reflexo da tosse e aumentar o movimento mucociliar) • a velocidade do fluxo de ar pelas vias aéreas depende tanto da diferença de pressão quanto da resistência: o fluxo de ar é igual à diferença de pressão entre os alvéolos e a atmosfera dividido pela resistência Lei de Poiseuille R = 8nL/πr4 brônquios de tamanho médio são os locais de maior resistência das vias aéreas, porque os de menor tamanho estão dispostos em paralelo, então não oferecem tanta resistência assim • alterações da resistência = alterações do calibre da via aérea • complacência = capacidade de distensão do sistema • refere-se a quanto esforço é necessário para estirar os pulmões e a parede torácica • relação inversa com a elasticidade (se for muito tecido elástico, fica rígido) o quanto mais tecido elástico maior a tendência para se retrair e maior a força de retração elástica (interstício com muitas fibras elásticas) = ↓ diminui complacência (insuflação do pulmão é atrapalhada, pulmão não consegue aumentar tanto o volume para chegada do ar) (aumenta complacência) = perda de tecido elástico (ar entra, mas não consegue sair bem, porque pulmão não consegue retrair) → tórax em formato de barril (pulmão expande tanto – volume de ar residual que fica no pulmão aumenta – que a caixa toráxica também se alarga) inspiração → aumenta pressão negativa intrapleural → infla pulmões enchendo alvéolos → alvéolos rígidos e menos complacentes (já esticou) → expiração (inibe músculos inspiratórios) ao final da expiração, pulmão está mais complacente (quando consigo alterar mais o volume) quando pulmão está mais complacente = final da expiração quando pulmão menos complacente = auge da inspiração • complacência pulmonar (volume de ar) ≠ complacência da parede torácica (pressão intrapleural negativa) • alvéolos são pequenos (para aumentar área de trocas) e a tendência é colabar, pois ar é úmido (H2O) e moléculas têm atração umas pelas outras = TENSÃO SUPERFICIAL • quanto menor o raio, maior a tendência a colabar → segundo lei de Laplace: P = 2T/r P = pressão colapsante sobre o alvéolo ou pressão necessária para manter os alvéolos abertos T = tensão superficial r = raio do alvéolo • é uma substância anfipática (tem um lado hidrofílico e outro hidrofóbico), é uma mistura de fosfolipídeos o sintetizadoa partir de ácidos graxos pelos pneumócitos (ou células alveolares) do tipo II o principal constituinte: dipalmitoil fosfatidilcolina (DPPC) o quebra as interações existentes entre as moléculas de ar = diminui tensão superficial ↓ o surfactante começa a ser produzido na 24ª semana de gestação o resolve o conflito de que o alvéolo pequeno não é ideal, porque tem maior pressão colapsante, mas do ponto de vista das trocas gasosas, é o melhor porque aumenta a área total de superfície disponível o também aumenta a complacência pulmonar ↑ se perder pressão intrapleural, surfactante sozinho não consegue manter pulmão aberto, ou seja, é preciso os 2 mecanismos para manter pulmão aberto atelectasia = fechamento (colapso) dos alvéolos • dividido em quatro grandes eventos funcionais: 1. ventilação pulmonar que é a renovação cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico (entrada de ar) 2. difusão do oxigênio O2 e do dióxido de carbono CO2 entre os alvéolos e o sangue 3. transporte, no sangue e nos líquidos corporais, do O2 (dos pulmões para as células) e do CO2 (das células para os pulmões) 4. regulação da ventilação e de outros aspectos da respiração • para um mesmo gás, sobre uma mesma temperatura = lei de Boyle (se pressão aumenta, volume diminui / se pressão diminui, volume aumenta) P1.V1 = P2.V2 • inspiração é sempre um processo ativo, já expiração é passiva o expiração é passiva = inativação dos músculos inspiratórios (ar sai por diferença de pressão) AR VAI SEMPRE PARA MENOR PRESSÃO! • são esqueléticos, tem inervação somática = controle voluntário consciente (centro de controle respiratório do bulbo e da ponte assumem o controle inconsciente) • INSPIRATÓRIOS: diafragma (desce ↓), intercostais externos (puxam costelas para cima), escalenos e esternocleidomastóideo (auxiliares) músculo mais importante para a inspiração é o diafragma = quando ele se contrai, conteúdo abdominal é empurrado para baixo, costelas são elevadas para cima e para fora → aumento do volume intratorácico e redução da pressão intratorácica (ar entra para os pulmões porque a pressão intratorácica é menor que a atmosférica) • EXPIRAÇÃO FORÇADA: músculos abdominais (comprimem cavidade abdominal e empurra diafragma para cima) e intercostais internos (puxam costelas para baixo) têm mais músculos que ajudam na inspiração do que na expiração, logo inspiração é mais fácil macete: nomes dos intercostais são trocados (inspiração – externo / expiração – interno) • caixa torácica vai para frente e para cima durante inspiração e levantamento das costelas em rosa = espaço intrapleural pressão intrapleural SEMPRE se mantém negativa (apesar das alterações) durante inspiração tração no espaço pleural aumenta (forças opostas ficam mais fortes), por isso pressão intrapleural fica mais negativa seta amarela = pressão transmural ou transpulmonar (pressão alveolar – pressão intrapleural) é um índice quando é positiva = sistema está aberto (ou seja, quando vácuo segue existindo, sistema está aberto, pois troca o sinal da pressão negativa) quando é negativa = por exemplo, pneumotórax (quando entra ar no vácuo na cavidade pleural), pulmão retrai e caixa toráxica se expande (solução: é preciso ventilação mecânica + drenar o ar da cavidade e esperar cicatrizar o local da perfuração) A = repouso B = início da inspiração, volume aumenta e pressão diminui (ar entra) C = máximo da inspiração e inibição dos músculos (pressões se igualam) D = expiração, músculos voltam para o lugar, volume diminui e pressão aumenta (ar sai) re po us o período entre ciclos respiratórios quando diafragma está em sua posição e equilíbrio pressão alveolar = pressão atmosférica (ou seja, não tem fluxo de ar) volume de equilíbrio ou CRF = volume remanescente nos pulmões após expiração normal in sp ira çã o diafragma contrai volume do tórax aumenta (volume pulmonar aumentar e pressão diminui) pressão alveolar cai abaixo da atmosférica, o que estimula a entrada de ar volume corrente (Vc) = ar inspirado em uma respiração volume ao final da inspiração = CRF + Vc ex pi ra çã o processo passivo pressão alveolar fica positiva (maior que a pressão atmosférica), porque foça elástica do pulmão está comprimindo o volume de ar nos alvéolos ar flui para fora do pulmão devido à diferença no gradiente de pressão volume retorna ao CRF volume expirado é o Vc es pi ra çã o fo rç ad a músculos expiratórios são usados para fazer as pressões dos pulmões e das vias aéreas mais positivas do que na expiração normal contração dos músculos expiratórios torna a pressão intrapleural positiva, mas os pulmões não colapsam porque a pressão intramural continua positiva (mantém o sistema aberto) durante inspiração, pressão intrapleural fica ainda mais negativa do que no repouso por que isso ocorre? • quando volume pulmonar aumenta, pressão elástica dos pulmões também aumenta e puxa mais forte contra o espaço pleural • as pressões da via aérea e a alveolar se tornam negativas Aula 6 – 20/09/2022 • avalia os volumes e capacidades respiratórias, ou seja, avalia a função respiratória • consegue traduzir ar que foi mobilizado em forma de gráfico (VxT) • frequência respiratória = 12 a 18 ciclos respiratórios por minuto • volume corrente (Vc): volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo ventilatório normal (aproximadamente 500 ml) → tidal (corrente) • volume de reserva inspiratória (VRI): volume de ar que ainda pode ser inspirado ao final da inspiração do volume corrente normal (em média 3000 ml), ou seja, é o volume que pode ser inalado além do corrente • volume de reserva expiratória (VRE): volume de ar, por meio de uma expiração forçada, que ainda pode ser exalado ao final da expiração do volume corrente normal (em média 1100 ml) • volume residual (VR): volume de ar que permanece nos pulmões mesmo ao final da mais vigorosa das expirações (aproximadamente 1200 ml) → como não é ar mobilizado (porque ele fica parado dentro do pulmão) ele não pode ser medido por espirometria padrão o espirometria por gás hélio = coloca uma quantidade conhecida de gás hélio (não é dissolvido no sangue, não se combina com nenhuma proteína e não é quimicamente modificado), assim é possível quantificar o volume residual • capacidade inspiratória (CI): VT + VRI o quantidade que uma pessoa pode inspirar partindo do nível expiratório basal e enchendo ao máximo os pulmões (aproximadamente 3500 ml) • capacidade residual funcional (CRF): VRE + VR o quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração normal (aproximadamente 2300 ml) o não pode ser calculada por espirometria padrão, pois depende do volume residual o volume de equilíbrio dos pulmões enfisema ↑ aumenta CRF (perda de tecido elástico leva ao aumento da complacência, ar que entra não consegue sair direito, porque pulmão tem dificuldade para retrair) fibrose ↓ diminui CRF (porque interstício tem muitas fibras elásticas, o diminui complacência, então insuflação do pulmão é atrapalhada, pulmão não consegue aumentar tanto o volume para chegada do ar, logo, se chega menos ar, menor ar fica residual) • capacidade vital (CV): VRI + VT + VRE o é a maior quantidade de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após ter enchido ao máximo os pulmões e em ter expirado completamente em seguida (4600 ml) o volume que pode ser expelido após inspiração máxima • capacidade pulmonar total (CPT): VRI + VT + VRE + VR o é o maior volume que os pulmões podem alcançar ao final do maior esforço inspiratório possível (aproximadamente 5800 ml) volume corrente (Vc ou VT) mobilizado em um ciclo respiratório normal 500ml volume inspiratório de reserva (VRI) pode ser inspirado além do corrente 3000ml volume expiratório de reserva (VRE) pode ser expirado
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