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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA A QUALIDADE DE VIDA FRANCISCO EMERSON FALCÃO FRANCISCO RONNALTY DA SILVA ROCHA INTRODUÇÃO A qualidade de vida relaciona-se com o bem estar físico, social e emocional, sendo que um dos meios para o seu desenvolvimento é o exercício físico. O objetivo deste trabalho foi detectar a influência do exercício físico na qualidade de vida das pessoas desta forma comprovando a eficácia do mesmo para o bem estar geral de cada indivíduo". Alguns pesquisadores ainda discutem sobre o impacto da saúde no bem estar e concluem que os cuidados da saúde podem favorecer a melhora da qualidade de vida (CHUNG et al., 1997). Nas últimas décadas, tem-se assistido a uma transformação sem precedentes no padrão de vida das sociedades humanas. A mecanização, os avanços tecnológicos, a informatização e a presença cada vez mais frequente dos chamados labor saving devices (mecanismos que poupam esforço físico) como escadas rolantes, elevadores e controles remotos têm conduzido à diminuição progressiva de atividade física no trabalho, em casa e no lazer (NAHAS et al., 2000; BILTOVENI: VOLPE, 1998) Evidências recentes indicam ser o estilo de vida pouco ativo um fator de risco independente para enfermidade coronariana e acidente vascular, principais causas de morte em todo o mundo. Segundo HASKELL (1998), 54% dos fatores de risco de morte por problemas cardíacos estão relacionados ao estilo de vida, isto é, alimentação, atividade física e pressão arterial. Estudos experimentais sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada atua na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as enfermidades cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados, ainda, efeitos positivos da atividade física no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Powell et al.,1985; Gonsalves,1996; Matsudo & Matsudo,2000). Os estudos evidenciam que os exercícios habituais sejam benéficos para a saúde, proporcionando melhora da eficiência do metabolismo (aumenta o catabolismo lipídico e a queima de calorias do corpo) com consequente diminuição da gordura corporal, incremento da massa muscular, incremento da força muscular,incremento da densidade óssea, fortalecimento do tecido conjuntivo, incremento de flexibilidade (melhora a mobilidade articular), melhora da postura, aumento do volume sistólico, diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo, aumento da potência aeróbica, aumento da ventilação pulmonar, diminuição da pressão arterial, melhora do perfil lipídico, melhora a sensibilidade à insulina, melhora do autoconceito, da auto-estima e da imagem corporal, diminuição do estresse, da ansiedade, da depressão, da tensão muscular e da insônia, melhora no humor, aumento da disposição física e mental, diminuição do consumo de medicamentos como anti hipertensivo, antidiabéticos orais, insulina, tranquilizantes,melhora das funções cognitivas. Portanto, o trabalho está estruturado em mostrar benefícios que comprovam a necessidade das práticas de atividades físicas sejam elas realizadas em academias, praças, centro esportivos de ginástica, clubes,arenas e etc… O importante é manter-se ativo em exercitar-se, ressaltar a importância do acompanhamento de um profissional qualificado para que se tenha um bom acompanhamento. A prática regular de atividade física reduz as oscilações corporais devido aos efeitos do exercício tanto sobre os sistemas sensoriais quanto no sistema motor (MANN et al., 2008). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os benefícios do exercício físico são inquestionáveis. O grande desafio que se impõe para o desenvolvimento do nível atual da prática da atividade física é fazê-la parte constante do cotidiano de todas as pessoas. ● Beneficios do exercicio fisico São inúmeros os benefícios que a prática de exercícios físicos pode proporcionar. A sua prática regular pode atuar efetivamente na restauração da saúde física, redução de peso e consequentemente na prevenção e tratamento da obesidade. Durante a atividade física ocorre uma potencialização do gasto energético, o que mantém o metabolismo aumentado por um longo período após sua execução. Em relação ao estado psíquico, exercitar-se é importante na prevenção e tratamento de distúrbios psicológicos, bem como na promoção da saúde mental, através da melhoria do humor e do autoconceito, maior estabilidade emocional e autocontrole, controle do estresse, melhoria da função intelectual, redução da ansiedade e depressão. Atualmente, há unanimidade quanto aos benefícios trazidos pela prática regular de exercícios corporais. Fisicamente, registre-se uma melhora no controle do peso corporal, na mobilidade articular, no perfil de lipídios, na resistência física, na densidade óssea, na força muscular, na resistência insulínica e na pressão arterial. Também é claramente positiva a influência sobre a esfera psicossocial, com o aumento da auto estima, diminuição da pressão, redução do isolamento social, aumento do bem estar, melhora da autoimagem e alívio do estresse. (SABA FABIO, 2001, p 62). O simples ato de subir escadas ou caminhar são atividades fáceis que precisam de pouco esforço e gastam pouca energia, considerando que essa realização seja feita por pessoas sadias. Já andar de bicicleta ou correr alguns quilômetros demanda uma habilidade e um gasto energético consideravelmente maior. Exercício físico também se diferencia pela intencionalidade e planejamento, enquanto a expressão aptidão física representaria a habilidade do corpo de adaptar-se às demandas do esforço físico que a atividade precisa para níveis moderados ou vigorosos, sem levar a completa exaustão. A prevenção primária começa nos primeiros anos escolares e deve continuar ao longo da vida do indivíduo. O hábito de exercitar-se deve ser mantido e estimulado pela escola e pela família. As escolas devem oferecer programas com atividades aeróbicas para as crianças incluindo a natação, as danças, a corrida, a recreação, entre outros esportes e hábitos para que desde cedo possam estar presente na vida de cada indivíduo e levar como parte da sua rotina desde a infância ao envelhecimento. ● Malefícios do sedentarismo O sedentarismo é considerado como um dos mais sérios agravos para a saúde de corpo e mente. O indivíduo que não dispõe de uma carga regular de atividade física, de preferência moderada, não está tão equilibrado, física e psiquicamente, como poderia. Ultimamente vem sendo demonstrado o importante papel terapêutico do exercício físico sobre a insuficiência cardíaca, a principal causa de morte hospitalar em nosso país. Embora, em nossa cultura, a maioria delas seja considerada como situação inevitável, irreversível, inerente ao processo natural de envelhecimento, na verdade, são muitas as evidências científicas que nos permitem afirmar que tais doenças são de fato bem evitáveis e tratáveis. Pesquisadores das áreas de exercício físico, Educação Física e de Medicina do Exercício e do Esporte, pelos métodos epidemiológicos de pesquisa, demonstraram que tanto a inatividade física como a baixa aptidão física são prejudiciais à saúde (Blair et al., 1995). No mundo todo, 31,1% dos adultos são fisicamente inativos (Hallal et al. 2012). Parte do declínio é atribuído aos avanços tecnológicos e, mais recentemente, à revolução digital. Programas de incentivo à prática de atividade física precisam ser estimulados por políticas públicas (ACSM, 2000). O ato de exercitar-se precisa estar incorporado não somente ao cotidiano das pessoas, mas também à cultura popular, aos tratamentos médicos, ao planejamento da família e à educação infantil. Essa necessidade se dá por diferentes fatores: social e econômico (Pate et al., 1995; Johnson & Ballin, 1996). Se quisermos minimizar a prevalência do sedentarismoda nossa sociedade (Faria Junior, 1991) e da vida de nossas crianças, jovens e adultos, temos que atuar desde os primeiros anos escolares. Os anos escolares devem proporcionar à criança a oportunidade, o prazer e o conhecimento de como realizar exercícios, se queremos que ele não se torne um adulto sedentário (Dinubile, 1993; Pate et al., 1996). ● Sedentarismo X Exercício físico Quando ampliamos os efeitos de uma vida ativa fisicamente para além da saúde e colocamos os efeitos do exercício, adequadamente realizado, como fator indispensável para a melhoria na qualidade de vida de um dado indivíduo, estamos partindo da premissa de que alguém inativo e sedentário não tem boa qualidade de vida. Contudo, a classificação de uma qualidade de vida boa ou ruim está diretamente relacionada à maneira do indivíduo de buscar integrar a sua rotina hábitos saudáveis que transformarão a sua vida de forma que possa ser mais leve e duradoura tendo como base a busca diária por sua saúde. Alguns estudos foram realizados a fim de investigar os efeitos de programas de exercícios físicos sobre o equilíbrio corporal (BARNETT etal., 2003; MAK e NG, 2003; CALDWELL etal.,2008). Diversas pesquisas trazem como tema a importância da prática para saúde do indivíduo para que possamos compreender quais são seus efeitos tanto corporais quanto mentais entre outros grandes benefícios. Francis e Carter (1982), comparando grupos de homens sedentários com grupos de homens que se exercitam com regularidade, referem que os níveis de ansiedade, hostilidade e depressão do grupo que se exercitava eram muito mais baixos do que os níveis nos sedentários. A força muscular e a flexibilidade, nas opiniões de Phillips, Pruitt e King (1997), contribuem muito para se ter uma vida mais saudável e independente, principalmente nas idades mais avançadas. Portanto o exercício físico, quando sob supervisão adequada, representa uma excelente opção para a manutenção da saúde e melhoria da qualidade de vida, pois qualquer indivíduo pode se beneficiar do mesmo, desde que o protocolo seja ajustado a sua realidade e objetivos. Resultados e discussões Pesquisa realizada no Centro de Treinamento Esportivo Sentido Único Pacajus-Ce realizada com 12 alunos entre idades de 18 a 43 anos que ingressaram na prática de exercícios físicos entre 14 e 5 meses relatam através de respostas subjetivas o que melhorou com a iniciativa desta prática. Fotos feitas durante pesquisa realizada com alunas(os) Da unidade Centro de Treinamento Esportivo Sentido Único(Pacajus-Ce) praticantes de musculação. Referências ● CHUNG, M.C. et al., A critique of the concept of quality of life. International Journal of Health Care Quality Assurance, v. 10, n.2, p.80-84, 1997. ● NAHAS et al., 2000; BILTOVENI: VOLPE, 1998, Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. ● POWELL, Kenneth E., PAFFENBARGER, Ralph S. Workshop on Epidemiologic and Public Health Aspects of Physical Activity and Exercise. Public Health Reports. v.100, n. 2, p.118-126, 1985. ● SABA FABIO, 2001, p 62,MOTIVOS DE ADESÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA. ● BARNETT etal., 2003; MAK e NG, 2003; CALDWELL etal.,2008. ● Pruitt e King (1997)American Journal of Epidemiology , Volume 172, Edição 10, 15 de novembro de 2010, Páginas 1155–1165, ● HASKELL, W. Physical activity and the diseases of technologically advanced society. In: The American Academy of Physical Education Papers: Physical Activity in Early and Modern Populations, n.21, p.73-87, 1998. ● EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 213, Febrero de 2016. ● Pate et al., 1995; Johnson & Ballin, 1996. ● Dinubile, 1993; Pate et al., 1996.