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Interfaces do Conhecimento Senso Comum, Mito, Religião, Filosofia e Ciência

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INTERFACES
DO
CONHECIMENTO
1
	Um homem dirigia seu carro por uma estrada bem estreita de montanha, daquelas que ficam à beira dos precipícios. Passando por uma curva perigosa, defrontou-se com um outro carro na contramão. Fez então um grande esforço para desviar, quase caindo no despenhadeiro. A mulher que dirigia o carro na contramão pôs a cabeça fora e gritou: “Porco!” O homem, sentindo-se ofendido e já furioso, pôs também a cabeça fora e gritou: “Vaca!” Segundos depois, no final da curva, o homem atropelou um porco que estava no meio da estrada.
Nossos sentimentos, preconceitos, esquemas mentais condicionam nossa forma de ver o mundo?
2
Podemos confiar nos nossos sentidos?
3
Eles são realmente capazes de perceber a inteira realidade?
Imagem: "My Wife and My Mother-in-Law", a famous optical illusion. Appears in Puck, v. 78, no. 2018 (1915 Nov. 6), p. 11. / Public Domain.
4
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Pode a nossa consciência chegar ao conhecimento das coisas exteriores?
Imagem: Robert Fludd (1574-1637) /  public domain.
5
É possível ao ser humano 
chegar ao conhecimento das coisas? 
POSTURA CÉTICA
POSTURA DOGMÁTICA
POSTURA RELATIVISTA
?
Se é possível, então de que de forma? 
6
Senso comum
Mito
Religião
Filosofia
Ciência 
Interfaces
do
conhecimento
7
Trata-se de uma “noção” ou de um saber adquirido pelas pessoas em “geral” de modo espontâneo, a partir das variadas experiências do cotidiano. Um saber geralmente obtido pelos sentidos, que não foi sistematizado ou submetido à verificação rigorosa, como se faz no âmbito científico, porém muito útil para guiar o ser humano no seu dia a dia.
O conhecimento a partir do senso comum
8
Quando decidimos atravessar a rua e sabemos se podemos passar devagar ou apressar os passos.
Quando comemos mamão ou ameixa para ajudar o intestino a funcionar melhor.
Quando corremos para tirar as roupas do varal ao perceber que está ventando e que o céu está nublado.
O conhecimento a partir do senso comum
Imagem: Paulo César Santos /  Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication.
Imagem: Luis Egidio Meléndez (1716-1780) /  public domain .
Imagem: Giulia Ciappa /  Creative Commons Attribution 2.0 Generic
9
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Um saber que pode levar ao equívoco.
Marilena Chauí esclarece:
“O sol é menor do que a Terra. Quem duvidará disso se, diariamente, vemos um pequeno círculo avermelhado percorrer o céu indo de leste a oeste?
O sol se move em torno da Terra, que permanece imóvel. Quem duvidará disso se diariamente vemos o sol nascer, percorrer o céu e se por?
[...] A Astronomia demonstra que o sol é muitas vezes maior do que a Terra e, desde Copérnico, que é a Terra que se move em torno do sol.”
O conhecimento a partir do senso comum
10
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo me deu certeza...
Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo foi concebido...
Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Ah Eu!
Usei todos os sentidos
Só não lavei as mãos
E é por isso que eu me sinto
Cada vez mais limpo!
Ivan Lins e Vitor Martins
'A'_(PSF).png: Pearson Scott Foresman /  public domain
11
O ser humano desde a antiguidade iniciou suas indagações sobre o porquê das coisas. O Mito é uma das formas mais antigas de fornecer respostas a tais indagações.
O Mito é um saber oral revelado e, por isso, inquestionável, transmitido pelo poeta-profeta, que narra a origem de todas as coisas.
Os principais mitos gregos que conhecemos são encontrados nas obras de Homero, Ilíada e Odisseia, escritas por volta do século VII a.C.
Zeus, considerado o deus dos deuses, Poseídon (dos oceanos e dos mares), Hades (do mundo inferior), Apolo (do sol, das artes e das profecias), Dionísio (do teatro, do vinho e das festas), Afrodite (do amor e da beleza) são alguns dos deuses gregos mais conhecidos.
O conhecimento a partir do Mito
12
Eis algumas características do Mito:
Das relações sexuais entre os deuses tudo tem origem: outros deuses, os titãs (semidivinos), os heróis (filho de um deus com um humano), os humanos, as coisas, as qualidades (bom, mal, escuro, justo...);
As coisas surgem no mundo a partir das relações e da rivalidade entre os deuses (genealogias);
Os deuses recompensam ou castigam os humanos e tomam partido em relação a eles;
O tempo que está na narração é um passado longínquo, fabuloso;
As contradições não configuram problemas para os ouvintes, dada a autoridade do narrador.
O conhecimento a partir do Mito
13
Trata-se de um tipo de conhecimento considerado infalível, indiscutível, exato, sagrado, por ter sido revelado pelo sobrenatural. O conteúdo das revelações, em alguns casos, está contido nos livros sagrados. Em geral apresenta de modo sistemático a origem, o significado, a finalidade e o destino do ser humano, das coisas e do mundo, estabelecidos pelo divino. Por isso mesmo é um saber que não pode ser verificado e que implica numa atitude de fé para ser aceito.
O conhecimento religioso também nasceu da procura pela causa e pelo sentido do mundo e das coisas. O ser humano, percebendo que há coisas da realidade em volta dele que não depenconsiderar poderes superiores, forças sobrenaturais, divindades. E buscou, através das várias religiões, meios para se comunicar com elesdem de sua ação, passou a.
As explicações da realidade provenientes da religião foram duramente criticadas no âmbito filosófico sobretudo a partir da modernidade. Tais críticas, no entanto, terminaram por ser, no sentido prático utilitarista, um certo reconhecimento da importância da religião. Por exemplo, como forma de acalmar os medos, de contentar o humano diante de sua impotência, de estabelecer regras e fixar valores. Um elemento muito interessante da religião é o fato de ela, em alguns casos, render-se ao mistério.
conhecimento religioso 
14
Eis alguns dos livros considerados sagrados ou de grande importância doutrinal:
E algumas figuras que lembram as religiões mais antigas com tradição oral:
Imagens da esquerda para a direita: (a) O Livro dos Espíritos, 1864 / public domain, (b) A Bíblia de Gutenberg - Primeira Edição impressa da Bíblia, 1455 / United States Public Domain, (c) Alcorão, por Roel Wiinants / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic, (d) A Torá / public domain in the United States. (e) O Livro de Mórmon, Edição Soft Cover /  public domain in the United States.
Imagens da esquerda para a direita: (a) Jorge Andrade / Creative Commons Attribution 2.0 Generic, (b) Mysticvoodoo Created by artist Denise Alvarado / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported, (c) Autor Desconhecido / Disponibilizado por Rsabbatini / GNU Free Documentation License, (d) Rowanwindwhistler / GNU Free Documentation License.
15
A preocupação filosófica com o conhecimento
A possibilidade de conhecer não foi a indagação dos primeiros filósofos, os chamados pré-socráticos. Sua preocupação era cosmológica (sobre a origem e a ordem do mundo) e ontológica (sobre a essência das coisas). 
Sócrates e os sofistas foram os pioneiros em se ater à questão do conhecimento. Para os sofistas, a essência das coisas não pode ser conhecida, restando somente a opção das opiniões subjetivas, às quais mais se imporão tanto maior for seu nível de persuasão (uma questão de linguagem). Para Sócrates, contrariamente, é possível conhecer, a partir do momento em que se afastam as ilusões dos sentidos e a multiplicidade das opiniões. Em outras palavras, ao passar da aparência à essência.
Platão e Aristóteles, explorando o debate sobre as opiniões, progrediram na discussão. Na opinião do primeiro, existe o conhecimento sensível (crença e opinião, que nos dão a aparência), a ser abandonado, e o conhecimento inteligível (raciocínio e intuição intelectual, que nos levam à essência). Aristóteles, diferentemente, afirma a continuidade entre os conhecimentos sensível e intelectual,um acúmulo de informações obtidas de várias formas ou em vários graus: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição (essa última enquanto conhecimento puro, na medida em que não é proveniente de nada que se ofereça a nós nos seis primeiros graus).
16
Princípios gerais do conhecimento verdadeiro:
A determinação e as fontes do conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição intelectual;
A distinção entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual;
O papel da linguagem;
A diferenciação entre opinião e saber verdadeiro;
A diferença entre aparência e essência;
Definição dos princípios: identidade, não-contradição, terceiro excluído;
da forma: ideias, conceitos, juízos;
dos procedimentos: indução, dedução, intuição;
O estabelecimento de procedimentos corretos: dialético (em Platão);
Distinção dos campos do conhecimento: teorético (das coisas que apenas se contempla);
Prático (das ações humanas);
Técnico (das coisas relacionadas ao trabalho).
A preocupação filosófica com o conhecimento
lógico (em Aristóteles);
17
A ciência, como já pudemos notar, não se contenta com explicações que não sejam provadas concretamente. Para tal, se apoia num método todo próprio de construção e síntese, no qual encontramos.
Objetividade:
Factualidade:
Contingência:
Comunicação:
Verificação:
Análise:
Explicação:
Abertura:
considera somente ocorrências, formas de existência que se manifestam de algum modo.
confirma somente hipóteses comprováveis.
as proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não pela razão.
trata-se de uma investigação metódica que segue regras disciplinadoras e ordenação lógica, evitando a dispersão e garantindo o concatenamento dos conhecimentos.
exatidão, clareza, correspondência factual e aplicabilidade.
o conhecimento produzido não é definitivo ou absoluto, isto é, pode ser reformulado.
leva à compreensão de algum fato, o que garante sua utilidade.
o conhecimento proposto é comunicável e tem caráter universal.
O conhecimento científico e seus procedimentos
18
O conhecimento científico e seus procedimentos
A ciência formulará suas afirmações a partir da:
Indução
Toma-se um número satisfatório de casos particulares, nas mesmas condições, e o submete à verificação. Se os resultados se repetirem, será formulada uma afirmação universal.
Dedução 
Toma-se uma afirmação geral já conhecida e submente a ela um caso particular.
Abdução
Trata-se da interpretação racional (não demonstrativa) de sinais ou indícios, uma espécie de intuição que se dá passo a passo até se chegar a uma conclusão.
19
Exemplo de indução:
Se repetirmos experiência de colocar uma quantidade de água para ser aquecida no fogo, verificaremos que ela sempre atingirá o ponto de ebulição em 100o C.
E se colocarmos várias vezes uma quantidade de água no congelador poderemos verificar que ela se tornará gelo quando atingir 0o C.
Poderemos então afirmar que a água evapora ao alcançar 100o C e congela ao atingir 0o C. 
Imagem: GRAN /  GNU Free Documentation License
Imagem: Darren Hester /  Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic
20
60
60
60
60
30
A
B
C
A
B
C
45º
45º
a
Exemplo de dedução:
Se tomarmos a afirmação universal de que a soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180o e formos verificar num triângulo equilátero, isósceles, retângulo ou qualquer outro, obteremos esse mesmo resultado. Submetemos uma regra geral a casos particulares e a regra funcionou.
Estudando pegadas, ossos pequenos e grandes e o ambiente onde foram encontrados, o arqueólogo torna-se capaz de construir a imagem e a caracterização completa de um determinado dinossauro.
Exemplo de abdução:
Imagens da esquerda para a direita: (a) Fbat /  Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported, (b) Mario Valencia /  Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic. 
22

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