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Transtornos de ansiedade É uma sensação extremamente subjetiva e extremamente desagradável e está relacionada ao medo ou a preocupação Lembrar que cada um sente a ansiedade de uma maneira diferente A maneira de como a ansiedade desperta vai depender: Cultura Idade Grau de instrução Normalmente a ansiedade é acompanhada de sintomas físicos Lembrar que a ansiedade é um sentimento normal da existência humana Quando a ansiedade começa a ficar muito intensa, duradora e trazer prejuízo para o paciente é quando fazemos um diagnóstico de um quadro patológico Três principais critérios Intensidade dos sintomas Tempo de duração Grau de prejuízo ou sofrimento Epidemiologia e prevalência É o transtorno psiquiátrico mais prevalente ao longo da vida Até 10% das crianças e jovens sofrem de algum transtorno ansioso Idosos costumam ser menos ansiosos que os jovens Fisiopatologia É uma doença multifatorial que esta relacionada com os processos de luta e fuga O centro do medo no nosso cérebro seria localizado na amigdala e o centro da preocupação fica localizado em algumas alças corticoestriatotalamocorticais (CETC) Principais neurotransmissores envolvidos na ansiedade Serotonina - é o neurotransmissor essencial nas conexões dentro das alças e na amigdala Noradrenalina GABA – é o neurotransmissor principal dentro da amigdala O tratamento dos quadros depressivos e ansiosos é feito com a mesma medicação. Isso acontece por que tem um grau de patologia parecida e clinicamente as coisas são parecidas Temos quatros principais transtornos ansiosos segundo o DMS5 Transtorno de pânico Fobia social Fobia específica Transtorno de ansiedade generalizada Outros transtornos ansiosos – tem relação com a ansiedade, mas hoje em dia não são mais caracterizados como quadros ansiosos Transtornos relacionados a traumas estressores Transtornos do espectro obsessivo compulsivo Transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados Transtornos dissociativos Diferença de perspectivas dos quadros ansiosos Transtorno de ansiedade generalizada É uma ansiedade e preocupações excessivas, envolvendo várias atividades e eventos. Envolve a maioria dos dias, por no mínimo 6 meses, onde o indivíduo considera difícil de controlar a ansiedade Causam prejuízo e sofrimento É associada a uma serie de sintomas – paciente é diagnosticado com 2 ou mais itens e um tem que se sobressair durante os dias no período de 6 meses Inquietação ou sensação de estar com nervos à flor da pele Dificuldade de concentração ou brancos Fatigabilidade Irritabilidade Tensão muscular Alteração do sono Tratamento Entrevista motivacional para melhorar a adesão e a resistência ao tratamento Intervenções no estilo de vida – alimentação, exercícios, cessação do tabagismo, redução da ingesta de cafeína Tratamento farmacológico Inibidores seletivos da recaptação de serotonina – ISRS Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina – ISRSN Ataque de pânico São ataques abruptos de medo ou desconforto intensos, podendo alcançar o seu pico em questão de minutos que vem associado a 4 de 13 sintomas descritos a seguir: Palpitação, taquicardia coração acelerado Sudorese Tremores ou abalos Sensação de falta de ar Sensação de asfixia Dor ou desconforto torácico Náusea ou desconforto abdominal Tontura, instabilidade, vertigem Paresia Desrealização ou despersonalização Medo de morrer Medo de perder o controle ou enlouquecer O ataque de pânico pode ter duração entre 1 e 30 minutos, geralmente durando entre 5 e 10 minutos o ataque de pânico O ataque de pânico pode ter uma origem orgânica ou comorbido a um quadro clínico, pode ser originado por outras doenças psiquiátricas Transtorno de pânico Ataque vira transtorno quando: Ataques de pânicos recorrentes Sem fatores desencadeantes Seguido de um mês de – preocupações em ter novos ataques / comportamento evitativo, mudança desadaptativa por medos de novas crises / medo intenso das consequências das crises Tratamento Farmacológico, psicológico e combinado Farmacológico: Inibidores seletivos da recaptação da serotonina – ISRS Escitalopram Fluoxetina – pode ser retirado a qualquer momento devido sua alta meia vida (14 dias) / evitar dar para pacientes polimedicados Sertralina Iniciar c/metade da dose, pois pode ocorrer piora do quadro ansioso Efeitos colaterais – cefaleia, náusea, tremor Todos provocam alterações na esfera sexual Não devem ser retirados de forma abrupta devido a S. de descontinuação Inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina – ISRSN Venlafaxina Tricíclico serotoninérgico Clomipramina Benzodiazepínicos Clonazepam Alprazolam Diazepam Lorazepam Agorafobia – derivado do transtorno de pânico É um especificador do transtorno de pânico ou uma outra doença a parte É um medo intenso de: o paciente tem que ter duas dessas 5 para poder caracterizar agorafobia Transporte publico Espaços abertos demais Locais fechados Ficar em fila ou meio de multidão Sair de casa sozinho Fobia específica Medo ou ansiedade intensos acerca de um objeto ou situação Tais objetos e situações causam resposta imediata de medo ou ansiedade Situação ou objeto são ativamente evitados ou suportados com intenso sofrimento Para ser um transtorno o medo tem que ser desproporcional e tem que ter duração acima de 6 meses Mais comuns: Animais Ambientes naturais Sangue Injeção Ferimentos Transtorno de ansiedade social – FOBIA SOCIAL Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a avaliação do outro Pode ocorrer em situações de desempenho, interações sociais ou de ser observado O indivíduo tem de agir de forma vergonhosa ou constrangedora em situações sociais e quase sempre provocam medo ou ansiedade Tais situações são ativamente evitadas ou suportadas com imenso sofrimento, o medo é desproporcional a situação e persistente e geralmente causam sofrimento e prejuízo funcional Tratamento farmacológico Longo prazo – ISRS ou ISRSN Em situações de desempenho – benzodiazepínicos e beta bloqueadores Tratamento não farmacológico Psicoeducação Terapia cognitivo comportamental Mindfulness Diagnostico dos transtornos de ansiedade Lembrar que o diagnóstico sempre será clínico Devemos excluir outras causas de ansiedade ou crises Uso de drogas e medicações Comorbidades clínicas – arritmias / hipertireoidismo / crises de asma / hipoglicemia Excluir outras causas psiquiátricas
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