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MORFOLOGIA CICLO BIOLÓGICO Toxop lasmose - Toxop lasma gond i i É um protozoário intracelular obrigatório que afeta espécies homeotérmicas sem ter um artrópode como transmissor e com distribuição mundial. É uma zoonose! Identificado pela primeira vez na África em 1908, primeiro caso descrito em humanos foi em 1923 em uma criança com hidrocefalia e microftalmia congênita, pode ocorrer em surtos pela veiculação hídrica ou veiculação alimentar. Taquizoítos- Possuem formato de meia lua com extremidades afiladas, representam a fase aguda da infecção, se reproduzem rapidamente e ficam no vacúolos das células e nos líquidos orgânicos. Bradizoítos- Representa a forma crônica/latente, sua reprodução é lenta e fica nos tecidos musculares esqueléticos, cardíaco, nervoso e retiniano. Oocisto- É a forma de resistência, são produzidos nas células intestinais por reprodução sexuada e eliminados na forma imatura junto com as fezes e se esporulam no ambiente, após esporular formam 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada e são viáveis no solo por vários meses. Os esporozoítos eclodem dos oocistos e são altamente infectantes. São heteroxenos sendo o hosdepeiro definitivo os felídeos se reproduzindo de forma assexuada e sexuada.Os hospedeiros intermediários são todos os outros animais e o homem onde a reprodução é assexuada. Hospedeiro definitivo- a reprodução assexuada ocorre nos linfonodos e outros tecidos formando: taquizoítos livres com multiplicação rápida na fase aguda da doença ou bradizoítos em cistos com multiplicação lenta na fase crônica da infecção. A multiplicação sexuada ocorre no epitélio do intestino delgado produzindo oocistos que são eliminados nas fezes. Há o ciclo coccidiano completo ou seja fase assexuada e sexuada: taquizoítos, bradizoítos, merozoítos, gametócitos e oocistos imaturos. HEMOPARASITOSES Hospedeiro intermediário- reprodução assexuada forma taquizoítos livres no sangue, sêmen, leite e urina de animais com infecção aguda ou bradizoítos dentro de cistos em vários tecidos e órgãos na fase crônica. O ciclo é asssexuado: Taquizoítos, esporozoítos e bradizoítos sendo essas formas infectantes. A forma assexuada se dá por endodiogenia (HI), esquizogonia (HD) e merogonia (HD), já a assexuada por gametogonia (HD) e esporogonia (ambiente). Hospedeiro intermediário: ingere oocistos maduros contendo esporozoítos ou taquizoítos presentes no leite ou bradizoítos presentes na carne crua que se reproduzem assexuadamente, se instalam no epitélio intestinal se multiplicando intracelular e se diferenciando para taquizoítos, daí penetram vários tipos celulares com formação do vacúolo parasitóforo onde há a multiplicação por endodiogenia que rompe a célula e libera novos taquizoítos no sangue e linfa na fase aguda, desenvolve imunidade e elimina formas extracelulares, evolui para forma cística, os bradizoítos na fase crônica. Hospedeiro definitivo: Ocorre a fase cocicidiana nas células epiteliais do intestino delgado dos gatos e outros felídeos por ingestão de oocisto TRANSMISSÃO PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS EM HUMANOS Esse oocisto realiza a esporogonia com maturação e embrionamento em 4 dias, oocisto contendo 2 esporocistos com 4 esporozoítos, se mantendo viável de 12 a 18 meses. Transmitido por mais de 300 espécies de animais sendo eles mamíferos e aves. Ocorre por ingestão de oocistos presentes nos jardins, caixas de areia ou disseminados por vetores mecânicos *Os felinos cobrem suas fezes, aumentando as condições de sobrevivência do oocisto. Ingestão de cistos em carne crua ou mal cozida especialmente de porco e carneiro, ingestão de taquizoítos no leite, saliva, deposição de taquizoítos na mucosa vaginal junto com esperma. A transmissão pode ser congênita ou transplacentária sendo a transmissão de taquizoítos na fase aguda com o rompimento de bradizoítos presentes no endométrio por ação mecânica, são transmitidos também pela água, verdura, frutas ou pela carne. A infecção primária se dissemina via sanguínea e linfática com os taquizoítos se replicando em órgãos alvo como sistema nervoso, pulmão, fígado, tecido muscular esquelético e olhos, havendo a morte celular e necrose dos tecidos. Os Ac (imunidade humoral)controlam o nível dos parasitos na corrente sanguínea e em fluidos teciduais, Ac e complemento destroem o agente livre nos fluidos corpóeos reduzindo a disseminação do parasito entre as células. A imunidade celular faz com que os linfócitos T sensibilizados secretem interferon-gama ativando os macrófagos e eliminando o agente intracelular pela fusão lisossomo-fagossomo. com esporozoíto eliminados por outros felinos ou bradizoítos presentes na carne de roedores ou taquizoítos presentes no leite, macrófagos, penetram no epitélio intestinal do gato e se multiplicam por merogonia e endodiogenia, formando meronte dentro do vacúolo parasitóforo contendo merozoítos que se rompem liberando merozoítos infectando outras células que se diferenciam dos merozoítos para as formas sexuadas sendo gametócitos masculinos (microgametas) e femininos (macrogametas). Há a liberação dos microgametas de forma intracelular que irão fecundar outras macrogametas e produzir ovo ou zigoto, há então a formação da parede cística com produção do oocisto e rompimento celular para liberar o oocisto imaturo nas fezes. TOXOPLASMOSE Os linfócitos T liberam citocinas que interferem diretamente com a replicação de T. gondii. Os macrófagos inibem a ação do parasito e destroem ele. Poucos felinos desenvolvem sinais clínicos da doença. Curso de infecção depende da porção inoculada, condição imunológica do indivíduo e localização e grau de lesão tecidual. O déficit da imunidade do hospedeiro faz com que ocorra a manifestação clínica. Caninos: Sinais respiratórios, digestivos, nervosos e linfadenopatia. Felinos: Sinais respiratórios e oculares. Suínos: Pneumonia, encefalite e abortamento. Ovinos e caprinos: Abortamentos e neonatos enfermos. Equinos: incoordenação de membros, andar em cícrulo, torcicolo. Coelhos: Diarréia e conjuntivite. Se a fêmea se infectar antes da prenhez o filhote não se infecta e nasce normal, se ela se infectar antes do 40º dia há reabsorção do feto e infertilidade, se ela se infectar entre o 40º e o 110º dia há aborto e se a infecção ocorrer após o 110º dia ocorre o nascimento de filhotes fracos. A congênita- hidrocefalia ou microcefalia, coriorretinite bilateral, macular ou perimacular simétrica, calcificações intracranianas, retardamento mental. Adquirida ou pós natal- pneumonia, linfadenopatia, erupção cutânea, meningoencefalite, coriorretinite. Em imunodeprimidos- SNC, poliomiosite e linfoadenopatia. DIAGNÓSTICO PREVENÇÃO E CONTROLE REFERÊNCIAS D. direto- clínico e necropsia, exame parasitológico das fezes (Willis-Mollay), giemsa, imunofluorescência direta, imunohistoquímica, isolamento em camundongos e PCR. D. indireto- Imunofluorescência indireta, hemaglutinação, ELISA. Ingerir somente carne bem cozida, lavar bem as frutas e vegetais, ingerir somente leite pasteurizado, lavar bem as mão e utensílios após manipular carne crua, usar luvas para praticar jardinagem, cobrir o tanque de areia onde as crianças brincam, alimentar gatos com ração industrializada, não fornecer carne crua ao gato, lavar diariamente a caixa de areia do gato e dispensar corretamente as fezes, evitar que o gato se alimente de roedores e pássaros, manter o gato em casa, controle da população de felinos, manter a higiene nos diversos ambientes das propriedades rurais. MONTEIRO, S. G. Parasitologia na Medicina Veterinária. 1. ed. São Paulo: Roca, 2011. BOWMAN, D. D. Georgis - Parasitologia Veterinária. 9. ed. São Paulo: Elsevier, 2010. TOXOPLASMOSE
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