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GRAMÁTICA APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA - Prova Substitutiva (2022-1)

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UNIP EAD 
Código da Prova: 122844841610 
Curso: LETRAS INGLÊS 
Série: 8 Tipo: Substitutiva 
Aluno: 
I – Questões objetivas - valendo 5 pontos 
II – Questões discursivas - valendo 5 pontos 
Gerada em: 18/06/2022 às 09h15 
 
IMPORTANTE 
Data limite para aplicação 
desta prova: 18/06/2022 
 
Instruções para a realização da prova: 
1. Leia as questões com atenção. 
2. Confira seu nome e RA e verifique se o caderno de questão e foiha de respostas correspondem à sua disciplina. 
3. Faça as marcações primeiro no caderno de questões e depois repasse para a folha de respostas. 
4. Serão consideradas somente as marcações feitas na folha de respostas. 
5. Não se esqueça de assinar a folha de respostas. 
6. Utilize caneta preta para preencher a folha de respostas. 
7. Preencha todo o espaço da bolha referente à alternativa escolhida, a caneta, conforme instruções: não rasure, não 
preencha X, não ultrapasse os limites para preenchimento. 
8. Preste atenção para não deixar nenhuma questão sem assinalar. 
9. Só assinale uma alternativa por questão. 
10. Não se esqueça de responder às questões discursivas, quando houver, e de entregar a folha de respostas para o 
tutor do polo presencial, devidamente assinada. 
11. Não é permitido consulta a nenhum material durante a prova, exceto quando indicado o uso do material de apoio. 
12. Lembre-se de confirmar sua presença através da assinatura digital (login e senha). 
Boa prova! 
 
 
Questões de múltipla escolha 
 
Disciplina: 544160 - GRAMÁTICA APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Questão 1: Tendo em vista os conceitos de norma estudados e as conclusões dos estudos 
realizados, considere as afirmações que seguem: 
 
I. A norma culta da classe de prestígio é a única correta. 
II. Há modalidades de prestígio e modalidades desprestigiadas. 
III. O bom português é aquele exemplificado nas chamadas épocas de ouro da literatura. 
IV. A língua portuguesa pode apresentar variantes lexicais, fonéticas, morfológicas e sintáticas. 
 
Sobre as afirmações, é correto afirmar que: 
 
A) As afirmações I e II estão corretas. 
B) As afirmações II e III estão corretas. 
C) As afirmações III e IV estão corretas. 
D) As afirmações II e IV estão corretas. 
E) As afirmações I e III estão corretas. 
 
Questão 2: Entre os títulos de gramática, indique o compêndio que institui as diretivas acolhidas 
como essenciais para um melhor uso da língua escrita e falada, tendo como referência os grandes 
escritores. 
 
A) Gramática reflexiva da língua portuguesa, de Marcelo Caetano. 
B) Gramática normativa da língua portuguesa, de Rocha Lima. (CORRETA) 
C) Gramática do português falado, de Ingedore Koch. 
D) Gramática comparativa: quatro línguas românicas, de Houaiss. 
E) Gramática de usos do português, de Maria Moura Neves. 
Questão 3: Leia o seguinte texto: 
 
A vaguidão específica 
“As mulheres têm uma maneira de falar que eu chamo de vagoespecífica.” 
(Richard Gehman). 
 
– Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte. 
– Junto com as outras? 
– Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer coisa com elas. Ponha no 
lugar do outro dia. 
– Sim senhora. Olha, o homem está aí. 
– Aquele de quando choveu? 
– Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo. 
– Que é que você disse a ele? 
– Eu disse pra ele continuar. 
– Ele já começou? 
– Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse. 
– É bom? 
– Mais ou menos. O outro parece mais capaz. 
– Você trouxe tudo pra cima? 
– Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou para deixar até a 
véspera. 
– Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada e ele 
reclama como na outra noite. 
– Está bem, vou ver como. 
 
Fonte: FERNANDES, M. Trinta anos de mim mesmo. São Paulo: Círculo do Livro, 1976. p. 77. 
 
Analise as afirmativas a seguir. É correto afirmar que: 
 
I – O texto é típico da linguagem falada. 
II – O texto representa uma variação dialetal na dimensão do sexo. 
III – O modo é coloquial. 
IV – O modo é formal. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) As afirmativas I, III e IV estão corretas. 
B) As afirmativas I, II e III estão corretas. (CORRETA) 
C) As afirmativas III e IV estão corretas. 
D) As afirmativas II e III estão corretas. 
E) Apenas a afirmativa I está correta. 
 
Questão 4: Sabendo-se que a silabada é a troca de acentuação prosódica de uma palavra, assinale 
a alternativa em que ela aparece: 
 
A) A rúbrica do diretor estava ilegível. (CORRETA) 
B) José da Silva era um homem avaro. 
C) Márcia é muito pudica. 
D) Pedro estava com problemas no ureter. 
E) O condor é a maior ave de rapina. 
 
Questão 5: Segundo Silveira (2011), alguns verbos que demandam termos regidos sem preposição 
obrigatória costumam ser alvo de construções incorretas com complementos preposicionados e 
vice-versa. Assim, a partir das afirmativas, considere (1) para as frases corretas e (2) para as 
incorretas: 
 
(1) Pare de implicar comigo! 
(1) Aspirei o ar perfumado das montanhas. 
(2) O deputado aspira a presidência do partido, 
(2) A atitude dele implicará em pesados encargos. 
 
Assinale a alternativa que traz a sequência correta: 
 
A) 1 – 1 – 2 – 2. (CORRETA) 
B) 2 – 2 – 1 – 1. 
C) 1 – 2 – 1 – 1. 
D) 2 – 2 – 2 – 2. 
E) 1 – 2 – 1 – 2. 
 
Questão 6: Leia: 
 
Língua 
Caetano Veloso 
 
1 Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões 
2 Gosto de ser e de estar 
3 E quero me dedicar a criar confusões de prosódia 
4 E uma profusão de paródias 
5 Que encurtem dores 
6 E furtem cores como camaleões 
7 Gosto do Pessoa na pessoa 
8 Da rosa no Rosa 
9 E sei que a poesia está para a prosa 
10 Assim como o amor está para a amizade 
11 E quem há de negar que esta lhe é superior? 
12 E deixe os Portugais morrerem à míngua 
13 "Minha pátria é minha língua" 
14 Fala Mangueira! Fala! 
15 Flor do Lácio Sambódromo 
16 Lusamérica latim em pó 
17 O que quer 
18 O que pode esta língua? 
19 Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas 
20 E o falso inglês relax dos surfistas 
21 Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas! 
22 Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda 
23 E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate 
24 E - xeque-mate - explique-nos Luanda 
25 Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo 
26 Sejamos o lobo do lobo do homem 
27 Lobo do lobo do lobo do homem 
28 Adoro nomes 
29 Nomes em ã 
30 De coisas como rã e ímã 
31 ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã 
32 Nomes de nomes 
33 Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé 
34 e Maria da Fé 
35 Flor do Lácio Sambódromo 
36 Lusamérica latim em pó 
37 O que quer 
38 O que pode esta língua? 
39 Se você tem uma ideia incrível é melhor fazer uma canção 
40 Está provado que só é possível filosofar em alemão 
41 Blitz quer dizer corisco 
42 Hollywood quer dizer Azevedo 
43 E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo 
44 A língua é minha pátria 
45 E eu não tenho pátria, tenho mátria 
46 E quero frátria 
47 Poesia concreta, prosa caótica 
48 Ótica futura 
49 Samba-rap, chlc-left com banana 
50 (– Será que ele está no Pão de Açúcar?) 
51 – Tá craude brô 
52 – Você e tu 
53 – Lhe amo 
54 – Quê queu te faço, nego? 
55 – Bote ligeiro! 
56 – Ma'de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado! 
57 – Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho! 
58 – I like to spend some time in Mozambique 
59 – Arigatô, arigatô 
60 Nós canto-falamos como quem inveja negros 
61 Que sofrem horrores no Gueto do Harlem 
62 Livros, discos, vídeos à mancheia 
63 E deixa que digam, que pensem, que falem 
 
Fonte: VELOSO, C. Língua. Intérprete: Caetano Veloso. Disponível em: http://letras.terra.com.br/caetano-veloso. Acesso em: 13 
jun. 2012. 
 
Nos versos de 20 a 29, observa-se a afirmação implícita de que nossa língua: 
 
A) É uniforme e imutável. 
B) É uniforme e mutável. 
C) É heterogênea e variável. (CORRETA) 
D) É heterogênea e imutável. 
E) É uniforme e variável. 
 
Questão 7: Considereo seguinte texto: 
 
Ai! Se sêsse! 
Se um dia nós se gostasse; 
Se um dia nós se queresse; 
Se nós dois se impariásse, 
Se juntinho nós dois vivesse! 
Se juntinho nós dois morasse 
Se juntinho nós dois drumisse; 
Se juntinho nós dois morresse! 
Se pro céu nós assubisse? 
Mas porém, se acontecesse, 
Qui São Pêdo não abrisse 
as portas do céu e fosse, 
te dizê quarqué toulíce? 
E se eu me arriminasse 
E tu cum eu insistisse, 
Pra qui eu me arrezorvesse 
E a minha faca puxasse, 
E o buxo do céu furasse?... 
Tarvez qui nós dois ficasse 
tarvez qui nós dois caísse 
e o céu furado arriasse 
E as Virge todas fugisse!!! 
 
Fonte: SILVA, S. A. (Zé da Luz). Ai! Se sêsse! Disponível em: http://www.ablc.com.br/cordeis.html#. Acesso em: 12 jun. 2012. 
 
Coloque verdadeiro (V) ou falso (F) para as seguintes afirmações: 
 
I. Por ser escrito em uma variedade linguística popular, não pode ser um texto poético. (F) 
II. O texto não segue nenhuma norma linguística, ou seja, não tem coesão nem coerência. (F) 
III. Apesar de estar escrito em uma variedade popular, pode ser considerado um texto poético. (V) 
IV. Apesar de estar escrito em uma variedade popular, o texto segue a norma culta padrão. (F) 
 
A sequência correta é: 
 
A) l – V; ll – V; lll – F; IV – V. 
B) l – F; ll – F; lll – V; IV – F. (CORRETA) 
C) l – V; ll – V; lll – V; IV – F. 
D) l – F; ll – F; lll – V; IV – V. 
E) l – V; ll – V; lll – V; IV – V. 
 
Questão 8: Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale a 
alternativa em que ela foge às normas da língua-padrão: 
 
A) A redação de um documento exige que a pessoa conheça um vocabulário específico. 
B) Para alguns professores, o ensino de língua portuguesa será sempre melhor se houver domínio das 
regras de Sintaxe. 
C) O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foram 
introduzidos no currículo. 
D) O ensino de Português já sofrera profundas modificações quando se redigiu um documento sobre o 
assunto. 
E) Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo linguístico, todos teremos liberdade 
de expressão. (CORRETA) 
 
 
Questões discursivas 
 
Questão 1: Considerando que são grandes as diferenças entre o Português do Brasil e o Português 
de Portugal, o texto “Dicionário de Português/Português”, do Millôr Fernandes satiriza algumas 
situações embaraçosas que podem acontecer entre falantes desses lugares . Leia o texto a seguir 
e, em seguida , indique o tipo de variedade linguística que nele pode ser ilustrada e em qual (quais) 
nível (níveis) da língua a variedade ocorre. 
 
DICIONÁRIO PORTUGUÊS/PORTUGUÊS 
por Millôr Fernandes 
A cumieira, a cimeira, a cúpula, trouxe de novo à discussão se devemos ou não devemos admitir influência 
de línguas estrangeiras. Ah, Portugal não fala língua estrangeira? Então vejam se entendem este texto: 
“Estava a conduzir meu automóvel numa azinhaga com um borracho muito gira ao lado, quando dei com 
uma bossa na estrada de circunvalação que um bera teve a lata de deixar. Escapei de me espalhar à 
justa. Em havendo um bufete à frente convidei a chavala a um copo. Botei o chiante na berma e 
ordenamos ao criado de mesa, uma sande de fiambre em carcaça eu, e ela um miau. O panasqueiro, com 
jeito de marialva paneleiro, um chalado da pinha, embora nos tratando nas palminhas, trouxe-nos a sande 
com a carcaça esturrada (e sem caganitas!), e, faltando-lhe o miau, deu-nos um prego duro.” 
 
Não entenderam. Preferem javanês? Então eu traduzo para a língua que se fala no Brasil: 
 
“Eu dirigia meu carro por um caminho de pedras tendo ao lado uma gata espetacular, quando ví um lombo 
na estrada de contorno que um escroto teve o descaramento de fazer. Por pouco não bati nele. Como 
havia em frente uma lanchonete, convidei a gata a tomar um drinque. Coloquei o carro no acostamento e 
pedimos ao garçom sanduíche de presunto com pão de forma, eu, e ela sanduíche de lombinho. O 
gozador, com jeito de don Juan bicha, muito louco, embora nos tratando muito bem, trouxe o sanduíche 
com o pão queimado (e sem azeitonas!) e nõo tendo sanduíche de lombinho, trouxe um de churrasquinho 
duro.” 
 
Vou confessar: só me foi possível traduzir o trecho acima por ser o rico possuidor de dois dicionários de 
português/ português. O primeiro é de 1981; Dicionário Lusitano-Brasileiro, Edições Plaquette, Rio. Um 
livreto artesanal, de Eno Teodoro Wanke. Contém pouco mais de W00 palavras. O segundo, Dicionário 
Contrastivo Luso-Brasileiro, da Guanabara, é de Mauro Villar. Já está feito com todo o approach científico-
linguístico e tem, calculando por alto, mais de 12.000 verbetes. Além de português/português é também 
um dicionário de português/português, se éque percebem. 
 
Além dos dois dicionários português-português, sou ainda o rico proprietário de garfo e faca com as 
insígnias da Pide, a temida polícia política portuguesa. Recebidos de presente, depois da Revolução dos 
Cravos. 
 
Como escrevi durante anos em Portugal, fui, com alguns amigos, catar nos arquivos policiais o que havia 
lá contra mim, e lá eles me deram os talheres. Ah, outra glória minha em Portugal foi o dia em que 
Salazar, o Fidel Castro Luso, lendo minhas páginas, disse a um embaixador: “Este gajo tem piada - pena 
que escreva tão mal o português.” O panaca sabia das coisas. 
 
Questão 2: O preconceito linguístico é um fenômeno ocorrido em diversas culturas e advém da 
confusão que as sociedades fazem entre gramática normativa tradicional e a língua. Explique a 
diferença entre conhecer a gramática normativa e conhecer a língua.

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