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História Social da Infância: > Aula 1 saúde da criança e do adolescente. Nas antigas sociedades fazendo uma imersão na sociedade grega ou romana as crianças e adolescentes eram objetos de propriedade estatal ou paternal, não tinham sequer alguma proteção jurídica respaldada o que acontecia vez ou outra era um dever ético-religioso de piedade. > Profissional de saúde deve: desenvolver escuta qualificada a criança, “aquele que não tem voz”, especialmente em realidades de vulnerabilidade (trabalho infantil, pobreza, evasão escolar). “Ser criança não é ter infância”. A vida era vista de forma homogênea, não havia diferenciação entre os períodos da vida; Durante a Idade Média, crianças e adultos eram tratados como iguais socialmente, facilitando a exploração, maus tratos, como afirma Ariès (2002), que o “sentimento de infância foi construído socialmente no final da idade média, até então as crianças eram tratadas como “adultos em miniatura” e que necessitavam de cuidados básicos só até conseguirem executar tudo sozinhas”; “A criança, por muito tempo, não foi vista como um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias, e sim, homens de tamanho reduzido” (ARIÈS, 1981 p.18). Ariès (1981) explica que a ausência do sentimento de infância é facilmente percebida quando, analisamos o alto índice de mortalidade infantil e de infanticídio praticado pelas mulheres na Idade Média. Era bastante comum entre as famílias, perdas de filhos ainda pequenos e visto com bastante naturalidade, pois poderiam ser substituídos por outros; No final do XVIII e o começo do século XIX, estava acontecendo a Revolução Industrial, ou seja, a Inglaterra estava passando por um processo de desenvolvimento industrial. Esse fenômeno através da mecanização das atividades até então desenvolvidas pelo homem, proporcionando desta forma produção em escala e série. Período marcado pela incorporação de máquinas (máquina a vapor), utilizando fontes de energia (carvão) inseridos em instalações (fábricas). Por conta disso, foi também o primeiro país onde o cenário de trabalho infantil mudou drasticamente passando a ser um problema social e questão política. No Brasil: - Brasil Colonial e Imperial (1500 - 1889): a exploração infantil era aceita e justificada por toda a sociedade, por exemplo, a exploração do trabalho de crianças indígenas e africanas - pois não existia o sentimento de infância, havia um processo de desumanização. - Para as crianças, o tratamento era diferenciado, afinal, era mais fácil atraí-los e convencê-los (catolicismo). Além disso, como o conceito de infância estava sendo amplamente difundidos na Europa, os religiosos se apropriaram do discurso para uma maior aproximação junto às crianças; Boa parte das crianças indígenas estava sob os cuidados dos padres, responsáveis por sua catequese e educação. A formação clerical destinada às crianças, não revelavam ou tão pouco valorizavam os aspectos socioculturais inerentes a formação de seu povo, assim como, a luta e preservação de seus costumes e tradições. Jesuítas enxergam na criança indígena “uma página em branco” para assim escrever uma nova história. Projeto Pedagógico de Colonização Jesuíta. Grande número de órfãs e bebês abandonados as ruas na noite, alta taxa de óbito por hipotermia, picada de insetos. Período Colonial e Imperial (1500 - 1889): tratava de maneira peculiar as crianças, a ausência de infância era cruel - apenas trato servil; Tal situação, também se repercutia aos nascidos, caso sobrevivessem, poderiam ficar aos cuidados da mãe ou serem vendidos pelo senhor de escravos para trabalhar em outra fazenda ou casa; “Aqueles que escapavam da morte prematura iam, aparentemente, perdendo os pais. Antes mesmo de completarem um ano de idade, uma entre cada dez crianças já não possuía nem pai nem mãe anotados nos inventários. Aos cinco anos, metade parecia ser completamente órfã; aos 11 anos, oito a cada dez”. A separação de famílias escravas era constante, os nascidos geralmente eram vendidos, existindo poucos casos de nascidos que permaneceram no mesmo local junto a suas famílias. > A primeira legislação que tratou de proteger as crianças escravas, foi instituída em 1871, já no final do período Imperial brasileiro. A Lei nº 2.040, em seus artigos 1º e 2º, de 28 de setembro de 1871, a Lei do Ventre Livre, como ficou conhecida, assegurou alguns direitos às crianças. A partir dessa lei, os nascidos seriam livres, garantindo o fim gradual da escravidão pela infância, assim como, a proibição da venda de crianças com idade inferior a 12 anos. Pequenas conquistas para os infantes, que até então, não tinham direitos e nem proteção alguma da monarquia ou da sociedade em geral; A orfandade não era uma preocupação dos senhores de escravos, pois logo que conseguia executar algumas atividades, as crianças eram obrigadas ao trabalho. As taxas de mortalidade infantil, eram altas devido à ausência no tratamento de doenças. Educação, brincadeiras, alimentação saudável e direito a saúde era algo que não fazia parte de suas realidades. O tratamento às crianças não se diferenciava dos demais, em todas as classes sociais o sentimento de infância era notavelmente ausente. Quanto às questões de gênero, existiam possibilidades distintas de funções para o sexo masculino, a vida militar consistia na ação mais viável. A Escola de Aprendizes de Marinheiros recebia anualmente dezenas de meninos com idades médias entre 12 a 14 anos. A eles, também era atribuído os serviços em oficinas, barbearias, pequenas fábricas e em menor proporção os serviços domésticos. Às meninas, cabia o trabalho doméstico majoritariamente, órfãs ou de famílias pobres. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, 41,7% das crianças com até 14 anos viviam na pobreza no país em 2019. Isso significa que 2 em cada 5 crianças no Brasil vivem na pobreza. Viver na pobreza envolve problemas como falta de alimentação adequada e mais propensão a doenças por falta de saneamento básico. O relatório ‘Pobreza na Infância e na Adolescência’, elaborado pelo UNICEF, mostrou essa triste realidade. Segundo o relatório, 39,7% das crianças entre 0 e 5 anos têm seus direitos violados no Brasil. Isso representa mais de 1 criança em cada 3. dispositivo cilíndrico dividido ao meio e fixado no muro ou janela de uma instituição onde eram colocados os bebês por quem desejasse fazer. Então a roda era girada e a criança entrava na instituição e então era tocado uma sineta pela pessoa que trazia a criança para que então as pessoas da instituição soubessem da chegada da criança. Primeira foi a Santa Casa de Misericórdia em Salvador, no ano de 1726. Fechamento das Rodas dos Expostos no século XIX em decorrência de críticas de médicos higienistas – mortes prematuras das crianças. Com esse fechamento as crianças passam a morar nas ruas, a mercê da vadiagem – marginalização. Desta forma o Estado teve que tomar providências e implantar uma política de proteção e assistência a criança. Decreto 16.272 de Novembro de 1923. Criança deveria ter seus cuidados higiênicos, saúde e educação atendidas, buscando a reintegração da criança na sociedade. Mudanças realmente significativas ocorreram a partir de 1960 - Ditadura Militar. Governo militar introduziu em 1º de dezembro de 1964 a Lei 4.513 que institui o Política Nacional do Bem – Estar e Social do Menor de responsabilidade da Fundação Nacional do Bem- Estar do Menor – FUNABEM. Instalação das FEBEM’S em vários estados – Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor que tinham como objetivo substituir os antigos ensinamentos quase que exclusivos da Igreja para adequar a assistência. Órfãos eram encaminhados a essas instituições para aguardarem adoção. A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação CASA/SP), anteriormente chamada "Fundação Estadualpara o Bem Estar do Menor" (FEBEM), é uma autarquia fundacional (pessoa jurídica de direito público) criada pelo Governo do Estado de São Paulo (Brasil) e vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. Sua função é executar as medidas socioeducativas aplicadas pelo Poder Judiciário aos adolescentes autores de atos infracionais cometidos com idade 18 anos incompletos. Na fundação CASA, eles podem cumprir pena de reclusão até no máximo a idade de 21 anos completos, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O início do século XX, foi marcado pela tentativa de disciplinar as crianças consideradas “perigosas” para a sociedade, tendo em vista a pobreza e a “vadiagem, o que faziam com que andassem nas ruas causando medo. A educação não era vista como um mecanismo de controle social, apenas o trabalho era visto assim. Acreditava-se de forma generalizada, que o ócio deveria ser combatido com o trabalho, e coube a polícia nas cidades, esta fiscalização; No final da década de 1980, com a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, passa a ser responsabilidade do Estado a Educação Infantil, tornando legítimo o profissional da área e assegurando seu planejamento além de políticas públicas e sociais voltadas para a modalidade. Com a Constituição de 1988, foi assegurado às crianças e adolescentes um estatuto legal que garantiu alguns dos seus direitos, como proibição do trabalho e garantia de acesso e permanência à educação dentre outros. A criação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei 8.069/90 em 13 de Julho de 1990. Esta lei foi resultado da pressão dos movimentos sociais surgidos com a reabertura política brasileira da década de 1980, finalização da recessão política e econômica imposta pela Ditadura Militar. 1889/1894 - Surgimento da 1ª lei para a prevenção da crueldade contra crianças. O Estado poderia intervir nas relações de pai e filhos. A lei respalda o Estado a destituir o pai em caso de mal tratos, além de aspectos relacionados ao emprego de crianças e mendicância. Em 1894 crianças passaram a testemunhar em tribunais, se reconhece a crueldade mental, e negar assistência médica a crianças doentes passa a ser crime. A Igreja desempenhou papel fundamental na evolução dos sentimentos em relação a infância. inserção das crianças na escola. Iconografia - imagem das crianças com as de anjos. Diante disso surge a inserção das crianças na alfabetização/escola, com o intuito de que as crianças se dedicassem a catequese. Século XIX vai se delimitando as diferenças do tratamento escolar entre as crianças burguesas e proletárias. No século XX avanço científico-tecnológico - globalização. A globalização impacta diretamente a alfabetização através do computador. A educação do século XXI demanda consciência global além de alfabetização - preparação para estar apto ao mercado de trabalho. Exige maior dedicação das crianças. Balé, natação, futebol, dança, inglês, etc, e o direito de escolha fica de lado.
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