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Questionário de proficiência 2 Parte

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Questionário de proficiência -Unopar7°Período-Serviço Social
 "A tese central do autor (Hasenbalg) e que é também oposta à tese da escola paulista de sociologia, é que a raça é componente importante nas estruturas sociais, ou seja, a exploração de classe e a opressão racial se articularam como mecanismos de exploração do povo negro, e este processo resulta nas desigualdades de bens materiais e simbólicos da população negra. Hasenbalg demonstra como, através de mecanismos racistas, negros nascidos na mesma condição social que brancos tem menores possibilidades de ascensão social, além de sofrerem uma desvantagem competitiva em todas as fases da sequência de transmissão de status. Hasenbalg demonstra como a opressão racial beneficia não só capitalistas brancos como também brancos não capitalistas. Desta forma, a maioria dos brancos tem vantagens tanto com a opressão racial, quanto com o racismo, pois são os mecanismos racistas que fazem com que a população branca tenha vantagem no preenchimento das posições da estrutura de classes que comportam privilégios matérias e simbólicos mais desejados. Além disso, os brancos têm privilégios menos concretos, mas que, no entanto, são fundamentais no que se refere ao sentimento e a constituição da identidade dos indivíduos, tais como honra, status, dignidade e direito à autodeterminação (Hasenbalg, 1979)."
Retirado de: SCHUCMAN, L. V.; MARTINS, H. V. A psicologia e o discurso racial sobre o negro: do "objeto da ciência" ao sujeito político. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 37(n. spe), p. 172-185, 2017.
Tabela 1 - Distribuição de negros e brancos por faixa salarial (em salários mínimos
	Faixa salarial (em salários mínimos)
	Negros
	Brancos
	0 a 0,5
	15%
	6%
	0,5 a 1
	12%
	8%
	1 a 1,5
	40%
	31%
	1,5 a 2
	11%
	14%
	2 a 5
	18%
	29%
	5 a 10
	3%
	8%
	Mais que 10
	1%
	4%
Fonte: elaborada pelo autor a partir de GEORGES; MAIA, 2017.
A partir das informações apresentadas, pode-se afirmar que a desigualdade racial no Brasil.
RESPOSTA: Tem origem no racismo estrutural a partir do qual se formou a sociedade brasileira e que estrutura sua economia, política e relações sociais.
A política social é uma matéria fundamental na formação profissional dos assistentes sociais. Além de um componente curricular das Diretrizes da ABEPSS de 1996, todas as pesquisas e enquetes sobre inserção no mercado de trabalho mostram as políticas sociais e em especial as políticas de seguridade social - seu núcleo central - como principais empregadores dos assistentes sociais. Essa relação na verdade é antiga e remete às formas de enfrentamento da questão social - aqui compreendida como produto da subsunção do trabalho ao capital e das relações econômicas e políticas entre as classes sociais fundamentais. Contudo, nem sempre o Serviço Social realizou reflexões mais densas sobre o assunto. A entrada desta matéria no currículo dos assistentes sociais data dos anos de 1970, o que mostra uma trajetória recente desse debate entre nós (BEHRING; BOSCHETTI, 2006). Apesar disso, hoje o serviço social brasileiro oferece formulações de ponta sobre esse processo social e histórico - a política social - travando uma interlocução ampla com outras áreas do conhecimento, e chamando para si grande parte da responsabilidade da formulação teórico-metodológica e política nesse campo. Esse salto certamente tem relação com a introdução do pensamento crítico e da tradição marxista no debate profissional a partir do final dos anos de 1970, o que enriqueceu e adensou com muitas determinações a reflexão e o conhecimento acerca dessa mediação tão importante, a política social.
 O que implica uma atuação profissional pautada pelo pressuposto marxista na análise de classes sociais e desigualdade?
RESPOSTA: A política social tem como princípio de conformidade atuar de forma a dirimir diferenças significativas do ponto de vista do desenvolvimento das potencialidades do sujeito social, propiciando autonomia ao longo do tempo, no que se refere ao acesso ao trabalho e ao exercício de uma cidadania ativa.
"É, portanto, na forma de políticas setorizadas que as prioridades no campo social são definidas. E política, é sempre conveniente lembrar, é conflito, que nas formações sociais capitalistas, traduz-se na oposição os entre os interesses da acumulação e as necessidades dos cidadãos. As políticas sociais, como parte do processo estatal da alocação e distribuição de valores, encontram-se no centro desse confronto de interesses de classes".
(Yamamoto, Oswaldo Hajime. Políticas sociais, "terceiro setor" e "compromisso social": perspectivas e limites do trabalho do Psicólogo. Revista Psicologia & Sociedade; 19 (1): 30-37; jan/abr. 2007, p. 32).
A partir do texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I. Quando pensamos nas questões ligadas as políticas sociais, é imprescindível ter em mente a necessidade de se estabelecer o equilíbrio entre acumulação de capital e os interesses dos trabalhadores.
PORQUE
II. Os pontos de equilíbrio são estruturais em uma sociedade, ou seja, tendem a se manter inalterados independente da conjuntura histórica de qualquer sociedade.
RESPOSTA: Avaliando as duas questões trata-se proposições falsas.
Os estudos que analisam a oferta de serviços das redes de atenção à garantia de direitos coletivos, especialmente, no que tange a violência doméstica, apontam problemas como a ausência de articulação entre os serviços, de ações compartilhadas, comunicação e interação entre os profissionais. É preciso instituir um diálogo entre as instituições que compõem a rede com maior poder de comunicação entre os profissionais para construir projetos assistenciais compartilhados (SILVA, et al, 2015).
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir:
I - Há evidências de que os profissionais sentem necessidade de melhorar a comunicação com a polícia, já que a mulher em situação de violência, acessa o serviço social frequentemente, e é a partir deste que o problema passa a ser visto na perspectiva da assistência social.
II - Aprimorar a comunicação e a cooperação entre os diferentes serviços da rede de atendimento à violência doméstica é a base para superar obstáculos que impedem a constituição de uma rede efetiva, que preserva a família nuclear, em detrimento de direitos sociais coletivos.
III - Evidenciam-se defensores da Lei Maria da Penha, executores na prática, é que mantenham uma separação eficiente entre os setores que compõem a rede, para que possam interagir de forma independente com o objetivo de proteger a mulher.
IV - Trabalhar com estas questões é um desafio para os profissionais, tendo em vista que muitos têm a concepção de que a mulher deve seguir a rota de saída da violência iniciando pela denúncia, pedido de medida protetiva, separação do agressor, punição do agressor e recomeço da vida, como um roteiro a ser seguido.
RESPOSTA: Apenas I e IV estão corretas.
"O caráter conservador do projeto neoliberal se expressa, de um lado, na naturalização do ordenamento capitalista e das desigualdades sociais a ele inerentes tidas como inevitáveis, obscurecendo a presença viva dos sujeitos sociais coletivos e suas lutas na construção da história; e, de outro lado, em um retrocesso histórico condensado no desmonte das conquistas sociais acumuladas, resultantes de embates históricos das classes trabalhadoras, consubstanciadas nos direitos sociais universais de cidadania, que têm no Estado uma mediação fundamental. As conquistas sociais acumuladas são transformadas em "problemas ou dificuldades", causa de "gastos sociais excedentes", que se encontrariam na raiz da crise fiscal dos Estados".
Dentro do contexto do projeto neoliberal e de acordo com o Projeto Ético-político profissional, o assistente social atua
RESPOSTA: em uma nova forma de fazer política que é capaz de acumular forças na construção de novas relações entre o Estado e a sociedade civil, reduzindo o fosso entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social.
Para atuar diretamente na realidade social, o Serviço Socialpossui diferentes instrumentos e técnicas de intervenção, no sentido de possibilitar o planejamento e a execução da ação assistencial. Os principais instrumentos utilizados podem ser classificados como instrumentos diretos (aqueles que proporcionam uma interação direta com os usuários - entrevistas, visitas, acolhimento social, acompanhamento social, atendimento social, trabalho e grupos, dinâmicas de grupo, reuniões) e instrumentos indiretos (registros das interações realizadas pelos instrumentos diretos - estudo social, parecer social, relatório social, perícia social). 
Como um instrumento indireto, o Estudo Social não possui um "modelo ideal", deve ser realizado levando em consideração as necessidades de cada caso. Porém, segue 3 passos de construção: o 1o. visa esclarecer o caso, a situação (o quê está sendo estudado); o 2o. passo apresenta os objetivos e finalidades do estudo (por que e para que a realização do estudo); e, no 3o. passo são definidos os instrumentos e técnicas que serão utilizadas na intervenção (como fazer).
O que apresenta corretamente as características do instrumento indireto de Estudo Social.
O Estudo Social é um instrumento específico do trabalho em Serviço Social, tem por finalidade conhecer com profundidade e de forma crítica a situação em seus aspectos socioeconômicos, da demanda de intervenção profissional. Visando possibilitar o acesso aos serviços, aos programas e benefícios às famílias, garantindo a proteção social de todos os membros.

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